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[Auto Narrada/Aberta] O Sono dos Justos.
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Satar :: Bathestsa :: Quaihar
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[Auto Narrada/Aberta] O Sono dos Justos.
O Sono dos Justos
O despertar da justiça divina em um mundo banhado pelo caos
— Ano/Estação: 840 DG / Verão.
— Pessoas envolvidas: Mouip.
— Localidade: Quaihar - Bathestsa.
— Descrição: Logo após o renascimento do antigo anjo Mouip, o recém autômato foi largado na cidade de Quaihar para viver sozinho. Em um mundo totalmente diferente de séculos atrás, Mouip acaba se deparando com vários magos e ladrões que buscam roubar sua espada e seu núcleo mágico, com o objetivo de fazer de Mouip seu escravo, afinal, o preconceito que a sociedade tem para com a raça autômato faz a sociedade o enxergar como uma mera máquina de combate.
— Tipo de aventura: Auto narrada.
— Aviso: Conteúdo sensível e Violência.
— Pessoas envolvidas: Mouip.
— Localidade: Quaihar - Bathestsa.
— Descrição: Logo após o renascimento do antigo anjo Mouip, o recém autômato foi largado na cidade de Quaihar para viver sozinho. Em um mundo totalmente diferente de séculos atrás, Mouip acaba se deparando com vários magos e ladrões que buscam roubar sua espada e seu núcleo mágico, com o objetivo de fazer de Mouip seu escravo, afinal, o preconceito que a sociedade tem para com a raça autômato faz a sociedade o enxergar como uma mera máquina de combate.
— Tipo de aventura: Auto narrada.
— Aviso: Conteúdo sensível e Violência.
Mouip- Créditos : 0
Mensagens : 8
Data de inscrição : 27/04/2024
Re: [Auto Narrada/Aberta] O Sono dos Justos.
Era uma noite fria no grande deserto onde Quaihar se situava. O despertar totalmente acidental do sono eterno de Mouip tornou a noite ainda mais tenebrosa por conta dos rumores que Julius, um mago charlatão, teria revivido algum ser antigo, que nem mesmo sabia sua história. O recém autômato carregava apenas duas coisas de seu passado: seu nome e sua espada, que agora estava enferrujada por conta da falta de uso por éons da história de Erwood. - Quem... sou eu? Eu estou vivo? - disse o rapaz, após olhar seu rosto na janela de uma casa e perceber que estava com uma aparência esguia e uma feição morta. - Eu não conheço muito sobre a vida, mas acredito que qualquer coisa viva não teria essa aparência - .
Com enorme vergonha, foi para uma rua mais movimentada, os comércios estavam abertos, turistas ricos gastavam suas moedas de ouro com besteiras, como um anel de prata que prometia dar uma aparência mais agradável a quem o colocasse no dedo, mas a mudança na aparência apenas poderia ser vista por outras pessoas. - Uau, estou mais bonito? - perguntou o turista rico de algum reino de Satar para o mercador que vendia o anel. - Sim! Está muito belo, senhor! - . Não tinha mudado absolutamente nada, para falar a verdade. Vendo a situação, Mouip sentou em um banco que tinha na rua, sendo alvo de diversos cochichos. As mulheres passavam por ele e o rapaz conseguia escutar bem baixinho que comentavam sobre a aparência fraca e liquidada que o rapaz tinha, até que um grupo de rapazes passou ao seu lado comentando sobre Mouip: - Esse não é o autômato que o Julius tinha feito? Essa pedra ambulante aí tá sendo procurado até pelo Sakkar. - . Ficou de olhos fixos nos garotos, que percebiam o olhar fixo de Mouip, que estava com medo de ser caçado por esse tal de Sakkar.
