[NARRADA/FECHADA/+18] A Coelha e a Humana.

Eu me perguntava quantos anos eu poderia aguentar sem ver a minha Shizinha, na verdade eu acho que eu tinha até começado a mofar, jurava que havia visto algumas plantas crescendo ao redor de meus pés de tanto tempo que eu estava esperando, a vontade de entrar quebrando tudo pela demora era muito grande mas, sabia que nada de ruim aconteceria a pequena a não ser ficar trinta anos longe de mim, minha Deusa que demora, me dai forças para aguentar este martirio.

Até que quando ela finalmente chegou, ela já poderia me pegar limpando lágrimas dos olhos em relação a saúdade que eu havia sentido, era muito ruim ficar longe de quem a gente ama ta doido, da próxima vez eu vou junto e bato em todo mundo, não tem mais esse papo de anos de ficar parada.

- Avians? Perfeito! Vai ser lindo amor! Eles eram deuses de guerra antigos de tão bons de luta, a gente pode chegar lá e plaft, chablau e zum, vai dar certo. Finalmente vendo alguma emoção a frente eu me animei, deixando o semblante choroso e sorrindo enquanto coloquei a minha lança a frente.

O resto da explicação veio e eu teria perguntado - Consegue me explicar mais ou menos como é o lado de dentro? Tem alguém que eu preciso me preocupar de acertar? Eu estava até tremendo de ansiedade para entrar e chutar umas bundas, depois de tantos anos parada plantada como uma árvore coelha, era a minha chance! Levaria a esperança para a população, vendo a situação desesperadora como só mais uma oportunidade de viver a emoção como ela melhor poderia ser vivida!

Conforme ela foi descrevendo, fui desenhando mais ou menos com a lança o caminho, utilizando de meus conhecimentos geográficos para planejar o que fazer. - Certo, mais ou menos isso aqui né? Tem algum cidadão do vale com eles? Fui direta, se houvesse alguém, talvez eu tivesse que perder algumas frações de segundo em minha rota, enquanto continuei a riscar no chão o mapinha para que eu pudesse traçar a minha rota.

Terminei então o desenho, com um amargor na boca ao ver o que estava acontecendo, então diria - Bom, pelo menos chegamos a tempo né? Digo Podemos evitar que algo maior apareça… Tenho uma ideia. Eu teria então feito dois bonequinhos, uma que era a minha Shizinha e outra era eu, me atentei a colocar um coraçãozinho ao redor de minha pequena em um desenho bem fofinho no chão rochoso/arenoso riscando com a lança Risquei então apontando uma direção do bonequinho dela para o topo, e eu em direção ao caminho por baixo. - Pensei em te garantir uma posição tranquila para assassinar eles enquanto eles se preocupam, basicamente, em seu véu já posicionada, ao sinal dos trovões você vai ter uma oportunidade de pegá-los pelas costas. Irei entrar por baixo e subir, machucando todos os que tiverem no caminho com meu Ougi, e ascenderei pela parte da entrada pro campo superior, então não fique próxima. Teria dito o meu plano, de forma a usar ao máximo de nossas duas forças, eu era boa pra luta.

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Após ter desenhado o mapa e traçado o plano na região pedregosa, entrei em posição em que coloquei uma das mãos de forma reta enquanto em minha mente entoei a reza a deusa para que abençoasse meu corpo e as minhas armas, e o mesmo para Shizinha, ao qual teria o poder divino carregado em seus ataques tal qual eu teria por um breve período, utilizando a minha habilidade como Paladina da esperança.

Esperando que minha parceira se posicionasse na parte de cima, para que pudesse pegá-los pelas costas quando houvesse o susto de minha técnica.

Uma vez que ela já estivesse posicionada teria clamado em minha mente o uso de minha técnica, a investida da tempestade, eu seria a própria se aproximando de forma desvastadora, ao colocar um tobu sobre os meus pés me impulsionei com intensidade colocando o escudo a frente para que eu pudesse arrombar a porta com tudo enquanto avancei para o primeiro golpe que teria sido contra o obstáculo, meu próprio movimento emitia um som como se um raio tivesse acabado de entrar pela porta da frente, o que poderia ser extremamente assustador a qualquer um desavisado afinal, não é todo dia que um raio cai a poucos metros.

Não obstante minha técnica continuaria pelos outros 99 golpes ao qual eu poderia executar, posicionando Tobus, realizei diversos saltos em ricochete elevando a golpes mortais estocadas de minha lança ou mesmo cortes, indo do chão a cada uma das paredes, e então o teto, de maneira completamente aleatória enquanto segui avançando de modo que eu pudesse perfurar a todos que estavam lá como inimigos, sendo a cada novo pulo o rastro de um trovão se manteria visualmente e um novo som irromperia os ouvidos dos pobres homens a terem cruzado o caminho da esperança.



