Effrayant Gâteau

Diante daquela situação Newyn era sugado, o mar de sangue e corrupção que o engolia o colocava na situação de simplesmente não ser capaz de agir naquela situação, ele queria gritar, avisando sua esposa, mas o tentáculo que saia daquele mar de sangue violava seu direito de fala, tapando sua boca e o impedindo, aquela maldição o deixava numa situação de completa perdição.

Ele não queria repetir aquela cena, e nem mesmo o carinhoso toque da sua falecida esposa poderia tirar aquela criatura do desespero. Não havia nada que pudesse ser feito, para reavivar a esperança que lhe havia sido tomada. A voz doce, as carícias, e nem mesmo aquela angelical imagem traziam um fio de esperança.

Deep se viu forçado a fugir, quando sentiu sua fúria, quando sentiu raiva dos imundos seres que jamais lhe estenderam a mão. E então fugiu, não queria que sua esposa o visse daquela maneira, não queria ser mais uma vez levado até o passado, não esse momento no passado, talvez qualquer outro, mas aquele momento… Esse… Não devia ser revivido.

Em meio a grama ele corria, sentindo todo aquele misto de sentimentos, uma coisa era certa, algo estava errado com aquele mundo, um mundo tão cruel, não poderia representar a bondade, onde nem mesmo os Deuses estendem as mãos aos homens, a quem resta recorrer, talvez o caos ou a intriga? Talvez um destes… Pudesse lhe levar a algum lugar.

E em meio a sua fuga dos verdejantes campos, uma janela apareceu para ele, uma da qual ele não poderia se importar menos, era da pequenina celestial que ele viu no passado, uma mensagem da Deusa da ansiedade, a mesma que lhe deu a pedra que lhe levou até ali. A mensagem dizia para que ele fizesse 100 flexões e 100 abdominais??

Naquela situação? Era mais uma piada de mal gosto? Ele parecia afundar cada vez mais na mão dos tiranos e cruéis que os mortais chamam de Deuses. Criaturas além de sua compreensão, que lhe pareciam prega peças nele uma atrás da outra… Mas quem gargalhava era Kin.

Aquela risada, dessa vez tinha um tom nefasto, ele ria com multiplas vozes, uma criança, um velho, um idoso, uma mulher, um homem, parecendo uma verdadeira plateia, enquanto o bater de palmas surgia no ambiente, uma voz sutil no entanto era quem dizia.-Quem diria? Logo ela me divertir tanto, não deve ser a intenção, mas me sinto superada!! Vamos pequenino dance conforme a música, você quer sair, então vá, mostre o que pode fazer-Era assim que a voz de Kin ecoava, Newyn estava em outro cenário quando a voz terminava, ele estava no vazio, ali só tinha a mais profunda escuridão, um caminho plano, onde não importava o quanto andasse, não levava a lugar nenhum, não havia sequer uma fagulha de luz, nenhum tipo de item, nada, apenas um lugar pra firmar os pés que também não tinha forma.

Era uma coisa que poderia soar simples, mas enlouquecedora também, eram tantas coisas que perturbavam o demônio, que talvez a brincadeira de Kin não pudesse durar tanto tempo mais. Entretanto, o que mais a Deusa preparou para o futuro dele, era um grande mistério, que propósitos teriam sido reservados aquela pobre alma, dançando nas mãos do caos e do acaso.

Contagem de Corpos Consumidos: 12

Após devorar minha esposa, queria correr, não queria mais daquilo e não queria sucumbir a meu lado sombrio, tentava fugir, mas como se foge de um deus, é impossível, não apenas Kin ria de mim como um maldito painel com ordens de exercício apareciam do nada.

-Vê? Dê que adianta, se entregue ao mal, vão parar de te encher se você for mal, no máximo um herói te mata, nada que não queira…

Olhei para a minha esquerda e vi um outro eu no escuro, abatido, ferido, com olheiras, a cara do cansaço e desistência. Ele me olhava impassível, esperando algo.

-Milênios nisso e você continua seguindo a vida se importando com o que uma anja fez só porque ela deu uma lustrada na sua rola?

Minha mana se agitava e eu atacava aquele outro eu com a mesma, ele apenas defletir a mana como se não fosse nada.

-Que foi? Ficou nervoso foi? Ou lembrou dos gêmeos? Ah sim… Dois mestiços malditos que vocês soltaram no mundo humano e nunca mais apareceram por aí, óbvio que foram liquidados por um do lados, ninguém vai querer vira-latas por aí, você sabe bem como funciona… Não era nem pra ela poder engravidar de você… Foi um erro desde sempre.

Parti pra cima daquele meu que não se calava e saímos no soco, rolando naquela lama de sangue.

O meu eu ferido e cansado, rolou por cima de mim, me segurando abaixo da camada de sangue e me socando enquanto falava:

-É só esquecer… Esqueça tudo, vai ser mais fácil, apenas se entregue como o brinquedinho que querem, faça o que te forçam, vai ser menos doloroso, apenas aceite.

