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[Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
2 participantes
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Satar :: Reino de Amani :: Foz Dourada
Página 1 de 1
[Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Perdidos nas árveres
Caminhando na floresta enquanto seu lobo não vem
— Ano/Estação: 840 DG / Outono
— Pessoas envolvidas: Cordélia Navis e Icarus Canticum
— Localidade: Foz Dourada - Reino de Amani
— Descrição: Cordélia e Icarus se encontram inesperadamente e por necessidade e dinheiro, se unem em uma missão.
— Tipo de aventura: Auto narrada
— Aviso: Violência
— Pessoas envolvidas: Cordélia Navis e Icarus Canticum
— Localidade: Foz Dourada - Reino de Amani
— Descrição: Cordélia e Icarus se encontram inesperadamente e por necessidade e dinheiro, se unem em uma missão.
— Tipo de aventura: Auto narrada
— Aviso: Violência
Última edição por Mila em Dom Out 15, 2023 2:16 am, editado 1 vez(es)
Mila- Créditos : 37
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Icarus Canticum
Primeiro movimento
Pela primeira vez na vida eu havia deixado Adaggio, e o sentimento de medo se misturava com minha empolgação. Eu estava pronto para começar minhas buscas.
Quando desembarquei sozinho em Foz dourada, a aglomeração e o barulho fizeram minha cabeça girar. Nunca havia vivenciado tantos estímulos: era minha primeira vez em uma cidade grande! Vi pessoas caminhando apressadas para algures, senti o cheiro de peixe na brasa sendo preparado em algum lugar e ouvi muitos e muitos sons. Conversas, risadas, excalmações de preços e produtos. Porém, avistei um músico com um alaúde e não escutei sua música...
Eu não espereava nada diferente, a minha maldição não permitiria escutar outra música.
Mas ver que isso ocorria fora de Adaggio, por mais óbvio que fosse, partiu meu coração.
Respirei fundo e saí do centro da cidade, rumando em direção à floresta que margeava aquela costa. Sem saber dos perigos da região, acampei perto das árvores, um conforto no meio do caos em que eu me encontrava.
-Obrigado - falei para a árvore que que escalei para dormir - eu não conseguiria ficar no meio daquelas pessoas por muito tempo.
Peguei meu remédio caseiro para conseguir dormir sem ter pesadelos em meu bolso e dei um gole, dose suficiente para garantir um sono tranquilo, mas sem sonhos. Antes de adormecer, lembrei de Saria. Ela queria ter vindo comigo, mas Reina a proibiu. Talvez fosse para o melhor...
Após acordar, permaneci na árvore praticando minhas músicas com ode costume, pensando qual caminho deveria seguir. Porém, escutei um barulho de madeira rangendo e cavalos. Era uma carruagem. Um homem gordo com roupas pomposas desceu e começou a se aliviar em uma árvore próxima a que eu estava.
- Já guardaram o mapa que encontramos?! Não quero que mais ninguém da nobreza fique sabendo! Aquelas histórias do casal de Bardos devem permanecer um segredo! - o nobre falou para um de seus guardas, que concordava de cabeça abaixada. - Não sei o que eles escodiam, mas tenho certeza que era algo valioso, algo que possa me colocar dentro da corte de Nascente Real!
Minhas orelhas levantaram na mesma hora. Não podia ser uma coincidência. Um casal de bardos em Foz Dourada... Quais seriam as chances?! Pedir com educação claramente não surtiria efeito em alguém como esse homem. Eu precisava achar uma forma de pegar esse mapa.
Depois que a carruagem partiu, desci do galho em que estava e respirei fundo. Eu estava pronto para roubar aquele nobre.
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DarkWoodsKeeper- Créditos : 16
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Muito Mato
Tlim! O tilintar das moedas captava minha atenção mesmo de longe. Como um caçador identificando sua presa, virava meu olhar azulado na direção do barulho, abrindo um sorriso malicioso no rosto.
Um nobre gordo, bem vestido e, aparentemente, abastado passava perto do Jawbreaker, provavelmente fazendo negócios no porto. Pra azar dele, não eram comigo, e isso me dava toda a permissão que eu precisava para roubá-lo, digo, arrecadar fundos para futuras expedições.
Ouvindo suas conversas, não era difícil saber para onde ia. Com essa informação, mantive certa discrição e o acompanhei enquanto subia com bastante dificuldade na carruagem adornada. Seguiria o veículo à distância, não parecia muito rápido, então faria isso a pé.
