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[NARRADA +18 ABERTA] Primeira Caça
2 participantes
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Greenleaf :: Urco
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[NARRADA +18 ABERTA] Primeira Caça
Relembrando a primeira mensagem :
「R」
Primeira Caça
Conhecendo o Continente
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Skar Truculentus
— Localidade: Urco
— Descrição: -
— Tipo de aventura: Narrada
— Aviso: Conteúdo delicado que pode vir a acontecer na aventura. Ex: Álcool, Linguagem Explícita, Conteúdo sensível e Violência
— Pessoas envolvidas: Skar Truculentus
— Localidade: Urco
— Descrição: -
— Tipo de aventura: Narrada
— Aviso: Conteúdo delicado que pode vir a acontecer na aventura. Ex: Álcool, Linguagem Explícita, Conteúdo sensível e Violência
Última edição por Hakon em Dom Mar 31, 2024 8:49 am, editado 1 vez(es)
Hakon- Créditos : 0
Mensagens : 10
Data de inscrição : 26/03/2024
Re: [NARRADA +18 ABERTA] Primeira Caça
Com a proposta de Skar, o grupo se dividiu e a maioria pareceu concordar, com exceção daquele único que, como aparente líder e derrotado, resolveu prezar por seu orgulho. Erro tolo, perdeu sua vida pelo machado.
E com o sangue derramado e o corpo estatelado na terra, o restante do grupo soltou informações preciosas acerca de um grupo de caça, um "caçador" e uma besta. Skar despertou sua curiosiadade sobre os últimos dois em específico, pois que tipo de besta seria essa e, pelo medo com que os Orcs falavam, quem era o louco que gostaria de capturá-la?
Pois então, Skar ponderou por alguns instantes, colocou o machado sobre o ombro direito e indagou. Está ótimo, vamos caçar essa besta então. Aceitou sabendo dos riscos, sem esboçar medo algum, pois não era do seu feitio.
Quanto ao menor que desejava ter suas machadinhas de volta, Skar olhou para trás si onde repousavam as armas e olhou de volta para o Orc. Pegou ambas no peito do pé e as lançou para ele. Não vejo problema em devolvê-las. Você ganha mais comigo vivo, do que morto, pois pelo que seu amigo disse, as chances de derrotarem a besta sozinhos são baixas.
O sol estava se pondo a essa hora, e Skar sentia o fedor pútedro se espalhar, e o cheiro de sangue estava infestando seu corpo. Vamos sair daqui, procurar um riacho e montar acampamento próximo. Skar acenou para que fossem na frente, pois não daria as costas a eles naquele momento.
E com o sangue derramado e o corpo estatelado na terra, o restante do grupo soltou informações preciosas acerca de um grupo de caça, um "caçador" e uma besta. Skar despertou sua curiosiadade sobre os últimos dois em específico, pois que tipo de besta seria essa e, pelo medo com que os Orcs falavam, quem era o louco que gostaria de capturá-la?
Pois então, Skar ponderou por alguns instantes, colocou o machado sobre o ombro direito e indagou. Está ótimo, vamos caçar essa besta então. Aceitou sabendo dos riscos, sem esboçar medo algum, pois não era do seu feitio.
Quanto ao menor que desejava ter suas machadinhas de volta, Skar olhou para trás si onde repousavam as armas e olhou de volta para o Orc. Pegou ambas no peito do pé e as lançou para ele. Não vejo problema em devolvê-las. Você ganha mais comigo vivo, do que morto, pois pelo que seu amigo disse, as chances de derrotarem a besta sozinhos são baixas.
O sol estava se pondo a essa hora, e Skar sentia o fedor pútedro se espalhar, e o cheiro de sangue estava infestando seu corpo. Vamos sair daqui, procurar um riacho e montar acampamento próximo. Skar acenou para que fossem na frente, pois não daria as costas a eles naquele momento.
- Informações:
HP: 95
Energia: 465
Mana: 60
Posts: 05/??
Considerações: Meu amigo narrador, pega leve, primeira aventura e conhecendo os sistemas. Os objetivos para essa aventura são principalmente farmar XP e fazer uma missão avulsa rank F.
