Satis

Uma civilização construída em torno de um templo que foi fundado por algumas Amazon desgarradas após apaixonarem-se por seres de outras raças, como humanos e outros, o local é consideravelmente mais civilizado quando comparado à qualquer outro lugar entre os Orcs. O templo é grandioso, apesar de não exaltar propriamente nenhuma divindade em si e agir mais como um centro de esperança e cuidado para aqueles que chegam ali em situações de risco, principalmente híbridos, mesmo de outras espécies.

O comportamento acolhedor e o fato de serem mestiços os trazem um desprezo severo dos demais orcs em Urco, e, o fato de eles acolherem outros híbridos os fazem tão vulneráveis quanto versatiliza esse desprezo para outros locais. Há muitos criminosos que acabam procurando abrigo ali, ou, simplesmente fugitivos de alguma circunstância em que estavam antes. Há rumores sobre elfos de sangue presentes, fugidos dos elfos, o que também os deixa em maus termos com Eldacar.

Eles acabam se mantendo protegidos por sua própria força militar, estratégica e de terreno, e, também pelo fato de as Amazon apesar de não envolverem-se diretamente por não concordarem com suas irmãs que ali estabeleceram-se, também não demonstram sinais de que ficariam paradas se precisassem protegê-las, virando uma guerra generalizada. Além disso, as figuras por aqui, fugitivas ou não, muitas vezes acabam sendo individualmente muito poderosas por conseguirem atravessar a própria greenleaf até o local antes de conseguir ajuda, criando muitas figuras de destaque.

Socialmente não é um lugar perfeito, há muitos conflitos no ambiente, principalmente pelo número de culturas presentes e de traumas naqueles que chegaram aqui.

Wilward Satis: Filho de uma das Amazons a debandarem mais recentemente, o homem é um erudito por sua essência. Sua inteligência é surpreendentemente alta até mesmo se considerarmos apenas os humanos e seu carisma é algo fora do comum, capaz de apaziguar até mesmo o maior dos conflitos, e, ele precisa ser, já que ao juntar diversas raças, culturas e estando elas ainda miscigenadas, é comum haver choques de interesses e comportamento.

É dito que não tem raiva que perdure diante de Wilward, apesar de isso não ser tão verdade pelo fato de ele não conseguir mudar a opinião ruim que os outros têm sobre eles, pelo menos ali para os que procuram algum amparo funciona muito bem. Ele carrega consigo duas braçadeiras que já causaram em Urco, visto que ela foi feita pela família da forja por uma adolescente em busca de reconhecimento, criando problemas para ela em proporções que ele não esperava.

Bloodo Satis: Filho de uma Amazon e um elfo de sangue, já faz algum tempo, inicialmente foi um homem bastante conturbado e com um comportamento bastante psicótico. Sua sede de sangue atrelado a natureza Orc lhe fez um assassino e um caçador voraz, do tipo que tem seus pseudônimos gravados nos murais de procurados de Satar e principalmente dos elfos, seu principal alvo em travessias pelo continente, apesar de ele em si não ter conseguido vencer a ilusão dos elfos e adentrar atrás deles, possivelmente para a sua própria sorte.

Hoje, é um homem que venceu sua genética e vive de forma pacífica, tentando acolher e ensinar aqueles mais explosivos que nem ele que chegam para que tornem-se pessoas melhores, além de ficar de olho por seus contatos no submundo naqueles que adentram o local e suas origens, apesar de nem isso ser perfeito, já que desconhece a função de Asagai em Satis mesmo ela trabalhando diretamente com um dos nobres élficos.

Mina tem sido sua maior atenção, sendo ela alguém que compartilha de traços genéticos parecidos, ele entende o momento que ela está passando, e, para piorar, ela tem um poder latente que talvez possa superar o seu em um corpo muito inexperiente.

Lokia Satis: Não me perguntem como um Halfling e uma Orc conceberam a garota, e, certamente, não perguntem para Lokia também. O assunto em si é delicado a partir do momento que ela foi fruto de uma aposta em um cassino e largada as portas de Satis á própria sorte. Seu talento para os negócios e os cassinos de seu pai porém, mesmo sem conhecê-lo, estavam presentes de forma natural.

É difícil dizer que ela não é decendente da família Gorudin, principalmente quando ela própria criou um cassino dentro do local com a autorização de Wilward para que as pessoas possam se divertir com a condição que os negócios sejam honestos. A mulher é astuta e tem um faro para o negócio, tornando seu "Ironia" uma peça de desejo e curiosidade até para aqueles que julgam os mestiços ali inferiores, quase como uma punição para aqueles que não podem presenciá-los por seus preconceitos. E, ainda sobre estes, é melhor não subestimar a meio orquisa pelo seu tamanho pequenino.