Enquanto caminhava, fazia uma lista em voz baixa. - Pistolas novas... As minhas já estão bastante enferrujadas. Doces também, com certeza, estou ficando sem... - Ao longe escutava relinchos e um cessar de cascos batendo no chão, indicando que a carruagem havia parado.
Escondida atrás de uma árvore, ainda longe da cena, observava em silêncio, não precisava ser notada ainda e o homem estava mijando, ninguém merece a humilhação de ser roubado ou morto enquanto atende ao chamado da natureza!
Um nobre gordo, bem vestido e, aparentemente, abastado passava perto do Jawbreaker, provavelmente fazendo negócios no porto. Pra azar dele, não eram comigo, e isso me dava toda a permissão que eu precisava para roubá-lo, digo, arrecadar fundos para futuras expedições.
Ouvindo suas conversas, não era difícil saber para onde ia. Com essa informação, mantive certa discrição e o acompanhei enquanto subia com bastante dificuldade na carruagem adornada. Seguiria o veículo à distância, não parecia muito rápido, então faria isso a pé.
Enquanto caminhava, fazia uma lista em voz baixa. - Pistolas novas... As minhas já estão bastante enferrujadas. Doces também, com certeza, estou ficando sem... - Ao longe escutava relinchos e um cessar de cascos batendo no chão, indicando que a carruagem havia parado.
Escondida atrás de uma árvore, ainda longe da cena, observava em silêncio, não precisava ser notada ainda e o homem estava mijando, ninguém merece a humilhação de ser roubado ou morto enquanto atende ao chamado da natureza!
Mila- Créditos : 37
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Icarus Canticum
Segundo movimento
Comecei a seguir aquela carruagem a uma distância segura, absorvendo as informações que havia obtido. A carruagem serpenteava por entre as árvores em direção a Foz Dourada, e a ansiedade que eu sentia foi momentaneamente substituída pela certeza de que algo relacionado aos Canticum estava em jogo.
"Não faço ideia do que se trata esse mapa, mas definitivamente tem alguma conexão com os Canticum. E os únicos que estiveram em Foz Dourada foram.." - agitei a cabeça levemente para afastar os pensamentos intrusivos. Precisava me manter focado.
A carruagem não hesitava, contornando de longe as ruas e prédios mais modestos da cidade por completo, adentrando um bairro mais afastado e opulento.
No bairro dos nobres, casas de praia se estendiam por uma rua tranquila, longe do frenesi dos portos lotados. A carruagem finalmente parou em frente a uma "taverna" luxuosa de nome sugestivo, o "Recanto do Ouro". O nobre, desceu lentamente, apoiado pelos guardas que o acompanhavam a pé.
- Chegamos, senhor Barão Ludocc. Como foi o restante da viagem? - indagou o guarda.
- Leve o mapa para a minha sala e coloque-o no cofre com o resto das minhas coisas. Preciso de uma bebida. - disse o Barão, ignorando a pergunta do guarda.
O guarda assentiu, seguindo Ludocc para dentro do prédio. Parecia que a indiferença do Barão era uma característica comum.
Enquanto observava de longe, revirei os olhos diante de tamanha grosseria. "Como alguém pode ser tão arrogante? Não vou sentir culpa por roubá-lo, especialmente porque o mapa nem é dele!"
Aproximei-me do luxuoso bar, contornando seus fundos. Uma pequena janela alta revelava o interior de uma sala que lembrava um escritório, adornada com um grande retrato do Barão observando soberanamente os móveis de mogno polido.
O guarda, ainda com o mapa em mãos, entrou na sala e dirigiu-se ao quadro, que funcionava como uma porta secreta, ocultando um cofre. Ao abri-lo, não consegui ver o segredo, mas vislumbrei ouro e joias reluzindo em seu interior. O cofre tinha quase o tamanho do próprio quadro, revelando a verdadeira riqueza do Barão.
"Tanto dinheiro e ainda se envolve em roubos? Eu REALMENTE não vou sentir remorso quando pegar o mapa."
O guarda fechou a porta do cofre e retornou ao salão principal. Quando a porta do escritório se abriu novamente, pude espiar um salão suntuoso com piso de mármore decorado por um grande lustre de cristal. Um bar repleto de garrafas reluzentes contendo bebidas de diversas cores ficava do lado oposto. As pessoas que ali estavam vestiam roupas semelhantes às do Barão, pomposas e caras.
Havia também um palco vazio com um alaúde apoiado em um banco de madeira,. Antes da porta fechar, vi o guarda reunindo-se com Barão e com o outro guarda próximo ao bar.