Sakkar era um dos líderes do submundo de Quaihar, tinha vários cassinos e agências de assassinos de aluguel, além de ter vários estabelecimentos que comercializam especiarias e itens ilegais. O mafioso estava muito interessado no novo autômato, pois era a máquina de combate perfeita para um assassinato que fora contratado para executar, mas Mouip não fazia ideia disso. Acreditava, de forma completamente ingênua, que Sakkar o procurava para lhe ajudar, então o rapaz se levantou, olhou para os rapazes e foi até eles. - Onde está esse Sakkar? - disse o autômato. Os rapazes olharam para Mouip com um olhar que evidenciava um medo genuíno e uma pena absurda do autômato a sua frente. - Sakkar está a procura de você, autômato, ele vai estar na rua 4, endereço 122 daqui há uma hora. - , disse com uma voz trêmula e receosa. De fato, os rapazes não faziam ideia que o autômato não sabia quem era Sakkar, afinal, qualquer pessoa que vive em Quaihar sabe quem o mafioso é. Os jovens encararam a pergunta de Mouip como se fosse uma afronta contra o grande mafiosos, por conta disso o enorme medo, ao mesmo tempo que sentiram uma pena enorme de Mouip, pois, provavelmente, seria a última vez que o autômato veria a parte "clara" de Quaihar, fora do submundo da cidade.
Obtida a resposta que queria, Mouip, muito curioso, rumou frente ao endereço dado pelos rapazes e ficou lá, sentado em um caixote de madeira que estava à frente do endereço, segurando sua espada, que estava fincada no chão para servir de apoio para seus braços, esperando a chegada da sua grande "ajuda". - Tomara que valha à pena.
- Observações:
- Por ser uma página em branco e ter acabado de nascer como autômato, Mouip ainda não é uma pessoa extremamente odiosa, como diz sua personalidade na ficha, essa aventura mostra justamente o motivo dele se tornar tão rancoroso e desconfiado, além de não seguir ainda a religião de Kalah, do Ódio.
Mouip- Créditos : 0
Mensagens : 8
Data de inscrição : 27/04/2024
Re: [Auto Narrada/Aberta] O Sono dos Justos.
- Identifique-se, inferior imundo que ousa atrapalhar meu caminho. - disse uma voz grossa e profunda, que fere até os círculos internos da alma. A voz parecia vir de todos os lugares, adentrando a cabeça e ecoando em seus ouvidos, tornando ainda mais assustadora, mas Mouip não enxergava tamanho medo, por causa da sua falta de desconfiança. Foi mudando sua visão para os lados, procurando de onde tal voz saía, olhava pro lado esquerdo, pro direito, para dentro das casas e nada achava. - Responda, verme maldito - falava a voz assustadora. Mouip sentia um aperto em sua garganta, não tão forte a ponto de doer muito, mas forte o suficiente para causar um desconforto. - Sou Mouip, ouvi dizer que um tal de Sakkar estava atrás de mim - após a fala de Mouip, um ser aparece ao lado direito do beco onde Mouip estava, uma capa que se movimentava no ritmo do vento e olhos escarlates brilhosos naquela noite escura. Dava para ver que a silhueta maligna se aproximava, chegando próximo de Mouip após um tempo. O beco era escuro e a única luz que tinha lá era de uma porta ao lado dele, do endereço o qual o rapaz havia lhe dado anteriormente. A silhueta negra de olhos rubros chegou próximo da luz, revelando-se um belo humano com um sorriso alegre, acenando para Mouip, que estava sentado lá na caixa ao lado da porta. - Opa, olá, você é o Mouip, não é? O novo autômato que o Julius criou, certo? - dizia, com um sorriso de felicidade genuína e inocente no rosto, tentando transpassar um pouco de humildade ao autômato. - Não sei o que é um autômato... - respondeu, cabisbaixo o jovem Mouip. - É alguém que morreu em eras passadas, mas agora reviveu e sua alma foi embutida em um núcleo mágico que está dentro de você. - falou Sakkar, esperando que Mouip se lembrasse de quem foi na vida passada. - Mas enfim, vamos entrar aqui para eu te ajudar a lembrar de quem você era - .
