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[Evento Dinâmico] Dois coringas no circo
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Darkaria :: Criptonoctum :: Velluna
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[Evento Dinâmico] Dois coringas no circo
Dois coringas
Halloween 2024
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: https://darkdungeonrpg.forumeiros.com/t929-fp-sparkle#6921
— Localidade: Velluna - Criptonocum - Continente de Darkaria
— Descrição: Uma enorme tenda circense apareceu do nada próximo a entrada do grande castelo de Arlequim. Os vampiros mascarados não sabem quem a colocou ali, porém uma presença engraçada se apresenta como dona do local. O Fantasma Risonho convida a todos a entrarem no grande circo e aproveitarem o espetáculo ali de dentro, porém mais de cinquenta pessoas passaram por aquela tenda e não mais foram vistas… Diz que o Fantasma oferece algo irresistível de prêmio para quem entrar ali, mas não sou eu que vou arriscar…
— Tipo de aventura: Autonarrada - Evento Dinâmico.
— Aviso: Escrita ruim, Roteiro questionavel, Atuação mediocre.
— Pessoas envolvidas: https://darkdungeonrpg.forumeiros.com/t929-fp-sparkle#6921
— Localidade: Velluna - Criptonocum - Continente de Darkaria
— Descrição: Uma enorme tenda circense apareceu do nada próximo a entrada do grande castelo de Arlequim. Os vampiros mascarados não sabem quem a colocou ali, porém uma presença engraçada se apresenta como dona do local. O Fantasma Risonho convida a todos a entrarem no grande circo e aproveitarem o espetáculo ali de dentro, porém mais de cinquenta pessoas passaram por aquela tenda e não mais foram vistas… Diz que o Fantasma oferece algo irresistível de prêmio para quem entrar ali, mas não sou eu que vou arriscar…
— Tipo de aventura: Autonarrada - Evento Dinâmico.
— Aviso: Escrita ruim, Roteiro questionavel, Atuação mediocre.
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Re: [Evento Dinâmico] Dois coringas no circo
— RESPEITÁVEL PÚBLICO!! — A voz divertida de Sparkle ecoou por toda a plateia, as gigantescas cortinas vermelhas esfarrapadas ocultavam o palco sombrio.
— Pegue sua pipoca, sente-se na cadeira, PRE-PA-RE-SE! Pois o espetáculo mais horripilante de suas vidas, começa… JÁ! —
As cortinas foram puxadas num instante, revelando um longo palco circular, o ranger das estruturas deterioradas reverberou, o contorno das atrações se destacam no cenário apagado.
Holofotes acediam iluminando somente a presença de Sparkle acima de um palanque no centro do estádio obscuro. — Nessa temível noite, eu serei sua singela apresentadora. — O figurino de Sparkle foi adequado para a nova persona, casaco preto de mangas longas com duas caudas na altura das panturrilhas, blusa vermelha vibrante de gola alta, cartola pomposa alta, saia curta e botas de cano longo, nas mãos dela uma varinha de mágico.
— Nessa pavorosa noite selecionamos as mais empolgantes atrações, estrelando o responsável por todo o espetáculo, o primeiro e único, FANTASMA riiiiSONHO!! —
Sparkle apontava com a varinha e as luzes acendiam sob o fantasma afastado alguns metros atrás dela.
— HA! HAHA!! HAHAHA!!! — O fantasma saltitava serelepe, e agitava os braços acenando para a plateia.
O ambiente permanecia em total silêncio.
— Poooooxa querido público. — Sparkle apoiava as costas da mão na cintura repreendendo a plateia. — Assim o senhor Fantasma vai ficar Tristonho. — Sparkle fazia beicinho, coçando abaixo dos olhos numa expressão de choro falso. — Eu quero aplausos para o idealizador do circo. — Sparkle voltava a sorrir, encenando palminhas.
CLAP! CLAP! CLAP! CLAP! Os aplausos eram literalmente som de palmas batendo, o som era seco e vazio, toda a plateia em perfeita sincronia batia as palmas num ritmo perturbador antinatural, os estalos brandiam alto ensurdecedores com todas as palmadas ocorrendo ao mesmo tempo. — Muito melhor, querido público é uma honra que esteja aproveitando nossa exibição. — Sparkle aprovava os aplausos, enquanto o fantasma fazia reverências espalhafatosas.