A porta lentamente se fechou, e eu me afastei da janela, sentando-me no beco. Como conseguiria pegar o mapa sem causar um alvoroço?
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DarkWoodsKeeper- Créditos : 16
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Muito Mato
Após se aliviar nos arbustos, o velho gordo voltava para a carruagem, que logo se punha em movimento novamente. Com a mão na cintura, fazia alguns alongamentos rápidos antes de respirar fundo e continuar seguindo à distância.
O caminho familiar não permitia erros, ele estava indo para Foz Dourada, e não só isso, seu objetivo era a parte rica da cidade. Por isso, ao entrarmos em zona urbana, buscava grupos de pessoas que fingia conhecer, sendo que algumas delas realmente eram conhecidas. De qualquer forma, não parecia ter sido notada.
Quando a carruagem finalmente parou, o gordo desembarcou e revelou novamente toda a sua rudeza. - Iishh, bombom de alho esse aí! - Exclamava em voz baixa, perguntando-me como seus homens ainda não haviam se amotinado contra ele. Dando de ombros, seguia até perto da porta, observando toda a pompa que me cercava.
Logo percebi que seria impossível entrar ali com meus trajes atuais, afinal, era um local elegante. Tinha duas opções agora, disfarçar-me de alta sociedade e entrar para roubar alguns nobres ou causar uma comoção e vê-los correndo desesperados, o que também possibilitaria um roubo, talvez mais problemático.
De olhos fechados e com a mão no queixo, ponderava. Eu carregava comigo apenas uma pistola enferrujada e descarregada, além de um sonho. Com isso em mente, e pensando no trabalho que um disfarce e sedução dariam, decido pela segunda opção, mas tentaria de forma amigável, incialmente.
Aproximava-me da porta novamente, agora decidida a entrar. Parando determinada, encarava o segurança ao meu lado. - Oi docinho... Vem cá, como eu faço pra entrar aí e descolar um sugar daddy? - Sorrindo, esperava uma resposta positiva, mas mantinha-me preparada para sacar a arma.
O caminho familiar não permitia erros, ele estava indo para Foz Dourada, e não só isso, seu objetivo era a parte rica da cidade. Por isso, ao entrarmos em zona urbana, buscava grupos de pessoas que fingia conhecer, sendo que algumas delas realmente eram conhecidas. De qualquer forma, não parecia ter sido notada.
Quando a carruagem finalmente parou, o gordo desembarcou e revelou novamente toda a sua rudeza. - Iishh, bombom de alho esse aí! - Exclamava em voz baixa, perguntando-me como seus homens ainda não haviam se amotinado contra ele. Dando de ombros, seguia até perto da porta, observando toda a pompa que me cercava.
Logo percebi que seria impossível entrar ali com meus trajes atuais, afinal, era um local elegante. Tinha duas opções agora, disfarçar-me de alta sociedade e entrar para roubar alguns nobres ou causar uma comoção e vê-los correndo desesperados, o que também possibilitaria um roubo, talvez mais problemático.
De olhos fechados e com a mão no queixo, ponderava. Eu carregava comigo apenas uma pistola enferrujada e descarregada, além de um sonho. Com isso em mente, e pensando no trabalho que um disfarce e sedução dariam, decido pela segunda opção, mas tentaria de forma amigável, incialmente.
Aproximava-me da porta novamente, agora decidida a entrar. Parando determinada, encarava o segurança ao meu lado. - Oi docinho... Vem cá, como eu faço pra entrar aí e descolar um sugar daddy? - Sorrindo, esperava uma resposta positiva, mas mantinha-me preparada para sacar a arma.
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Icarus Canticum
Terceiro movimento
Eu andava de um lado para o outro, tentando elaborar um plano em que eu saísse com o mapa sem causar alarde e, de preferência, vivo.
"Gritar que um Tsunami se aproxima? Muito dramático, poderia piorar minha situação... Fingir ser um vendedor ambulante? Quem iria aceitar um vendedor em uma Taverna?! Hmmm..."
Eu andei até me aproximar da entrada principal novamente. Lá, vi algo inusitado: uma bela mulher alta e ruiva estava conversando com um dos guardas de Ludocc que estava de segurança. O que mais me chamou atenção foram suas roupas... Ela era uma pirata. Mais do que isso, ela era uma pirata armada, e sua mão repousava sobre sua arma de forma discreta.
Claramente, a mulher não era uma das amigas de Ludocc. Ela também tinha intenção de invadir o lugar. Ela não parecia o tipo de gente com quem eu me misturaria normalmente, mas situações desesperadoras requerem medidas desesperadas. "Talvez dois cérebros pensem melhor que um"
Fui arrancado de minha nuvem de pensamentos quando o guarda respondeu para a mulher.
