[Auto Narrada/Aberta+18] - A Sombra do Corsário de Âmbar Act II

O navio, outrora majestoso sob o comando de Ineel, agora repousava encalhado, suas velas estavam desfraldadas como uma ode à resistência contra os caprichos do oceano. O crepúsculo tingia o horizonte com tons dourados, lançando seus raios sobre os destroços que testemunhavam a epopeia da embarcação contra as forças do mar.

A dissipação dos fantasmas, que há tanto tempo ecoavam lamentos do passado, era como um capítulo final naquela aventura, uma despedida silenciosa marcada pela liberdade que encontravam nas ondas do mar. Claire, em sua essência vampírica não perdia tempo,  logo envolvia Ineel com um abraço que transcendia a imortalidade, enquanto seus lábios provocavam um arrepio suave ao roçar seu pescoço. Era uma dança familiar, uma mescla de intimidade e brincadeira que coloria o desconhecido local em que se encontravam.

O filhote de dragão, pequeno e curioso, trazia uma ternura que se contrapunha à incerteza que pairava sobre a ilha. Suas carícias eram uma promessa de companheirismo em meio ao desconhecido.

A exploração da praia, tingida pelos tons dourados do pôr do sol, revelava uma natureza exuberante, mas escassa em recursos vitais que provavelmente apenas seriam encontrados no coração da floresta. Ao longe, uivos ecoavam, lembrando-nos de que não estávamos sozinhos nesse paraíso aparentemente intocado. - É um belo lugar... - Comentava Ineel.   - E também perigoso. - Respondia Claire.

Ao retornarem à embarcação encalhada, uma visão reconfortante aguardava-os. Uma tenda improvisada, erguida com pedaços de madeira e pano, era um testemunho da resiliência da tripulação diante das adversidades. A fogueira, com suas chamas dançantes, proporcionava calor e uma luz suave que transformava a praia em um refúgio temporário.

A refeição improvisada, embora modesta, tornava-se um banquete sob as circunstâncias. O aroma de pão e frutas mesclava-se ao som suave do mar, criando uma sinfonia de sobrevivência. O barril de rum, remanescente dos suprimentos, era compartilhado em um brinde à vida que persistia.

À luz da fogueira, Claire deslizava em direção a Ineel com a graciosidade de uma sombra noturna. Seus olhos, luminosos e cheios de significado, encontravam os dele em uma comunicação silenciosa. Uma brisa marinha sutil acariciava seus rostos, intensificando a atmosfera íntima.

Com movimentos delicados, Claire traçava um caminho de beijos suaves pelo pescoço de Ineel, enquanto suas mãos exploravam a pele dele, uma dança de carícias à luz da lua.  - Este é o nosso banquete Rsrsrs- murmurava ela, repousando os dedos levemente sobre os lábios do pirata, evocando risos e suspiros entre os dois. Finalmente, suas presas encontravam o pescoço de Ineel, não apenas alimentando a vampira, mas também simbolizando uma conexão mais profunda entre eles. O filhote de dragão, testemunha silenciosa desse momento, repousava sobre os ombros de Ineel, acrescentando um toque de inocência à cena.

Rota desejada:

---

A noite, embalada pela suave brisa marinha e iluminada pelo esplendor das estrelas, envolvia a praia com uma atmosfera de serenidade. A tripulação, cansada das provações do dia, encontrava na areia um leito improvisado sob o céu noturno. Ineel e Claire, após compartilharem um momento íntimo à luz da fogueira, decidiam juntar-se aos outros para um merecido descanso.

À medida que o murmúrio do oceano embalava o sono daqueles náufragos, Claire e Ineel encontravam-se abraçados sob o manto estrelado. Os lábios deles buscavam-se em beijos apaixonados, um aprofundamento da conexão que transcendia a escuridão da noite. Como recompensa pelo fluido carmesim que alimentara a vampira, Claire, em um gesto de intimidade se desfazia de suas roupas, cedendo seu corpo ao pirata.

A brisa noturna, carregada de promessas e suspiros, testemunhava a união de dois seres em meio à incerteza da ilha. No entanto, a paz que se estabelecia sobre a praia estava prestes a ser quebrada.

Sob o manto das estrelas, criaturas selvagens emergiam da escuridão da floresta, como sombras ganhando vida. Silenciosas e mortíferas, atacavam o acampamento da tripulação com uma ferocidade até então desconhecida.

O casal, ainda afastado dos outros, era despertado pelo estrondo e pelo clamor da carnificina que se desenrolava na tenda e ao redor. Correndo, sem roupas para o socorro de seus companheiros, Claire e Ineel deparavam-se com uma cena de horror.

Os gritos desesperados eram abafados pelo som do oceano, mas os sons da morte ecoavam naquela noite outrora pacífica. Criaturas selvagens, com olhos faiscantes e garras afiadas, despedaçavam os corpos dos tripulantes. Pedaços de carne eram arrastados para a escuridão da floresta, deixando para trás apenas pegadas e o lamento das almas perdidas.

