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[Auto Narrada/Fechada] Dragões de Porcelana

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Mensagem por Morrigan Sáb Ago 31, 2024 11:58 pm

Dragões de Porcelana

— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas:  @Mary
— Localidade: Malum'cruz
— Descrição: Em Satar, hospedada com um casal de draconídeos, Morrigan lambe suas feridas e tenta entender um pouco mais sobre como é a vida dos humanos.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Violência.
「R」

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Mensagem por Morrigan Dom Set 01, 2024 9:12 pm

01. Fallen
Morrigan, xxx palavras



A casa de um feitor era agora a minha morada temporária.

Um quarto amplo, decorado por cortinas de cetim, lençóis de seda e com grandes janelas para a circulação de ar naquele continente quente. A vida dos humanos era muito diferente do que a que eu vi em Darkaria. O ambiente sombrio aqui não tinha o mesmo apelo. Aqui reinava a luz do sol, a brisa fresca e a água limpa. Tudo emanando uma sensação que era gostosa de certa maneira.

Mas aquele era um ambiente propício muito mais aos prazeres da fartura do que os da decadência. Eu ainda estranhava.

Meu corpo sequer pudera se adaptar. Eu estava ainda com ferimentos nos braços e nas pernas, me recuperando muito aos poucos na cama que o feitor me dera. Uma criada havia sido designada para mim, mas eu não a usava muito. Não sentia que podia confiar tanto assim nela.

Eu não estava sozinha como hóspede ali. Convidei comigo dois dragões para a casa. Disse ao feitor que eram meus guarda-costas. Ele permitiu que se hospedassem comigo, mas tudo era temporário. Eu bem sabia. Um dia a paciência do feitor se esgotaria quando soubesse que eu não estava disposta a dar a ele o que o corpo dele almejava.

Bebi um pouco de água fresca. Não havia gosto nela. Apenas o sabor de sangue da minha própria boca. Assenti com a cabeça, absorta em meus pensamentos sozinha. O cobertor estava nos meus ombros. Uma manta de lã confortável e macia. Era como um abraço.

- Com licença, tem algo que eu possa fazer pela senhora? - A voz da criada me chamou no canto. Eu nem a vi entrar.

- Veja se encontra um dos meus guarda-costas. - Eu falei sem olhar para ela. - Por favor... - acrescentei, tentando ser educada, pois sabia que eu ali não era nada se não um objeto a ser desejado. Por isso mesmo, eu tinha que me proteger dela. - Lembre-se de bater na porta da próxima vez.







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Mensagem por Riki Wyrmdormu Dom Set 01, 2024 11:40 pm

1

O sol estava quente naquela manhã, e Riki aproveitava o calor para aquecer seu corpo no quintal da hospedagem temporária, próximo à porta da frente. O dragão nunca perdia uma oportunidade de passar um tempo sozinho. Desde que suas esquisitices começaram a aparecer, ele acreditava que o melhor era ficar o mais tempo possível longe das pessoas. Infelizmente, tentar comprovar essa teoria era mais difícil do que ele esperava, especialmente por ter aceitado que seu amigo de infância o acompanhasse para onde quer que fosse—aquele homem conseguia chamar muita atenção durante as viagens.

Agora, com Morrigan também entre eles, qualquer chance de solidão parecia um sonho distante. Ela tinha uma presença marcante, e Riki sentia que ela complicava ainda mais a sua já tumultuada rotina. O dragão não conseguia entender como o anjo caído havia convencido o feitor a deixá-los ficar naquela casa, mas sabia que ela era capaz de conseguir o que queria, de um jeito ou de outro.

Enquanto Riki estava perdido em seus pensamentos, uma criada apareceu na entrada do quintal, trazendo-o de volta à realidade.

— Com licença, senhor guarda-costas? — a criada o chamou, hesitante, como se estivesse incerta sobre como abordá-lo.

Riki franziu a testa, confuso com o título que ela usara. "Guarda-costas?" Ele jamais havia havia mencionado tal cargo e, por isso, a ideia de ser chamado por algo que não era o incomodava profundamente. Morrigan devia ter contado alguma mentira ao feitor, o que colocava Riki em uma posição desconfortável, mas o dragão de cabelos verdes nem imaginava o motivo do desconforto.

Guarda-costas? — ele repetiu, não conseguindo esconder a surpresa em sua voz. — Não sou guarda-costas de ninguém. Quem disse isso?