- Sem convite, não entra! Saia daqui antes que eu perca a paciência. Tem sorte de ter um rostinho bonito. - o guarda falou, inflexível.
Eu sabia que aquilo não acabaria bem e poderia estragar minhas chances de conseguir o mapa, então, em um ímpeto não premeditado, me aproximei acenando para a mulher como se a conhecesse.
- Você tá aí! Eu tava te procurando!! - Exclamei enquanto meu cérebro entrava em combustão tentando inventar um desfecho para aquela cena. - Err.. Olá! Meu nome é Icarus Canticum e... - falei para o guarda antes de ser interrompido por ele próprio.
- Canticum? Argh! O Bardo! Você está meia hora atrasado! Vamos cortar isso do seu pagamento! Você conhece essa mulher?
Eu congelei por um segundo, tentando processar o que ele havia falado. Eu precisava me manter no jogo, e atuação era meu nome do meio.
- Coo..Conheço! Conheço sim! Ela é minha colega, uma dançarina! Desculpe o atraso! Eu avisei para ela em cima da hora que faria uma performance com temática pirata hoje e ela precisou arrumar uma fantasia. Mas agora estamos aqui. - Sem desviar o olhar, falei em um cochicho para a mulher -
- Temática pirata? Mas Ludocc não falou nada sobre...
- Ótimo! - interrompi o homem enquanto entrava, trazendo educadamente comigo a mulher, torcendo para que ela entrasse no jogo. - Então não estragaram a surpresa! Não se preocupe, todos vão gostar!
Fui até o palco e peguei o Alaúde. Eu viraria para a mulher e falaria para ela olhando de vez em quando para o guarda ainda na porta, que permanecia um pouco desconfiado: - Eu sei que você quer alguma coisa daqui também, não é? Você ia sacar uma arma para um guarda! Eu estou tentando conseguir um pergaminho, podemos ajudar um ao outro, né? - Caso a mulher resistisse ou se mostrasse receosa, eu diria em um último apelo - Eu não quero nada além do pergaminho! Pode ficar com todo o resto do que tem no cofre! O ouro, as joias, tudo!!
Eu esperaria uma resposta da mulher, torcendo para que ela não me deixasse na mão.
- Eu sei onde fica o cofre... Fica no escritório dele, naquela porta ali, atrás de um quadro do Barão Arrogante. Você acha que consegue arrombá-lo enquanto eu os distraio?
Eu sorriria nervosamente para a mulher esperando que ela assentisse. Caso ela concordasse, eu diria para ela tentar chegar naquela porta com alguma desculpa. Enquanto isso, eu pegava o Alaúde e começava a usar minhas habilidades para distrair a todos.
- Boa tarde, senhoras e senhores! Espero que não tenham se cansado me esperando! Sei que todos estão animados para o show de hoje, então, sem mais delongas, apresento a vocês uma das minhas favoritas...
Eu fiquei em silêncio e comecei a tocar uma de minhas grandes amigas, uma canção composta por ninguém menos que minha mãe. Andrômeda havia me ensinado ela por meio de partituras e, por mais que não pudesse ouvir essa música tocada pelos outros, gostava de imaginar enquanto tocava que era minha mãe tocando para mim.
Ludocc parecia distraído o suficiente, ele nem se levantara de sua cadeira e parecia estar mais entretido com sua bebida e sua conversa do que com minha múscia, e eu não iria reclamar.
O restante das pessoas parecia estar feliz com a canção. Minha voz parecia encantá-los, algo normal para os Canticum, mas não havia nenhum feitiço que prendesse suas atenções em mim para proteger a pirata. O relógio começou a contar nosso tempo. Meu destino estava nas mãos de minha comparça.
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Muito Mato
Como previsto, o guarda não permitia minha entrada, mas pelo menos não parecia agressivo ainda. Decepcionante, mas não surpreendente.
Revirando os olhos, ouvia uma aproximação pela direita. Instintivamente apertava o cabo de minha pistola velha, mas logo via que não parecia nada ameaçador. Pelo contrário, na verdade. Além da aura outonal que mais me lembrava uma abóbora, o jovem rapaz parecia me conhecer. No entanto, apesar de minha dificuldade com nomes, tenho certeza que jamais havia conhecido essa abóborazinha anteriormente.