Enquanto realizei meus ataques, utilizando do conhecimento sobre a geografia do local e da observação que era feita em meio ao insano movimento permitido pelas minhas pernas poderosas em conjunto com o meu Ougi, vendo a possibilidade do pânico e da movimentação, teria utilizado de minha flexibilidade acrobática para que meus golpes fossem eficientes e pudessem em apenas um golpe, alinhar membros da seita ou inibir rotas de fuga, aqueles que não trouxeram nada além do desespero, não deveriam ver o lado gentil de minha fé.

A cada um dos 100 golpes, fui diminuindo a contagem deles que eu tinha, utilizando até mesmo de mais de um golpe para garantir a queda em algum mais resistente, se ninguém havia percebido a pequena Shizinha se movendo anteriormente, não seria diferente enquanto eu estivesse saltando e era o que a minha técnica consistia, meu objetivo era limpar o caminho enquanto eu subia, e planejava na parte superior utilizar do escudo caso tivesse uma porta para que eu pudesse irromper aos céus com um ou mais saltos, onde se fosse possível e houvesse ainda algum de pé, após Shi aproveitar do Caos dos barulhos de Raio que cada um de meus ataques emitiam, eu teria finalizado ao desce como um trovão em meus últimos ataques, de modo que eu não a atrapalhasse, finalizando cravando as lâmina e me atentando ao campo de batalha.


Em meio aos movimentos, eu teria utilizado de minha flexibilidade para desviar no ar, podendo usar o escudo para aparar golpes que estivessem ali ainda presentes e sabia que mesmo pequenos ferimentos não seriam o suficiente para que meu corpo como guerreira da esperança fosse parar, não deixando que nada interrompesse a execução de minha técnica.

Ao chegar no topo, teria posicionado alguns Tobus Perto um do outro de modo que eu conseguisse ficar quicando entre eles com pulos poderosos de minhas pernas enquanto analisava a situação do que aqueles homens estavam tentando trazer de volta enquanto me mantinha oculta, agora que a técnica havia se encerrado.

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De algum modo místico, o  culto se reduziu a apenas um total de quatro pessoas, quase como se fosse uma reunião para tomar chá, não apenas teria ficado surpresa pelo modo como eu provavelmente havia caído em uma ilusão ao ponto de que havia usado força excessiva, como logo vi que os poucos verdadeiros Avians que lá haviam, passaram a ser capazes de perceber e bloquear, ainda que Shi tenha entrado e saído anteriormente sem que fosse notada.

Pensar em combate dava dor de cabeça, não havia muito que eu poderia fazer naquela situação se não pular ainda mais alto para desviar dos ataques do golem, tendo agora mais um poderoso inimigo a frente, o que poderia me fazer repensar em como lidar com a técnica de ilusão ou a percepção confusa que eles pareciam ter.

Ainda que tivessem uma percepção que beirava o divino, o fato de eu ter me elevado aos céus utilizando de Tobus enquanto Shi agiria, poderia me dar novamente uma posição de conforto e ainda que o mais natural fosse temer a ave de chamas gigantesca como um alvo primário, era improvável enfrentar em um mesmo dia mais seres que tivessem uma capacidade de percepção tão focada, então dando uma cambalhota no ar me impulsionei com o trampolim de energia diversas vezes enquanto me aproximava pelo ar, oculta pela própria velocidade busquei por uma oportunidade para  realizar meus ataques.


Confiei a deusa para que não mais fosse capaz de cair em ilusões multiplicatórias aleatórias  então  complementar ao ataque de Shi, antes que o bicho pudesse reagir para golpeá-la, busquei varar com a intensa velocidade com um  corte utilizando a lança  com a intenção de desmembrar o bicho que poderia alvejá-la de forma brutal.


 Tendo um golpe feito de forma meteórica, para que eu não afundasse como uma cratera no chão, outro Tobu já se preparou para que eu novamente me impulsionasse enquanto me ocultava, desta vez, visando acertar ambos os Avians se estivessem próximos ou apenas o mais próximo, com um movimento giratório para que usasse a lança para tentar parti-los ao meio em um movimento poderoso utilizando de minha posição para que eu estivesse ao alcance máximo para que pudesse cobrir  bem a possibilidade de acertar efetivamente a ambos.


Tivesse tido sucesso ou não, com um Tobu a frente me impulsionaria de modo que eu pudesse contrair a musculatura da frente para me impulsionar para trás e em uma cambalhota, novamente ascender aos céus enquanto continuei a me ocultar ao utilizar de minha poderosa capacidade de movimentação e ocultação ( Ex) para que eu pudesse evitar que possíveis contra-ataques pudessem vir, fosse por parte do divino golém, dos  abençoados avians, ou da pequenina ameaça que era a ave gigantesca em chamas naquele momento ao usar a abordagem de me afastar, pressentindo através de minha habilidade movida da vidão da fé para que pudesse me guiar em meio a aquele combate.

Como movimentos complementares, em momento algum me coloquei como um impecilho a Shi, pelo contrário, habilitaria que ela tivesse uma movimentação mais livre dada a improvável capacidade despertada pelos inimigos. Caso mais alguma vez houvesse a multiplicação ilusória, aproveitaria dos ataques já formulados para que pudesse os esticar e alcançar ainda mais alvos, utilizando da minha percepção pela fé para que guiasse meu corpo para os corretos.