A criada pareceu nervosa com a reação de Riki.

— A senhora Morrigan, senhor. Ela me instruiu a chamá-lo assim — disse a criada, tentando manter a calma.

Riki suspirou, percebendo que Morrigan o colocara em uma situação complicada. Ele não podia mentir, e o simples fato de ser chamado de algo que não era o deixava desconfortável. Mas, ao mesmo tempo, sabia que criar um problema ali poderia piorar as coisas.

Ela está me esperando? — perguntou, desviando da mentira, mas sem confirmar a história.

— Sim, senhor. — A criada assentiu, aliviada por Riki não ter insistido na questão.

Ele se levantou, decidido a falar com Morrigan sobre isso mais tarde. Seguiu a criada de volta para dentro da casa, o desconforto ainda pulsando em sua mente. Morrigan estava tramando algo, e ele precisaria ser cuidadoso para não ser pego no meio de uma mentira que não podia sustentar.

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Mensagem por Seiji Hidetaka Seg Set 02, 2024 6:26 pm

1.



Faz alguns dias que estava viajando com Riki, sentia que estava mais animado que o outro, o outro dragão sempre parecia mais mau humorado, principalmente em situações sociais das quais sempre tomava a frente. Apesar de ser também tão calado quanto o outro em muitos momentos, ainda era curioso por natureza e não conseguia se afastar dos olhares das pessoas que vinham em sua direção querendo conversar, depois de saírem de casa percebeu que atraía olhares por parecer com alguém.

Recentemente foi com algum nobre, mas pelo menos, não era uma pessoa de má fama, isso já ajudava em muitas coisas o que poderiam lhes render algumas coisas boas como informações de forma mais rápida e até um presente ou outro, não que ele se sentisse à vontade para receber, mas a insistência era grande. De qualquer forma, a viagem estava sendo ótima, pelo menos para si. Ele podia com facilidade estudar rochas e materiais além daqueles que estavam no seu lar. Foi por isso que saiu, não é? Para aperfeiçoar suas técnicas na forja e descobrir mais do mundo.

E apesar de tudo, sentia que era um fardo para Rick, o homem vez ou outra parecia um tanto irritado com ele, principalmente por chamar atenção, mas não podia fazer muito? Ele tinha que ser o cara que muitas vezes falava e resolvia as coisas de formas sociais, não que o outro fosse uma porta, mas ambos queriam evitar estresse para o mais velho. Principalmente Seiji, que não queria ter que lidar com uma situação difícil e delicada.

Ele tinha deixado o outro treinando no quintal da casa, não era como se precisasse de uma babá 24h, ali o ambiente era mais estável do que estar saindo do local. Riki era uma pessoa imprevisível de qualquer forma, e cada dia o preocupava mais. Foi para uma parte da cidade para ver algumas informações que queria sobre peças para poder comprar para a forja. Tinha que pensar em um jeito de criar uma forja móvel, teria que fazer um desenho e planejamento, olhar peças e equipamentos que dariam mais inspiração para o que queria fazer.

Ficou um tempo pela cidade, se acomulando de ideias e já estava pronto para poder voltar, colocar tudo no papel. Ele voltou para casa que estavam hospedados com os pensamentos a mil. Assim que chegou, foi o tempo de começar a retirar seu casaco com cuidado para uma criada se aproximar.

— A senhora Morrigan, está chamando o senhor. — Falou com calma para ele, atenta a Seiji como se tivesse tentando o reconhecer.

Certo! — Disse com calma para ela, mas um sorriso leve no rosto, fazendo a mulher sorrir para ele.

— O senhor parece muito com um nobre! — Ele olhou para ela e deu um breve riso, sem jeito.

É já me falaram, bom... Obrigado, ela está no quarto? — Questionou com o casaco já no braço e ela assentiu com a cabeça, mantendo o olhar.

Ele saiu com calma, em direção ao quarto da mulher, a expressão suavizando e fechando. Encontrou no meio do caminho Riki suado, ele ainda estava treinando, ele passou aquele tempo todo treinando? Céus... Ele passava tempo demais fazendo isso.

Ela te chamou também? — Questionou baixo para ele, seguindo com ele para o quarto. Bateu com cuidado na porta e abriu quando ela permitiu entrar. Quando ele fechou a porta, olhou para ela com atenção, cruzando os braços e se encostando na própria porta. — O que foi? — Questionou.