Franzindo o cenho, encarava o jovem confusa. Ele se aproximava rapidamente e se dirigia ao guarda. O sobrenome não soava estranho e, pelo visto, o guarda também reconhecia, uma vez que assumiu que ele seria o bardo da noite. Lentamente compreendia a situação, apesar de ainda não saber por que o rapaz fingia me conhecer, mas seguia seu plano.
Tecia um sorriso malicioso e respondia rapidamente. - Ahoy abóborazinha! - Acenava e aguardava a resposta do protetor da porta. O início da frase do bardo me preocupou, mas o final foi pior ainda. Um calafrio percorria minha espinha quando ouvia que teria que dançar. Seria necessário beber litros de álcool para conseguir entrar nessa personagem prometida.
Sendo empurrada para dentro da taverna, concordava rapidamente. - É... S-Sim, claro! Quem se vestiria assim normalmente? Sou apenas uma dançarina! - Dava um sorriso amarelo enquanto me apressava para entrar. Lá dentro a riqueza era ainda mais impressionante do que vista de fora.
Encantada, olhava ao meu redor, todo aquele ouro... Ao meu alcance! Infelizmente meus devaneios de opulência eram interrompidos pelo bardo. - Uma pirata armada querendo entrar a força em algum lugar... Sim, eu quero algo. - Encarava as unhas enquanto respondia. - Eu quero tudo. - Encarava-o desafiadoramente antes de prosseguir. - Como vou te ajudar? Não sou de dividir o saque, sabe. E outra, o que tem de tão importante nesse pergaminho?? Não é comum um bardo se arriscar assim.
Ainda desconfiada, ouvia sua resposta, mas ignorava tudo após a frase mágica. Ele me deixou ficar com tudo, e bem, como disse, era tudo o que queria. Sorrindo de orelha a orelha, respondia rapidamente. - Fechado! O que precisa? - Ele explicava seu plano e eu escutava com atenção. - Parece que o destino sorriu para você, abóbora. Está falando com uma especialista no assunto. - Dava cotoveladas no jovem e piscava para ele. - Se vira aí, fui!
Com isso, me virava rapidamente e desaparecia na multidão, que era abandonada com um bardo no palco. Me dirigia discretamente até a porta e ouvia ao fundo a apresentação do abóbora. Quando a música começou, me surpreendi, era um som dançante, cativante e até nostálgico, de certa forma. Parava por um momento e encarava o bardo, admirando seu talento surpreendente, apesar de saber da fama dos Canticum.
Balançando a cabeça para afastar o feitiço musical, continuava meu percurso. Após algum tempo alcançava meu objetivo e rapidamente me punha a trabalhar. A parada para ouvir a música havia sido providencial, afinal, agora sabia onde ele aumentaria a voz, e nesses momentos podia fazer mais barulho.
Fiquei um tempo ali, e jamais agradeci tanto pelo tamanho de uma música. Quando estava na metade, mais ou menos, finalmente a porta cedia e eu podia entrar. Com o esforço, caía dando um pequeno mortal para dentro do cômodo. Sem perder tempo, agachava enquanto girava e já fechava a porta atrás de mim, soltando um longo suspiro.
- Não é que o novo docinho leva jeito. - Ainda ouvia os acordes à distância, mas era hora de me concentrar. Olhando ao redor, imediatamente avistava inúmeras riquezas, que jogava dentro dos bolsos, decote, botas, chapéu e até mesmo pedaços de pano que achei na sala. Estava em êxtase, aquele era um momento sublime, ainda mais porque nem fiz tanto esforço assim.
- Ahh, o tal do pergaminho! - Lembrava do papo do bardo e me punha a caçar o item. Revirava a sala, principalmente na parte de livros, no entanto, aparentemente era algo importante. Meus olhos eram atraídos para a escrivaninha, cuja madeira refletia timidamente a luz que entrava pela janela. Um ponto em específico, porém, brilhava mais, era uma fechadura.
Me aproximava abaixando, para ficar na altura da gaveta e rapidamente começava um novo processo de arrombamento. A música parecia estar chegando ao fim e, por isso, era hora de aproveitá-la ao máximo. Quando ouvi o alaúde ficando mais alto, dei um tranco no móvel, que cedeu após duas vezes.
A gaveta abria, revelando um pedaço amarelado e antigo de papel. Esticava-o na mesa, claro que iria checar seu conteúdo antes e... - Que porra é essa?! - A confusão estava estampada em minha face, nada ali fazia sentido e nem precioso parecia ser. De qualquer forma, o abóbora queria, portanto o enrolei e coloquei cuidadosamente na bota de cano alto.
