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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Empty [Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

Mensagem por Petmam Seg Out 30, 2023 11:19 pm

A Entrega da Foice
“Eu desejo ver Baba Yaga”
— Ano/Estação: 840 DG / Inverno
— Pessoas envolvidas: Autômata V
— Localidade: Desconhecido, local definido mediante carta dos Gravekeepers.
— Descrição: A Autômata V finalmente recebe o chamado da tão esperada organização de seu propósito, dando início a sua grande jornada como Ceifeira (Chaser).
— Tipo de aventura: Narrada
— Aviso: Violência (+ add do narrador) 

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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

Mensagem por Ineel Qua Nov 01, 2023 7:37 am

[NARRADA/FECHADA/+18] A ENTREGA DA FOICE Post: 01



A mansão de Osa silenciava sob a música da chuva que dançava nos telhados de cerâmica, e o eco distante dos trovões ecoava como tambores distantes. As paredes de madeira desgastada pela idade suspiravam com o peso da história que carregavam. As sombras dançavam nas extremidades da sala de estar, à luz tremeluzente da lareira que ardia com uma chama azulada. V, imersa em sua contemplação fria, estava reclinada em uma cadeira antiga de mogno, acentuando sua presença metálica naquele ambiente.

De repente, batidas ressoaram nas portas de carvalho maciço, cada golpe ecoava como uma advertência nos corredores vazios. Vergada pela curiosidade, V avançou silenciosamente, suas passadas era uma sinfonia de leveza sobre o assoalho de madeira envernizada. Ao abrir as portas, uma figura encapuzada emergiu das sombras da tempestade, gotas de chuva escorriam por sua capa escura. O capuz escondia suas características, mantendo seu rosto como uma tela em branco.

A desconhecida estendeu um envelope lacrado para V, cujas mãos aceitaram o fardo com uma precisão fria. O papel revelou-se como uma mensagem escrita em uma caligrafia inconfundível, as palavras parecendo dançar sob a luz fraca.

- Você foi ouvida pela Baba Yaga, a guardiã dos destinos entrelaçados. Seu teste começa no Vale Sussurrante, onde as sombras se encontram com os suspiros das árvores. Mas seu destino está entrelaçado com Foz Dourada em Satar. Três comerciantes ricos respiram pela última vez, cada batida de seus corações é uma contagem regressiva para sua execução. - Dizia a figura misteriosa, logo dando de ombros rumo a noite.

O vento lá fora assobiava sua canção melancólica, enquanto V absorvia cada palavra da missiva. O papel continha instruções detalhadas, mapas traçando rotas ocultas e informações cruciais sobre os alvos designados. Os comerciantes, marionetes em um espetáculo sombrio de poder e disputa comercial não poderiam imaginar seus destinos.

A mansão, agora mergulhada em um silêncio pesado, parecia cúmplice dessa nova trama. A lareira crepitava cada vez mais, desafiando a escuridão da casa que se mantinha em silêncio absoluto, em quanto seu mestre repousava em um sono profundo.

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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

Mensagem por Petmam Ter Nov 07, 2023 12:19 am

PROTOCOLO: Ceifar


(COLOCA O SOM DA CHUVA DO POST ANTERIOR)
A mansão de Osa silenciava sob a música da chuva que dançava nos telhados de cerâmica, e o eco distante dos trovões ecoava como tambores distantes. As paredes de madeira desgastada pela idade suspiravam com o peso da história que carregavam. As sombras dançavam nas extremidades da sala de estar, à luz tremeluzente da lareira que ardia com uma chama azulada. V, imersa em sua contemplação fria, estava reclinada em uma cadeira antiga de mogno, acentuando sua presença metálica naquele ambiente.
Neste momento, imerso às gotas da chuva, V refletia brevemente sobre o que ela fez até ali...

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
- Você está pronta, minha querida...

Estática, tanto fisicamente como internamente com seus mecanismos parados, V não sabia como reagir.

"Será que... Finalmente... poderei..."