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Mensagem por Morrigan Seg Set 02, 2024 7:20 pm

02. Fallen
Morrigan, xxx palavras



Minha vida não havia sido tão longa. Não quanto eu imaginava que deveria ser.

Minha mente mais do que amadurecida, estava carregada por uma neblina pesada e densa. Caminhando por dentro dela, era como tentar atravessar uma tempestade de neve... ou fogo? Algo entre os dois. Eu havia fugido de Darkaria, pois a escuridão e sanguinolência dos vampiros já não dizia mais nada sobre mim. A crueldade e a maldade que eles expressavam já havia ressoado dentro de mim, mas não produzia mais um som atrativo. Era apenas um eco agora.

Em algum momento de minha vida pregressa eu fui má. Bem, eu era má no momento presente.

Mas também estava cansada. A quantidade de energia que eu gastei na viagem havia drenado uma boa parte da minha força. Eu não havia achado nenhuma fonte verdadeira para me recarregar e precisava disso. Eu não sabia o porquê de não ser uma humana normal, mesmo que meu corpo fosse humano. Comer, beber e dormir mantinham minha força bem equilibrada, mas não me satisfaziam.

Alguém bateu na porta uma vez mais, mas para o meu alívio não era a criada. Não aguentava mais ela me vigiando.

Quando os rapazes entraram, apertei mais o cobertor ao redor do meu corpo e me levantei da cama. Por baixo da lã do cobertor, eu não vestia mais do que algumas faixas que compunham os curativos. Como eu não conseguia energia suficiente, meus ferimentos não se curavam adequadamente.

- Seiji. - sussurrei o nome dele alto o suficiente para ele me ouvir. - Riki. - Agora o nome do outro. Eles eram de uma raça muito próxima de dragões. No momento, meu conhecimento sobre aquelas criaturas ainda estava coberto pela névoa da minha mente. Sempre que pensava neles, no entanto, vinha-me a visão de grandes asas rasgando o céu. Contudo, nas imagens eu sempre os via de cima. - Vocês foram muito bons comigo.

Não sustentei o contato visual por muito tempo. Caminhei por sobre o tapete decorado até a janela. Foz Dourada era daquelas cidades que se beneficiavam do mar para compor a arquitetura de seu horizonte. A mansão daquele homem ficava em uma região mais afastada da cidade, de forma que as edificações pareciam menores do que realmente deveriam ser.

- É uma cidade bonita, não? - Indaguei de forma vazia. Deixei alguns momentos passarem, antes de lançar a pergunta verdadeira. - Não tive a oportunidade de perguntar antes, mas... Por que é que vocês me ajudaram?

Eu tive que embarcar clandestinamente em um navio até o continente dos homens. Quando descobriram-me tive que lutar para fugir. Se fossem apenas marinheiros comuns no navio não teria sido tão difícil... mas havia algo mais maligno no convés inferior. Sobrevivi porque afundei a embarcação.

Depois de dias em uma tábua, sem poder me alimentar, eu encontrei os dois rapazes em uma praia. Eles eram tão jovens. Tão imprudentes. Ainda assim, não eram ingênuos. Eu estou acostumada a sobreviver. Não a ser ajudada ou salva. Nas poucas vezes que me estenderam a mão, tal como o rico homem que me recebeu naquela mansão, era desejando algo perverso em troca.

Eu preferia saber logo a intenção deles.


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Mensagem por Riki Wyrmdormu Seg Set 02, 2024 11:17 pm

2

No caminho para o quarto, naquele corredor amadeirado, não houve conversa entre as duas criaturas; o dragão e a criada humana apenas seguiam em quase completo silêncio, quebrado apenas pelo som de seus passos. No entanto, contrastando com a atmosfera, a mente de Riki estava envolta em um debate ensurdecedor durante aqueles poucos minutos.

Por algum motivo que Riki não soube explicar, ele ficou fixado na pele da mulher, talvez pelo aroma suave que o agradava ou pela maciez que um toque nela parecia transmitir. Independentemente da razão, um desejo de provar daquela carne começou a surgir em seus pensamentos, tornando-se mais forte a cada segundo. Sem que ele percebesse, seus dentes começavam a morder levemente a ponta da própria língua, imaginando como seria fácil rasgar aquele frágil pescoço com suas presas.