A música era finalizada e notava que minha hora tinha chegado. Voltava à porta e a abria com a maior gentileza possível, no entanto, a madeira velha associada aos esforços do arrombamento não pareciam uma combinação promissora. Ao encostá-la atrás de mim ouvia um rangido suave. Encarava o bardo com os olhos arregalados e a mão agarrando com força a pistola. Quem sabe ele não conseguiria nos tirar dessa também, mas se não, teria que mostrar meus dotes de pirataria.
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Icarus Canticum
Quarto movimento
Me distraí tanto tocando a música que até havia esquecido o que eu estava fazendo ali. Tudo estava tranquilo em minha mente... Até o momento em que terminei a música e, ao mesmo tempo, ouvi um rangido vindo da porta do escritório de Ludocc. Meu transe foi quebrado e encarei a pirata, que arragalava seus olhos.
- Mas o que...? - o Barão ponderava confuso, olhando para a mulher, que possuia objetos reluzentes em toda sua roupa, além de estar com a mão em sua arma.
- AH! Minha dançarina!! Ela já preparou os adereços para a performance de hoje! Nós vamos encenar um... er... saque pirata com música e...
- Mil perdões pelo atraso! - Eu era interrompido por um homem alto e muito magro que vestia roupas coloridas. Ele havia acabado de chegar e parecia que tinha corrido por toda Foz Dourada - Eu estava tentando... Espera, o senhor já contratou outro Bardo, senhor Ludocc?!
- Essa não... - eu murmuraria para mim mesmo.
Meus olhos foram direto para o Barão, que agora me encarava furiosamente ao perceber que havia sido enganado.
- GUARDAS! PEGUEM ESSES IMPOSTORES!
Eu não perdi tempo e, com o Alaúde em mãos, toquei um acorde intenso buscando apenas canalizar energia mágica sem nenhum feitiço, mas o suficiente para abalar o lustre de cristal, que veio ao chão com um estrondo e colocou todos para correr.
- CORRE!! - gritei para a pirata, percebendo que ainda não sabia o seu nome.
Corri em direção à porta, mas minha rota de fuga foi obstruída por dois guardas, um deles sendo o que estava na porta antes. Parece que agora haviam três deles e o último havia ido em direção a minha comparça.
- Seu ladrãozinho mentiroso! - excalmou o guarda da porta
- Tecnicamente, você que me deixou entrar - respondi rapidamente
Dei uma volta de 180 graus e corri novamente, esbarrando nos clientes assustados no caminho. Saltei a bancada do bar, caindo do outro lado para me afastar ao máximo dos guardas e ter uma proteção. Me levantei e vi ambos vindo em minha direção, sendo atrasados apenas pelas pessoas que corriam para a saída em pânico.
- Aceitam alguma bebida, rapazes? - Perguntei de forma jocosa. Iniciei um ostinato repetindo as mesmas notas. O objetivo era o mesmo, criar pequenos pulsos de energia mágica, mas dessa vez mirei nas garrafas na estante atrás de mim. Uma por uma, as garrafas começaram a ser arremessadas na direção dos guardas, que desviavam e se escondiam atrás das mesas de madeira, derrubando-as para que agissem como um escudo.
Na primeira oportunidade, chamaria a pirata, que provavelmente estava lutando, para vir para trás do bar também.
- AQUI!! - gritaria para ela do bar, sem parar de tocar nenhum segundo.
Caso ela não viesse, saltaria novamente pela bancada e iria até ela. Se ela viesse, me abaixaria com ela atrás da bancada e continuaria tocando para fazer mais garrafas voarem na direção dos guardas.
- E agora?! Estamos cercados!! E essas garrafas não vão durar para sempre!- Eu falaria com ela ainda tocando o Alaúde para afastar os três guardas com meus projéteis. Também olharia ao redor para ver o que tínhamos.
Havia uma porta que provavelmente era um alçapão debaixo do bar, mas estava sob grandes barris pesados, teríamos que tirá-los dali primeiro. Também havia um vitral colorido circular ao lado do bar. Estávamos no andar térreo, então sair por ali também era uma possibilidade. Por fim, poderíamos continuar enfrentando os guardas até derrotá-los..
- O que você acha que devemos fazer?! - Perguntaria para a pirata qual era nossa melhor opção de fuga, contando para ela as que eu havia visto. - Aliás, eu sei que esse não é o momento, mas qual é seu nome?
Caso ela me chamasse de abóbora novamente, eu diria: - Meu nome é Icarus! Não Abóbora!!