Ineel até tentava alcançar as criaturas, mas era prontamente puxado para trás pelos braços de Claire. - Não conhecemos essa ilha, é arriscado de mais entrarmos naquela floresta sem preparo. - Argumentava a vampira, impedindo que o Navi cometesse alguma besteira.

Naquele instante, uma melodia suave e misteriosa sussurrou nos ouvidos do casal, emergindo dos arbustos próximos como um chamado intrigante. Curioso, Ineel decidiu investigar o enigma musical, e Claire, a vampira que o acompanhava, seguiu-o, sua curiosidade aguçada.

Ao adentrarem furtivamente as folhagens que separavam o desconhecido do conhecido, depararam-se com um espetáculo surpreendente. Uma clareira iluminada por uma grande fogueira revelava uma cena fascinante: homens e mulheres envolvidos em uma dança ancestral, corpos adornados com pinturas vibrantes, todos compartilhando um traço peculiar — orelhas alongadas e pontiagudas.

Rota desejada:

---

A melodia etérea continuava a envolver a clareira, acompanhada pelo suave crepitar da fogueira que lançava sombras dançantes sobre o cenário mágico. À medida que Ineel e Claire observavam, fascinados, a dança dos elfos semi nus, o ambiente exalava uma atmosfera de encanto e mistério.

O resplandecente resplendor da fogueira destacava os corpos graciosos dos elfos e elfas, que moviam-se em uma coreografia hipnótica. Suas orelhas pontiagudas dançavam no ritmo da música, e seus olhos, luminosos como estrelas, pareciam perceber a presença oculta do casal nos arbustos.

De repente, duas belas elfas destacaram-se do grupo, seus cabelos reluzentes emoldurando rostos extremamente belos. Com uma graciosidade singular, aproximaram-se do esconderijo do casal, notando a presença não convidada. Um sorriso amigável iluminou seus rostos ao perceberem Ineel e Claire.

-  Ah, visitantes inesperados - disse a elfa de cabelos avermelhados longos, cuja voz era suave como o sussurro da brisa entre as árvores. - Não têm motivos para se esconderem. Venham, juntem-se a nós junto à fogueira. Compartilhem desta celebração em honra à nossa terra mãe. - Dizia a segunda, com cabelos castanhos curtos.

Ineel, cativado pela beleza das elfas, aceitou prontamente o convite, guiado por uma fascinação que transcendia as fronteiras de sua própria compreensão. No entanto, Claire, mantendo uma relutância inata, hesitou antes de ceder ao chamado.

À medida que se aproximavam da fogueira, um grupo de elfas delicadamente começou a tocar o peitoral definido de Ineel e antes que o pirata notasse, aquelas mãos graciosas escorregavam até suas partes íntimas, como se as mãos ágeis fossem extensões da própria música. O pirata, envolvido pelo êxtase da sensação, sentiu-se transportado para um estado de deleite puro, esquecendo por completo o massacre de agora pouco.

Enquanto isso, outro grupo de elfas se aproximou de Claire, desejosas de compartilhar a mesma experiência com a vampira. No entanto, ao tentarem tocar a pele gélida de Claire, foram recebidas por seus dentes afiados e uma expressão feroz. A vampira rejeitou, com determinação, a tentativa de intimidade, marcando limites nítidos.

A música persistia, e a dança seguia, um espetáculo de movimentos graciosos e o piscar de orelhas pontiagudas. Uma das elfas que dançava se aproximou do casal, notando a resistência de Claire, sorriu compreensivamente e aproximou-se dela.
-  Nossa festa é uma homenagem à terra que nos nutre - explicou a elfa. - Mas vejo que vocês não são daqui. O que os traz a estas terras abençoadas? - Indagava a mulher.

Rota desejada:

---

A noite envolvia a clareira em tons de magenta e violeta, enquanto a elfa de cabelos avermelhados, com uma graça felina, se lançava nos braços de Ineel. Beijos e carícias se entrelaçavam, envolvendo o pirata em um êxtase momentâneo, impedindo-o de articular qualquer resposta à indagação feita.

Claire, observando a cena com um misto de incredulidade e astúcia, assumiu a responsabilidade de explicar a situação. Ela detalhou os eventos desde a tormenta que encalhou o navio até o ataque cruel das criaturas misteriosas que ceifaram a vida de toda a tripulação, deixando para trás apenas destroços e um rastro de sangue na areia.

A elfa, uma mistura de preocupação e calorosa acolhida, compartilhou informações cruciais sobre a ilha de Greenleaf. Explicou que, apesar de uma tribo élfica habitar parte da ilha, vastas extensões permaneciam inexploradas devido aos perigos iminentes, criaturas desconhecidas e uma flora mortal. Ela revelou a triste realidade dos exploradores anuais, atraídos pelos rumores de minérios raros na densa floresta, perdendo suas vidas no processo.

Claire, perspicaz e desconfiada, ouvia cada palavra, procurando por nuances e sinais de sinceridade nas expressões da elfa. No entanto, as palavras da mulher ecoavam com uma lógica que, apesar das desconfianças, parecia ter consistência.