Quando Mouip e Sakkar entraram na porta, dois mafiosos bem fortes seguraram as mãos de Mouip, principalmente a mão com a espada para não tentar machucar ninguém ali. Sakkar mudou imediatamente sua feição, olhando com seus olhos brilhantes no fundo da alma de Mouip e com um sorriso sádico. - Eu irei lembrar a você todo dia que você não passa de um escravo para mim, à partir de hoje - sorriu de forma insana, puxando Mouip para uma maca e prendendo seu corpo nela, amarrando braços, pernas e pescoço lá, impedindo quase todos os seus movimentos. Cada segundo que passava, Mouip ia se convencendo que não era melhor ter confiado em Sakkar, estava entendendo que suas intenções não eram boas, muito pelo contrário: continham um mal diabólico nelas. Não era à toa que Sakkar era um dos líderes da máfia de Quaihar, que assombrava o submundo da cidade. Neste momento que foi preso, dois médicos adentraram na sala que Mouip estava aprisionado, traziam com eles várias peças metálicas, como se fosse uma armadura de restrição de movimentos, colocando todas as peças no corpo de Mouip. - Mas o que vocês estão fazendo? - disse Mouip, sem adquirir resposta alguma dos médicos. Sakkar se aproximou, pegando no pescoço de Mouip e apertando. - Você irá trabalhar para mim agora, no primeiro momento que me desobedecer, essa armadura irá se comprimir e apertar seu núcleo, te destruindo por completo para sempre. Então ou você trabalha pra mim, ou você morre. Agradeça por eu estar sendo bonzinho e estar te dando poder de escolha - , falou com um sorriso maníaco no rosto, colocando com suas próprias mãos a máscara no rosto de Mouip, desprendendo o rapaz da maca e entregando a espada de volta ao rapaz, que agora estava bravo por não poder subjugar ninguém no local, senão iria morrer no exato momento. Cravou sua espada no chão e se ajoelhou àquele maníaco a sua frente. - O que devo fazer agora, então? - , almejando que um dia poderia sair dessa vida. Mas é claro que Sakkar não ia deixar uma pérola como um autômato escapar de suas mãos tão facilmente.
Mouip- Créditos : 0
Mensagens : 8
Data de inscrição : 27/04/2024
Re: [Auto Narrada/Aberta] O Sono dos Justos.
- Eu gostaria que você matasse um mago e alquimista que vem me dando bastante prejuízo, ele produz diversas poções mágicas, desviando clientes para ele. Mate-o antes do alvorecer do sol. - Falou Sakkar para Mouip. O mafioso então usa uma magia de levitação para fazer o corpo de Mouip, agora metalizado, ir para a porta de saída, expulsando-o do prédio às forças. O jovem autômato saiu do prédio, ainda bastante confuso, ele saía e olhava aos céus, tinha um único pensamento intrusivo nesta noite: - Eu sei que a humanidade não era assim. O que houve? - Mouip murmurou baixinho enquanto vinham diversos pensamentos intrusivos, desta vez, de origem conhecida. Parece que a magia de Sakkar era realmente poderosa, pois o nome e localização do alquimista que atrapalhava a máfia de Sakkar vinha a mente de Mouip, como se Sakkar estivesse fazendo um download das informações na memória do autômato.
O alquimista aparentava estar na rua Yume número 120, e foi para lá que Mouip foi, passeava pelas ruas com as pouquíssimas pessoas que o encaravam. Quando as pessoas "normais" (sim, "normais", afinal, o que uma pessoa realmente normal faria nos becos de madrugada em uma cidade como Quaihar?) viam o corpo metálico de Mouip, logo apressavam o passo com medo ou de serem vistas, ou com medo de ser alguém da força policial, de ser um justiceiro ou até mesmo cobrança de dívidas. Chegou lá após alguns minutos de caminhada, tentando se adaptar à armadura, que era fina o suficiente para não restringir movimentos nas articulações, mas ainda assim, oferecia certa resistência, afinal, nada como andar sem restrição alguma, não é?