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Muito Mato
Era de se esperar que um barulho destoante daquele fosse atrair a atenção, e foi bem o que aconteceu. Por sorte o bardo começava a inventar uma desculpa e... Chegava outro bardo. Maldição!
Com os olhos arregalados, encarava meu aliado provisório. Enquanto isso, o tal barão gritava para que nos pegassem. O bardo, pensando rapidamente, tocou estrondosamente, fazendo tremer e derrubar um lustre. - Caralho, que dedo forte! - Exclamei enquanto me virava para correr. Infelizmente, não chegava muito longe, e percebia que abóbora se encontrava em situação parecida.
Enquanto notava a aproximação de inimigos, olhava de relance para o bardo impostor, que além de talentoso parecia bastante debochado. Ao ser encurralada, tecia um sorriso desafiador e e puxava a ponta do chapéu para baixo. - Calma rapazes, tem pra todo mundo, não precisam dessa pressa toda. - Sacando a pistola descarregada, girava-a na mão e acertava em cheio na cabeça do primeiro, que atordoado cambaleava para trás.
Ouvia uma voz me chamando, e aproveitando o pequeno momento de pás, corria para trás do bar. Agachando-me ali atrás ouvia a fala do docinho outonal. - Bom, então vamos usá-las! - Pegando a maior garrafa, quebrava-a na madeira maciça, segurando a "arma" recém forjada pelo que costumava ser o pescoço da garrafa. - Vamos pelo vitral, vai ser mais fácil de despistá-los, já que eles devem saber pra onde esse alçapão leva.
Checava o ambiente por cima do balcão e notava um dos capangas se aproximando. Com a pistola em uma mão e a garrafa quebrada em outra, encarava meu companheiro com um sorriso. - Cordélia Navis, mas pode me chamar de Della. - Erguia-me e girava nos próprios calcanhares para ficar cara a cara com o agressor, estocando seu rosto com a garrafa e vendo uma quantidade preocupante de sangue jorrar. Parecia que o trabalho estava feito.
- É nossa chance, abóbora! - Exclamava ignorando completamente a frase em que ele citava seu nome. Subindo no bar, corria com velocidade e protegia o rosto com os braços, que por sorte também estavam repletos de metais roubados e forneciam uma espécie de "armadura". Com um estrondo ensurdecedor de vidro sendo estilhaçado, caía na rua fora da taverna com um rolamento e voltava a correr.
Checava se o bardo estava me seguindo, mas não pretendia esperá-lo de qualquer forma. Entrava em várias vielas, subia em janelas e telhados e até enfeitava alguns pulos no percurso até que finalmente não mais ouvia a comoção atrás de mim. Parando com a respiração pesada, me encostava em uma parede da rua sem saída que havia alcançado.
Com as mãos nos joelhos tentava recuperar meu fôlego. - Ah, você conseguiu me acompanhar. - Soltava um suspiro misturado com sorriso e levantava o chapéu para encarar o rapaz em minha frente. - Até que você não é nada mal, aboborazinha. [/color]- Piscava para ele antes de prosseguir. - Mas me diz, por quê arrumou confusão com o bombom de alho?
Com os olhos arregalados, encarava meu aliado provisório. Enquanto isso, o tal barão gritava para que nos pegassem. O bardo, pensando rapidamente, tocou estrondosamente, fazendo tremer e derrubar um lustre. - Caralho, que dedo forte! - Exclamei enquanto me virava para correr. Infelizmente, não chegava muito longe, e percebia que abóbora se encontrava em situação parecida.
Enquanto notava a aproximação de inimigos, olhava de relance para o bardo impostor, que além de talentoso parecia bastante debochado. Ao ser encurralada, tecia um sorriso desafiador e e puxava a ponta do chapéu para baixo. - Calma rapazes, tem pra todo mundo, não precisam dessa pressa toda. - Sacando a pistola descarregada, girava-a na mão e acertava em cheio na cabeça do primeiro, que atordoado cambaleava para trás.
Ouvia uma voz me chamando, e aproveitando o pequeno momento de pás, corria para trás do bar. Agachando-me ali atrás ouvia a fala do docinho outonal. - Bom, então vamos usá-las! - Pegando a maior garrafa, quebrava-a na madeira maciça, segurando a "arma" recém forjada pelo que costumava ser o pescoço da garrafa. - Vamos pelo vitral, vai ser mais fácil de despistá-los, já que eles devem saber pra onde esse alçapão leva.
