[Narrada/Fechada/18] Jornada das Almas

Após todo o advento da missão, senti que a minha conexão com a minha força se restabeleceu com uma firmeza maior, como se eu pudesse agora tocar novamente um pouco mais do tecido da realidade para dobrá-lo a aquela que por direito deveria ser a única a alterá-lo. A satisfação se estendeu ao realizar também os desejos de minha amada e esperei que em sua felicidade, eu pudesse aproveitar um pouco de sua emoção ao dividir aquela experiência.

Ao me conectar poderia novamente sentir aquilo que a mim pertencia, algo que quando estivessemos secas e em um lugar menos desconfortável a Shun, eu teria a olhado, - Hiraki? Hm… Um quarto talvez? A olhei com uma seriedade mórbida a fitando em suas reações e sentindo que através de suas emoções me conectava mais com o mais próximo que eu poderia chegar da felicidade.

-Bem, não minto que o fim poderia realmente precisar de um, precisamos arrumar algo pra que você coma e descanse antes de seguirmos. Restabeleci a minha conexão com os meus tesouros, pelo menos os que estão neste plano. Eu teria dito cruzando levemente os braços, fitando qual seria a reação de Hiraki, ou melhor de minha pequena Shun.

Levei a mão a sua cabeça, lhe fazendo um leve afago, bagunçando um pouco de seus cabelos enquanto disse - Não se preocupe, enquanto você recupera as suas energias, irei pensar em qual será o nosso novo destino, com sorte conseguirei trazer um acesso ao meu território sem que eu destrua este plano. Não pude deixar de achar divertida a ideia, antes de escapar o principal motivo - Assim, você não terá de dormir em um aposento menos digno do que o nosso. abaixei levemente a mão e apertei levemente a sua bochecha, a soltando em seguida, deixando que o meu sorriso celestial se demonstrasse em meio ao grandioso eu.

Em meio ao seu puro comentário, não pude deixar de ter em meus lábios a sede por a corromper naquele momento, abraçando a minha loucura ao rasgar violentamente suas roupas e avançar, os mistos entre a luxuria e uma paixão intensa se misturavam em minha sombria mente que respondia a impulsos positivos com profundos impulsos negativos, mas com as mãos tremulando como se estivesse com frio, havia apenas a envolvido em meus braços, por um tempo, até que pudesse controlar a minha própria caótica natureza.

A soltei, resistindo ao desejo de que meus dedos agissem ali como garras, levando ao que eu diria - Vamos. Fiz um sinal para que o Servo vermelho pudesse contornar seguindo sempre em paralelo conosco, evitando sinais de vida, o servo esmeralda por outro lado se manteria completamente inerte ao chão enquanto nos seguiria de baixo, sua visão não era necessária neste momento, desde que a minha manipulação o tragasse para perto de nós.

Procurei por alguma pousada boa junto a ela, tinha alguma prata para colocar para uso, e tinha a intenção de que Shun tivesse um café digno de uma rainha.

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Não podia negar que o vilarejo tinha seu valor afinal, não havia me enojado de caminhar por suas ruas, e se apresentavam opções ao qual não levantavam muitas dúvidas, afinal, Shun não deveria ter menos do que o melhor, tão pouco eu me contentaria contando que eu tinha a prata em mãos. Poderia simplesmente tomar o lugar? Sem dúvidas mas, não queria em um momento em que ela precisaria de pessoas, que houvesse algum problema.

Com isso, caminhei ao lado de Shun, olhando com certo desdém as frágeis e débeis criaturas presas pela prisão da vida, poderia tê-los dado a honra de enlouquecerem em prazer ao ouvir a minha voz, mas o mero ato de eu estar próxima do ambiente em que respiravam, deveria ser o conto mais épico de suas vidas.

Acompanhei as falas de Hiraki, era inteligente e devo admitir, já que tecia uma teia de personagens ao qual se faziam experiências únicas ao qual alguém ambiciosa como eu, jamais poderia experienciar algo como o tédio e como alguém que não se limitava ao cansaço ou a fraquezas mortais, tinha sempre a certeza de que minha companhia seria digna de se perder a noite acordada.