- Sim, você será digna de ser a máquina mortífera que lhe criei para ser. Que dei tanto trabalho e gastos para finalmente, chegar neste momento: Vá até o submundo na viela específica que estará no papel que lhe entreguei, e diga “Eu desejo ver Baba Yaga”; De resto, você descobrirá por si só... Não morra no caminho, ou desperdiçará tudo aquilo que coloquei em você para existir. Não seja apenas uma lata velha uma vez neste mundo, e conquiste por si só este mérito de participar desta organização, na qual temos tanto contato aqui entre os Iwagakures...

Ajoelhada em total respeito e devoção ao seu mestre, V exclama palavras com uma mega excitação parcialmente suprimida.

- HI! MESTRE OSA-SAMA!!!
.
.
.
Chegando na viela indicada, V percebe que é um lugar extremamente movimentado, incomum para algo tão oculto para aquilo que ela procurava.

"Será que meus sistemas falharam justo agora?! Processando dados... Não, este definitivamente é o local indicado. Taxa de relevância: 100%"

Então ela encapuzada, exclama em um tom audível para aqueles que passavam ali:

- Eu   desejo   ver   Baba   Yaga.

Então tudo ao redor se cala. Aquela barulheira de criminosos e pessoas conversando e andando pra lá e pra cá, simplesmente cessa, e todos param. Alguns congelam e começam a tremer, outros simplesmente saem correndo, mas muitos seguem em silêncio e viram-se para a autora da frase.
Em tom apático, V esconde qualquer possível brecha de reação, só mantinha-se totalmente preparada para ativar um de seus Modos de Operação e sair dali. Um clima de tensão, expectativas e silêncio ensurdecedor acontecia. Os segundos pareciam eternos. Mas... Nada aparentemente aconteceu. E todos, aos poucos, saíam daquele lugar como se quisessem evitar confusões, dando às costas àquele local, considerado por alguns audíveis murmúrios como "Assombrado pela Morte que Virá".
Então V sozinha, depois de muito esperar, sai daquele lugar, sem entender nada.

"Protótipo para Dedução da Situação: Nulo"

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Ao relembrar do ocorrido, V logo escuta as batidas ressoando na porta...
.
.
.
"Protótipo para Dedução da Situação: Completo... Então era isso que o mestre quis dizer..."

Encarando a carta e as informações inseridas sobre cada alvo, V vai direto para a enorme biblioteca na parte subterrânea da mansão de Osa. Lá ela começa a sua investigação e planejamento para seus assassinatos.

[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Download-8

"Hm... Localização do Alvo Mais Próximo: Vale Sussurrante."

V acreditava que a Vila Iwagakure ficava entre o continente de Vulcano e Satar, mas como seus dados da localização atual eram apagados sempre que ela voltava à vila, não era algo concreto e definitivo tal localização, por isso...

"Dispensar dados comparativos de proximidade, verificar níveis de dificuldade para cumprir o requisito: 'Sem Testesmunhas'; Em Processamento..."

"Apesar de o primeiro alvo ser dentro da floresta, lugar no qual é mais garantido o sigilo das mortes, os outros lugares contém maiores informações em textos..."

V procuraria algum livro que poderia haver informações sobre  "Comércio ilegal de árvores no Vale Sussurante". Ela buscava saber o possível nome da vítima, vulgo o comerciante rico, assim como os efeitos que sua morte traria.

"Obter dados de Consecutivos post-mortem seria possível mensurar a efetividade de suas mortes e concluir o requisito fundamental solicitado. Acredita-se não haver grande impacto em um simples comerciante rico, porém, suas relações externas que saberão de sua morte, pode comprometer a operação. Principalmente se quando o alvo for encontrado, ele estiver em negociação com outro comprador."

Isso fez V lembrar de Cordélia e outra missão de assassinato anterior, que seu mestre lhe ordenou.

"Hm, Foz Dourada. Lugar conhecido e diagnosticado, melhor desempenho em minhas funções. Porém, a idade e a escassez de informações sobre o alvo, dificultam e aumentam seu nível de periculosidade."

A autômata folheava enormes e grossos livros a procura de informações, conhecidas ou não, sobre a demografia, vegetação e distribuição comercial dos locais. Apesar de muitos conhecimentos não serem interessantes para o assassinato, V não queria dar nenhuma margem para erro, por isso ela passou a madrugada inteira folheando aquela enorme biblioteca.