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Após o divino golem cair, havia visto um inimigo gigantescamente poderoso, podia sentir isso em minhas fibras só de olhar, dei alguns passos, propositalmente me fazendo notável, enquanto com o cabo da espada bati duas vezes contra o meu próprio escudo para que eu pudesse fazer barulho e chamar a sua atenção enquanto confiantemente com um sorriso diria em voz alta.



- Qual foi fogozo! Você está em um combate direto contra a própria esperança! Se prepare! Eu teria dito de maneira enérgica e sem dúvida alguma com uma expressão extremamente confiante, tal qual o mais tolo otimista poderia considerar aquela situação como favorável afinal, sobre minhas costas havia um apoio muito maior do que a de todos que estavam presentes naquele lugar.

Com o corpo, arma a escudo abençoados, preenchi o papel ao qual eu havia me colocado para cumprir, ao sob meus pés ter colocado um tobu e com minhas musculosas pernas, teria avançado com velocidade inicialmente em uma reta ao qual iria até o rosto da criatura, mas que ao aproximar-se, me colocaria extremamente pra baixo em outro impulso diagonal pra baixo, seguido de outro diagonalmente lateral, de modo que mirei acertar com a minha lança em uma estocada a lateral da parte inferior de sua asa, com impulso o suficiente para que o golpe não me parasse e eu conseguisse continuar seguindo a distância.

Era uma movimentação simples mas, a minha visibilidade e detecção tornavam-se completamente indistinguíveis naquele momento em que os movimentos erráticos se colocaram ainda melhor ao meu favor, assim colaborando também para que o meu talento de ocultação se tornasse ainda mais evidentemente poderoso naquela situação, tendo em vista que represálias poderiam acontecer, fosse de forma imediata ou posterior, ou até mesmo um movimento poderia ter feito com que meu primeiro ataque passasse reto, colocaria o escudo acima da parte da cabeça, por onde era mais vulnerável, enquanto estiquei lateralmente o golpe, de forma diagonal ascendente com minha lança de modo que a estocada, fosse corrigida para um corte, em um caso de desvio da criatura ou mesmo, surpreendentemente um bloqueio.

Seguindo a ideia desde primeiro ataque, apesar de buscar tomar a iniciativa dentro do que era possível, sabia que o primeiro ataque poderia vir da criatura logo após eu me tornar seu alvo pela provocação ao qual eu mesma havia feito, então poderia ter adaptado a minha investida para algo que diferente do retilíneo com variações ao final, me elevariam para uma posição aérea, ao qual me impulsionaria para um de seus flancos para ricochetear em um Tobu e desferir este mesmo primeiro ataque adaptado após me defender, ou até mesmo suportar o primeiro ataque.

A principal intenção era ser um chamariz forte o suficiente para que Shi pudesse encaixar o seu golpe com tranquilidade, retornando a sua ocultação, uma especialidade ainda melhor do que a que eu tinha, sabendo que eu era abençoada pela maior das forças do mundo, me era conveniente abrir o espaço para que eu fosse o alvo então planejei manter tal ação enquanto prepararia para outros dois golpes, ao qual viriam de acordo com a minha necessidade de movimentação no turno.

Tendo em vista que eu tivesse sido forçada ou colocada às costas da ave em algum momento, planejei não lhe dar tanta liberdade de alçar os céus, fosse através de golpes considerados covardes direcionados a esta enquanto tentou alçar um vôo mais alto caso estivesse em posição mais baixa, e em posição mais alta, eu iria pelos olhos, apesar de saber que provavelmente não seria o suficiente para que a vantagem fosse totalmente garantida.

Meus dois ataques teriam surgido de forma quase simultânea em movimentos de estocar repetidos, ao qual no insucesso de mirar uma região específica, me fariam dobrar o corpo para que eu corrigisse a trajetória e priorizasse o acerto geral, sobre o específico, para que eu tivesse o sucesso sempre que possível.

Tendo em vista a diferença de nossos tamanhos e o fato de que eu não conhecia completamente suas habilidades, restou a mim os sentidos da fé para que meu corpo pudesse evitar com o mínimo de gasto de energia possível golpes com as asas quando estivesse próxima a elas, ou mesmo agarrões com seus pés ou bico, ao qual culminaram no uso dos ataques restantes para que eu pudesse cortar e me libertar, me jogando para longe quando fosse possível.

Além disso, atenta ao movimento de seu corpo, tentei anteceder a minha movimentação ao utilizar do tobu e de minhas pernas para que eu me movimentava antes do ataque se formar por completo ou em cenário em que a surpresa fosse o elemento utilizado pela grande criatura, através da fé, usei de minha flexibilidade acrobática para quase me colocar ao chão, enquanto com o estudo, teria conduzido o fluxo da força para longe de meu corpo, não lutando mas usando da força da criatura ao meu favor.


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