Uma vez que ela já tivesse pago e pego as chaves, segui, colaborando para que garantisse a segurança das portas, janelas e demais outros problemas ao qual poderiam ser ocasionados pela falta de privacidade em nossos recintos, a fitei sem que minha expressão se mudasse muito, uma vez que seu corpo precisava daquilo, teria tido a grandeza de esperar, sentei-me ao lado da cama, enquanto com as mãos aos poucos passei a mão por seus cabelos para a tranquilizar, demonstrando que sua rainha estaria ali ao seu lado.

Em meio ao escuro, permaneci ali em uma mesma posição, reunindo a minha magia enquanto esperei por seu despertar, o sono não me era mais um impedimento então aproveitei para que meus olhos pudessem mais e mais percorrer por seus detalhes, até que fechei os olhos, enquanto aguardei, trazendo por entre paredes e pelo chão o servo esmeralda para que ele agisse como sentinela enquanto escolhi abraçar a escuridão, até que Shun voltasse a mim.

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O amanhecer veio, como algo ao qual eu não teria problemas em permitir seguir o seu rumo natural, ouvindo o sino em meio a sinfonia dos pequeninos desesperados em meio ao terror ocasionado pela sua própria fraqueza. Esperei que Shun levantasse afinal, não teriamos problemas com uma ameaça tão pequena.  - Um cemitério de escravos para me servirem em um reinado de cinzas ou a adoração? Pondero qual deles devemos escolher. Qual o seu coração deseja hoje? Glória, destruição? Um pouco de cada?- Em um tom tremendamente calmo sorri, na malicia de meu rosto não havia resposta errada.

Me levantei e não poderia achar mais justa a sua posição, com o servo esmeralda o usei como sentinela para ver como estava a situação nas redondezas, especialmente para notar se havia a disposição de comida para Shun, mas em sua falta, pelo menos a informação eu poderia ter.  Fechei os punhos indicando  o meu desejo para que o servo vermelho retornasse a mim enquanto eliminasse o máximo de  possíveis alvos que o atrapalhassem.

O servo vermelho ao ser compelido pelo meu comando utilizaria de sua grande espada para que pudesse abrir o caminho por entre o local de seu repouso e a minha localização atual, seus golpes teriam sido velozes aproveitando-se de seu alcance médio/alto em estocadas violentas em que velozmente  girou seu corpo esquelético, atirando alvos um contra os outros, enquanto com avanços velozes evitou ser cercado, fosse por monstros ou mesmo por inocentes que quisessem pará-lo, atacá-lo ou insistentemente não fosse possível que ele desviasse e viesse até a sua rainha o mais rápido possível.

Com as informações que o Servo esmeralda tivesse reunido eu teria dito - Vamos limpar esta bagunça, se  oferecerem menos do que um banquete real a você, tratarei pessoalmente de queimar esta vila. E ouvindo as respostas de Shun me faziam entender um pouco sobre o porque a amava tanto, por vezes sua simplicidade era algo reconfortante mas, não mudaria a minha palavra e não aceitaria um tributo menor do que  o digno. Supondo que eu tivesse já o entendimento total do que estivesse acontecendo por meio das informações de meu sentinela eu diria - Hiraki, é capaz que existam monstros incapazes de se comportar ante a minha presença. Então esteja pronta para o cenário de precisar lutar.  Eu diria com calma, erguendo a minha mão enquanto comecei a etoar, antes mesmo de deixar o recinto.

-Grande rei, com o mundo seja coroado,vista novamente sua máscara de carne e sangue, arranque dez mil asas e arranhe o tecido da realidade! Erga-se espirito ancestral!  Reunindo-se uma profunda energia negra e profana tão poderosa ao ponto de causar um distúrbio no equilíbrio do local, um circulo azulado queimaria em meio a ruptura do ser que rasgava o tecido enquanto emergia dava forma a um general da morte alto, que deveria ter pelo menos 2 metros e meio.


- Respondo ao seu chamado mestra, qual é o meu papel? Uma voz profundamente desesperadora e assustadora teria vindo da criatura que como um cavaleiro teria se prostrando  com a espada a sua frente. Enquanto se manteve atento a possíveis possibilidades que ali cercavam o ambiente.

Levantei a mão e teria deixado claro - Erga-se e seja a minha espada, você trará hoje ou a salvação ou a destruição, dependerá do meu humor frente a resposta dos vermes que habitam a vila. Com um insano olhar eu teria o visto se erguer.

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