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[NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa

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Mensagem por Pr Sáb Out 07, 2023 4:47 pm

Relembrando a primeira mensagem :

O caminho de volta para casa
— Ano/Estação: 840 DG / Outono
— Pessoas envolvidas: Rhogar Myerdin
— Localidade: Torentia
— Descrição: Após longos anos Rhogar voltou ao seu reino natal, agora com um objetivo em mente, se vingar da linguagem de sua família e retornar suas terras que lhe foram tiradas há muito tempo e que é sua por direito. O título de duque lhe seria passado por seu pai, a centenas de anos atrás, hoje provavelmente está nas mãos de algum descendente de sua família ou quem sabe outra família diferente, bem, não importa, depois de quase 900 anos ele voltou e agora quer o que é seu e para isso negociou uma aliança com o Ducado de Veilsworn para que no futuro trabalhassem juntos para tomar o reino, mas por enquanto aproveita o longo caminho até sua casa para explorar o reino que pretende tomar para si no futuro.
— Tipo de aventura: Narrada
— Aviso: Aventura contem Álcool, Linguagem Explícita, Conteúdo sensível, Conteúdo sexual e Violência 
「R」

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[NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa - Página 3 Empty Re: [NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa

Mensagem por Pr Dom Abr 14, 2024 2:51 pm

Torentia
O CAMINHO DE VOLTA
PARA CASA
De todos os sentimentos, a vingança e o ódio são os únicos que não podem andar separados. Saber usá-los é próprio de um gênio.
Rhogar Myerdin
Post 10
Rhogar rir enquanto fodia Elora e a mesma fazia seus gemidos de prazer ecoar, um dos Javafangs adentrou no recinto pegando os dois no ato e mesmo assim ele não parou e ainda riu da reação do monstro que saiu imediatamente assim que percebeu o que estava acontecendo. Quando terminou Elora ainda em êxtase deslisa pela parede fria e totalmente sem forças e se deita no chão, Rhogar respira profundamente e volta a se vestir, se sentindo muito mais leve vai até a saída onde percebe um grupo dos monstros parado diante “quarto” a qual estava, os monstros apareceram graças aos gemidos de Elora, o confundindo com uma espécie de chamado para uma guerra, como o canto de uma deusa, de fato, os gritos de êxtase de sua escrava é capaz de instigar até mesmo Rhogar que se prisioneiro da própria luxúria quando usa o corpo de Elora para seu prazer, naqueles momentos ele é tão escravo dela quando ela dele.

Em seguida o grupo é dispensado pelo Javafang que ficou de guarda, Elora surge atrás logo em seguida com sua típica inexpressividade e já vestida adequadamente, sua micro expressões eram difíceis de serem notadas por outras pessoas, mas Rhogar era capaz de perceber que ela ainda estava um pouco acanhada.

Os dois então são guiados em direção ao local onde estariam os escravos humanos capturados pelos Javafangs, eles ascendem tochas e começam a caminha apressadamente, o caminho é um pouco íngreme e escorregadio, muito difícil de caminhar, então ambos tomam cuidado. A medida que desciam, um mau cheiro ia ficando evidente, assim como a temperatura ia mudando e o ar ficando mais rarefeito a cada passo e uma névoa começa a aparecer.

Depois de alguns minutos de caminhada eles finalmente chegam ao ponto mais profundo daquela cadeia de cavernas, as tochas antes inúteis agora eram o único ponto de luz de todo o lugar, Elora se aproxima mais de Rhogar e tapa o nariz com a mão direita devido ao mau cheiro, já o Draconideo apesar do incômodo sustenta a postura. Havia lanças no trajeto que foram retiradas pelos próprios javafangs para abrir caminho para o grupo e depois disso o líder atira uma tocha para frente assim iluminando o local e então uma voz humana é ouvida suplicando por comida.

O javagang então grunhi algo apontando para frente, Rhogar não sabe traduzir exatamente o que é dito, mas fica claro pela sua linguagem corporal que estava mostrando a ele os tais “escravos uteis” citados pelo Javagang braço direito do rei. Havia vários escravos de raças distintas sendo a maioria é humano, mas diferente do que foi dito ao dragão os que estavam vivos estavam em uma situação deplorável e parecia servirem apenas para a diversão dos monstros e isso faz com que Rhogar fique bastante desapontado dando um suspiro de lamentação.

Tudo isso é lixo. –

Eles estavam famintos, sedentos e muitos tinham feridas e escoriações, viviam em meio a lama, urina e fezes, o que explica o mau cheiro presente no local.

Isso foi uma perda de tempo. –

Rhogar então se vira e sua expressão de descontentamento era clara, ele toma o caminho de volta seguido de perto por Elora que já estava quase vomitando. Ele então se vira o líder Javafang que o guiava e tenta fazer com que o mesmo chame o tradutor, que o encontre para ter uma conversa com ele, se o monstro não o entendesse iria procurar pelo Javafang que sabia falar.

Assim que encontrasse começaria então a planejar o ataque a cidade.