O meu eu cansado e ferido socava o meu eu embaixo da água, mas este começava a sumir sempre que golpeado… Era apenas uma imagem no sangue, um reflexo de um eu que não existe mais, um eu que ainda tenta dominar minha personalidade, alguém com orgulho, amor e moral. Porém ter isso nesse mundo é pedir para sofrer e eu não quero mais sofrer.

Meu corpo olhava para o letreiro, não mais tentando fugir, o brilho em meus olhos se esvai para um vazio sem sentimentos, apenas tinha que obedecer e toda minha dor ia sumir.

Me colocaria a fazer os exercícios pedidos e após eles, andaria ainda com uma expressão neutra até Kin, apenas esperando uma ordem, sem pensamentos, sem vontade, sem esperanças, apenas uma casca sem vontade própria, entregue aos caprichos do caos, como seu cachorrinho, seu brinquedo, apenas me use sem judiar demais de mim.

Em sua fuga, Newyn percebia que estava em uma situação patética, ele olhou para si mesmo, ele via através de suas forças e fracassos, de uma forma que seu patético eu se tornava real. Ele olhava para a figura atrás do reflexo e aquilo o despertava. Fazendo com que lutasse consigo mesmo, em uma luta da qual o vencedor não importava, pois nada iria mudar.

Ele viu a crueldade do mundo, e ela se refletia como a voz na sua cabeça, onde ele não era tolerado, seus filho também não seriam, o ódio domina todos os seres que caminham sobre a terra, fazendo com que bastasse uma desculpa qualquer para ferir, apedrejar e destruir outras pessoas.

Dessa maneira, nada que ele fizesse parecia importar, adiantar, e só o machucava mais, então, por que se importar em não machucar os outros, quando os outros não ligam se vão te machucar? Era uma dúvida válida, um sentimento que podia marcar o pensamento, e levar até mesmo aos extremos, é por isso que aquele conflito terminava da única forma que poderia.

Era uma derrota mútua, não era possível vencer a si mesmo, pois não importava quem caísse, só haveria um derrotado. Diante de todo cenário ele apenas aceitava ordens, ele não acreditava que poderia fazer outra coisa, então de cabeça baixa apenas aceitou seu destino.

Todo o perturbador momento então passava até Kin, que proferia novamente as palavras que lhe disse antes.-Cumpra o que a Janela lhe manda fazer, vamos, dance conforme a musica.-Apesar de serem palavras que poderiam soar bobas, aquilo também era a forma de pensar da Deusa da intriga, dançar conforme a música, agir abertamente, desligar as preocupações e ver até onde tudo vai dar.

Mas não se tratava de assistir, se tratava de participar, de estar no meio do caos e sorrir diante da incerteza do amanhã. De não procurar ordem em tudo, e tentar mudar a forma como o mundo é, afinal, nascidos e criados do caos, o que mais ele poderia ser? Se não intriga e desordem. Era por isso que aquela era a essência que Kin pregava, que as coisas não precisam ser sérias, quando podem ser intrigantes e divertidas. Basta que o observador, esteja sentado numa cadeira diferente.

Contagem de Corpos Consumidos: 12

Eu começava meus exercícios como mandado e Kin incentivava eu a os fazer, então os faria, de forma contínua, mecânica e silenciosa, apenas um barquinho de papel seguindo o fluxo do rio.

Quando acabasse, finalmente vomitaria o que comi, criando os zumbis e golens ácidos das criaturas que devorei, assim como se ratos viessem se alimentar das carcaças e acabassem por morrer devido a carne amaldiçoada, os invocaria como hordas de ratos zumbis o quanto desse, de forma quase instintiva e me colocaria a andar com meus zumbis me acompanhando, buscando mais comida ou uma ordem de kin, um escravo da fome e da vontade dos outros, preso com amaldiçoadas correntes a este corpo e situação, sem forças pra lutar um minuto a mais sequer.

Alguns me chamam de monstro, outros me chamam de vilão, criatura, praga, revenã, inútil, maldito, desgraçado… Apenas uma pessoa me chamou de querido ou amor, fazem séculos que ela morreu e não há mais ninguém que mereça minhas lágrimas nessa terra de traidores, fornicadores e pecadores.

Erwood levou milênios em minha forja, espero que cada maldito que não veio me salvar como uma boa pessoa, não chore perante a ira  e vingança de uma maldita alma abandonada e ferida... Sentirão minha dor... Vilões não nascem, são criados…

Exp: 210 ( posts) +1400 ( evento)

Ganhos:
Invocações: 14 invocações Uneaten(1 elfa, 1 raposa, 12 animais gigantes), +14 invocações de corrosive golems e +50 invocações de enxame de ratos.

Artefato: Encaminhado ao responsável o pedido de criação, considere válido, será atualizado direto na ficha e lhe avisado quando for criado.

63 pratas ( missão rank E On + off)

+ 6 posts off de direito pela aval

Rapina: 8 Exp ( referente a exp de 8 posts e seus 10%
2 Créditos e + 3 posts pra que você possa contabilizar e pedir posteriormente em outra adv quebrada e somar os posts ao chegar a 5.

Comentários: Excelente Aventura a todos envolvidos, visando a manutenção da saúde do sistema, não estarão sendo contabilizadas aquelas realizadas em off ou em auto narrada.