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[Evento Dinamico] A sinfonia dos condenados.

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Mensagem por Furry Sáb Nov 09, 2024 5:05 pm

Rasputin Strogonoff
Halloween 2024
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas:
https://darkdungeonrpg.forumeiros.com/t997-fp-comic-sans#7527

— Localidade: A Margem - Tekkionia - Continente de Satar.

— Descrição: O habilidoso Necromancer Rasputin Strogonoff acordou de seu longo sono de beleza com uma irresistível vontade de dançar! Com seu violino nos ombros, começou a tocar uma melodia que acordou os mortos de suas tumbas e eles todos começaram a dançar em direção a cidade de x. Esqueletos e corpos de entes queridos agora se encontravam em situação estranha ao dançarem todos juntos ao necromancer. A polícia local não tem sangue frio nem força para acabar com a situação e impedir seus amados de outrora de dançarem, por isso chamaram você!
— Tipo de aventura: Autonarrada - Evento Dinâmico.
— Aviso:
「R」
[/quote]

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Mensagem por Furry Sáb Nov 09, 2024 5:06 pm


Luz e Escuridão


O nevoeiro denso envolvia os becos sombrios de Tekkionia enquanto Comic e Maeralyn caminhavam pelas ruas desertas. Comic arrastava-se com uma falta de vontade quase teatral, e a cada passo parecia mais inclinado a parar. Maeralyn, mantendo-se paciente, respirou fundo, ajustando o capuz enquanto tentava motivá-lo.

- Vamos, garoto. Esse não é um chamado qualquer. A organização quer que resolvamos isso, e não é só pelo pagamento. Pode ser que Rasputin tenha algo de útil... talvez até alguma informação interessante para a sua investigação.

Comic lançou-lhe um olhar cheio de tédio, murmurando baixinho.
- Oh, "talvez alguma informação"... Talvez só alguns ossos dançando por aí também, quem sabe?

Na mente de Comic, Nix sussurrou, tentando desanimá-lo mais ainda.
- Lá vai você, grande herói, salvar uma vila apavorada... E tudo pra quê? Pra enfrentar um necromante que só quer fazer a própria festa?

Comic deu um sorriso de canto, o olhar ainda preguiçoso, mas algo nas palavras de Maeralyn parecia alcançar a pequena faísca de curiosidade em seu interior. Maeralyn percebeu que ele hesitava, então resolveu pressionar mais um pouco.

- Ou acha que esse tipo de evento é comum? Talvez devêssemos só ignorar... mas quem sabe o que ele pode ter guardado por aí?

Comic soltou um suspiro resignado e, finalmente, cedeu. - Certo, certo, "raio de sol"... mas se eu ver que isso é uma armadilha de "dançar até morrer", prometo que a culpa é toda sua.

Quando Comic e Maeralyn avançaram pela rua principal, o ambiente ao redor parecia desmoronar em silêncio e desespero. As portas das casas batiam com o vento, trancadas por moradores amedrontados. Entre os poucos habitantes ainda do lado de fora, uma figura solitária emergiu das sombras — uma idosa magra e curvada, o rosto marcado por rugas profundas e o olhar carregado de angústia. Vestia um vestido escuro, desbotado e remendado, como se as cores tivessem sido drenadas com o tempo, assim como as esperanças daqueles que a cercavam.

Ela caminhou com passos trêmulos na direção de Maeralyn, seus olhos fixos na figura da mulher como se enxergasse algo de divino em sua presença. Quando se aproximou, os dedos da senhora, retorcidos pela idade, tremiam ao levantar-se em súplica. Seus olhos — uma mescla de verde acinzentado como uma manhã nublada — pareciam se prender a Maeralyn, capturando a aura de serenidade e dignidade que ela exalava.

A idosa parecia ver além da aparência sombria e da aura mórbida de Maeralyn; ela via a luz discreta que Maeralyn ainda carregava em seu coração, aquela que insistia em proteger os indefesos e resgatar os necessitados. A mulher tocou a mão de Maeralyn, os dedos calejados agarrando-se com firmeza, e então, com a voz rouca, implorou: - Pelo amor de qualquer coisa sagrada... Ajudem-nos! Meu marido... Ele se foi há muitos anos, e agora... agora ele está lá na praça, dançando sem descanso, movendo os ossos de um lado para o outro. Ele não para... ninguém para. Por favor, senhora...