"Como não voltarei mais para cá devido ao limite de tempo para cumprir tais assassinatos, preciso obter o máximo de informações que consigo."

A assassina em desenvolvimento, não fazia isso geralmente, apesar de sempre eliminar seu alvos com a devida estratégia, ela fazia isso em campo. Mas agora, os alvos eram vítimas para os Gravekeepers, V não podia desonrar o nome deles. Tanto que ela até anotou num papel as regras da organização para decorá-las na viagem.

"Certo, a primeira vítima será o comerciante do Vale. A segunda será esse em Forjarra, visto que há muitas informações sobre o assunto nos livros. E a terceira alma será a que tenho menos dados... O que acabaria me expondo ao procurá-los..."

Não deixando seu sistema falhar em pane, V começa a ler os dados de Forjarra, antes de sair dali.

Para ativar esse feito mágico, é necessária uma autorização especial, concedida somente aos visitantes respeitados e aos comerciantes que chegam para transações legítimas. Quando autorizado, os runecasters usam sua magia habilidosa para criar uma passagem segura, suspendendo um arco de pedra maciça acima do rio turbulento. Essa passagem serve como o único meio de entrada permitido, criando uma fronteira impenetrável para todos os outros. - by:Nuts, Adm do Território
"Ou seja, para eu entrar lá, preciso de um corpo de um comerciante renomado da região, vamos ver se há algum dado de algum famoso por aqui..."

V procura nos livros, algum comerciante que frequentava Forjarra, e divulgava suas mercadorias e achados em livros, sendo possível achar a localização de sua residência. Se não achasse nada, recorreria a buscar informações no submundo sobre tráfico de pessoas, fingindo ir comprar um.

"Se eu achar alguém que me dê essa passagem para entrar, o resto fica fácil. Sobre a segunda vítima, também já tenho um possível caminho de sucesso..."

Sentindo seus mecanismos e ferragens rodarem mais rápido, V sai dali decidida a cumprir seu propósito com maestria.  
Fora da vila Iwagakure, V coloca um capuz e túnica preta, já no seu corpo feminino e pequeno de "Tempo-Livre", ela sai em busca da mansão dentro da floresta da primeira vítima em Vales Sussurrantes-Hydrian.
Visto que aquela região, de acordo com os livros, era afastada de outras cidades de Hydrian e cercado pelo verde da vegetação. Ela pularia entre as árvores e correria em alturas altas, em busca de alguma clareira ativa.

"Taxa Estimativa de Sucesso dos Alvos até agora:
- 1°) 70%
- 2°) 50%
- 3°) Desconhecido. Mensurável 20% devido ao conhecimento presencial do local."

[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Moskvinssss-on-Tiktok

Alvo: Ainda Desconhecido; Título: Comerciante Rico; Local: Vales Sussurantes-Hydrian-Continente de Vulcano; Clima: Matutino, Chuvoso e Ar Rarefeito.
N° de Possíveis Vítimas: Ainda Desconhecido. NÍVEL DE PERIGO ATUAL: Baixo.


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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

Mensagem por Ineel Qua Nov 08, 2023 6:10 am

[NARRADA/FECHADA/+18] A ENTREGA DA FOICE Post: 02


Nas profundezas sombrias do subsolo, a biblioteca da mansão de Osa desdobrava-se como um santuário de conhecimento oculto. Corredores, iluminados por tochas que cintilavam como estrelas distantes na penumbra, eram labirintos de sabedoria enterrada e narrativas esquecidas. A túnica negra de V era uma extensão da escuridão que a circundava, enquanto deslizava sem ruídos entre estantes repletas de pergaminhos envelhecidos e volumes encadernados em couro ressequido. A cada passo, a biblioteca sussurrava, como se as palavras escritas ganhassem vida, revelando mistérios sepultados em suas páginas antigas.

