Foz DouradaA JornadaParte 1

Em uma cidade portuária, onde a brisa salgada e o som dos barcos atracando nunca para. Ali estava um jovem, sua aparência chama atenção, principalmente por seus cabelos ruivos compridos. Faye estava sentado com os pés balançando na beira do porto, olhando para o horizonte. Seus dias em Foz dourada começaram a ficar chatos.

De início a comida local, a vida no porto. Tudo era muito novo e interessante, mas logo se tornou entediante e rotineiro. Sua pesquisa também não progrediu muito; Quem diria, não se acha muitas mentes brilhantes no meio de piratas, aventureiros e donos de taverna.

Levantando, enquanto ouvia um leve som de madeira rangir, o jovem decide ir novamente ao centro da cidade, quem sabe algo de novo está acontecendo; Tomou seu rumo de volta a taverna Chifre e Casco, onde está passando boa parte do seu tempo.

— Voltou cedo? Já bateu a fome?

Pergunta um simpático Tauren, com seu sorriso largo, olhos azuis e chifre quebrado. Brakorg é a alma desse lugar, uma companhia pra toda hora e alguém que Faye aprendeu a gostar.

— Brakoooorg, eu tô entediadoooo!

O draconídeo arrastava suas palavras com o rosto afundado no balcão de madeira. Nos ultimos dias, tudo o que ele fazia era reclamar que Foz dourada não tinha nada pra fazer.

— Eu nunca vou entender, vocês draconídeos nunca ficam em lugar nenhum, sempre viajando, sempre em uma aventura pra algum lugar novo, o que têm de errado em criar raízes?

Virando o rosto levemente, Faye da uma risada de deboche e responde.

— Ao menos eu não fiquei tanto tempo em um lugar, que virei  parte da mobília.

Os dois se encaram por um segundo e depois começam a rir.

CIARAN