A voz da idosa, carregada de tristeza e desespero, trazia consigo um pedido desesperado, a esperança de que alguém ainda pudesse pôr fim a essa loucura. Comic ergueu uma sobrancelha ao ouvir o relato, contendo uma risada.

- Dançando até perder os ossos, hein? Bom, se ele é assim tão dedicado...

Maeralyn lançou-lhe um olhar de advertência, então virou-se para a idosa com um tom de voz compreensivo. - Vamos ver o que podemos fazer, senhora. Prometo que daremos um jeito. - Comic bufou, lançando um olhar desinteressado para o vazio, mas ainda assim, seguia Maeralyn. Enquanto andavam, Nix voltou a sussurrar em sua mente, tentando desencorajá-lo mais.

- Sério, isso tudo por um "show dos mortos"? Sabe que Rasputin é um necromante notório... é capaz de transformar a cidade num desfile de zumbis. Talvez você não queira se envolver com essa "dança infernal", que tal?

Comic suspirou com um tom de ironia, mas havia um brilho diferente em seu olhar. Ele observou a idosa se afastar, sentindo uma mistura de apreço e proteção pela luz que ainda restava em Maeralyn. Ela era um farol em meio à escuridão, uma lembrança constante de que havia esperança, mesmo nos momentos mais sombrios.

Ele sabia que a missão exigiria sacrifícios, e, enquanto se preparava para seguir ao lado dela em direção à praça, sentiu a responsabilidade de proteger o que ela ainda tinha de bom. Comic assumia as partes mais sombrias do trabalho, sempre se certificando de que ela não fosse arrastada para a mesma escuridão que o consumia. Ele preferia lidar com o que era necessário para completar a tarefa, deixar que ela cuidasse dos necessitados, dos que ainda podiam ser salvos.

[color=#708090] - Vamos lá, Raio de Sol. Não vamos deixar que a dança dos mortos tire sua luz. Eu vou garantir que você não tenha que sujar suas mãos com o que virá.

Comic falou isso com um sorriso malicioso, mas havia um tom sério em sua voz, um compromisso silencioso de que faria o que fosse preciso para mantê-la longe dos horrores que ele já conhecia tão bem. Ele preferia que Maeralyn saísse de cena antes de suas ações mais sombrias, permitindo que ela continuasse a ser o símbolo de esperança que a cidade desesperada precisava.

E assim, juntos, eles avançaram, o eco distante da música macabra de Rasputin guiando-os em direção à praça onde a dança insana se desenrolava.


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Mensagem por Furry Sáb Nov 09, 2024 5:06 pm


Luz e Escuridão




Conforme Comic e Maeralyn avançavam pelas ruas de Tekkionia, a cidade parecia mergulhada em um silêncio denso e opressivo, como se a própria terra estivesse segurando a respiração em antecipação ao horror que se desenrolava à frente. As casas, em sua maioria de madeira envelhecida e pedra desgastada, pareciam se curvar sob o peso da tristeza que pairava no ar. As janelas estavam em sua maioria fechadas, algumas até com tábuas, como se os moradores estivessem se escondendo dos fantasmas dançantes que assombravam as ruas.

O cheiro de terra molhada e de um leve toque de menta vinha do mercado local, mas a essência da morte e do desespero ofuscava tudo. À medida que se aproximavam do centro da cidade, a música macabra começou a se intensificar, um lamento insidioso que parecia emanar de algum lugar profundo, ecoando em cada esquina.

No caminho, encontraram um grupo de aventureiros, todos com expressões de pânico estampadas em seus rostos. Um deles, um homem de armadura maltratada, parou ao ver Comic e Maeralyn, seu olhar refletindo a incredulidade.

- Não vão por ali! Ele está invocando os mortos! É um verdadeiro pesadelo!

Outro membro do grupo, uma elfa de cabelos platinados, correu na direção oposta, gritando desesperadamente por ajuda, enquanto os outros a seguiam em retirada, visivelmente abalados pela experiência.

Comic assistiu à cena com uma expressão de ceticismo. O que aqueles aventureiros sabiam sobre enfrentar um necromante? Ele balançou a cabeça, como se estivesse lembrando a si mesmo que muitas vezes os reais horrores estavam nas sombras, não em cada grito que ecoava.

