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Mensagem por Amauta Dom Abr 14, 2024 8:44 pm


O PRIMEIRO CAPÍTULO
Navegando Além das Praias Distantes
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Taliesin Arundell
— Localidade: Região Costeira e Ermos de Urco
— Descrição: Uma expedição diplomática-comercial do Sultanato desaparece a caminho de tentar encontrar a misteriosa Eldacar, Taliesin, um de seus membros se encontra nas praias dos ermos de Greenleaf, claramente na região habitada por Orcs. É necessário, e urgente, reunir os remanescentes e traçar um novo plano!
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Possivelmente violência leve e humor levemente duvidoso, como costumeiro de minha parte.
「R」

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Mensagem por Amauta Dom Abr 14, 2024 9:42 pm


永き日やあくびうつして分れ行く



"Se eu transpareço vagar, estar perdido, lembre-se que as verdadeiras histórias raramente seguem uma ordem específica."




Ermos Costeiros de Urco, Continente de Greenleaf,
Início da Tarde;




Não eram tantas milhas da costa dos portos de Satar, calculava com certa tranquilidade, apesar do susto. Haviam sido atacados no meio duma tempestade e à noite por embarcações que provavelmente não eram Orcs. Era algo inconcebível para os detalhes fluindo na mente preguiçosa de Arundell que havia posto seus cálculos ao navegador para evitarem qualquer saqueador no meio do mar... numa banheira sem quase nada para ser saqueado. Entretanto, não conseguia ser conspiratório, não naquela altura de ser um estranho numa terra estranha.

O céu estava se abrindo após um longo tempo nublado enquanto o mago andava pelas rochas na sombra. Na pior dos cenários teria de derrubar algum réptil do tamanho duma carruagem ou talvez, algum orc mal intencionado do tamanho duma carruagem.

Coletava coisas que achava no meio do caminho tal qual um mendicante, enquanto olhava pelos quatro cantos pro algum sinal de algum tripulante. Só havia encontrado o raio de uma parte do casco à leste dali, movido alguns barris, os deixando enfileirados, caso tivesse que pegá-los mais tarde.

— Al Muqanna Bey! Ai céus! Al Muqanna Bey! — Ouviu uma exclamação num sotaque forçado do Sultanato, conhecia aquela voz, gnomo maldito. Sorriu de canto, encontrando o gnomo Noneko e Yahya, o jovem contramestre da embarcação, tentando por alguns homens de pé. Noneko, o velho gnomo correu em direção de Arundell, que caminhou tranquilamente até os demais. — Al Muqanna Bey! Graças aos bons ventos! Estamos procurando por horas e não achamos mais ninguém... céus... — Gesticulava duma forma cansada mas alarmada. — Quase que...

— Ei Noneko, já disse que formalidades só dentro de estruturas palacianas pra não dar problema, nos ermos patifarias assim não adiantam de nada... — Olhou para o ser diminuto com tranquilidade. — Respira fundo, velhote!  — Coçou o cabelo, o desarrumando como de costume, uma espécie de tique hiperativo. — Vejo que o capitão não está conosco, hm.

— Parte da tripulação e o capitão não estão dando nenhum sinal de vida até então. Não sabemos se foi território adentro ou se foi parar em outra praia. — Respondeu Yahya. — Não deu para cobrir todos os cantos do jeito que estamos.  
— Está tudo bem, daremos um jeito e acharemos o velho... aliás, vocês sabem onde raios estamos? — Uma pergunta que ele já sabia a resposta, mas queria testar se ninguém ali estava mais doido que um andarilho de semanas no deserto.

— Onde Akasuna Bey perdeu as botas em Urco, terra dos clãs beligerantes, senhor! — Noneko alisou o bigode. — Provavelmente bem longe do nosso contato em Eldacar, de um banho quente, chá, almofadas e vinho!

— Estamos vivos, temos equipamentos de navegação e mapas intactos, encontrei algumas rações o suficiente e barris. Vamos reunir o resto do que encontramos e reagrupar as ideias, esticar as pernas. Duvido que estejamos longe de algum portão escondido nas brumas. — Taliesin colocou as mãos nos bolsos, úmidos, apertando os olhos.