— Vamos acompanhar em primeira mão a performance favorita do nosso fundador. Arremesso de facas! —
O fantasma puxava um leque de facas em cada mãos e fazia malabarismo com as lâminas exibindo maestria ao apanhá-las no ar dando continuidade a breve apresentação.
— Nossa corajosa voluntária coloca em risco a própria vida para intensificar a emoção. —
Sparkle apontava com a varinha no sentido oposto onde o palhaço estava. Luzes acesas. Uma moça jovem amarrada por cordas nos pulsos e tornozelos, presa em um alvo redondo, com desenho circular em branco e vermelho, o tecido do alvo estava manchado com sangue ressecado.
— O audacioso domador de leões exibe valentia dentro da jaula com bestas ferozes. —
Apontou a varinha, luzes acendiam. Uma jaula de ferro retangular com uns dez metros de comprimento, no interior uma pequena gaiola aprisionando um homem de meia idade vestido de caçador, ele tinha algemas nos pulsos e tornozelos, circundando a gaiola três leões salivando com os dentes amostras, ossos de diferentes pessoas largados no chão da jaula.
— Nas alturas o habilidoso equilibrista demonstrará toda sua destreza caminhando na corda bamba. —
Varinha apontada ao alto, luzes acesas. De pé numa pequena plataforma, um jovem adulto, com os membros amarrados junto ao corpo, atrás dele uma pequena parede com lâminas pontiagudas a poucos centímetros de espetar as costas, diante dele a corda bamba, na extremidade oposta, outra parede de lâminas.
— Mas não é tudo, não não não. — Balançava o dedinho indicador em negação. — Atendendo exigências querido público, o equilibrista desafia a corda bamba acima de um aquário gigante cheio de… Piranhas assassinas. Já estou roendo as unhas de tanta tensão.—
Luzes acesas no aquário, além das piranhas a água estava muito manchada de sangue.
— E uma surpresa inédita, exclusiva dessa sessão, aviso, será o último número da noite, então não se atreva a deixar a cadeira. —
Nos fundos do palco, os holofotes iluminavam uma lona em bom estado multicolorida formando uma cabana que cobria uma estrutura metálica.
— Está ansioso, querido público? — Sparkle estreitou o olhar doce, esboçou um gentil sorriso, e questiona calorosamente,
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Re: [Evento Dinâmico] Dois coringas no circo
— Chega! Essa noite sua tirania de terror chega ao fim. —
As palavras foram ditas por um rapaz que a pouco tempo atingiu a idade adulta, os cabelos loiros penteados para trás, olhos azuis cristalinos refletiam calmaria mas carregavam muita determinação.
O jovem se chamava Austin, vestia uma armadura de placa, o metal prateado reluzia uma energia dourada, beirando o divino imaculado, ele estava ali para expurgar todo o mal presente na tenda.
Austin teve uma infância difícil, no começo da infância o pai dele faleceu, a mãe foi afetada por uma terrível doença logo após ter dado a luz a filha mais nova, junto com os outros irmãos mais velhos ele precisou trabalhar no vilarejo onde morava para cuidar da mãe acamada e dos irmãos mais novos.
A vida de Austin não foi fácil, o trabalho pesado e exaustivo para uma criança, o vilarejo humilde, a remuneração cobria apenas o sustento básico da casa, a maior parte da renda era usada na compra de remédios para tratar a doença da mãe.
Porém Austin era muito grato, mesmo tendo pouco ele estava feliz, no fim do dia ele podia jantar em família, celebrava as pequenas conquistas com alegria, carregava muita ambição no peito acreditando que a vida iria melhorar, era apenas questão de tempo.
Certa vez Austin na adolescência viajou até a cidade vizinha para comprar as últimas doses de remédio do tratamento da mãe que após anos estava se recuperando da doença, a viagem durava alguns dias e acontecia quase todos mês.
Tarde da noite quando retornou, o vilarejo estava em chamas, uma tropa de orcs e demônios saqueava o local, ceifando idosos e doentes, selecionando os jovens para venda de escravos.