Embora estivesse pronto para avançar na criada, como se um estalo de dedos o despertasse do transe, o dragão de cabelos verdes voltou a si ao ouvir uma voz familiar dirigindo-se a ele. Seu corpo agora parecia cansado, o suor escorria pelos músculos delineados, e sua respiração ficava ofegante por alguns segundos. Ele se preocupou se alguém havia notado o distúrbio que acabara de passar, mas, para seu alívio, as pessoas ao redor não pareciam ter percebido nada.

Hum? — Riki emitiu um som de confusão, mal conseguindo formar um pensamento coerente. Mas finalmente conseguiu recobrar sua normalidade. — Sim. — Respondeu seco, com o rosto amarrado.

Ao abrir a porta do quarto de Morrigan, o homem entrou em silêncio, esperando que lhe fosse esclarecido o motivo de ter sido convocado para o cômodo junto com Seiji. Riki levou a mão até a boca, tentando ignorar a presença da criada até que ela fosse embora, provavelmente ainda restava um resquício daquela tentação doentia em seu paladar.

Mas o anjo caído, mesmo que involuntariamente, conseguiu ajudar Riki a superar esse problema, irritando-o com sua indagação e pergunta idiota, como ele julgou. — Como assim, por que te ajudamos? — Riki questionou, nervoso, caminhando em direção à janela do quarto e parando para observar a vista. — Você estava prestes a bater as botas bem na nossa frente, o que esperava que fizéssemos? Que te deixássemos virar comida de outra criatura? Se for assim que deseja, é só nos dizer para fazermos de maneira certa numa próxima vez, não é, Seiji?

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Mensagem por Seiji Hidetaka Ter Set 03, 2024 11:27 am

2.



Mantinha-se quieto ao lado de Riki, a medida que iam para o quarto da mulher. Parecia que o outro estava se estressando, o que o mantinha em alerta, mesmo sob uma máscara de indiferença. Desde seu sequestro, sabia que algo tinha desencadeado no dragão de água, um desejo de ser o mais forte, não que Seiji não pudesse se defender, ele tinha se virado muito bem, apesar de tudo.

No entanto, todo o desejo de ser o mais forte estava ali no outro e só tinha piorado quando ele recebeu a cicatriz em seu peito. Tornando-o em um dragão imprevisível, igual ao mar. Em termos, sentia uma parcela de culpa.

Ele observou a outra mulher, muito mais velha que eles, ainda se manteve quieto encostado na porta do quarto. Os braços se cruzaram, mantendo-se atento ao movimento de ambos, o nervosismo do outro era nítido, sua sobrancelha se ergueu com cuidado, em questionamento ao que a mulher falou.

Você nos chamou para perguntar isso? — Questionou seu olho azul a fitando longamente e soltando o ar com a resposta de Riki, vendo-o se mover para a janela. Levou a mão aos fios dourados, movendo-os com levemente, puxando para trás e ajeitando-os para os prender. Voltando a se encostar na parede e cruzando os braços. — Temos um fraco por ajudar mulheres feridas e indefesas. — Comentou de forma irônica, dando de ombros, dando um sorriso de lado. — Maneira certa? Falando assim, parece que seríamos as criaturas que iriam comeriam ela. — Deu um breve riso, deixando um sorriso de lado aparecer. — Não teve motivo, Morrigan, apenas te ajudamos, não queremos nada em troca, já foi o suficiente essa estadia aqui. Pelo menos para mim, Riki? Quer algo?

Não imaginava que ele iria querer algo, afinal, a única coisa que o outro dragão iria querer seria uma espada melhor, que no caso seria o próprio Seiji a realizar. Que por sinal, eles tinham que sair para ir coletar itens para poder iniciar os trabalhos e vender, além de que, Seiji queria observar os estilos de luta das pessoas por onde iriam, para poder estudar as melhores armas para cada um.

Morrigan, nosso objetivo, ao sair de nossa terra, não é somente aventura. Quero adquirir mais conhecimentos nas forjas e armas de diferentes técnicas e Riki quer se aperfeiçoar no seu estilo de luta. Não queremos nada além disso. — Explicou com calma, coçando o queixo. — Por quê? Você quer dar algo para a gente? O que vier a mais é lucro. — Sorriu animado até fanfarrão. — Bom, você tem algum objetivo agora? Sempre tem espaço para mais um nas nossas viagens. — Deu um sorriso confiante, ignorando qualquer olhar que Riki possa estar dando para ele.