Enquanto avançavam, Maeralyn parou ao lado de um homem caído, um comerciante com uma ferida aberta no braço, claramente resultado de um ataque de um dos mortos-vivos. Ele gemia, a expressão pálida e cheia de dor.

- Espere aqui, Garoto. Deixe-me ajudá-lo.

Ela se agachou ao lado do homem, seu toque delicado e sua aura sagrada emanando um calor reconfortante. Com um gesto suave, ela canalizou sua energia, envolvendo a ferida em uma luz dourada que começou a fechar a carne. Contudo, à medida que o poder divino emanava dela, Maeralyn sentiu a queimadura característica em seu corpo. Era como se as chamas sagradas que curavam o outro também a castigassem, cada raio de luz a lembrando de sua condição maldita.

Ela fechou os olhos, um leve gemido escapando de seus lábios enquanto sua carne se queimava, um eco da dor que considerava um justo castigo por sua existência. Mas, por um breve instante, ao ver a dor se dissipar do rosto do comerciante, o alívio que sentiu era um bálsamo para sua alma atormentada.

O comerciante olhou para ela com olhos marejados, a esperança renovada iluminando seu semblante.

- Obrigado, senhora! Eu pensei que não veria a luz de novo...

Comic ficou parado um pouco afastado, observando com paciência, os braços cruzados. Esperar e ficar sem fazer nada eram pontos fortes dele, e ele tinha certeza de que esse ato de bondade não apenas ajudava o comerciante, mas também alimentava a luz que ainda restava em Maeralyn. Enquanto isso, a música distante da praça tornava-se mais alta, e a sensação de urgência crescia, misturando-se com a doçura do ato de cura. Ele aproveitou o momento para contemplar o contraste entre a bondade de Maeralyn e a sombra do necromante que os esperava mais à frente.

- Mais um milagre, Raio de Sol. Você realmente se recusa a deixar a escuridão a engolir, não é? Ele sorriu, meio divertido e meio admirado.

- Mesmo que eu não possa escapar da sombra, Garoto, ainda posso tentar iluminar o caminho para os outros.

Ela se levantou, ainda um pouco abalada pela dor da cura, mas com a determinação brilhando em seus olhos, enquanto o eco da música macabra se tornava cada vez mais forte, chamando-os para a praça.



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Mensagem por Furry Sáb Nov 09, 2024 5:07 pm


Luz e Escuridão


Ao entrarem na praça, Comic e Maeralyn foram recebidos por uma cena surreal, que era ao mesmo tempo encantadora e aterrorizante. Sob o luar, Rasputin Strogonoff comandava uma bizarra “festa” ao som de seu violino feito de ossos. Ao redor, cadáveres e vivos se misturavam numa dança macabra, movendo-se ao ritmo de uma melodia hipnotizante e melancólica. Famílias inteiras dançavam junto a antigos entes queridos, como se a linha entre o luto e a vida tivesse sido desfeita. Entre eles, crianças riam enquanto rodopiavam ao lado de figuras esqueléticas, e casais dividiam passos com corpos sem vida, movendo-se de forma desajeitada, mas com uma estranha harmonia.

Rasputin, no centro de tudo, tocava com uma expressão de êxtase, seus olhos observando as pessoas e os mortos como um maestro satisfeito com sua obra-prima. Ele não estava apenas usando magia para animar os cadáveres; ele manipulava emoções e desejos, oferecendo aos vivos a ilusão de uma última dança com seus entes amados. A música, com tons ora nostálgicos, ora sombrios, envolvia a todos, convidando-os a perderem-se naquela coreografia profana.

Comic observou a cena com um misto de incredulidade e desgosto, murmurando com ironia: - Agora temos uma festa completa, com os convidados que ninguém gostaria de ver mais uma vez.

Maeralyn desviou o olhar para as pessoas, a expressão perturbada. Ela conseguia ver o quanto a presença dos mortos trazia uma sensação de conforto misturada ao desespero nos rostos dos vivos. Uma mulher de meia-idade, com o rosto marcado pelas lágrimas, segurava a mão de um jovem cadáver em um terno roto, rodopiando como se ele fosse seu filho. Em outra parte, um velho dançava lentamente com uma figura feminina esquelética, sussurrando palavras de saudade e alívio.