Em desespero, Austin correu até sua casa, que ficava um pouco isolada do vilarejo, as pernas dele nunca se moveram tão rápido, como se o tempo caminhasse devagar, o som do massacre ecoava lentamente nos ouvidos dele. Tanto esforço apenas para ver a mãe arrastada para fora de casa, adoecida ela juntou forças para lutar, com uma faca de caça ela excedia todos os limites do corpo fraco na tentativa de proteger os filhos, que iam sendo algemados e jogados na caçamba de uma carroça.
— Procure ajuda! Austnrghff! — As últimas palavras dela antes de ter a garganta cortada por uma lâmina de aço, também foi a última visão que ele teve da mãe.
Austin se virou e correu, mas teve uma flecha cravada atrás do ombro durante a fuga, sem saber para onde ir ele apenas fugia, gritava por ajuda, sendo alvo de mais flechas, perseguido por um pequeno grupo de Orcs.
O destino o levou até um acampamento de cavaleiros que estavam de retorno ao prédio da ordem após uma missão difícil, Austin perdeu a consciência nos braços de um cavaleiro veterano que futuramente viria a ser o mentor do rapaz.
Dias depois Austin acordou no prédio da ordem, o veterano com novas cicatrizes e ferimentos enfaixados, contou a ele o que aconteceu na noite que o vilarejo do rapaz foi atacado, os cavaleiros estavam esgotados por causa da missão anterior, o combate foi árduo ambos os lados sofreram grandes perdas, os orcs e demônios fugiram quando o número deles atingiu a metade simplesmente não valia o lucro continuar, o vilarejo praticamente dizimado e poucos civis foram salvos, a família de Austin infelizmente não teve sorte.
Austin perguntou motivo do veterano ter ajudado, mesmo com a força dos cavaleiros comprometida, porque eles lutaram.
– É a minha responsabilidade. Garantir paz, o mal não pode vencer, e as pessoas merecem uma vida pacífica, não luto por mim, mas sim pela futura geração, para que eles possam ver o nascer do sol sem temer das criaturas perigosas que espreitam a noite. –
Austin guardou as palavras do veterano, e decidiu que a partir de então ele viveria por essas palavras, impedir que o mal vença, proteger as próximas gerações, e garantir a paz. A vida dele até o presente momento foi bem sucedida, após o treinamento de cavaleiro ele concluiu diversas missões com êxito, se tornou líder de batalhão e conseguiu mais vitórias contra o mal.
De volta a tenda.
Austin brandiu a espada de prata, ergueu o escudo exibindo o emblema de leão com uma coroa desenhado no metal.
— Pela ordem dos Cavaleiros do Sol. —
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Re: [Evento Dinâmico] Dois coringas no circo
Se não fosse pelo tintilar metálico das armaduras de placa, o interior da tenda estaria completamente silencioso, mais de dez cavaleiros montavam formação com Austin no centro, erguendo os escudos com o emblema da ordem, estavam preparados para lutar pela causa.
Num movimento espelhado, Sparkle e o Fantasma Risonho seguravam nas próprias cinturas e durante um tempo se entreolharam demonstrando surpresa.
— HAHA!HAHA!HAHA!HAHA!HAHA!HAHA! — Ambos gargalharam alto em zombaria, segurando suas barrigas até perderem o ar.
Sparkle esbaforida abanava o rosto fingindo dificuldade para se recompor. — Da pra acreditar chefe? Pfftt HAHAHA! O jovezinho vestindo uma armadurazinha brilhantezinha, ele falou que vai. Pffftt HAHAHA!! — Nem conseguiu terminar a fala e voltou a gargalhar com exagero.
O Fantasma Risonho dobrou o corpo para frente se segurando nos joelhos, ele tossia engasgando de tanto rir. — Nossa tirania de terror será encerrada, hoje a noite. HAHAHAHA!! Ele parece um bonequinho vestindo uma armadura pesada demais. HAHAHA! Devíamos convidá-lo para o circo, o nosso último palhaço o leão comeu… — O fantasma não demonstrava sinais de preocupação, respondendo e rindo junto de Sparkle.
