[Auto Narrada +18 - Fechada] - Encontro com a Morte

Era um dia chuvoso em Sakurakiri, estava fazendo em torno dos seus 10 graus, o que era um dia bastante frio, mesmo para o continente da noite eterna, eu posso dizer que realmente hoje está frio até demais… De qualquer maneira, eu tinha que levantar, me espreguicei me erguendo devagar, enquanto esticava todos os músculos, já iniciando o dia me alongando. Começava alongando os braços, depois pernas, em seguida, o tronco, para começar um aquecimento.

Iria fazer uma pequena corrida pelo corredor até a cozinha, claro que antes de treinar eu ia me preparar com um bom café da manhã seguido de banho, pra ficar completinha. Abri a geladeira, pegando banana, leite e começando a preparar minha vitamina, enquanto pedia para fazerem um franguinho para mim, peito de frango e batata doce cozida. Enquanto isso, fui preparando a vitamina, colocando uma jarra enquanto esperava.

Sim, como oni, eu precisava de muita carne e claro, eles sabiam disso, então tudo ia dar certo pra mim. Sentei a mesa esperando meu prato enquanto namorava com a ideia de comer antes de colocar meus músculos para se fortalecerem completamente, precisava estar num ponto onde meu corpo estivesse no auge é claro. Eu desejo cultivar minha forma física ao limite, ir onde nenhum Oni jamais foi.

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Demorou algum tempo até que chegou meu prato, ah, o cheirinho era delicioso, 10kg de carne era o que eu precisava para começar o dia com minha vitamina. Sentada a mesa primeiro colocava o molho por cima, pegando uma faca comecei a tirar lascas o que deixava minha boca cheia de água já que… Agora além do cheiro e aparência a cada corte dava pra sentir a maciez daquela carne.

Quando levei o primeiro pedaço à boca era notável o prazer que sentia, estava deliciosa, textura macia, e assada bem ao ponto, o sal e o molho faziam festa no meu paladar. Tudo isso era realmente delicioso, pude sentir a sensação maravilhosa que foi devorar aquele pedaço de carne, agora tomando minha vitamina.

Simplesmente uma coisa complementava a outra, e aos poucos devorava aquela refeição, passo a passo me lambuzava com a carne, com o molho e sentia um imenso prazer em tudo aquilo. Meu olhar dizia tudo, eu estava completamente tomada por aquele sabor. O que me fazia quase delirar enquanto comia.

A sensação era de me completar, de me encontrar no meio de todo o caos que era a vida, esse momento à mesa, era parte do que fazia toda minha jornada valer a pena. Simplesmente magnífico… Renovador.

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Agora que comi bem, respirei muito mais aliviada, me levantei agradecendo pela comida, enquanto me movi até lá fora, onde iria agora caminhar para a universidade, hoje iria conversar com Grieve, precisava saber mais algumas coisas importantes, e apesar de os livros terem me dado boa noção, gostaria de saber o ponto de vista de uma estudiosa focada no assunto que assim ficaria bem mais tranquila para usar a pedra.

Então comecei minha caminhada, observando bem as pessoas e como estava o local, fui aos poucos procurando visões interessantes, quando digo isso, me refiro a busca por pessoas diferentes em meio às demais. Acenaria sempre que alguém me cumprimentasse, cumprimentando de volta, até chegar à universidade, aproveitando realmente todo o caminho, eu gostava de ver como o lugar estava.

As construções, as cerejeiras, e até os pequenos detalhes eram gostosos de acompanhar com os olhos. Por isso me sentiria bem de ver tudo como precisava ser. Por consequência a caminhada foi mais lenta e contemplativa, chegando ao local era sempre para mim uma visão majestosa, adorava ver a construção. Ela era imponente para mim, e isso bastava para me animar. Parei ali por algum tempo nos portões observando o lugar, era um momento de reflexão.

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Com tranquilidade a passos leves adentrei devagar na faculdade, era um lugar que me dava orgulho, a sensação de estar ali era sempre algo revigorante, por isso, eu não tinha pressa de me aproximar de Grieve. Caminhei com tranquilidade enquanto buscava me aproximar de sua sala. Já a primeira visão assim que passava pelos portões era o treino de Ougi.

Eram diversas pessoas, de raças múltiplas, segurando lanças, era certamente um treinamento de armas marciais para guerreiros, pela disciplina ensinada, eu supunha que se tratava do manejo coletivo, para ações grupais, ou seja, como se comportar no meio de exércitos. Conforme os comandos eram proferidos, seus passos uniformes, seguiam sem hesitação com movimentos de ataque coordenados.

Claro que existe óbvia diferença de situação entre um treinamento e o verdadeiro terror da guerra. Eu já estive de frente para os mais diversos tipos de inimigos, criaturas conhecidas pelo seu nível de ameaça foram derrubadas por meu Kanabo. Mas a guerra? É diferente. Aquilo não se trata de poder bruto, é uma questão de astúcia, habilidade de comando, estratégia, além de que tudo é importante.

Cada informação que seu inimigo te deixa, é de grande importância, e saber como usar cada dado que se tem é crucial. É engraçado pelo fato de que, eu sempre gostei mais de batalhas do tipo mano a mano, e fui acabar liderando tropas, o que exige de mim algo além de balançar um pedaço de metal forte e destrutivo por aí.

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Minha caminhada terminou de frente para a porta de Hikari, agora sim a conversa mais seria iria começar, bati na porta, dando três toques, era um som bem gostoso, a madeira de alta qualidade dava essa sensação boa, um som firme. Afinal a arquitetura da Lótus Branca foi feita para aguentar desastres, suas portas são firmes e poderosas. Não demorou no entanto para que a voz dela transpasse a porta, me mandando entrar.

Girei a maçaneta, segurando firme, e caminhando para dentro do recinto. A sala dela era bonita, uma mesa bem equipada, com gavetas laterais para seus documentos, um kit de penas, acesso a livros mais requisitados, e claro, um apoio confortável. Mas o que talvez mais eu gosto de ver, é a cadeira acolchoada, grande, confortável, lembra até mesmo um trono.

Os adornos, são poucos, já que Hikari é minimalista com conquistas e feitos, exibindo apenas o próprio símbolo da Lótus sobre sua cabeça, esculpida de forma magistral. Conforme adentrei, podia sentir um cheiro delicioso, acredito que era hortelã, e não demorei pra descobrir de onde vinha, era da xícara na mão de Grieve, ela estava tomando um chá, aparentemente de folhas de hortelã. De fato um cheiro que não mente, o sabor inconfundível de hortelã parecia que até já estava na minha boca. .

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