— E se encontrarmos algum truculento por perto, como iremos proceder? — Perguntou Yahya. Todos ali carregavam sabres curvos de esgrimistas do deserto, mas ambos Yahya e Taliesin sabia que os simples marujos tinham a habilidade de combate além da definição de limitada. Ali quem tinha alguma habilidade além dos dois era justamente Noneko que estava só o pó da rabiola. De certa forma não tinham nada pagar tributo para aqueles tipos de trogloditas.

Os homens começaram a murmurar entre si, algum papinho de brutalidade aleatório, nada que não fosse verdade nos boatos. Mas também nada que fizesse Taliesin ficar cagando nas calças ou suando frio, ele sabia do risco de terem que parar em Urco. E no fundo tinha mais medo dos elfos os colocarem pra correr do que de machados voadores.

— Essas tribos de mercenários truculentos são o menor dos nossos problemas aqui. Não os coloquem como alvo principal de desgraça e não se subestimem como guerreiros do mar. Vamos montar um acampamento improvisado antes, protegido e depois damos um jeito nisso. — Taliesin cortou a conversinha, virando as costas. Tinha uma merda para limpar ali por causa do fator inesperado da última noite e iria limpar, com pouca energia envolvida, certamente. Não iria ficar na praia de forma desconfortável com um bando de macho, que fim horrível. — Alguém ai achou o estoque de haxixe? — Perguntou com uma inocência de forma teatral só pra quebrar o gelo, levando um sonoro “ah, vá se foder” em coro. Tinham um longo dia pela frente.




TALIESIN veste mais ou menos igual isso ai que o personagem do avatar usa, preguiça de especificar, perdão ai pelo vacilo.



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Mensagem por Amauta Seg Abr 15, 2024 8:40 pm


永き日やあくびうつして分れ行く



"Se eu transpareço vagar, estar perdido, lembre-se que as verdadeiras histórias raramente seguem uma ordem específica."




Ermos Costeiros de Urco, Continente de Greenleaf,
Início da Tarde;



Apontou, com apoio de Noneco – também conhecido como Noneco, o Magnífico – um refúgio entre as rochas com certa cobertura, um pouco mais alto que a praia. Parecia perfeito. Ali reuniram tudo o que salvaram do naufrágio, assim como por ideia de Yahya, até partes do naufrágio para reaproveitarem, madeira para produção de novas coisas nunca era demais.

Arundell achava curioso que o ataque não havia gerado saques em massa, sua cabeça martelava, sem transparecer aos demais alguma conspiração por trás disso tudo, ou alguma coincidência desgraçada do destino.

Com os marinheiros mais fadigados em descanso, cabia traçarem ali novo plano. Seguir em direção além da costa, continente adentro numa distância segura, o capitão e seus sobreviventes, se haviam sobrevivido, provavelmente estavam com alguma ideia em mente, o que não poderiam descartar até ali.

Estavam ali cinco marinheiros recuperando as forças, aparentemente só Taliesin, Noneco e Yahya estavam ainda com certa energia para uma busca. Taliesin cruzou os braços, calmamente, entrando em algum raciocínio próprio, silencioso.

– Yahya, como chefia da embarcação, acho mais prudente você ficar encarregado do nosso pequeno acampamento. Os homens confiam em você e você tem energia para ajuda-los a se defenderem caso algo nos pegue aqui. – Foram suas serenas palavras, voltou o olhar a Noneco, o Magnífico. – Noneco, nós vamos atrás de outros sobreviventes ou de coisas uteis no caminho. Estamos de acordo?

Noneco parecia querer mais é ficar beira mar, descansando, mas não houve lá muito desacordo nas negociações a seguir, o que facilitou Taliesin e o gnomo a tomarem a dianteira em sua minúscula equipe de busca.