Itens:
Machado de Guerra
Descrição: Um machado simples de lãmina dupla que pode ser utilizado tanto com uma mão, como por duas com facilidade, ainda mais para alguém com um porte físico mais avantajado. Não há detalhes extravagantes acerca dessa arma, sendo ela básica e servindo ao seu propósito: seja ele de cortar árvores ou cabeças.
Hakon- Mensagens : 10
Data de inscrição : 26/03/2024
Re: [NARRADA +18 ABERTA] Primeira Caça
Skar repousou a arma ainda úmida no ombro, escorrendo pelo cabo e sujando seu cabelo, assim como pingando ao chão e enquanto isso, pensou um pouco em como proceder após receber essas informações sobre o que ocorria naquela mata fechada, mas não se deteve por muito, pois logo incitava que iria atrás da caça. Não parecia estar atrás de emoção ou de riquezas, sua face era neutra e desleixada, parecia que iria participar da caçada apenas por ser algo que deveria ser feito, um meio menos trabalhoso de desbravar a vegetação, visto que já estava envolvido naquilo e isso fazia com que os demais parassem um momento para analisá-lo melhor, pois estava levando uma questão muito séria de forma extremamente leviana. O menor bufou e o outro nada fez, não querendo compreender realmente, apenas sobreviver mais um dia.
Após o pedido de receber as armas de volta, o Truculentus parecia chutar para o menor, que se jogou para trás na medida em que ambas voavam para si, porém era um movimento tão desengonçado que nem ao menos cravavam na madeira e poderia não haver risco (porém não queria dar chances, visto a brutalidade que o maior emanava). Catou-as no chão enquanto o espadachim ria e dava um soco no menor após colocar a espada no ombro, imitando Skar. O menor deve ter rasgado a gengiva com suas presas, pois sangrava com o golpe do outro, onde olhou-o ferozmente e até chegou a rosnar, e em meio a risos, ele diminuiu o ritmo e abriu levemente os olhos, mostrando seriedade, apesar do riso frouxo e isso fora o suficiente para que as coisas não escalonassem.
- Um riacho? - Falava o espadachim mijado, se abaixando e arrancando do solo uma muda amarelada e retorcida, seca em suas folhagens e mesmo com terra e tudo, atirou-a em direção do que anteriormente falava. - O mato não é amigo da água. Teremos que sair daqui e voltar nosso curso.
Skar nem ao menos se importava, então ambos os orcs começaram a andar em direção dele e o menor parecia pronto para uma briga ali, naquele exato momento, carregando as machadinhas em ambas as mãos, os ombros erguidos e a expressão raivosa com os músculos tensionados, porém na medida em que ia se aproximando do maior, poderia até ser instinto, mas preferia guardá-las em seu coldre improvisado, próximo ao peito. No entanto, ele parava diante do imóvel e o encarava no olho, se abaixando logo em seguida, batendo com os joelhos no chão em um claro sinal de submissão, mas não era para ser isso, pois sua intenção era em pegar o abatido, sujando sua pele verde com barro ensanguentado e se levantando com certa dificuldade, não recebendo (ou esperando) qualquer auxílio dos outros que meramente o observavam.
Dali, ele entrou em uma marcha até a árvore em que estava pendurado antes e por conta de seu próprio peso, o galho estava mais baixo, mas ainda firme e isso seria o suficiente para seus planos, jogando o corpo ali, que com a força empregada, ele simplesmente resvalou e caía pesado no chão. O orc grunhiu e o puxou pelo pé, tentando erguê-lo novamente, começando a suar enquanto seu rosto estava completamente preto. Ele não desistia e após castigar mais um pouco do corpo, viu que seria difícil colocá-lo novamente pra cima, então pegou suas machadinhas e sem aviso algum, começou a mutilar o corpo. Cortou as mãos e as atirou ao redor, decepou a canela e deixou que o sangue esvaísse como se tivesse abatido um porco, deixando os pés plantados junto das raízes da árvore (basicamente cavou um buraco rápido, colocou ali dentro e jogou a terra por cima, nada muito sofisticado), arrancou as orelhas e o nariz, apenas de aperitivo, visto que o trabalho consumia energia, precisava de algo para mascar, e após terminar de "limpar", jogou-o em cima do galho, tornando-se um chamariz.