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Mensagem por Morrigan Sáb Set 07, 2024 2:37 pm

03. Fallen
Morrigan, 453 palavras



Não existia alguém nesse mundo que não quisesse algo.

Quer dizer, existia eu. Sem saber o que eu poderia querer, tudo o que eu consigo querer é sobreviver o suficiente para entender a mim mesma. Quanto aos outros, do que adiantaria confiar em quem quer que seja?

Minhas primeiras lembranças conscientes nesse mundo são de violência e abuso. No continente sombrio tudo o que conheci foi o vazio que existe na alma dos homens e como eles precisam preenchê-lo com tudo o que há de profano. A bondade é condição, não um presente, foi o que me ensinaram os mortais.

Observei os dois rapazes na sala. Ambos tinham posturas muito determinadas. Eram guerreiros, inegável, mas tinham algum tipo de determinação em relação a vida que tornava minha experiência com eles muito diferente. Era o primeiro sinal de vida verdadeira, de certa forma, até pura, que eu encontrava. Aquilo atraía muito a minha atenção.

Riki parecia ter um jeito mais voltado ao confronto. Podia ver que de algum jeito, minha pergunta o incomodou. Questionei a honra deles, quem sabe? Isso era verdadeiramente importante para eles. No continente sombrio, a honra era apenas um acessório caro para se manter.

Caminhei até ficar de frente para Riki. Olhei-o de baixo para cima. Era muito alto e ao mesmo tempo muito jovem. Fazia eu me sentir indefesa e ao mesmo tempo mais segura. Meu cobertor havia caído um para o lado, expondo meu ombro. Não fiz questão de arrumar de imediato.

- Não quis ofender. - Coloquei a mão sobre o peito dele em um gesto pacificador - Só não estou acostumada... - continuei e abaixei os olhos. - De onde eu vim, teriam me deixado morrer... ou coisa pior.

Olhei para Seiji, o rapaz despreocupado, encostado na parede, parecia sentir um pouco de graça naquela situação. Quem sabe fosse mesmo cômico. Minha situação agora já não era tão ruim como poderia. Então de certa forma, agir como se eu ainda estivesse sob perigo fosse apenas uma reação exagerada.

- É por isso que estão aqui? - Perguntei a Seiji, de forma retórica. - Parece... nobre. Acho que é assim. - Seiji fez uma graça e eu dei de ombros. - Quem sabe, posso ter mais a dar do que parece. - Nem eu mesma sabia tudo o que eu podia oferecer para alguém. Conhecia muito pouco a minha natureza verdadeira. Me lembrava muito pouco do que eu era realmente capaz de fazer. Tudo o que eu tinha até o momento estava relacionado ao pecado e à morte. - Nesse momento, meu objetivo é ficar viva... Não sei se na minha cabeça surge algo mais. Estou muito fraca para oferecer qualquer coisa. Preciso de energia. Muita energia.


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Mensagem por Riki Wyrmdormu Sáb Set 07, 2024 5:25 pm

3

Riki permanecia de pé, perto da janela, observando o horizonte com o cenho franzido. A cidade era bonita, mas nada naquelas paisagens o fazia se sentir em paz. Morrigan estava ali, vulnerável e ferida, mas sua pergunta ainda o incomodava. Ele não estava acostumado a ser questionado sobre suas intenções, e aquilo mexia com algo profundo dentro de si. A última coisa que ele queria era ser visto como um herói ou, pior ainda, um salvador.

Quando Morrigan se aproximou, seus passos delicados soaram como ecos na sala silenciosa. Ele não se mexeu, mas a presença dela era inegável, carregando um ar pesado, algo entre o mistério e a tensão. Quando a mão dela tocou seu peito, através da abertura do quimono, ele sentiu a suavidade de sua pele contrastando com o calor de seu corpo suado. O gesto, que parecia pacificador, teve um efeito inesperado nele.

Por um breve e sombrio instante, a mente de Riki foi invadida por um pensamento perturbador: Qual seria o gosto de um anjo caído? A ideia surgiu como uma faísca, rápida e incontrolável, algo primal e voraz. Ele sentiu seus dentes se apertarem por um momento, a lembrança de quando quase cedeu ao desejo de provar a carne da criada retornando à sua mente. Morrigan, ali tão próxima, tão frágil e, ao mesmo tempo, tão misteriosa, fazia algo despertar dentro dele.