Ao ver a dupla de assassinos, Rasputin parou a música por um instante e fez uma reverência exagerada, notando a aura diferente que emanava de Maeralyn. Ele sorriu com ironia, e, ao recomeçar a melodia, o ritmo tornou-se ainda mais envolvente. A magia parecia agora mais intensa, e os vivos ao redor de Comic e Maeralyn se moviam de forma mais frenética, presas na ilusão da dança.

- Bem-vindos à minha grande apresentação! Não é uma beleza? A vida e a morte, lado a lado, dançando eternamente. Se ao menos vocês entendessem... Rasputin ergueu o violino para os dois, seus olhos brilhando com um humor sombrio. — Juntem-se a nós, ou melhor, venham se despedir desses pobres seres antes que voltem ao silêncio eterno…. Dessa vez, todos juntos.

A música tomou um tom de samba fúnebre, mais rápido e irresistível, com uma batida grotescamente viva que, em vez de trazer alegria, parecia uma paródia sinistra. O encantamento “Ritmo de Samba” se espalhou pela praça, lançando sua influência sobre todos ao redor, vivos e mortos. Os cadáveres moviam seus corpos de forma espasmódica, com ossos estalando e rangendo enquanto acompanhavam a melodia dissonante. Alguns membros viravam-se de forma descoordenada, como se tentassem seguir um ritmo que já haviam esquecido. A cena lembrava mais uma performance desconjuntada de horror, o que dava à música um ar errado, fora de lugar – como se alguém estivesse tentando imitar uma coreografia alegre e acabasse criando um pesadelo dançante.

Comic sentiu as pernas começarem a tremer involuntariamente, até os ossos pareciam vibrar no ritmo do feitiço. Ele revirou os olhos, visivelmente incomodado e com uma careta de desgosto.

- Claro, porque resistir a uma dança com cadáveres é exatamente o que eu quero agora... Além do mais, essa música está completamente errada! Até os mortos sabem que isso aqui devia ser “Thriller”!


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Luz e Escuridão


Ele balançou a cabeça, frustrado, enquanto alguns cadáveres ao seu redor continuavam tentando acompanhar a música, mas em um ritmo desengonçado e perturbador, os corpos movendo-se com uma rigidez cadavérica que só tornava a cena mais grotesca. Para combater o efeito, ele começou sua estratégia habitual: contar carneirinhos. Murmurando em tom baixo, ele começou a enumerar cada carneirinho, focando em um ponto fixo para evitar o impulso de se mover. - Um carneirinho, dois carneirinhos, três carneirinhos...

Conforme ele contava, o ritmo ao seu redor pareceu desacelerar ligeiramente, enquanto a névoa negra que exalava de seu corpo se espalhava, e alguns dos cadáveres começaram a perder o entusiasmo, seus passos ficando mais lentos. Esse efeito ao redor de Comic dava a Maeralyn um momento de alívio para resistir ao chamado.

Ela, ainda que acostumada ao sofrimento, sentiu o peso daquela cena: pessoas agarrando o que restava de seus entes amados, um amor que se mostrava vulnerável diante de uma manipulação tão cruel. Decidida, ela ativou sua aura sagrada para afastar alguns dos cadáveres que vinham ao seu redor, mas o poder divino queimava sua pele morta, uma punição que ela sentia ser merecida. Um leve gemido escapou de seus lábios, mas ela permaneceu firme, avançando em direção a Rasputin.

Rasputin, vendo a luz que emanava de Maeralyn, parou por um momento, intrigado. Um sorriso se alargou em seu rosto. - Uma morta que ainda carrega a chama dos sagrados? Fascinante... Você deve ser uma alma cheia de segredos. Venha, junte-se a nós, minha querida... a morte já lhe abraçou uma vez. O que é mais uma dança? - Ele, como um necromante, se via muito interessado em uma undead sagrada.

Comic, observando Rasputin se dirigir a Maeralyn, murmurou entre os dentes. - Cuidado, Raio de Sol. Esse aí é o tipo que adora ouvir a própria voz... e pior, vai querer te convencer que você também gosta.