– Olha só essa belezura. – Noneco mostrou algo que achou em meio as coisas resgatadas. Uma obra de arte da eficiência... uma vara de pescar profissional de federação. – A sina da vara de pescar é que o mar a quer longe dele, bem longe mesmo, tipo o sol e a lua na lenda dessa paixão, por isso não perdemos essa verdadeira demonstração do triunfo dos gnomos. – Dizia enquanto empunhava aquele instrumento de pescaria como um cajado de mago. Taliesin sabia o valor afetivo disso para o gnomo, mas também não via valor em trazer isso naquela atividade. – Foi a última obra do Mestre Musa Tilapinha. Nem um verdadeiro artífice consegue algo assim, feito nas mãos do homem comum ao Presidente anterior da Federação. – Mexia no alcance do cabo. – Para um humanóide da sua estatura ela estica assim. – Mostrou com um leve movimento. – Para mim, ta-dá. – Apertou e fez outro leve movimento diminuindo o cabo. – Isso sem falar o alcance da linha. Um tesouro.

– Estou vendo. – Respondeu Taliesin levantando as sobrancelhas. – Não consegue nem deixar essa menina sozinha no acampamento.

– Não é esse o motivo, meu caro Firuz Al-Muqanna. – Sorriu com todos os dentes. – Ou Taliesin Arundell, vou lhe mostrar uma das vantagens de ser um associado da Federação de Pesca Pipira. É familiar com a história do andarilho de terras longínquas que experimentou canoagem em todos os lagos do mundo? Duvido que não tenha escutado essa do velho gnomo da sua antiga caravana. Aquele cara é bem viajado. – Taliesin balançou a cabeça negativamente enquanto caminhavam. – Pois bem, olhos na estrada, um ouvido na estrada e outro aqui no causo.


“Há muito tempo atrás, assim como hoje, escaramuças eram praga pelos continentes. Minotauros nos obrigavam a seguir seus passatempos cujos quais envolviam ser alto e ter dois chifres mesmo tendo uma companheira fiel. Nesse era que o Sábio do Além Mar apareceu, carregava consigo uma vara de pescar diferente de todas as que já havíamos visto, equipamentos para manutenção e construção em madeira. Parecia um castor ambulante, ahem!

Nosso sábio tinha como meta visitar todos os rios e lagoas límpidas, incluindo pescar nas areias do nosso tão conhecido deserto, e foi lá que nossa história tem seu ponto importante, um tirano gado usava nossas lagoas para irrigar capim e verduras através de uma desenvolvida estrutura que cruzava boa parte do deserto. Entretanto! A zona não poderia ser utilizada para pesca! Uma revelação divina dizia para os touríneos não comerem carne de peixe! Pois era tóxica! Muito menos se banhar em águas dali. Nessa surgiram uns filtros de água nojenta, mas é outra história para outro momento.

O SÁBIO ENCONTROU A CIDADE IRRIGADA E SUA LAGOA! No entanto, não poderia banhar se nas águas nem o mais importante de sua jornada de autoconhecimento, PESCAR.”



– Parece verídico. – Ironizou calmamente Taliesin, seguido de um “shhhh”.


“Foi quando o sábio resolveu desafiar o lorde local, e este, em sua petulância, queria luta corpo-a-corpo, queda de braço, torneio ruminante, etc. MAS O SÁBIO, AH, O SÁBIO! Disse que aquilo deveria ser resolvido num concurso de paciência, pescando na AREIA! Mas como pescar na areia, indagava a população, o sábio deu sua vara, ui, para o lorde e disse para ele montar um palanquinho no deserto, onde competiriam e que sua vara era tão boa que pescaria o lendário peixe de areia.

Um tubarão? Perguntaram! Não, não era um tubarão. Por menores a parte, o sábio construiu para si e ensinou alguns aldeões como fazer uma vara igual a dele, e com essa nova vara, ele competiu contra o lorde ruminante!

O lorde impaciente depois de horas perdeu a paciência e tentou quebrar a vara, falhando, só para que no momento especifico de alguns minutos depois O GRANDE SÁBIO CONSEGUISSE PUXAR DAS AREIAS UMA BELA PIPIRA ANTIGA DENTADA E PINTADA!

Tipo uma pipira do tamanho dum cão de guarda, ou do meu tamanho, acho. E com ela ele deu um belo xablau na cara do lorde ruminante, mostrando a nós os princípios do Mangual do Pescador, a maior arma de sua arte secreta, a arte marcial do PIPIRATÊ qual eu também pratico além da esgrima do deserto!”