A elfa, buscando estabelecer uma atmosfera mais amigável, oferecia uma garrafa de vinho, cujo aroma encantador penetrava mesmo as narinas de Claire, que, como vampira, não nutria a necessidade de bebidas. Uma segunda garrafa era destinada a Ineel, que se via rendido às mãos habilidosas das graciosas elfas que o serviam.

Claire, demonstrando uma participação ilusória, fingia ingerir o líquido e o despejava quando possível, enquanto observava atentamente a reação do pirata que, naquele momento, seguia cegamente as ordens das elfas, ingerindo o líquido.

À medida que a dança e a música alcançavam seu ápice, a elfa líder anunciava o encerramento da celebração, convidando todos para adentrarem uma barraca rudimentar disposta sobre a mata para descansarem. Cansados e inebriados, Ineel, como muitos outros, era levado aos braços do sono por duas lindas elfas, que o acomodavam com carinho enquanto Claire, ainda vigilante, decidia não se entregar completamente às promessas de uma noite tranquila e segura.

Rota desejada:

---

No silêncio da noite, as barracas de panos e madeira abrigavam o sono profundo dos viajantes, enquanto a luz das estrelas filtrava-se entre as folhas da densa vegetação. Doze homens, alheios ao perigo, jaziam inconscientes nos braços das elfas atraentes e sedutoras, que, sob a máscara da noite, revelavam seus verdadeiros intentos.

Ineel, agora parte desse grupo enfeitiçado, repousava ao lado das outras vítimas, agraciado pelo calor dos corpos angelicais daquelas elfas que o abraçavam, todas nuas garantindo que todos os homens se comportassem, todos entregues ao sono como pedras. Claire, por outro lado, não sucumbia totalmente à inconsciência. Com sua astúcia inata, escolhia um canto mais discreto da barraca, fingindo o torpor do vinho e do descanso enquanto mantinha todos os sentidos alerta.

De repente, como sombras sinistras, um grupo de elfas mascaradas adentrava as barracas. Não havia aviso, apenas o sibilar da lâmina sendo retirada da bainha, ecoando como um presságio silencioso. Punhais graciosos eram empunhados, e a matança começava silenciosamente, uma cena aterrorizante de elfas apunhalando os homens indefesos enquanto dormiam.

Claire, percebendo a ameaça iminente, não hesitava. Num piscar de olhos, ela se movia em direção a Ineel, como um vulto pálido na noite, também com seu corpo gracioso a mostra. Com maestria, ela materializava uma cauda mortífera feita de sangue coagulado, uma extensão de suas habilidades vampíricas. A cauda ondulava no ar, dilacerando as duas primeiras elfas que se interpunham entre ela e o pirata, um redemoinho de movimentos mortais.  - Claro, mulheres bonitas que oferecem sexo e comida quente para viajantes... Quem poderia imaginar não é mesmo rsrs - Indagava a vampira, em um tom de deboche.

O sangue, agora misturado ao solo da ilha, criava um rastro vermelho que parecia pulsar com a intensidade dos acontecimentos. A trilha, por sua vez, não passava despercebida para as criaturas selvagens da floresta, que eram atraídas pela promessa de uma refeição fresca.

Enquanto as elfas batiam em retirada, desorientadas pela intervenção de Claire, os sons da floresta tomavam uma nova cadência. O rufar de patas e o sibilar de animais noturnos ecoavam entre as árvores, indícios de que mais desafios aguardavam na penumbra da floresta.

Enquanto isso, os homens caídos, alguns deles mortos pela traição, começavam a despertar para a realidade brutal da noite. Ineel, entre os que retornavam à consciência, observava, atordoado, a vampira que se erguia diante dele, desprovida de suas vestes, a pele pálida se destacava sob a luz tênue das estrelas, era tão bela e perfeita que o pirata por um instante a adorava com os olhos, pois além de tudo aquela era sua salvadora. - O que... o que aconteceu aqui? - Indagava Ineel, seus sentidos ainda estavam embaçados pela transição entre o sono e a vigília. Notando o cenário ao seu redor, iluminado pelo sangue derramado e marcado pela fuga das elfas, como um testemunho da traição que quase custara sua vida. - Não temos tempo, vamos. - Retrucava a vampira, puxando o pirata pelos braços.

Em meio à escuridão da noite, Claire e Ineel corriam desesperadamente pela floresta em direção à praia, buscando refúgio em seu navio encalhado. A tragédia se desenrolava atrás deles, com membros do grupo sendo brutalmente atacados por criaturas selvagens. O som dos gritos angustiantes ecoava, mas a dupla resistia à tentação de voltar e enfrentar o perigo, mesmo ao se aproximarem da praia, os gritos continuavam a  ecoar pela floresta, indistinguíveis se eram dos homens ou das elfas, misturando-se ao som das ondas e ao ranger das árvores. E enfim, a dupla chegara ao seu porto seguro, o navio encalhado.  - Nunca mais pense com a cabeça de baixo. - Dizia a vampira, levemente irritada. Ineel sorria, concordando com um aceno, um pouco envergonhado.

Para o avaliador:

Rota desejada:

---