Pelo visto seus “trabalhadores” escravos estão em uma situação deplorável, nenhum deles vaio ser útil em nada, são cadáveres. Você disse que essa pequena cidade fica no meio de uma cadeia de montanhas, então deve ser um alvo fácil, acho que é demais pedir um mapa para você não é mesmo?

Rhogar imagina que tais criaturas não tinham um mapa da região, provavelmente se guiam apenas pelo conhecimento que já tem de anos vivendo ali, mas se tivesse seria de grande ajuda para planejar o ataque, apesar dele não ser nenhum grande estrategista, acabar com uma pequena cidade não seria grande problema.

Eu irei dá uma olhada na cidade do alto para ver suas defesas, pontos de entrada e número de guardas, enquanto isso reúna todos os seus guerreiros e quanto eu voltar terei um plano de ação para tomar a cidade.

Após deixar tudo claro Elora e ele vão em direção à saída, Elora logo abre suas belas asas negras e Rhogar cria suas asas de dragão espectral e voam bem alto em direção à cidade apontada pelo Javagang, assim que a localizassem pousariam em um ponto mais alto se aproveitando dos rochedos que cercam a cidade para poder observá-la do alto sem serem notados e dela o Draconideo analisa suas fraquezas. Procura observar quantas saídas a cidade possui, se as estradas que levam a ela também são cercadas por paredões de pedra, tenta ver se a cidade possui muros altos e defesas e se os portões ficam abertos ou fechados para entrada de visitantes, ou comerciantes e obviamente tenta ver seu poderio militar, como numero de guardas seu armamento.

Meu senhor, por que estamos ajudando tais criaturas? — Questiona Elora.



Quando destruirmos esse lugar as notícias do ataque se espalharam assim como o medo entre as pessoas, ao espalharmos o caos vai ser mais fácil dominar esse lugar, além disso, um pouco de diversão após centenas de anos ausente vai me animar um pouco.



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[NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa - Página 3 Empty Re: [NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa

Mensagem por Spare Kin Qua Abr 17, 2024 5:54 am

Não havia filtros em demonstrar a insatisfação de Rhogar com os escravos que lhe eram apresentados. Imundos e escoriados, não serviriam nem como bucha num combate e pelo seu entendimento, estavam ali apenas para o próprio sadismo dos suínos, não mais que isso. Sua compreensão rasa da linguagem daquelas criaturas lhe davam um pouco de sustento no que era dito, mas ainda assim, não mudava a sua visão do quão úteis aquelas pessoas eram, acostumado com o que era visto pela nobreza de muitas raças, que em algumas vezes até os tem bem alimentados, mas sempre cheios de coleiras (físicas ou psicológicas) e usados como mera carne a ser mandada e desmandada, não tendo vontades além das de seus forçados mestres.

Os javafangs não entendiam coisa alguma do que o dragão falava, apenas o olhavam vociferar e logo voltavam a rir da miséria alheia.

Rhogar então ia de encontro com o seu guarda e tentava fazê-lo entender que queria um novo encontro com o tradutor, mas este era ignóbil demais para compreender suas pretensões, sendo necessário o abandono do maior para que ele ordenasse que seus colegas reajustassem as lanças em seu lugar, abandonando aquelas pobres almas novamente para que a escuridão as consumisse, recebendo gritos desesperados para que não fossem deixados sem comida, apelando pela humanidade que nenhum suíno teria, afinal, estavam longe de serem humanos.

A subida novamente fora algo difícil, mas com a temperatura tornando-se menor calorosa e os cheiros sendo trocados por acúmulo de dejetos por algo poeirento e enfim, para o que quer que o vento trouxesse da área arejada, era uma experiência quase que única, como se tivessem passado mais tempo do que realmente tivesse decorrido lá debaixo. Os javafangs simplesmente espirravam para retirar o excesso de areia das narinas grossas e lambuzadas de muco.

O grupo se dispersava agora, perdendo o interesse em Rhogar e sua acompanhante, apagando as tochas uns nos outros como uma brincadeira juvenil e altamente perigosa, tirando chiados e grunhidos na medida em que um se esquivava e outro se enfurecia e queria se vingar, mas no fim, todos deixavam a madeira pendurada na parede em seus pequenos suportes de metal. Apenas o guarda mantinha-se próximo da dupla enquanto este andava pelo ambiente cavernoso, mas iluminado, vendo como era a vida daquelas criaturas, tal qual procurando seu tradutor, que era facilmente visto na base (cerca de três andares) com as tropas já reunidas.

Quase todos javafangs eram guerreiros, tendo um ou outro que eram simplesmente construtores (isso quando não eram os dois, mas era mais raro ainda) e era fácil de identificá-los pelo acessórios que carregavam, sendo um martelo de madeira grosso ou uma lança ou machado. Panos eram quase inexistentes nos locais e como já fora provado, as portas eram apenas as esquinas de uma bifurcação rochosa, não havendo grande privacidade entre eles, exceto pelo seu rei, que tinha um espaço todo só para si e com portas reais.