Maeralyn manteve a calma, sua voz firme e sem se deixar abalar pela provocação. - Rasputin, esses laços não lhe pertencem. Essas pessoas merecem descanso, e você… você será o primeiro a sair desta dança.


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O necromante soltou uma gargalhada e aumentou o ritmo da melodia. Os vivos e mortos ao redor começaram a dançar com mais intensidade, mas Maeralyn e Comic se prepararam, prontos para enfrentá-lo. - Não sejam tão rigidos, vamos todos dançar… dançar até a morte.

Rasputin intensificou o ritmo do violino, uma melodia enérgica e hipnótica que parecia tomar controle do próprio ar ao redor, forçando vivos e mortos a dançarem, agora com ainda mais fervor, ao ritmo de sua "Dança até a Morte". As figuras esqueléticas estalavam seus ossos enquanto dançavam, e até os corpos dos vivos começavam a seguir o ritmo de maneira involuntária, com os rostos marcados pelo horror de não conseguirem parar.

Comic, em meio ao caos, revirou os olhos e suspirou ao ver o necromante tocando com um prazer quase teatral. - Ah, mas que obra-prima… Deve ser horrível, Rasputin, viver assim, achando que os outros querem assistir a esse seu showzinho bizarro.

O necromante ergueu os olhos, claramente irritado pela interrupção, mas não parou de tocar. Aproveitando essa distração, Comic invocou um pequeno osso de energia com um gesto rápido, disparando-o diretamente em Rasputin, que se atrapalhou momentaneamente ao ser atingido nos dedos. O som do violino desafinou brevemente, interrompendo a música, e alguns cadáveres ao redor começaram a se mover de forma desordenada, perdendo o ritmo da dança.

Comic sorriu com desdém. - Quer saber? Acho que eu é que vou me sentar e assistir ao show. Talvez com uma ou duas vaias... Nix, como sempre, não deixou passar a oportunidade de desmotivá-lo, sua voz suave e tentadora ecoando na mente de Comic.

-  Para que tanto esforço, Comic? Rasputin claramente está se divertindo mais do que você. E convenhamos, essa luta toda, esse... drama... Você nem precisa tentar tanto, sabe? Só... sente e aproveite o espetáculo. Como você mesmo disse.

Comic sentiu o peso das palavras de Nix tentando dominá-lo, um cansaço repentino ameaçando suas ações. Ele respirou fundo, balançando a cabeça para afastar a influência de sua maldição. Era dificil. Ele tinha certeza que em alguma casa ao redor havia um sofá confortável que ele poderia usar. Seu rosto chegou a virar-se para a casa mais próxima para no momento seguinte sentir uma mão pesando sobre seu pequeno ombro.

- Nix, querida, eu adoraria descansar agora, mas tenho a impressão de que o espetáculo só vai piorar se o maestro continuar solto. - Sussurrou Comic devolta a sua maldição. -  E também… - Comic olhou para a mão em seu ombro. -  Tenho certeza que não seria assim tão fácil dormir. - Sorriu por baixo da mascara.

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O combate continuou com Maeralyn mantendo a concentração, erguendo pequenas barreiras sagradas, protegendo-se e a Comic dos ataques desordenados dos mortos ao redor. Cada vez que uma de suas barreiras era conjurada, uma dor ardente surgia em sua pele, e a luz sagrada deixava marcas esbranquiçadas, como queimaduras, em seus braços e mãos mortas. Apesar da dor, ela permanecia firme, focada em conter o caos ao redor.

Rasputin recuperou-se rapidamente e, ao perceber que Maeralyn criava defesas, sorriu, claramente interessado. - Sabe, minha cara, não adianta erguer essas barreiras contra o inevitável. Os ossos da terra são meus aliados!

Ele ergueu uma das mãos e, com um movimento teatral, conjurou uma chuva de ossos que caiu sobre eles. Cada fragmento oscilava no ar como se guiado pela melodia, projetando-se contra as barreiras de Maeralyn. Ela manteve a compostura, mas não pôde conter um pequeno gemido ao sentir o poder sagrado se voltar contra ela cada vez que renovava as proteções.