Checava o ambiente por cima do balcão e notava um dos capangas se aproximando. Com a pistola em uma mão e a garrafa quebrada em outra, encarava meu companheiro com um sorriso. - Cordélia Navis, mas pode me chamar de Della. - Erguia-me e girava nos próprios calcanhares para ficar cara a cara com o agressor, estocando seu rosto com a garrafa e vendo uma quantidade preocupante de sangue jorrar. Parecia que o trabalho estava feito.
- É nossa chance, abóbora! - Exclamava ignorando completamente a frase em que ele citava seu nome. Subindo no bar, corria com velocidade e protegia o rosto com os braços, que por sorte também estavam repletos de metais roubados e forneciam uma espécie de "armadura". Com um estrondo ensurdecedor de vidro sendo estilhaçado, caía na rua fora da taverna com um rolamento e voltava a correr.
Checava se o bardo estava me seguindo, mas não pretendia esperá-lo de qualquer forma. Entrava em várias vielas, subia em janelas e telhados e até enfeitava alguns pulos no percurso até que finalmente não mais ouvia a comoção atrás de mim. Parando com a respiração pesada, me encostava em uma parede da rua sem saída que havia alcançado.
Com as mãos nos joelhos tentava recuperar meu fôlego. - Ah, você conseguiu me acompanhar. - Soltava um suspiro misturado com sorriso e levantava o chapéu para encarar o rapaz em minha frente. - Até que você não é nada mal, aboborazinha. [/color]- Piscava para ele antes de prosseguir. - Mas me diz, por quê arrumou confusão com o bombom de alho?
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Re: [Autonarrada/Fechada] Perdidos Nas Árveres
Icarus Canticum
Quinto movimento
A pirata claramente já estava acostumada com aquele tipo de situação. Ela dizia que a melhor opção era atravessar o vitral, usando lógica e conhecimentos de batalha que me surpreenderam. Receoso, encerrei meu ostinato me preparando para nossa fuga e as garrafas pararam de voar.
Não demorou muito para os guardas saírem de seus esconderijos e virem até nós. Sem hesitação, a pirata quebrou uma das garrafas, preparando-a como uma arma. Ela se apresentou como Cordélia Navis, o que explicava suas habilidades para o roubo e combate, além das roupas de pirata.
A pirata se levantou e cortou o rosto do guarda mais próximo. Espirros de sangue cobriram a bancada do bar e, por pouco, não deixaram minhas roupas mais vermelhas. Desviei o olhar da cena horrenda, imaginando que aquela mulher não se importava com ninguém além dela.
- Quanta classe... - zombei sarcasticamente após o ato escabroso.
Acompanhei a mulher enquanto ela fugia, subindo no bar e saltando pela abertura no vitral que ela deixara ao pular. Usei o Alaúde de proteção para não me cortar nos cacos de vidro. Cordélia rapidamente se levantou e começou a correr, se sequer trocar uma palavra comigo.
Corri atrás dela, irritado por ser praticamente abandonado no meio da situação mais apavorante que eu havia vivido até o momento. Há alguns dias atrás eu vivia em uma ilha tranquila e agora estava assaltando tavernas! Ela saltava e fazia acrobacias que eram demais para mim. Eu quase a perdi de vista mais de uma vez.
Quando Cordélia parou, encostei minhas costas em uma parede próxima e engoli o máximo de ar que conseguia. A emoção e o esforço físico haviam drenado toda a minha energia e fôlego.
A pirata falava em um tom calmo e com um sorriso no rosto. Ela ficou surpresa que eu consegui acompanhá-la e, mais uma vez, me chamou de abóbora e perguntou o porquê de eu ter feito tudo aquilo. Foi aí que eu, vergonhosamente, perdi a cabeça.
Ao recuperar parcialmente meu fôlego, eu bradei: - O que foi aquilo?! Arf...Arf... Você ia me deixar para trás?! - exclamei, expondo de forma agressiva minha fragilidade em relação a ficar sozinho. - E eu já te disse: MEU-NOME-NÃO-É-ABÓBORA!
Me desencostei da parede e continuei:
- Além do mais, eu poderia te perguntar a mesma coisa, você já estava tentando entrar lá quando eu te encontrei. Tudo o que você queria era roubá-lo?!
Percebendo minha hipocrisia e meu tom exasperado, pigarreei para me recompor e falei em tom mais comedido.
- Bom, agora eu posso pegar meu map... Digo, pergaminho e podemos seguir nossos caminhos separados...
Pensei em me desculpar em relação a minha explosão, mas percebi que talvez ela já lidasse com pessoas complicadas sempre. Eu estava sozinho fora de Adaggio e a única pessoa com quem eu havia interagido desde então eu tratei de forma rude "Que maravilha..."
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