Mina Satis: O que acontece quando se junta uma sede voraz e um comportamento naturalmente agressivo? Meio vampira e meio orc, crescendo em cárcere, com cativeiros fétidos e tratada como uma atração aberrante, não foi surpresa quando ao conseguir se soltar a mulher fez uma fila de corpos em seu caminho, matando todos que podia e devorando o sangue deles. Nem mesmo as bestas de greenleaf em seu caminho escaparam de suas presas vorazes.

Foi em Satis que ela encontrou o primeiro adversário a altura. Tinha olhos vermelhos como os dela e uma estrutura parecida, apesar de uma forma de lutar muito mais limpa. Naquele dia ela conheceu tanto a derrota quanto o carinho de um semelhante, escolhendo ficar ali e aprender com ele para tentar se dar uma segunda chance de tentar viver. Os pesadelos porém ainda estão com ela, e, uma benção maldita habita em seu corpo, selada por hora por Moon, mas, que dificulta bastante a sua reabilitação.

Alguns até mesmo preferiam que ela não estivesse ali e a temem por sua natureza agressiva e seu poder, e, seus olhos vermelhos que ou parecem estar se contendo em desejo pelo sangue dos outros, ou, se soltando em uma fúria frenética quando ela entra em combate que algo que é permitido ser tratado como inimigo por Bloodo.

Pluv Satis: As vezes o amor vem das formas mais estranhas, como um naufrágio de um navio que carregava uma orquisa e um homem peixe a salvando em meio ao mar aberto. Sim, o pequeno sereio e a princesa orquisa, esse conto mesmo, não conhece? Bem, pois esse é bem o caso aqui, ou, quase isso, já que a mãe de Pluv não era bem uma princesa, mas, uma das Amazonas mais prestigiadas até aquele momento.

Pluv cresceu um bom tempo na praia, sendo cuidada pelos seus dois pais que dividiam o espaço neutro pra oferecer-lhe o melhor que podiam enquanto esforçavam-se em si para sobreviver. Diferente de um conto de fadas, o naufrágio levou de sua mãe um braço, uma perna e boa parte da sua saúde. Sem os cuidados necessários, ela sobreviveu tempo o suficiente para cuidar da garota até a infância graças a sua constituição forte, mas, ela mesma sabia que não duraria muito com sua locomoção limitada. Além disso, eles não acreditavam em um lar com os peixes de volta.

A garota foi treinada para nadar de volta a Greenleaf, enfrentar os perigos e tentar encontrar abrigo nos Satis, e, assim ela o fez, de forma surpreendente. Ela mostrou-se uma incrível nadadora e uma combatente híbrida talentosa ao envolver seus punhos em água, mesclando a magia de seu pai e o físico de sua mãe.

Moon Satis: Uma elfa de sangue misteriosamente livre de seu selo de maldição e uma bruxa incrivelmente talentosa, a mulher encontra-se ali desde muito tempo atrás, se abrigando entre as primeiras Amazon a criar os Satis e ajudando na construção, manutenção e administração do templo. Ela age de forma um tanto sorrateira e evita contato com o exterior do templo ou as pessoas que não são de sua confiança para não entregar muito fácil a existência de uma elfa de sangue ali, apesar de já existirem rumores.

Ela em si é bem alheia e contida, até um pouco fria de mais. Ela nem tinha um nome até Wilward se incomodar com isso e decidir que Moon era adequado pela cor dos seus cabelos. Por outro lado, enquanto seu social é meio vago, quando o assunto é magia, ela é especialista na conjuração e lançamento de maldições de forma que poucos se igualam à ela. Sua hemomancia e sua criação de runas são voltados à este estilo mágico, e, o próprio lugar é protegido por seus encantamentos.

Asagai: Cavaleira sob comando externo de Joffric Nightingale, marquês élfico à serviço da realeza de Eldacar, comumente está seguindo as ordens de seu contratante após vagar sem um destino muito definido. Ali, ela tem a missão de identificar possíveis riscos, criminosos ou guerras que possam acontecer nas tribos dos Orcs que possam afetar Eldacar, além de tentar interceptar possíveis escravos fugitivos dos elfos que escaparam de alguma forma e foram parar ali.

A própria mulher porém tem um certo dilema ético se o que ela faz é o certo, mas, ela não conhece outra vida que não a luta. Seu corpo em lâminas já é algo que lhe faz sentir que ela nasceu para isto e só para isto, lutar desenfreadamente e ganhar todos os seus embates. Seu poder é sem igual entre as outras Hugfive e ela aplica ele onde ele tem um "propósito", ou, ela acha que deve ter algum sem se questionar tanto.

Ela, porém, tenta manter isto o mais sorrateiro possível, até pelas informações que obtém por conta e repassa, ela é bem ciente de que não conseguiria enfrentar todos ali por conta própria.