Comic observou a chuva de ossos e fez uma careta cômica de desgosto. - Vai ter que se esforçar mais, Rasputin. Isso aí é mais poeira que ataque. - Ainda que comenta-se sarcasticamente ele não podia deixar de se preocupar, pois era capaz de perceber que Maeralyn, se continuasse nesse ritmo, atingiria seu limite.

Com um gesto rápido, ele invocou outro osso de falange, arremessando-o direto no braço de Rasputin que segurava o violino, acertando nos dedos que realizavam os acordes. O necromante perdeu o ritmo mais uma vez, sua música saindo de tom, e a horda de dançarinos mortos começou a perder a cadência enquanto a chuva de ossos também diminuía. Os passos dos cadáveres ficaram erráticos, e alguns até caíram ao chão em pilhas desordenadas, de ossos torcidos e quebrados.

Rasputin recuou, surpreso e furioso. - Insolentes! Acham mesmo que podem estragar meu concerto? Vou lhes mostrar a verdadeira melodia da morte!


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Maeralyn trocou um olhar determinado com Comic, ciente da tensão crescente. Suas barreiras, ainda que a ferissem, brilhavam com força. - Mantenha-o distraído, Comic. Eu conseguirei lidar com os outros. Não vou deixar que ele descanse enquanto essas almas sofrem.

Comic assentiu, com um sorriso ligeiramente mais afiado. - Raio de Sol, se ele acha que eu sou só o público, então é hora de eu dar um show que ele não vai esquecer tão cedo.

Enquanto Maeralyn mantinha as barreiras e se preparava para conter os corpos ao redor, Comic focou-se em Rasputin, pronto para desmontar o necromante com sarcasmo e ataques precisos. Sorrindo com ironia, ele murmurou para si mesmo: – Se você quer um público, então prepare-se para um Público Difícil.

Com um gesto exagerado, Comic estendeu as mãos e uma série de caveiras espectrais irrompeu ao redor de si. Cada uma tinha os olhos flamejantes e uma expressão de sádica diversão, quase zombando de Rasputin. Com rapidez, as caveiras avançaram sobre ele em uma sequência de ataques, explodindo em nuvens densas de fumaça espectral ao colidirem com o corpo e o espaço ao redor do necromante. Risadas fantasmagóricas ecoaram pelo ar, e a névoa que se envolveu com Rasputin, obscurecendo sua visão.

Na sombra da fumaça, Comic abaixou-se e tocou o chão, sussurrando um encantamento. Com um brilho sinistro, seis esqueletos surgiram, emergindo das entradas da terra. Cada um deles tinha uma aparência única – alguns usavam partes de armaduras velhas, enquanto outros carregavam resquícios de roupas esfarrapadas. Seus ossos rangiam e emitem uma leve aura espectral. Comic indicou a eles, em silêncio, que começassem a guiar os civis para fora da área de combate.

Os esqueletos obedeceram com uma agilidade surpreendente, mas o impacto de sua aparição não foi nada discreto, não a menos agora que os civis se viam sem a influencia da música de Rasputin. Quando se aproximaram da multidão, os civis recuaram, gritando e tentando escapar das mãos ossudadas. Algumas pessoas resistiram ao serem agarradas; um homem deu um soco em um dos esqueletos, enquanto uma senhora tentava puxar sua filha para longe. Em resposta, os esqueletos simplesmente deram um golpe direto na base da cabeça das pessoas mais resistentes, nocauteando-as e depois as jogando nos ombros, correndo na direção segura.

Comic soltou uma gargalhada ao ver uma cena surreal.

– Esqueletos sequestrando pessoas para salvar pessoas de serem sequestradas por esqueletos – não vou mentir, tem um quê de poético nisso. Ele então continuou zombando da situação. – Ei, Rasputin! Parece que as críticas não vão ser nada boas!?

De dentro da nuvem de fumaça espectral, Rasputin tentou recuperar a compostura, mas cada vez que tentava espiar ao redor, mais cavernas explodiam, soltando risadas que ressoavam em sua mente. Ele tentou um encantamento, mas Comic não estava disposto a deixá-lo descansar. Quadrinhos mostram a mão, prontos para lançar uma segunda onda do Público Difícil .



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Dessa vez, no entanto, Rasputin reagiu com um olhar cheio de raiva, invocando sua própria magia. – Requebra Esqueleto! – bradou Rasputin, erguendo a mão para formar uma barreira de ossos espessos e entrelaçados, uma parede que ele esperava proteger sua visão e dissuadir os ataques.