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[Auto Narrada / Fechada] C01 - Navegando Além das Praias Distantes Empty Re: [Auto Narrada / Fechada] C01 - Navegando Além das Praias Distantes

Mensagem por Amauta Qua Abr 17, 2024 3:13 pm


永き日やあくびうつして分れ行く



"Se eu transpareço vagar, estar perdido, lembre-se que as verdadeiras histórias raramente seguem uma ordem específica."




Ermos de Urco, Continente de Greenleaf
Período da Tarde;



Utilizando-se de passos rápidos por algum tempo de caminhada, subiram uma elevação região a dentro. Se posicionaram a analisar ladeira abaixo, quando viram uma cena incomum. Um javali do tamanho suficiente para alimentar mais de uma casa inteira, bufando, uma presa era quebrada, cheio de cicatrizes, algumas flechas novas e antigas adornavam seu corpo, dando uma certa imponência. Não era nada parecido com os seus “primos” do grande continente. Parecia digno duma paisagem selvagem e um tanto hostil, onde clãs órquicos caçavam. Um veterano.

O estranho e robusto animal intimidava duas figuras humanoides em meio a avançadas e retrocessos no terreno plano de grama e terra, Taliesin apertou os olhos analisando a situação. Esses homens pareciam desarmados, e olhando melhor... eram dois marujos da embarcação de Yahya? Levantou as sobrancelhas e voltou o olhar para Noneco, o Magnífico.

– Parece que achamos parte do que estávamos procurando, por mais estranha que pareça a situação ali embaixo. – Disse Taliesin, sorrindo de canto. O gnomo Noneco assentiu com a cabeça, em silêncio. – Só dois dos nossos, e esse javali não parece muito algo que cairia fácil em combate.

– É relativo, javalis assim sempre tem aberturas. – Comentou o gnomo Noneco. – E Temos só que distrair a criatura e falar para os garotos subirem e seguirem até a praia. Questão de tempo.

– Sim, vamos lá! – Concordou Taliesin que tomou a dianteira descendo o altiplano em direção à cena.

Os homens estavam desesperados, cansados, mas sobrevivendo bravamente. O que havia atiçado tal criatura? Mas por sorte o bicho não havia causado tanto dano. Taliesin graciosamente rompeu o ar, retirando seu sabre curvo de cavalaria, fino e explorando o ponto cego da criatura furiosa, lhe causou um corte superficial, nada muito forte, como esperado.

Pousou a frente dos marujos, entre eles e o javali, numa distância segura.

– Para a praia, agora. – Arundell apontou com a mão direita livre em direção ao altiplano. – Reto. – Os marujos pareciam agradecer chorosos à intervenção dos céus que trouxe Taliesin até ali. Correram, passando por Noneco com sua vara de pescar a postos. – Acho que chegou a hora de mostrar quanto esse Pipiratê seu é funcional, Magnífico. – Sorriu de canto, preguiçoso. O gnomo riu, se posicionando. – En garde!

Moveu graciosamente seu sabre igual um florete de esgrima, perfeitamente. A esgrima de Taliesin não era totalmente igual a famigerada Esgrima do Caravaneiro, ou Esgrima do Deserto, nem mesmo o estilo das espadas da terra natal de seus pais. Era algo que havia aprendido observando “Arundell”, seu “tio”, um nobre meio-elfo banido que acompanhava a caravana. Ele quem havia dado as identidades “continentais” dos dois youkais. Estranhamente, o mestre-caravaneiro ex-lobo do mar também possuía um estilo de esgrima parecido, híbrido. Foram ótimos modelos a se copiar para a sobrevivência.

Taliesin ficou inexpressivo, fixo em achar alguma situação que revelasse um ponto fraco do javali. Desviando e saltando com alguns floreios para ver se rompia o couro que quase tinha a resistência duma carapaça, tomando cuidado para não ser pego nas suas esquivas programadas.

– Ali, Noneco! – Taliesin voltou o olhar para Noneco, apontando com a cabeça a direção de uma das axilas do javali. – Não possui a mesma textura, parece mais uma textura de área desprotegida de um animal não calejado! – Saltou de leve para o lado diante de uma investida do animal.