Os olhos metálicos de V exploravam as prateleiras com um discernimento aguçado, até que, em uma esquina mergulhada em sombras, seus dedos encontraram um tomo empoeirado. O artigo antigo, resgatado das entranhas do tempo, desvendava os segredos do suposto Barão da Madeira do Vale Sussurante. Uma denúncia esquecida, sufocada pelas teias de influências econômicas e conexões obscuras. A descrição do barão, oculto sob um manto de prestígio, ecoava como um presságio sombrio, apontando o caminho para a mansão camuflada na densidade da floresta.

Com as coordenadas da próxima jornada cravadas em sua mente, V voltou-se para os registros de Forjarra, cidade que aguardava sua próxima incursão. Cada página virada era uma viagem ao passado, até que, como um farol em meio à escuridão, uma entrevista antiga surgiu. A história de um sequestro nos guetos de Forjarra ecoou na mente metálica de V, uma conexão não direta, mas uma trilha tortuosa para o passado enigmático que ela perseguia. No artigo, havia informações e o endereço da vítima que se identificava como Sasha, e apesar do material bem documentado, o caso fora misteriosamente arquivado.


Determinada a seguir a trilha , V trocou sua túnica por um disfarce mais sutil. Seu corpo, agora magro e de estatura reduzida, ostentava piercings que brilhavam na penumbra, como estrelas perdidas se destacando em um céu noturno.  O capuz sombrio, como uma sombra acolhedora, escondeu seus traços metálicos, transformando-a em um espectro entre as árvores. A automata avançava, decidida em direção à floresta, uma elegante dançarina metálica que, com maestria, saltava de árvore em árvore. Cada movimento estava sincronizado em um algoritmo calculado, aproveitando a força dos músculos cibernéticos para se lançar no ar.  O redemoinho do vento agitava os cabelos sedosos de V, fazendo com que pequenos fios dourados flutuassem como plumas em meio à tempestade.

Os fortes ventos, aliados à chuva impiedosa, intimidavam a vida animal presente na floresta. Pássaros alçavam voos rápidos em busca de abrigo, enquanto criaturas menores corriam em busca de refúgio. O rugido do temporal ecoava entre as árvores, criando um ambiente de caos e urgência.

Ao se aproximar do local da suposta mansão, se esgueirando dentre as copas das árvores, V discerniu mais do que olhos desatentos poderiam ver. Casas normais se disfarçavam em uma fachada tranquila, mas sua análise perspicaz desnudou a verdade escondida em pouco tempo. Era um campo de trabalho forçado, onde as condições impostas apresentavam estar análogas a escravidão.

À medida que se aproximava do residencial particular disfarçado, os detalhes do ambiente se revelavam com uma clareza dramática. Casas modestas, construídas com a madeira que ecoava os suspiros da natureza, abrigavam os trabalhadores incansáveis. Homens e crianças, envoltos em mantos úmidos, corriam entre as árvores como espíritos da floresta, cortando e serrando, sem descanso, beirando a exaustão.

- Trabalhem direito, vocês custaram caro ao Senhor Dole Tsc.. - Dizia um homem, de estatura alta e músculos definidos com um chicote em mãos. Ele então se direcionava a uma das casas colocando seu sobretudo cuidadosamente sobre a varanda protegida do castigo do temporal. Da janela, era possível ver o sujeito se acomodando em frente a uma lareira com cerca de outros dez capatazes que se deleitavam de uma sopa quente com um  bom aroma que alcançava quase todo o campo,  todos mantinham olhos atentos sobre os trabalhadores através das frestas e da varanda, portando um sino em mãos.






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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

Mensagem por Petmam Qui Nov 16, 2023 6:07 pm

PROTOCOLO: Ceifar


(COLOCAR O SOM DA CHUVA DO POST ANTERIOR AO LER!)


Homens e crianças, envoltos em mantos úmidos, corriam entre as árvores como espíritos da floresta, cortando e serrando, sem descanso, beirando a exaustão.


"Primeiro Diagnótico Situacional: Inexistência Feminina Laboral. Prováveis Motivos: Estupros, assassinatos e/ou anfitriãs forçadas ainda não visíveis."

Posicionada numa das árvores próximas, V escuta o capataz e analisa o interior da casa que ele seguia.