A plateia gargalhou junto, mas as risadas monótonas e frigidas, soavam em perfeita sincronia, as pessoas sentadas na arquibancada levantavam cartazes escritos. “HA!HA!”
Os cavaleiros de menor cargo se irritavam, e de imediato empenharam suas espadas prestes a atacar, mas foram interrompidos por Austin.
— Não se abalem por provocações vazias, viemos aqui para salvar as pessoas que estão presas. Mantenham a formação. — Ele não se abalou por ter sido ridicularizado, o objetivo era claro em sua mente, mas com certeza ele iria eliminar o mal presente no circo.
Lágrimas escorriam pelos rostos das pessoas na arquibancada, alguns passaram semanas confinados, parecia que estavam sob o efeito de um controle mental poderoso, tendo seus corpos manipulados como marionetes, incapazes de desobedecer, porém a presença dos cavaleiros do sol lhes trouxe esperança.
O Fantasma Risonho, na verdade um demônio de maldade, se alimentava do medo, desespero e sofrimento das pessoas, ele criou a tenda para reter o maior número de pessoas em cativeiro mantendo refeições contínuas.
Uma vez dentro da tenda o fantasma quebrava a mente da vítima com seus jogos doentios de terror, as pessoas psicologicamente abaladas eram facilmente afetadas pelo feitiço de controle, se tornando um tipo de zumbi vivo.
O fantasma parasita precisava que as pessoas estivessem vivas, ou perderia sua fonte de alimento e poder, mas parecia aceitável eliminar uma vida em troca do desespero contínuo de outras dez.
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Re: [Evento Dinâmico] Dois coringas no circo
— Querido público, está com sorte hoje, o circo do horrores acabou de ganhar novos integrantes surpresa para o espetáculo. —
Sparkle seguia improvisando no papel de apresentadora, apesar dos imprevistos o show precisava continuar.
— LUZ! — Sparkle apontou a varinha para o alto, então todo o picadeiro começou a piscar em amarelo, azul e vermelho numa frequência psicodélica.
— Trilha sonora! — Moveu a outra mão apontando para o canto do palco, do teto alguns dos zumbis vivos caíram suspensos por cordas amarradas na cintura, eles tinham instrumentos de corda e percussão, então começaram a tocar uma sinfonia circense alegre.
— aaaaaaÇÃÃO!! — Tirou a cartola da cabeça, movendo a varinha em círculos ao redor da abertura interna da cartola soltando purpurina, um par de orelhas longas de coelho se projetou para fora.
Sparkle então arremessou a cartola entre ela e os cavaleiros, da pequena abertura pulou um coelho de feições monstruosas do tamanho de um urso pardo, as orelhas tinham comprimento normal de coelho desproporcionais ao corpo, os olhos puramente vermelhos de uma fera irracional, investindo contra os cavaleiros. O fantasma invocou outros animais diabólicos e ordenou combaterem os convidados surpresa.
— ATACAR! — Brandou Austin apontando a espada em direção aos malfeitores. — Mantenham a formação, e protejam as costas um do outro. — O batalhão organizado iniciou o combate, lutando em coordenação, a sincronia era perfeita, pareciam compartilhar a mesma mente, se defendiam com maestria e exploravam as brechas desferindo contra ataques precisos. O coelho monstro e o restante das inovações diabólicas eram neutralizados sem grandes problemas.
No centro do picadeiro, outra cartola surgiu magicamente na ponta dos dedos de Sparkle, e logo foi colocada no topo da cabeça. — E agora… Qual o próximo ato de Sparkle… — Sentada num banquinho alto ela divagava, apoiando o dedo indicador nos lábios. — O querido público está cada vez mais exigente… É tão difícil atender as expectativas altas. — A trilha sonora se misturava ao som do combate que se desenrolava ao redor dela, no centro do campo de batalha ela era indiferente, quase imperceptível, mais preocupada em como elevar o nível do show.
— Acabou! — Austin foi o único a notar a apresentadora, com um golpe limpo a espada infundida com uma luz dourada cortou de fora a fora do dorso dela.
Sparkle sorriu contente, se desmanchando em névoa. — Uhh… Leãozinho, me assustou. — A imagem dela surgia atrás das costas de Austin. — Não fuja do roteiro, e vá contracenar com o Fantasma. Hehe! — Desinteressada no cavaleiro, Sparkle agia de maneira amigável, quase carinhosa.