- Agora vamos. Se a besta vier em nossa direção por conta do seu grito, então ela terá com o que brincar antes de pensar em nos procurar. - Passava o antebraço no rosto e o sujava, assim como espalhava pela bochecha, não realmente limpando coisa alguma. O espadachim olhou para a arma e matutou um pouco, mas sem se importar com as palavras do colega, seguiu rumo ao riacho, dando as costas facilmente para Skar, compreendendo que sua vida poderia ser retirada à qualquer momento, não haveria frescura em desconfianças, porém a empunhadura estava sempre firme em suas mãos, sinal de que ele não se deixaria ir sem uma briga, por mínima que fosse.
Atravessaram a relva com mais velocidade que antes, visto que agora todos sabiam para onde ir e sem medo de cair em armadilhas. De fato, tinham pouco tempo até o Sol se pôr e mesmo que orcs enxergassem no escuro, Skar preferia descansar após um dia inteiro de viagem e um combate antes da noite. O que houvera comido o dia inteiro? Talvez os demais também não tivessem tido uma refeição completa e com isso, antes que pudessem sair definitivamente da mata, o espadachim corria e saltava num galho, puxando-o para baixo com todo seu peso, mas precisando de mais duas sacudidas antes que enfim pudesse separá-lo, trazendo abaixo muita vegetação, galho e o próprio maço que tinha se agarrado, sendo este mais robusto que os demais, arrastando-o logo em seguida, sem medo de fazer rastro.
O som forte do pé d'água próximo a eles era algo que abafava os próprios barulhos deles, assim como mascarava seus cheiros. O espadachim logo sentava no chão e jogava em sua frente a madeira e as folhas, dando socos para quebrá-las e assim que estivessem satisfatórias, ele mostraria a palma para o colega, que entregaria uma das machadinhas, mas não de maneira educada, depositando em sua mão e sim, apresentando-a e antes que o outro pudesse pegá-la, ele a descartava e caía no chão, gerando um certo atrito entre os dois, fazendo com que a arma fosse pega às pressas, mas o menor já estava longe demais para receber uma punição física e após alguns grunhidos, ele começou a raspar a lâmina lisa do machado contra a quebradiça da espada, criando faíscas em cada imperfeição e aos poucos, começando a gerar a fogueira.
Enquanto aquele se preocupava em acender o fogo e jogar-se para trás, repousando finalmente, este ia até o riacho e bebia bastante água, como um animal escorado nas margens, limpando parcialmente o rosto e não se importando em fazer o resto, deixando a lama seca sobre o rosto mesmo.
O espadachim logo retornava a posição, se levantando e indo até o riacho, sempre agarrado à sua arma, adentrando na água como se não houvesse alguma e ficando até a cintura e olhando para o fundo, procurando qualquer coisa para poder comer e iniciando uma pescaria precária, mas que com força e velocidade, nenhum animal ali seria uma dificuldade para o grupo. Pareciam até relaxados demais.
Para Skar, ele ainda sentia que tinha algo errado. A mata era muito silenciosa, mesmo em meio a uma caçada e era como se as árvores olhassem para ele.
- Você ia para onde? Indo para a guerra? Exilado de sua tribo? - Falava o menor ao deitar-se na terra seca e procurando sua machadinha faltante, encontrando-a no meio da fogueira, como gesto punitivo do outro, mas que não houve hesitação em enfiar a mão no fogo e puxá-la, jogando-a na areia para retirar brasas e diminuir sua temperatura. Ele falava diretamente com Skar, não realmente esperando uma resposta, só estava entediado e cansado e o silêncio o incomodava. Ou o que tinha dele, pois aparentemente o outro tinha conseguido pescar algo com as mãos nuas e agarrava um peixe que parecia uma baiacu, mas com uma cauda comprida, obviamente venenoso que espetava sua palma e para vingar-se da agulhada, ele mordia o animal vivo, saboreando a requintada carne branca crua com um molho leve de toxina, fazendo-o cuspir logo em seguida e jogando a criatura em direção ao acampamento, ainda pretendendo comê-la enquanto sufocava pela falta d'água e sofria pela mordida, suja pela terra e predestinado a ser comida, mas sem antes ter um fim sofrido.