"ATUALIZAÇÃO DE POSSIBILIDADE DE ALVO: 'SR. DOLE'...
ATUALIZAÇÃO DE POSSÍVEIS VÍTIMAS...
ATUALIZAÇÃO DE NÍVEL DE PERITO ATUAL...
Atentar-se ao PERIGO DE ALARME devido ao sino em mãos de cada vítima."

Finalizado o modelo situacional, V entra em processamento de informações.

"Dentre esses capatazes, algum deles seria o Sr. Dole? Como saberei quem é o líder e o real alvo? Devo me preocupar com esses civis? Parcialmente desconsiderado, risco grande de comprometimento de toda a operação, apesar de haverem crianças. Preciso saber se há mulheres nestas habitações, também grande chance de alguma estar grávida..."

Percebendo a gravidade da situação, V tenta acalmar seus mecanismos, mas suas engrenagens pareciam não corresponder.

"Ai como eu queria que não estivesse chovendo para acender um cigarro..."

Sentindo-se culpada pela distração momentânea, V justifica-se e volta ao foco.

"Ajudaria ao processamento de informações de maneira mais lenta e calma, devido ao efeito da nicotina em meus mecanismos acelerados sem propósito... Enfim, vejamos o que farei..."

Escondendo mais sua pele pálida dentre sua capa escura, V aproxima-se furtivamente até a parte de trás da casa dos capatazes. Buscava achar alguma janela ou abertura que pudesse investigar melhor a casa. O objetivo de V era achar documentos relativo ao dono da propriedade, além de descobrir onde estariam as mulheres, e se alguma delas estaria grávida.

"Risco grande de ser revelada. Porém, método mais eficaz de confirmação do alvo. Caso um ser feminino apareça, há a possibilidade de interrogação a respeito do dono do local."

A autômata dizia isso a si mesma, no objetivo de reforçar o foco da missão, mas no fundo ela buscava uma mulher pois sabia da vulnerabilidade e abuso que elas poderiam se encontrar.
Por fim, ao aproximar-se, V aproveitaria que a chuva atrapalharia menos sua visão e analisaria melhor a situação dos escravos. Quanto tempo eles estariam ali, naquelas condições, quantos possivelmente já morreram e por qual motivo eles não tentam fugir. Essas eram perguntas que ecoavam nas sinapses mais profundas de V, perguntas que ela evitava olhar pois poderia desviar de seu alvo; Mas ao mesmo tempo, ela não descartava totalmente, já que no fim, tudo não passava de peças de algoritmos que precisavam ser encaixadas... (Analogia distorcida propositalmente)

[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Download-9

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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

Mensagem por Ineel Seg Nov 20, 2023 4:40 pm

[NARRADA/FECHADA/+18] A ENTREGA DA FOICE Post: 03


A automata V avançava como uma sombra pela densa vegetação, movendo-se com uma destreza sobrenatural entre as folhas molhadas pela chuva. Seu corpo metálico deslizava silenciosamente, uma coreografia perfeita de movimentos furtivos. Ao alcançar a parte traseira da humilde casa de madeira, encontrou fendas nas tábuas que lhe proporcionavam uma visão privilegiada do interior iluminado por uma luz tênue e oscilante.

Cautelosamente, V espiou pela abertura, seus olhos metálicos capturavam cada detalhe do interior. A cena revelava homens rudes, desafiando a tempestade com uma aparente indiferença. Alguns entregavam-se ao sono, outros compartilhavam refeições modestas à luz trêmula das velas. Dois deles mantinham uma vigília inabalável, guardiões daquele refúgio provisório.

Percebendo uma janela próxima, que parecia sussurrar a promessa de uma entrada segura, V começou a planejar sua incursão. Contudo, no momento em que se preparava para cruzar o limiar, uma voz tímida e gentil atravessou a cortina sonora da tempestade. Ao virar-se, a automata deparou-se com uma cena que, se tivesse um coração, teria partido, e sem dúvidas ecoado em suas entranhas de metal.


Uma criança toda maltrapilha, cujos trapos de roupa mal se agarravam ao seu pequeno corpo, enfrentava a fúria da tempestade. Seus olhos, repletos de uma inocência que a vida ainda não conseguira roubar, lançavam um olhar curioso e questionador em direção a V. O menino, entre soluços silenciosos, ousou perguntar com uma sinceridade pungente - Moça, você precisa de algo? - Dizia o garotinho.