Mas Riki lutou contra aquilo, empurrando o pensamento para o fundo de sua mente. Não. Isso não. Ele fechou os olhos por um breve momento, respirando fundo, tentando afastar a tentação que pulsava em seu sangue. Era só cansaço, só o efeito da batalha interna que ele travava todos os dias desde que aquela cicatriz fora gravada em seu peito.

Não estou ofendido — disse, a voz mais áspera do que ele pretendia. — Só estou cansado. — A desculpa saiu quase como uma defesa. Ele deu um passo para trás, afastando-se do toque de Morrigan, sentindo a necessidade de colocar alguma distância entre eles, não apenas física, mas também emocional.

A verdade era que ele não sabia o que fazer com aquele tipo de proximidade. O contato humano — ou, no caso dela, algo além de humano — o deixava desconfortável, confuso. Riki não queria ser vulnerável, muito menos permitir que qualquer pessoa, anjo caído ou não, se aproximasse tanto de sua mente turbulenta.

Seiji pode achar graça — ele continuou, jogando um olhar rápido ao outro dragão, que sempre conseguia manter a leveza nas situações. — Mas não vejo nada de nobre nisso. Somos sobreviventes, como você. Você quer energia... nós queremos seguir em frente. Não é muito diferente.

Ele desviou o olhar para fora da janela, tentando retomar o controle de seus pensamentos. A visão da cidade parecia mais segura do que encarar Morrigan novamente, ou pior, encarar a si mesmo.

Quanto ao que você pode oferecer... — Ele hesitou por um segundo, sua mão apertando o batente da janela. — Isso é com você.

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Mensagem por Seiji Hidetaka Seg Set 09, 2024 8:23 am

3.



O vento entrava no ambiente fazendo o loiro relaxar mais e usar um pouco de seu poder para fazer o vento circular com mais efetividade. Ele observou os dois. Se mantendo atento aos movimentos de Riki, a garota estava machucada, poderia não conseguir se defender do outro dragão, e só ele mesmo para o impedir de seguir com alguma imprevisibilidade.

Já tinham se machucado para poder conter aquela fúria que surgia do maior, Seiji poderia ser menor, mas era tão forte quanto o outro, apesar de não aparentar. Anos de forja e treinos tornavam ambos fortes e capazes para suas respectivas jornadas, mas o loiro sabia que o outro não poderia simplesmente ficar sozinho, não que ele fosse capaz de se defender ou se cuidar. Temia que coisas piores poderiam acontecer, um descontrole por parte dele poderia desencadear problemas muito maiores.

Se manteve atento aos movimentos de Riki, vendo-o se afastar da mulher, respirou fundo, mantendo os braços cruzados. O único olho olhando para a janela aberta, podendo ver o céu azul e límpido. Deixando o ambiente bem iluminado. Ele ergueu uma sobrancelha para o comentário de Riki e deu um breve riso, um tanto irônico e baixo.

Eeeeh... Vocês pensam muito pouco de mim. — Murmurou, ainda se mantendo afastado dos dois, dando de ombros. — Um pouco de humor não doí, Riki. — Deu um sorriso de lado, os braços cruzados sua leitura corporal indicando sua tranquilidade ali no ambiente. Coçou o queixo e concordou com Riki. — É... Riki tem razão, não é nobreza. Apenas temos nossos objetivos.

Ele deu um sorriso caloroso para ela quando disse que talvez poderia oferecer algo, ergueu ambas as mãos para o lado, como se indicando um questionamento único a ela. O seu primo tinha razão. Era com ela isso, ele ficou um tanto quieto sobre ela precisar de energia e coçou a nuca com cuidado.

Quanto de energia? — Questionou com calma. — Você retira isso de algo ou alguém? — Outra pergunta. — Como você faz isso? — A curiosidade de Seiji era tocante, querendo saber mais da mulher a frente deles. Não era todo dia que podiam encontrar um anjo caído. — Além disso, você não se lembra de nada, neh? Bom, deve ser difícil lidar mesmo com o mundo assim. — Continuou, levando a mão ao queixo pensativo. — Bom, você também quer sobreviver, nós também. Objetivos secundários esclarecidos. — Disse com calma e deu um breve sorriso para ela. — Será que posso te dar um pouco da minha energia? — Falou sem pensar muito e ignorando sumariamente Riki.

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