Incrivelmente, o estabelecimento do alquimista era incrivelmente bem organizada e iluminada, o nome da loja era "Risatsu's Potions", e o nome o qual procurava é "Risatsu", então acreditava que estava no lugar certo, adentrando a loja e empunhando sua espada. Até que olhou para o balcão e ficou realmente triste com o que viu.
Risatsu era um idoso que aparentava ter 90 anos ou mais, ele estava sentado no balcão sorrindo e acenando para Mouip, o velho dizia: - Olá! Boa noite, como posso ajudar o senhor? - foi a única pessoa que o tratou bem desde que acordou, a única pessoa que ofereceu ajuda e agora Mouip teria que matá-lo. Via como a humanidade era cruel, as poucas pessoas que são genuinamente boas são ocultadas e mortas pelas pessoas más, isso deixava o autômato genuinamente triste.
Mouip, vendo aquela situação, fingiu que estava procurando uma poção de vida, embora o rapaz tivesse uma leve impressão que poções de vida não fariam nenhum efeito nele, era só para ganhar um tempo para tomar sua decisão. - Não, obrigado, senhor, estou apenas procurando uma poção leve de vida aqui. - , seguindo a fala do velho: - Bem, poções de vida é próximo desse setor o qual está procurando. Pode ficar a vontade! Só lembre de trazer aqui, assim eu posso ver se é realmente uma poção de vida o que está levando! Uma vez eu vendi sem querer uma poção do amor para alguém que queria uma poção de vida haha! - sorria o velho para Mouip, que retribuía o sorriso com outro.
Estava planejando matar o velho de forma rápida e indolor, pegava a poção de vida que estava numa estante e trazia ao balcão, colocava ela a frente do velho e quando ele fosse fazer algo, era a hora que Mouip iria desferir o golpe final nele. Quando o mais velho respondeu: - Tá vendo? Essa é uma poção do amor, não uma poção de vida! Hahaha. A poção de vida é um pouco mais vermelha. - começou um barulho agudo e alto atrás do velho, era algo que estava em uma sala atrás da loja, assustando os dois presentes no estabelecimento. Era um zunido ensurdecedor, muito alto e agudo, como o grito de uma mandrágora, só que mais metálico. O barulho parecia que era advindo de uma concentração de mana muito densa em um objeto, tão densa que interagia com as moléculas e produzia certas ondas sonoras, extremamente finas. O que teria uma mana tão forte sendo conjurado numa loja de um idoso? Até que a porta atrás do velho era quebrada e surgia, enfim, a origem do barulho: um núcleo mágico que estava sendo atraído para dentro do corpo de Mouip. Parece que o poder de Mouip era tanto que um núcleo mágico não era o suficiente para conseguir armazenar todo o poder remanescente da batalha. De fato, o primeiro núcleo pegou apenas a força física, já o segundo, conseguiu capturar a força mágica de Mouip, momentaneamente tornando seus olhos azuis por um tempo, desmaiando ali mesmo.
Mouip- Créditos : 0
Mensagens : 8
Data de inscrição : 27/04/2024
Re: [Auto Narrada/Aberta] O Sono dos Justos.