Austin inverteu a lâmina e realizou outro corte horizontal, dessa vez golpeando Sparkle atrás dele. — Sua máscara doce não é capaz de ludibriar a justiça da minha espada. — A imagem de Sparkle novamente se desfez em fumaça, mas Austin já esperava por isso.
— Huhmm… Isso foi uma ameaça ou um convite, desculpa Leãozinho, Sparkle não gosta de herois bonzinhos…— A voz dela não vinha de lugar nenhum, mas ao mesmo tempo parecia estar em todo canto.
Austin foi surpreendido quando muitas Sparkle surgiram ao redor dele, todas elas apontando a varinha de mágico com a ponta emitindo uma esfera condensada de mana maligna.
Austin levantou o escudo em guarda, se preparando para receber o ataque, revestindo a armadura com uma barreira de luz.
PUFF!!!
As pequenas explosões produziram sons de estalos abafados, disparando confetes e serpentina em Austin, o cavaleiro pela primeira vez se irritou, ele não entendia como alguém conseguia ser tão imprudente numa situação onde tantas vidas estavam perigo. —Você… É o único monstro aqui. — Disse em meio a respiração pesada.
A verdadeira Sparkle caminhava jogando os pés um na frente do outro. — Sparkle um monstro… Assim ela fica magoada. — Fingia estar deprimida fazendo beicinho com os olhos chorosos.
— Tudo bem Leãozinho, sem ressentimentos. — Sparkle enxugava as lágrimas, e logo estava animada exibindo um enorme sorriso. — Os gatinhos do circo precisam de companhia, mas cuidado, eles gostam de brincar com a comida. Hihihi! — Ela encaixou uma chave na fechadura da jaula dos leões e girou, a porta se abriu libertando os três felinos famintos de grande porte.
Lilith- Créditos : 25
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Re: [Evento Dinâmico] Dois coringas no circo
Os bons ventos da vitória pareciam soprar a favor dos cavaleiros, no campo de batalha a vantagem deles era clara, tinham coordenação, força, estratégia e bons equipamentos para lidar com o Fantasma Risonho.
As invocações surgiam aos montes, e rapidamente derrotadas, o fantasmas usave viu obrigado a usar os preciosos zumbis para auxiliá-lo na luta, mas estes não representavam perigo algum aos cavaleiros experientes.
Sparkle assistia tudo de longe, balançando a cabeça e cantarolando no ritmo da trilha sonora, bem no alto, sentada no meio da corda bamba, com um pote de pipoca no colo, ela pinçou uma na ponta dos dedos e arremessou para cima, esperou cair e pegou com a boca. — Aqueles ali tão perdidos… — Ela via dois cavaleiros tendo os tornozelos amarrados por cordas de contrapeso, e arremessados para cima, atingindo a altura da corda bamba e caindo dentro do tanque das piranhas, em poucos segundos só restava a armadura placa e a água muito avermelhada.
— Quantos cavaleiros voltam pra casa hoje? Eu aposto em cinco. — Comentou animada com o prisioneiro equilibrista ainda de pé no palanque. — Urrrff… Esqueci que você não é muito de conversar… — Na verdade o feitiço impedia ele de falar, mas Sparkle fingia esquecer.
— Cadê aquela humana assistente imprestável? Desapareceu, quando finalmente acreditei que ela seria útil. — Praguejou, com diversos rasgos e remendos espalhados no corpo de tecido.
Sparkle jogava outra pipoca para cima e pegando na boca. — Tá na hora de roubar a cena. — Disse alegremente depois de mastigar e engolir.
Jogou as costas para trás, caindo com o peso do corpo, antes da colisão Sparkle girou no ar, dando os últimos passos descendo em degraus de éter.
— Querido público!! Como prometido, entrego a vocês o último ato do espetáculo. Suas cabeças vão explodir de tanta euforia! — Sparkle abria um sorriso sinistro, então puxou a lona que cobria a estrutura metálica nos fundos do picadeiro. — Literalmente!!! —
Revelando um canhão colorido, o bocal largo com quase dois metros de diâmetro, uma arma que facilmente seria usada em guerras, o potencial destrutivo do disparo poderia modificar drasticamente a geografia de uma cidade pequena.