A expressão desgastada do pequeno guardião da chuva revelava uma fragilidade envolta em coragem. Suas mãos estendidas pareciam segurar não apenas a oferta de ajuda, mas também a esperança de um gesto bondoso em meio à tormenta. O contraste entre a brutalidade da tempestade e a ternura infantil pintava uma cena tocante, onde a automata se via diante de uma escolha além das linhas programadas: a escolha entre a frieza de sua missão e a chama frágil da humanidade refletida nos olhos do menino.






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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

Mensagem por Petmam Seg Nov 20, 2023 6:32 pm

PROTOCOLO: Ceifar


"Dois alvos em alerta apenas. Resto das vítimas, alvos fáceis. Possibilidade de ataque surpresa, considerado."

Assim que V ia agir conforme seus planos, ela é interrompida por uma voz.

"ALERTA! ALERTA! FURTIVIDADE COMPROMETIDA! ALERTA!"
"Processando dados..."
"Caminho de manutenção da furtividade ENCONTRADO"
- Olá, criancinha... Como você se chama?

A voz de V era doce e suave, acolhedora e receptiva o máximo que aprendeu a fazer, ou seja, as frases pareciam formuladas, mas enganavam como autênticas e humana.

- Você sabe dizer quem é que manda aqui? Quem dá as ordens?

"Necessidade de resumir e interrogar de forma simples e prática, considerar intelecto infantil...
Menor agressividade = Maior confiança e abertura. Crianças tendem a ser medrosas."

- Você está brincando na chuva? Se houvesse outras crianças, talvez eu brincaria também, há? AH, mas não conte nada para ninguém de mim tá? Eu sou meio tímida pra brincar com as pessoas...

A autômata aproximava-se da criança e falava numa volume que só ela escutasse. Fazia gestos humanos como mostrar rubor na timidez, cutucar os indicadores entre si demonstrando "insegurança" e leves gaguejos sutis. Gaguejos esses que provavelmente era imperceptíveis devido a necessidade de clareza em sua fala, mas V tentava pois sabia que era importante para humanos. Além disso, V estava no corpo de "descanso",  o que já ajudava em sua atuação, pois ela era baixinha e aparentemente frágil.

[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Image

- Outra coisa (Nome do garoto), quanto tempo você brinca por aqui? E onde está a sua mamãe? Eu acho que perdi a minha mamãe, não sei para onde ela foi parar... Eu ia procurar nessa casa aqui, será que eu acho? Ah, mas preciso ir sozinha tá, eu tava brincando de esconde-esconde quando ela sumiu, então... Ela tem que me achar primeiro, então "Xiiu"....

Fazendo o gesto de silêncio tapando a boca com o dedo, V espera cooperação daquela criança.

"Alvo muito imaturo ainda, considerado nulo, devido a necessidade de perpetuação da raça."

Afinal, V ignorou o fato da criança estar em estado lastimável? A resposta é que parcialmente não. Porém, como ela já "desviou" de seu objetivo quando foi falar com a criança, V apenas falava a ela enquanto ao mesmo tempo buscava um antivírus que negasse os dados emocionais em seu sistema.

"Reforçar objetivo: Levar 3 vítimas a óbito para os Gravekeepers.
Lembrar prioridade: Fui criada para isto.
Mensurar consequências: Iria contra as vontades de meu criador, Osa-sama."

Após estes processamentos, V sentia seus mecanismos internos desacelerarem levemente.

"Caso esse ser imaturo não coopere ou comprometa minha localização, será necessário desligar tal indivíduo."

Formulado isso, se necessário, V daria um forte mas bem controlado tapa na nuca daquela criança para desmaiá-la.

[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Knockout-hxh

Assim, ela colocaria ele encostado perto de algum lugar coberto, que não pegasse chuva, numa posição que parecesse uma criança inocente dormindo tranquilamente.
Por outro lado, caso a criança cooperasse, V esperaria ela ir embora para ver para aonde iria.
Cooperando ou não, no fim, V voltaria ao seu objetivo e pularia a janela sem que ninguém visse, adentrando a casa furtivamente.