- Nossa, jovem! Parece que você sofreu uma batida e tanto desse troço que tinha na minha loja, não é? Perdão qualquer coisa... Em forma de agradecimento, não vou cobrar dinheiro pela poção, pelo troço que parece que... Entrou em você e eu cuidei da sua armadura. - Por um momento, sua fé na humanidade foi reestabelecida, sentindo um aconchego no seu peito por tamanho cuidado ao olhar para baixo e ver sua armadura remendada na área do peito de forma meio desleixada, com uma fita adesiva de coraçãozinho que parece que eram adesivos escolares das netas do velho. Sorriu o jovem para o senhor que cuidava dele. - Agradeço imensamente, senhor! - até que em um dado momento, Mouip infelizmente ouviu um barulho de pássaros e, pelas janelas do estabelecimento, via que o sol já começava a raiar. Neste momento, Mouip ia sentindo um aperto bem grande no peito, pressionando seu núcleo e sufocando, deixando o rapaz sem ar. Lembrava que sua missão era matar o pobre senhor e caso não a completasse, seu núcleo seria destruído e esmagado por completo por causa da maldição de Sakkar. Era uma sensação horrível, nunca tinha sentido isso na vida, era um ódio genuíno por Sakkar que Mouip sentia, em meio a tanto sufoco, numa velocidade muito grande, quase que inconscientemente Mouip pegou a espada e segurou firme no cabo, caindo uma lágrima de seu rosto, se negando fortemente a fazer o que tinham mandado fazer. O núcleo era esmagado cada vez mais e o sufocava cada vez mais, suspirando com um peso enorme, até que, aos prantos, atravessou o corpo franzino e fraco do idoso, o corpo era tão pequeno e magro que quase não apresentou nenhuma resistência para Mouip, em questão de força. Em contra-partida, a resistência mental e emocional do feito foi absurda. A dor no peito finalmente parou e ele foi até a poção do amor que estava no balcão, colocando ela no mesmo canto que estava na prateleira, suspirou fundo e finalmente saiu da loja, sentando no chão e olhando para o céu.
- Muito bem, robozinho. - Falou uma voz que era extremamente difícil de não reconhecer. - Agora os negócios irão andar novamente. - era a voz de Sakkar, aquele ser asqueroso que forçou Mouip a fazer o que fez. - Isso só mostra que suas poções são uma completa merda, se você teve que matar o seu concorrente, que era um velho, pois as poções dele eram infinitamente superiores que o lixo que você faz, então você é preguiçoso pra caralho pra não saber fazer algo bem feito ou então você só é muito ruim mesmo. - falou Mouip, após se levantar e ficar de cara, fitando Sakkar e guardando sua espada nas costas, pois sua armadura tinha uma bainha atrás. - Seu verme imundo. - falou Sakkar, avançando na direção de Mouip e segurando seu pescoço, forçando para o sufocar, mas sem o fazer desmaiar, tampouco matar. - Não importa o que você acha, um amontoado de sucata velha imunda não serve nem para pensar. Vá no mesmo local ao anoitecer, tenho uma outra missão para você. - falou Sakkar, sorrindo e logo em seguida desaparecendo.
Mouip ficou meio apreensivo, tanto pelo que tinha falado, quanto por medo de Sakkar, não sabia que o autômato era capaz de falar com tanta sinceridade as coisas que achava. Suspirou e entrou de volta na loja, limpando o resto das coisas. Decidiu que iria passar os dias ali, em um estado de descanso. Sentou no quarto do velho e entrou neste estado para descansar um pouco tanto o físico, quanto o emocional que estava levemente abalado. - O que eu faço agora? Eu não posso desobedecer ele enquanto estiver com essa maldição e parece que ninguém é capaz de me ajudar com isso... - . Pensou e pensou o período da manhã e o período da tarde inteiros sobre o que poderia fazer, até que teve uma ótima ideia que poderia ser posta em prática nesta noite que vinha caindo.
Mouip- Créditos : 0
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Data de inscrição : 27/04/2024
Re: [Auto Narrada/Aberta] O Sono dos Justos.