– Então tá, meu jovem! – Exclamou Noneco, que antes que Taliesin pudesse flanquear o bicho, esticou o cabo da vara de pescar, soltando a estranha linha que a envolvia, surgindo um anzol bem polido. Fixou o pé no chão com força, como se fosse projetar e jogar algo bem distante. Posicionou-se soltando o anzol na direção do sovaco da criatura como se fosse um chicote estralando, com força. O gnomo arregalou os olhos, colocando força nas mãos e no corpo, fazendo uma graciosa, mas dura coreografia de pesca esportiva em pé.

À medida que Noneco voltava suas pequenas mãos em controlar a linha com alavanca, era notório que havia perfurado e com força o javali distraído, que urrou de dor.

– Mas que raios... você tá fazendo pescando um animal assim?! Como... – Taliesin parecia levemente confuso, inclinando a cabeça para o lado como um cachorro atento.

– SE LIGA! – Exclamou Noneco, pondo força, rangendo os dentes, puxando o bicho. – Na arte, na responsa... – Se moveu com um pouco de dificuldade num salto, se jogando no chão. – Da milenar arte do... PIPIRATÊ!

O bicho com dificuldade mediante ao peso, foi catapultado num saltinho ao ar, revelando a barriga. Taliesin ficou boquiaberto, era a chance que esperava, mas... era sério mesmo que haviam pescado um javali ancião?!




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[Auto Narrada / Fechada] C01 - Navegando Além das Praias Distantes Empty Re: [Auto Narrada / Fechada] C01 - Navegando Além das Praias Distantes

Mensagem por Amauta Qua Abr 24, 2024 6:51 pm


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Ermos Costeiros de Urco, Continente de Greenleaf,
Meio da Tarde;



Câmera lenta você vê a cena basicamente sobrenatural de um gnomo usando uma vara de pescar especial para com uma jogadinha de força que o joga de costas para o chão, um javali mais ancião endurecido pelas rinhas da natureza, um ser nada pequeno está no ar movendo as patas como se voasse.

Sua barriga está exposta. Aparentemente a única parte mole daquele grande ser que formou uma verdadeira carapaça de couro. Taliesin fechou a boca aberta com a cena, esboçando um leve sorriso de canto, astuto. Saca seu sabre curvo e afiado de cavalaria forjado em Souq anos atrás.

Se moveu com certa rapidez e impulso, a arte do duelo dos cavalheiros era mais destreza e agilidade do que força pura. Se moveu como uma dança quase aérea, voltando a pousar no chão, enquanto sangue jorrava para os lados e o bicho berrava pondo força para se jogar como um míssil no chão. O feiticeiro não se moveu, levantou as sobrancelhas, estendendo a mão direita livre em movimentos acompanhados com um assobio. Não tardou para materializar entre os dedos correntes de ar como mágica, se comprimindo na palma da mão como um pião de brinquedo etéreo.

Se inclinou e voltou jogando aquilo em linha reta na área do corte, penetrando ainda mais na carne mole do bicho. Um silvo alto, mas abafado explodiu por dentro do bicho. Taliesin se jogou para trás.  Recompondo-se, limpou a lâmina com um movimento e guardou o sabre na bainha.

Ofegou, tentando se manter em pé, na sua postura ao sentir uma pontada no canto da costela. Ah, os ossos do ofício, sorriu de canto, abafando a leve dor.

– Essa foi a pescaria mais estranha que fiz. – Comentou Noneco se aproximando do Javali caído, maior que ele mesmo.

– Você disse que manjava dessas coisas. – Respondeu Taliesin com uma leve careta esboçada na face.

– Nah... o Pipiratê é só uma lenda, apesar de eu ter um artefato em mãos! Isso foi rápido, mas... intenso? – O gnomo se agachou examinando as coisas, Taliesin levantou as sobrancelhas diante da resposta e claro, riu.

– Sério que isso foi improviso? – O feiticeiro cruzou os braços se aproximando do bicho abatido. – São maiores que os de Satar. Do tamanho dum verme da areia maturando. Mas parece mais saboroso, certamente.

– Te falar que eu preferia um pato selvagem na grelha, mas um bacon desse tamanho vai alegrar os homens. – Noneco se levantou, parecia orgulhoso. – A bebida e as especiarias devem estar intactas, vamos fazer um verdadeiro banquete.

– Não sei não. – Comentou Taliesin. – O credo do cântico lunar que os caras seguem não os proíbe de comer um suíno desses?