Não haviam nuvens e no horizonte, o olho escarlate começava a se fechar, enquanto em seu oposto, um prateado erguia-se curioso, querendo saber o que os orcs faziam naquelas terras, mas era um olho preguiçoso e isso indicava que não teriam muita luminosidade naquela noite, o que não exatamente importava para o trio que via o preto, cinza e o branco como uma nova camada noturna. Até onde algo poderia se esconder nessas sombras?
Após o pedido de receber as armas de volta, o Truculentus parecia chutar para o menor, que se jogou para trás na medida em que ambas voavam para si, porém era um movimento tão desengonçado que nem ao menos cravavam na madeira e poderia não haver risco (porém não queria dar chances, visto a brutalidade que o maior emanava). Catou-as no chão enquanto o espadachim ria e dava um soco no menor após colocar a espada no ombro, imitando Skar. O menor deve ter rasgado a gengiva com suas presas, pois sangrava com o golpe do outro, onde olhou-o ferozmente e até chegou a rosnar, e em meio a risos, ele diminuiu o ritmo e abriu levemente os olhos, mostrando seriedade, apesar do riso frouxo e isso fora o suficiente para que as coisas não escalonassem.
- Um riacho? - Falava o espadachim mijado, se abaixando e arrancando do solo uma muda amarelada e retorcida, seca em suas folhagens e mesmo com terra e tudo, atirou-a em direção do que anteriormente falava. - O mato não é amigo da água. Teremos que sair daqui e voltar nosso curso.
Skar nem ao menos se importava, então ambos os orcs começaram a andar em direção dele e o menor parecia pronto para uma briga ali, naquele exato momento, carregando as machadinhas em ambas as mãos, os ombros erguidos e a expressão raivosa com os músculos tensionados, porém na medida em que ia se aproximando do maior, poderia até ser instinto, mas preferia guardá-las em seu coldre improvisado, próximo ao peito. No entanto, ele parava diante do imóvel e o encarava no olho, se abaixando logo em seguida, batendo com os joelhos no chão em um claro sinal de submissão, mas não era para ser isso, pois sua intenção era em pegar o abatido, sujando sua pele verde com barro ensanguentado e se levantando com certa dificuldade, não recebendo (ou esperando) qualquer auxílio dos outros que meramente o observavam.
Dali, ele entrou em uma marcha até a árvore em que estava pendurado antes e por conta de seu próprio peso, o galho estava mais baixo, mas ainda firme e isso seria o suficiente para seus planos, jogando o corpo ali, que com a força empregada, ele simplesmente resvalou e caía pesado no chão. O orc grunhiu e o puxou pelo pé, tentando erguê-lo novamente, começando a suar enquanto seu rosto estava completamente preto. Ele não desistia e após castigar mais um pouco do corpo, viu que seria difícil colocá-lo novamente pra cima, então pegou suas machadinhas e sem aviso algum, começou a mutilar o corpo. Cortou as mãos e as atirou ao redor, decepou a canela e deixou que o sangue esvaísse como se tivesse abatido um porco, deixando os pés plantados junto das raízes da árvore (basicamente cavou um buraco rápido, colocou ali dentro e jogou a terra por cima, nada muito sofisticado), arrancou as orelhas e o nariz, apenas de aperitivo, visto que o trabalho consumia energia, precisava de algo para mascar, e após terminar de "limpar", jogou-o em cima do galho, tornando-se um chamariz.
- Agora vamos. Se a besta vier em nossa direção por conta do seu grito, então ela terá com o que brincar antes de pensar em nos procurar. - Passava o antebraço no rosto e o sujava, assim como espalhava pela bochecha, não realmente limpando coisa alguma. O espadachim olhou para a arma e matutou um pouco, mas sem se importar com as palavras do colega, seguiu rumo ao riacho, dando as costas facilmente para Skar, compreendendo que sua vida poderia ser retirada à qualquer momento, não haveria frescura em desconfianças, porém a empunhadura estava sempre firme em suas mãos, sinal de que ele não se deixaria ir sem uma briga, por mínima que fosse.