A noite caía, as pessoas iam entrando em suas casas e o frio da noite no deserto ia se intensificando. Mouip, o antigo anjo, estava sentado no chão de uma praça com sua espada fincada no chão, observando de longe o beco o qual deveria entrar nos momentos seguintes para encontrar seu novo mestre. Estava levemente nervoso, querendo saber se seu plano de ação iria dar certo de alguma forma. Suspirou fundo e se levantou, foi até o beco e colocou a espada nas suas costas, indo direto para a porta do box de Sakkar, o qual tinha encontrado o mafioso na noite passada. - Eu vejo vidas desaparecendo... - falou Sakkar, referindo-se a morte na madrugada passada que Mouip tinha executado. Mouip não precisava nem mesmo levantar a visão e olhar na direção que a voz saía para saber quem era. Suspirou fundo e, num nervosismo extremo e uma velocidade bem grande, corria na direção de Sakkar ingenuamente. Mouip sabia que o núcleo dele seria destruído se atacasse Sakkar, por conta da maldição, neste momento, Mouip troca seu núcleo, indo para o núcleo de Build mágica, mas o autômato apenas sabia que tinha adquirido um novo núcleo na noite passada, não fazia ideia do que o novo núcleo traria com ele. Suspirou fundo e levantou o braço, segurando e empunhando com máxima forma a sua espada caçadora de demônios. A dor no peito tinha passado por conta da troca de núcleo e, mirando com sua espada no peito de Sakkar, chegou no seu mestre.
Por um momento, Mouip não fazia ideia do que acontecia, pois Sakkar estava rindo bastante olhando nos olhos do autômato. Sakkar apontou para a mão de Mouip que, em um breve vislumbre de que sua espada tinha sumido, caiu em um desespero profundo, pensando que ali era seu fim. Sakkar ria de forma sádica e insana, aproximando seu rosto do de Mouip. - Você acha que pode me matar, é? Seu inútil! Você não serve pra nada além de me servir. Agora iremos amaldiçoar também seu segundo núcleo e você estará totalmente submisso a mim! Parabéns por conseguir um segundo núcleo, robozinho burro do caralho. - . Mouip suspirou e não falou nada, agora era definitivo: todos os seus planos acabaram e não fazia ideia do que fazer. Aceitou seu fim e entrou na porta. Voluntariamente deitou na maca e esperou os médicos chegarem. Tomado por um vazio, fechou seus olhos e apenas escutou Sakkar e os médicos falarem. - Parece que o poder da alma do Mouip era tão forte antigamente que apenas um núcleo não foi capaz de guardar os resquícios de sua alma. Parece que outro núcleo foi atraído e se uniu ao anterior, mas um tem apenas poder mágico e outro tem apenas poder físico, isso é muito interessante. - falou um dos médicos para Sakkar, que ainda estava com um sorriso sádico (olhar estilo Cillian Murphy) olhando no fundo dos olhos de Mouip, dispensando por um momento dos médicos e ficando sozinho, olhando fixamente pros olhos de Mouip e fechando o sorriso. Mouip sabia que não teria missão hoje, sabia que seria uma longa noite de pura tortura física e psicológica. Era isso o que ele mais temia quando ousou tentar matar Sakkar. Suspirou fundo e simplesmente permitiu Sakkar fazer o que quisesse. Sakkar passou horas e horas pegando pregos e fincando-os no núcleo de Mouip, batendo no núcleo e jogando-o para todos os lados, mas tomando cuidado para não matar. Isso ocorria com os dois núcleos simultaneamente, então era uma dor absurda em dobro que Mouip sentia, causando um ódio imenso no autômato.
O jovem autômato queria apenas morrer, já estava se entregando. Ele não tinha pedido para despertar do seu eterno sono, não tinha pedido para reviver, ainda mais numa forma tão perseguida em uma cidade dominada pelo crime. Uma luz surgia na visão de Mouip, algo como uma luz divina e o rapaz pensou, por um breve momento, que era o fim da sua pequena jornada de dois dias nesse mundo. Mas não, seu descanso estava um pouco longe de começar. - Matar... Matar... Matar... Matar... Demonios... Matar... - falou o corpo de Mouip (que estava sem núcleo nenhum, afinal, o núcleo estava fora do corpo sendo alvo de várias torturas). O corpo abria um sorriso breve repleto de sangue e os olhos brilhavam numa luz branca divina. - Demônios... Matar -
Mouip- Créditos : 0
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