— Adeusinho querido público, nos encontramos novamente na próxima sessão. — Com um aceno carinhoso Sparkle acendeu uma tocha riscando ela no chão, então aproximou do pavio que logo pegou fogo.
— MALDIIIITA!! — O Fantasma gritou sua última palavra antes da explosão, amaldiçoando Sparkle pela traição.
KABOOM!
Todos exceto Sparkle foram pegos na explosão, reverberando pela arquibancada em forma de arco, desencadeando uma sequência de detonações em fogos de artifício e fumaça multicolorida.
Sparkle apoiava a mão no queixo, apreciando o espetáculo visual brilhante. — Fogos de artifício sempre comovem Sparkle. — Ela tinha um olhar doce de inocência.
— Esse vilão não era quem Sparkle procura. — Se lamentou meio melancólica, enquanto as explosões de cor continuavam estourando.
— Concordo, faltou… Contraste com Sparkle. — Um clone de ilusão surgia ao lado da original, cruzando os braços e balançando a cabeça em afirmação.
— Sparkle não ia conseguir extrair todo o brilho dele… — Outro clone surgia, de cabeça baixa e resmungando deprimida.
As três imagens de Sparkle ficavam em silêncio admirando os últimos segundos de explosões.
Quando a fumaça ia dissipando, restava uma silhueta de pé, braços abertos com uma aura dourada de proteção, os outros cavaleiros gravemente feridos estavam caídos, do fantasma só restou alguns retalhos esvoaçando, quem estava de pé era Austin.
Durante o intervalo do pavio sendo aceso até o disparo, o tempo aparentou correr mais devagar para o jovem cavaleiro, ele se colocou na frente do projétil e conjurou uma poderosa barreira de luz, protegendo os reféns na arquibancada que sobreviveram com ferimentos leves.
— Nggrrhh!!! Ai que ódio!! Esse cavaleiro teimoso arruinou o meu gran finale!! Nem pra morrer ele segue o roteiro!! Isso que dá contracenar com amadores… — Sparkle esbravejava balançando os braços com o final da apresentação arruinado.
Sparkle caminhou furiosa até o cavaleiro de pé, mas reduziu o ritmo quando notou o estado decadente do rapaz, a armadura despedaçada, o rosto jovial irreconhecível coberto de pólvora e desfigurado.
— Fada… Se… Lhe resta alguma humanidade… Eu suplico… Ajude os… Inocen... — A voz serena de Austin soava cansada, sem enxergar e escutar, ele apenas acreditava que Sparkle estava ali, as palavras ditas com bastante dificuldade de alguém que usava os últimos suspiros para fazer o bem.
— Cala a boca traste! Não aguento esse discurso meloso. — Ela empurrou o peito do cavaleiro que caiu de costas como um manequim rígido.
Ela sentou sob o peitoral dele, apoiando os cotovelos nos próprios joelhos e segurando o queixo com as palmas das mãos. — Mas Sparkle admite… Urrgghh… — Arranhou a garganta não gostando do que diria a seguir. — Essa sua última cartada pegou Sparkle… Foi um bom desfecho, Sparkle não teria pensado nisso sozinha. — Ela fitava o rosto dele com certo respeito e admiração.
— Sparkle até pode ajudar o querido público mas…. — Fechou os olhos fazendo um zumbido pensativo. — Não parece divertido, nem um pouquinho hehe! — Esboçou um sorriso travesso com os olhos brilhantes.
Sparkle se levantou batendo a poeira atrás da saia. — Leãozinho, e querido público, Sparkle se divertiu muito hoje, Sparkle está profundamente agradecida. — As roupas da apresentadora iam se distorcendo retornando ao habitual quimono vermelho, enquanto a figura de Sparkle se desmanchava sendo levada pela brisa.
O luar iluminava o que restou da tenda chamuscada, a estrutura do circo ia desabando sob o próprio peso, no reino da noite eterna, as pessoas não terão o conforto do sol nascendo para protegê-los das criaturas malignas que espreitam a noite.
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