Noneco encarou Taliesin pensativo e ambos ficaram na cena em silêncio. Não haviam pensado nisso, mas né... foi um ataque de oportunidade esse abate, não?

– Al Muqanna! – Os marujos se aproximaram da cena, levantando as sobrancelhas diante dum bicho estripado no chão. Taliesin e Noneco se viraram para eles. – Abençoado seja, Al Muqanna, não sabe o que aconteceu... – O feiticeiro gesticulou e falou para que desembuchassem com calma. – O capitão nos traiu, na verdade, ele não era... o capitão era um...

– Imortal? – Completou Taliesin, sendo respondido por “sim” afobados dos homens. O feiticeiro suspirou e encarou Noneco, que franziu o cenho.

A história que se desenvolvia era; o capitão havia sido trocado por um “doppelganger” por feitiçaria, um Imortal leal ao Feiticeiro Chefe da Corte do Sultão. Os marujos e Yahya não haviam percebido, seriam baixas padrão. De certa forma, haviam sido dados como mortos quando um Djinn foi solto em alto mar naquela noite. Para um possível relato haviam só marujos sobreviventes.

Só não sabia porque ele e Noneco haviam sido alvos de uma conspiração assim. Jogo político? Inveja de seu grupo de galantes sombras? Parecia um motivo fútil demais acompanhado da própria desgraça de Taliesin após “fornicar” com a senhora de um Sátrapa, mas ia fazer o que se adorava aquele tipo de fruta madura, elegante e feminina do deserto com um belo par de... calma lá, feiticeiro! Vamos voltar à tramoia, eliminação de um potencial rival político em ascensão no futuro, com consentimento e apoio. Mas por um lado...

– Noneco, estamos livres... – Murmurou Taliesin, parecia inexpressivo, era um misto de alegria, tranquilidade com... preocupação. O gnomo ficou pensativo naquela reação. Os marujos não entendiam nada. – Bem, estamos num lugar ermo e sem perspectivas, mas bem... somos agora só... aventureiros! Ou seja, guiando os marujos em segurança à “civilização”, podemos traçar uma nova rota, seja lá qual for...

– É, não parece lá o péssimo cenário que nos encontramos, lotado de animais selvagens e clãs de orcs que não respeitam nada seres como nós, mas assim, se não acabarmos numa vala, é, estamos livres.  E o que fazemos com essa “liberdade”? Sem luxos? – O gnomo parecia cético.

– Primeiro voltamos ao acampamento com o javali e nossos camaradas, precisamos dum plano! – Sorriu Taliesin, tranquilamente. Noneco apenas assentiu com a cabeça. Era ainda muito para digerir, confuso demais. Só pedia aos céus para Taliesin não seguir numa jornada atrás de novas damas. Conhecia seu camarada, conhecia mesmo.






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Nota: Post Número 04
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Mensagem por Amauta Sáb maio 04, 2024 2:09 am





"Se eu transpareço vagar, estar perdido, lembre-se que as verdadeiras histórias raramente seguem uma ordem específica."




Ermos da Região de Urco, Continente de Greenleaf;


O tempo passava, calculava na posição do sol diante da terra, meio que de forma leiga. Desde que pisaram novamente no acampamento improvisado, trataram de adaptar as coisas, contar o estoque e analisar o javali para o prepararem ali.

Numa pausa, Arundell estava a olhar o mar, o horizonte à frente. Estava sem seu casaco por cima dos ombros como geralmente era visto. Um “Imortal” à solta em Greenleaf, provavelmente deve seguir pra Eldacar e quiçá para o território Truculento, como segunda opção. Eram os últimos da expedição mandada à morte. Suspirou. Não podiam topar com o algoz, provavelmente dominava o Djinn que explodiu o navio na noite passada. Seria um gasto muito acima do normal de energia ou também, suicídio na certa. Aqueles homens sabiam lutar, mas não eram primorosos, necessitavam treinamento, sendo que na verdade o que eles mais queriam é voltar para Satar.