Uma nova série de cavernas espectrais se lançou diretamente contra a barreira, explodindo em sucessão, e a praça tremeu com o impacto. Comic sorriu satisfeito, pois era exatamente o que ele queria: as colisões das caveiras espectrais com a barreira de ossos criaram uma segunda onda de fumaça, ainda mais espessa, envolvendo Rasputin e obscurecendo completamente sua visão.

Nix, aproveitando o intervalo, inspirou em sua mente, com o tom depreciativo de sempre: – Sabe, já que tudo está meio nublado e confuso, você poderia tirar um cochilo. Não é todo dia que você encontre uma névoa tão… aconchegante.

Comic revirou os olhos, mas não pôde deixar de rir. – Nix, querido, um cochilo agora não combinaria com o espetáculo. - Dessa vez, empolgado como estava, Comic sequer vacilou perante sua maldição.

Enquanto isso, os esqueletos continuam a levar os civis para longe. Alguns corriam, puxando as pessoas desacordadas, enquanto outros carregavam adultos como sacos de batatas em suas costas esqueléticas. Gritos abafados ainda ecoavam pelo local, mas aos poucos a praça começava a ficar mais vazia. Maeralyn, ao ver a distração funcionando, murmurou uma prece e ativou o Véu da Penumbra , envolvendo a si mesma, os esqueletos e os civis que guiaram na penumbra sagrada de Hélia.

Levemente ocultos pelas sombras do véu, os esqueletos simplesmente desaparecem nas brumas, quase invisíveis aos olhos de Rasputin. O necromante, envolto na neblina densa, não conseguiu localizar seus oponentes e começou a recuar, sua expressão beirando a frustração. Ele não podia ver Maeralyn, Comic, nem os civis que outrora usava para fortalecer sua magia. Comic, aproveitando o desespero de Rasputin, provocou mais uma vez.

– Poxa, Rasputin, já cansou? Ou foi seu “grande público” que você abandonou? Talvez eles tenham percebido que seu show é… meio antigo. - Rasputin apenas o encarou furioso, mas sabendo que nada mudaria se ficasse parado ele mais uma vez erguia seu violino.


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[Evento Dinamico] A sinfonia dos condenados. Empty Re: [Evento Dinamico] A sinfonia dos condenados.

Mensagem por Furry Sáb Nov 09, 2024 5:08 pm


Luz e Escuridão



A praça parecia mergulhada em um crepúsculo eterno, onde a névoa pairava como um véu espectral e a melodia sinistra de Rasputin reverbera nas pedras desgastadas. As sombras ao redor pareciam se encolher e se torcer, como se elas próprias temessem o espetáculo fúnebre do necromante. Cada nota que ele extraia de seu violino transformava-se em uma onda de energia negra, impregnando o ar com um peso quase palpável, sufocando qualquer resquício de vida e esperança.


Comic observava Rasputin com um sorriso insolente, tirando lentamente sua máscara para revelar o brilho frio de suas cavidades oculares. A luz azulada que emanava de seu crânio zombava da escuridão ao redor, mas Rasputin não se deixava intimidar — não à princípio. Seus lábios se contraíram em um sorriso cruel, e sua mão segurou o arco com mais força, o orgulho ferido flamejando em seus olhos.


Você ousa zombar de mim? Um esqueleto patético, fora do meu comando! — vociferou, tremendo de raiva. – Transformei dezenas como você em marionetes; quem você pensa que é para quebrar o encanto da minha obra?!


Comic riu, cruzando os braços com despreocupação fingida, enquanto a tensão entre eles vibrava como a corda de um arco prestes a romper.


- Parece que o maestro perdeu o compasso, — respondeu Comic, inclinando a cabeça, sua voz carregada de provocação. - Ou está com medo de ser superado por um de seus próprios “instrumentos”? Talvez seja hora de mudar de espetáculo, não acha?


Antes que Rasputin pudesse responder, Maeralyn apareceu, movendo-se com a cautela de uma sombra, a voz firme: - As pessoas estão seguras. O palco é nosso. - Tal comentário em momento tão oportuno fez Comic se deliciar internamente com o trocadilho.