Atravessaram a relva com mais velocidade que antes, visto que agora todos sabiam para onde ir e sem medo de cair em armadilhas. De fato, tinham pouco tempo até o Sol se pôr e mesmo que orcs enxergassem no escuro, Skar preferia descansar após um dia inteiro de viagem e um combate antes da noite. O que houvera comido o dia inteiro? Talvez os demais também não tivessem tido uma refeição completa e com isso, antes que pudessem sair definitivamente da mata, o espadachim corria e saltava num galho, puxando-o para baixo com todo seu peso, mas precisando de mais duas sacudidas antes que enfim pudesse separá-lo, trazendo abaixo muita vegetação, galho e o próprio maço que tinha se agarrado, sendo este mais robusto que os demais, arrastando-o logo em seguida, sem medo de fazer rastro.
O som forte do pé d'água próximo a eles era algo que abafava os próprios barulhos deles, assim como mascarava seus cheiros. O espadachim logo sentava no chão e jogava em sua frente a madeira e as folhas, dando socos para quebrá-las e assim que estivessem satisfatórias, ele mostraria a palma para o colega, que entregaria uma das machadinhas, mas não de maneira educada, depositando em sua mão e sim, apresentando-a e antes que o outro pudesse pegá-la, ele a descartava e caía no chão, gerando um certo atrito entre os dois, fazendo com que a arma fosse pega às pressas, mas o menor já estava longe demais para receber uma punição física e após alguns grunhidos, ele começou a raspar a lâmina lisa do machado contra a quebradiça da espada, criando faíscas em cada imperfeição e aos poucos, começando a gerar a fogueira.
Enquanto aquele se preocupava em acender o fogo e jogar-se para trás, repousando finalmente, este ia até o riacho e bebia bastante água, como um animal escorado nas margens, limpando parcialmente o rosto e não se importando em fazer o resto, deixando a lama seca sobre o rosto mesmo.
O espadachim logo retornava a posição, se levantando e indo até o riacho, sempre agarrado à sua arma, adentrando na água como se não houvesse alguma e ficando até a cintura e olhando para o fundo, procurando qualquer coisa para poder comer e iniciando uma pescaria precária, mas que com força e velocidade, nenhum animal ali seria uma dificuldade para o grupo. Pareciam até relaxados demais.
Para Skar, ele ainda sentia que tinha algo errado. A mata era muito silenciosa, mesmo em meio a uma caçada e era como se as árvores olhassem para ele.
- Você ia para onde? Indo para a guerra? Exilado de sua tribo? - Falava o menor ao deitar-se na terra seca e procurando sua machadinha faltante, encontrando-a no meio da fogueira, como gesto punitivo do outro, mas que não houve hesitação em enfiar a mão no fogo e puxá-la, jogando-a na areia para retirar brasas e diminuir sua temperatura. Ele falava diretamente com Skar, não realmente esperando uma resposta, só estava entediado e cansado e o silêncio o incomodava. Ou o que tinha dele, pois aparentemente o outro tinha conseguido pescar algo com as mãos nuas e agarrava um peixe que parecia uma baiacu, mas com uma cauda comprida, obviamente venenoso que espetava sua palma e para vingar-se da agulhada, ele mordia o animal vivo, saboreando a requintada carne branca crua com um molho leve de toxina, fazendo-o cuspir logo em seguida e jogando a criatura em direção ao acampamento, ainda pretendendo comê-la enquanto sufocava pela falta d'água e sofria pela mordida, suja pela terra e predestinado a ser comida, mas sem antes ter um fim sofrido.
Não haviam nuvens e no horizonte, o olho escarlate começava a se fechar, enquanto em seu oposto, um prateado erguia-se curioso, querendo saber o que os orcs faziam naquelas terras, mas era um olho preguiçoso e isso indicava que não teriam muita luminosidade naquela noite, o que não exatamente importava para o trio que via o preto, cinza e o branco como uma nova camada noturna. Até onde algo poderia se esconder nessas sombras?
Spare Kin- Créditos : 12
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Data de inscrição : 21/03/2024
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