Alvo: Possível "Sr. Dole"; Título: Comerciante Rico; Local: Vales Sussurantes-Hydrian-Continente de Vulcano; Clima: Matutino, Chuvoso e Ar Rarefeito.
N° de Possíveis Vítimas: 11 Capatazes + "Sr. Dole". NÍVEL DE PERIGO ATUAL: Mediano.




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[Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] A Entrega da Foice

Mensagem por Ineel Ter Nov 21, 2023 8:35 am

[NARRADA/FECHADA/+18] A ENTREGA DA FOICE Post: 04



A automata, impelida por uma rápida adaptação a essa reviravolta inesperada, tentou envolver a situação com uma habilidade que beirava a perfeição teatral. Emulando uma voz suave e melódica, V buscava replicar a ternura em sua tonalidade metálica. Seus olhos cibernéticos piscavam como se capturassem nuances de expressões humanas, enquanto ela se esforçava para transmitir uma calidez fictícia.

O garotinho, recebendo essa simulação de afabilidade, abriu um sorriso que iluminou seu rosto infantil. Energicamente, como se uma faísca de curiosidade e alegria o impulsionasse, ele respondeu à encenação de V. -  Eu me chamo Thullys! E você, moça? - As palavras fluíam da boca do pequeno com uma pureza que desafiava as tempestades ao redor, uma inocência que permanecia inabalável mesmo diante da brutalidade presenciada em suas roupas.

Thullys, na sua efervescência infantil, aguardava ansiosamente pela resposta de V, mas diante do silêncio metálico que se seguia, o garoto decidia não interromper o fluir de suas palavras inocentes. - Moça, você vai entrar ali? É perigoso! O homem que bate nas outras crianças sempre fica ali. - Dizia a pobre criança, com um certo temor em suas palavras. -  Sinto falta da mamãe, uns homens malvados me tiraram dela e disseram que nunca mais iria encontrá-la. - Concluía o garotinho. A pureza da confissão transparecia nos olhos do menino, cujas palavras carregavam o peso da dor e da solidão. Uma lágrima solitária deslizava pela sua bochecha, rompendo a barreira da tristeza contida.

O gesto inesperado de Thullys rompeu a fria coreografia que V estava prestes a executar. Enquanto a automata se preparava para seguir com a missão, Thullys, com uma velocidade surpreendente, correu em sua direção e envolveu sua cintura com força. Lágrimas e soluços se misturavam no rosto molhado do garotinho, uma tempestade pessoal que rivalizava com o caos lá fora, mas que permanecia silenciosa sob o estrondo das trovoadas.

- Moça, por favor, não vai! - O apelo desesperado de Thullys ecoava em meio à cortina sonora da tempestade. Seu abraço apertado, carregado de uma dor que transcendia sua tenra idade, tentava deter V como se ele pudesse, de alguma forma, proteger a estranha moça de um destino desconhecido.

O apelo desesperado de Thullys, embora tenha tocado uma breve pausa nos movimentos calculados de V, não foi suficiente para deter a implementação de seus protocolos. Com uma eficiência mecânica, a automata direcionou um golpe leve à nuca do garoto, induzindo um desmaio instantâneo. Cuidadosamente, ela o acomodou em um local protegido da chuva, onde poderia aguardar seu despertar sem maiores danos.

Com a frieza peculiar de suas ações, V voltou sua atenção para a tarefa designada. Deslizando pela janela, ela penetrou silenciosamente na casa. Um quarto vazio, com mobília escassa, revelou-se como seu primeiro refúgio. Uma cama simples, uma mesa de escrivão e algumas prateleiras compunham a atmosfera minimalista do ambiente. Ao sair do quarto, a automata se depararia com um pequeno corredor, onde três portas fechadas indicavam quartos ainda não explorados, cada um com seu mistério contido.

À frente, o espaço onde os homens se reuniam em frente à lareira aguardava a intrusa metálica caso os outros quartos fossem ignorados. Aqueles que estavam atentos, por sorte ou destino estavam se sentando próximos a outra janela da sala de estar, não percebendo o avanço da automata, garantindo que a mesma tivesse o elemento surpresa.






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