Ali, só podia contar de fato com Noneco. O gnomo tinha um espirito aventuresco e amor pelo pescoço. Além de saber se defender muito melhor que o próprio Taliesin. Os portões da Terra Reclusa dos Elfos estavam mais que selados em sua burocracia, estavam na rota de colisão com o plano de deixar a poeira abaixar para se manterem vivos. Por outro lado, Urco também era um desafio ainda maior. Poderiam voltar para Satar, que pelos meios comuns seria difícil no momento, no máximo poderia arranjar um jeito dos homens voltarem.

Que confusão mais cansativa... colocou a mão sob a testa, desgostoso. Não teria um lugar em Urco para esperar a poeira abaixar, mesmo-mesmo-mesmo? Tinham suprimentos suficientes para um grupo diminuto por alguns dias e ficar ali não era uma ideia lá muito brilhante. Lembrava das aventuras do Arundell, não ele, não sua mãe. Sim do homem da caravana que os adotara, os sugerindo passarem por meio-elfos. Ele sempre tinha um plano, tal quanto o lendário Akasuna, ou como o grande explorador Ibn Bazrut. Planos improváveis. O que significaria adentrar a perigosa Urco em seus confins. Mas claro que com preparação sabendo por onde andariam. Taliesin não confiava em seus poderes brutos de Kitsune ou muito menos os usar na frente de qualquer um, então tinha que seguir o máximo possível sendo um “meio elfo”.

– Uma vez, o velho Korokoto, daquela Caravana qual você fez parte... – Ouviu uma voz vinda de um ser diminuto, mas com uma voz mais adulta do que a dele mesmo, era Noneco, parando ao seu lado. – E julgando pela experiência do mesmo em desventuras, vamos concordar, que... às vezes, quando o paraíso nos é negado, temos que abraçar e conquistar o inferno. Não abaixar a cabeça, jovem! – Ofereceu uma caneca de cerveja para o camarada, sendo que o mesmo também tomava uma, Taliesin aceitou. – Deve ser por isso que ele se tornou um lobo do mar e depois de um tempo, protegia e cultivava talentos nas áreas mais castigadas de Satar. Um eterno aventureiro!

– Um Gnomo do Mar que trocou o oceano pelo mar de areia, navios por carroças... – Respondeu Taliesin, em tom baixo, antes de beber mais um pouco. – Ele sabe viver intensamente até na velhice.

– Muitos gnomos numa situação como essas vão de 8 a 80, saca? Pois bem, eu serei o 80. Não que eu seja suicida, Taliesin. Mas acho que essa terra tem algo para nos mostrar, uma vez uma halfling me dizia de ter o sexto sentido da aventura, mesmo que você se encontre prestes a ser devorado por qualquer planta carnívora maior que alguém da nossa estatura, o que é bem... fácil de achar. – Bebeu um pouco, dando uma pausa. – Creio que quando vesti aquele manto negro contigo pela primeira vez, acho que era o sexto sentido da aventura, ou sei lá... a vontade de dominar o inferno e torna-lo um paraíso. Bem, se esse tal paraíso estivesse a nascer, parece que foi nos negado novamente.

– Você está querendo me dizer para adentrarmos Urco? Achar algo novo? Uma causa... nova? – Taliesin fez uma leve careta.

– Não podemos voltar para Satar de mãos abanando ou Korokoto e os outros vão ficar putos. Além do mais, fantasmas tem o dever de causar problemas para seus algozes, não passou isso na sua cabeça? – Noneco sorriu, astuto. Taliesin estava começando a maquinar o que o larápio havia tramado, o esboço do caos.

– Um retorno triunfal à Satar com “presentes” de “artesanatos” órquicos, é? – Taliesin sorriu de canto, maldoso. – Você é um ser tão mau quanto eu, velho. Conquistar os Infernos, tal qual um desbravador dos mares! Me soa grandioso, e temos sei lá... que cobrar por serviços não pagos pelo Sultanato, né?

Ficava decidido que a maior parte dos recursos e suprimentos ficaria com o grupo de Yahya Ibn Umar, para voltarem para Satar. Noneco e Taliesin seguiriam Urco a dentro. Um plano deveras suicida, mas ainda era um plano.

Aquela noite comemoraram a sobrevivência com parte dos estoques, e na manhã seguinte, aquele acampamento não estava mais lá, sequer um traço em meio aos destroços.  






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