A face de Rasputin se contorceu em ódio, e ele ergueu o violino, preenchendo a praça com uma nova sinfonia de trevas. – QUEM VOCÊS PENSÃO QUE SÃO? ESSE PALCO É MEUUUUU. - As notas intensificaram-se, ecoando com uma malevolência que parecia esmagar o ar, e, como uma resposta à sua melodia macabra, esqueletos elegantemente trajados começaram a dançar, surgindo como figuras grotescas na névoa. Era a “Valsa dos Mortos”, uma marcha hipnótica que desafiava o mundo dos vivos.


Os esqueletos dançavam ao som sombrio, movendo-se com uma precisão letal, cada passo calculado como uma ameaça. Maeralyn ergueu seu escudo e se posicionou ao lado de Comic, bloqueando os primeiros ataques, mas a energia maligna emanada da música parecia aumentar a cada instante.


- Cuidado, Comic! — gritou ela, a voz oscilando sob o peso da melodia que parecia querer invadir sua mente. Comic também sentia o peso da “Melodia Incansável” se arrastando por seus ossos, intensificado pelos sussurros persistentes de Nix em sua mente, incentivando-o a desistir. O riso fantasmagórico de Rasputin ecoava pela praça, e seus olhos brilhavam de deleite a cada fôlego pesado de Comic e a cada golpe que atravessava as defesas de Maeralyn.



Ah, então também possuem suas fraquezas! Que prazer vê-los se rendendo ao inevitável! — gritou Rasputin, exultante. – Quando tudo acabar, prometo que serei generoso. Deixarei vocês dois juntos, para sempre, como parte da minha Valsa Macabra. Vocês dançarão, bonecos desobedientes, sob o comando do meu arco, até que se reduzam a pó!


As palavras dele pareciam impregnar-se no ar como uma sentença maldita. Rasputin sorria com um deleite insano, enquanto um último movimento de seu violino desencadeava uma cascata de ossos caindo do céu, uma chuva mortal que parecia consumir o espaço ao redor de Comic e Maeralyn. Ela ergueu as barreiras para protegê-los, mas ainda assim, fragmentos atravessavam, arrancando faíscas e ferindo os dois, o riso frenético de Rasputin crescendo com cada golpe bem-sucedido.


No entanto, mesmo ferido e exausto, Comic não cedeu. Ele abriu um sorriso torto, ignorando o peso em seus ossos e a voz venenosa de Nix em sua mente. Sua mão esquelética começou a erguer-se, tremendo, mas segura, canalizando uma força necromântica que parecia reunir cada partícula de escuridão na praça.


- Precisa de tudo isso para nos derrotar? Que decadente, Rasputin... que desperdício de "talento". - Nesse momento os seis esqueletos que ele havia invocado antes retornaram a praça, enredando-se com os esqueletos invocados por Rasputin dando a Maeralyn espaço para respirar.


Os olhos de Comic brilharam com uma luz inumana enquanto crânios dracônicos esqueléticos emergiram, um a um, ao redor de Rasputin, flutuando como guardiões espectrais e ameaçadores, surgindo de todos os cantos da praça. O brilho pálido e etéreo nos olhos dos crânios parecia observar o necromante, congelando-o em um pavor que ele não conseguia disfarçar. Ele deu um passo para trás, o arco em suas mãos tremendo, percebendo o horror absoluto que pairava ao seu redor.


N-não! Isso não pode ser... meu espetáculo... minha obra-prima! — sua voz fraquejou, e seu rosto foi tomado pelo medo. As palavras de Comic ecoaram pela praça, carregadas de um poder inevitável: - Preparado para uma nova sinfonia, maestro? Um que só toque para você... Times New... Blastin’!


Rasputin tentou erguer o violino mais uma vez, desesperado, os dedos buscando nas cordas alguma resposta, mas sua mana se esgotara. Ele soltou um grito de puro terror, os olhos arregalados enquanto os feixes de energia espectral disparavam dos crânios dracônicos, convergindo sobre ele em uma explosão que iluminou a praça com uma luz destruidora. A figura de Rasputin foi consumida por um clarão intenso, o som de sua última nota silenciando em um lamento eterno, até que apenas o eco de sua derrota restou na fria névoa da noite.




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