[Narrada/ Aberta] AREIA E SANGUE

AREIA E SANGUE

Primeiros passos em terras desérticas.

— Ano/Estação:  841 DG/Primavera
— Pessoas envolvidas: Asher e Rell .
— Localidade: Bathesta - Souq
— Descrição: Aventura inicial com o Wesker a ideia é que já nos conhecemos e chegamos agora em Basthet.
Tipo de aventura:Narrada.
Aviso:.

O sol brilhava radiante como sempre sobre a cidade de Souq, o comércio agitado em combinação com o clima quente faziam que a cidade fervesse de pessoas, quase de forma literal. E a presença de um grupo tão grande de curiosos, turistas e comerciantes era o esperado, afinal, aquela cidade servia como bastião comercial de todo o reino de Bathest, e essa característica se provava perante os olhos do peculiar grupo que acabava de chegar: Barraquinhas ofereciam uma diversidade incrível de mercadorias. Frutas, bijuterias e mais uma infinidade de itens preenchiam os balcões e tendas aos arredores da grande praça. E enquanto olhos mais animados poderiam se encantar com o caldeirão cultural que Souq representava, nem tudo eram flores: Bathest era conhecida, também, pelo o forte comércio de escravos da região, e eles estavam bem presentes no cenário. Postos como mercadorias, carregando pertences de seus mestres, esses pobres cidadãos, se é que podiam ser chamados assim, se flagelavam sob o forte brilho do sol. Se para Ambriel e Asher a energia solar servia como inspiração, aquelas pobres almas eram condenadas a trabalhar arduamente no calor cruel do deserto. Era possível perceber que os escravos eram de várias raças, mas a que estava mais presente por ali era a dos humanos.

Talvez fosse esse o motivo da sua convocação para tal reino? Eles ainda estavam para descobrir. O que importava mesmo é que, independente da reação da dupla quanto o cenário excêntrico à sua frente, eles pareciam chamar bastante atenção. Turistas eram sempre apreciados em Souq, sejam pelos vendedores, estelionatários, ou aqueles que estavam num meio termo entre os dois. E quando você possui um par de asas e uma presença tão marcante, amigo, você consegue a atenção de todos a sua volta. Curiosos, em especial crianças, encaravam a dupla com sorrisos bobos, enquanto uma figura mais traiçoeira se aproximava. Como se sua malícia escapasse pelos olhos, um homem de estatura baixa e com exuberante tubante acariciou sua barba, pondo-se a disposição da dupla. – Mas o que temos aqui? É raro um anjo cair do céu, mas dois? Ora amigos, sejam bem vindos! – Ele estendia os braços, e sua voz volumosa parecia atrair ainda mais olhares para o grupo. – Eu posso ajuda-los com o que for preciso! Armas para destruir demônios? Água benta? Ou quem sabe algo mais simples? Vocês vão adorar a culinária local! Só precisam me seguir e mostro tudo que nossa humilde cidade tem a oferecer para hóspedes tão especiais quanto os senhores! – Ele apontava para uma cabana próxima ao mercado, mas visivelmente mais simples que o restante dos comércios em torno da praça.

O grupo também podia perceber que parte das crianças havia se reunido em outra direção, e pareciam estar bem inspirados com a aparição de dois seres alados. – A mamãe tava certa, Helia vai salvar a gente! – Animados ao verem um anjo e um dragão de pena pela primeira vez, elas começavam a brincar com espadas de madeira entre si, como se estivessem simulando um combate. – Toma isso, vilão malvado! – E em meio aquele grupo inocente, o grupo de turistas podia perceber que algumas crianças possuíam símbolos que reconheceriam muito bem. Leões, coroas e vários tons de amarelo. Seja lá qual fosse a decisão que tomassem, Ambriel e Asher estavam cientes que sua chegada havia causado um grande alvoroço no local. Talvez fosse até o caso de mais pessoas aparecerem, caso ficassem pela praça, sendo bajulados pela população.