Na base, os guerreiros eram organizados, mais munindo-se de armas do que de armaduras, focando totalmente na ofensiva (quantidade de tropas e armas), sendo que havia um batalhão mais atrás que eram dos javalis blindados que Rhogar já tivera o infortúnio de gladiar, sendo estes os únicos que carregavam o mínimo de armadura, sendo esta de um metal mais semelhante ao que diversas raças forjavam do que o que era produzido ali e nem sempre cabendo em seus corpos, mas adaptada na base da força, pois haviam sinais de marteladas ou moldados à força, dobrados com a palma grossa e poderosa de tais criaturas para que o que seria para um humano gordo ou um orc corpulento, pudesse caber em seus próprios.

A voz de Rhogar veio sem anúncio algum e o tradutor logo voltava sua atenção como se o esperasse, fazendo um leve grunhido com a insatisfação do outro.

- Cadáveres? Você deve ter entendido errado... Olhe os nossos tamanhos, você acha que um humano, autômato ou elfo teria algum uso em construção de uma estalagem para nós? Cavar na montanha? São muito desengonçados e provavelmente fariam algo para seus tamanhos, tornando a montanha porosa e fácil de cair sobre nossas cabeças. Seus olhos vêem mortos e moribundos, nós vemos como comida e armamento, além de claro, diversão... A lama que eles produzem é ótima para se banhar, pois com o fermento do calor do coração da montanha, o pisoteamento constante e o conjunto de fluídos de várias raças... - Ele estremecia só de pensar, como se fosse algo prazeroso de se lembrar e dava um sorriso cruel, mas que logo desaparecia, mantendo uma face sóbria, mas um olhar igualmente maligno, pois sabia que havia sofrimento em sua "produção".

- Mapas são inúteis para nós, usamos de forro para camas, quando não são queimados ou... Você entendeu. Papéis como qualquer outro, mas simplesmente sem utilidade. Conhecemos o terreno que vivemos.

Novas instruções eram dadas pelo dragão e ao ver as tropas sendo reunidas, tendo ainda alguns desgarrados pegando armas e se juntando ao exército, sendo que simplesmente não havia preferência e muitas vezes, um pegava um machado e outro tirava de suas mãos e sem reclamar, pegava uma espada e ficava por isso mesmo. Pareciam animais em sede de sangue, não importando como, o importante era derramá-lo. Não haviam arqueiros em suas tropas, mesmo que carregassem arcos, mas não aljavas com flechas ou dardos, parecia que preferiam jogar lanças do que atirar da segurança do alto ou da distância.

As asas de Elora se abriram, triplicando a mulher de tamanho horizontal e todos os javafangs que os observavam se assustaram e maravilharam ao mesmo tempo, dando passos para trás e trancando a respiração em um som único que apenas aquela raça poderia fazer. Rhogar então criava as suas em base na magia e se o dia era claro, logo as sombras dos dois aos céus criava uma imagem turva que sobrevoava as tropas e isso fazia que ficassem apreensivos e estranhamente, brigas começavam a ocorrer, provavelmente por pura ignorância com a dupla.

Acima da cidade haviam frestas que permitiam a luz solar os banhar e o vento dançar, porém eram ou estreitas ou longas no quesito de que se adentrasse em uma, estas demorariam para que eles saíssem, impedindo que batessem as asas para sair mais rapidamente e tendo pouco espaço de manobra, era como se estivessem interminavelmente no mesmo ambiente e tanto um quanto outro, causava uma leve sensação de claustrofobia. O que era passageiro e apenas demonstrava o quão fundo estavam na terra, pois ambos saíam quase no mesmo tempo e passavam por grama e folhagens para enfim subir aos céus e terem toda liberdade do mundo.

Lá de cima, viam a entrada da caverna e o caminho que se seguiam subsequente dali, onde levava até as montanhas e para que as tropas passassem, não demorariam mais do que duas horas, sendo relativamente próximas as cidades, mas que enquanto os javafangs se protegiam numa galeria cavernosa e camuflados pela floresta ao redor, ambos voadores perceberam que no pé da montanha, havia uma cidade mineradora abandonada. Não era uma cidade fantasma, apenas os trabalhos de mineração que não mais existiam, mas isso deixou um vão na montanha que era tão retilíneo, que dava para montar as casas em suas paredes sem risco de desmoronamento.

A dupla agora sentava-se no topo de uma cordilheira e de lá, analisam o terreno, vendo a cidade logo em sua frente. Ela tinha três entradas (e se fosse totalmente redonda, poderia ter mais uma, mas esta estava bloqueada pelo paredão), tendo uma única rua que a cortava ao meio e uma que a atravessava no meio, havendo uma pequena trilha na mata na parte sul e norte, no leste tendo apenas um grande portão que levava para a floresta (e provavelmente de onde os pequenos guerreiros viriam). A cidade era rodeada por um muro de madeira de quatro metros, sendo feito das árvores locais mesmo e não eram muito bem guardadas, pois guardas eram inexistentes por ali, inclusive, nas saídas avessas, haviam mais comerciantes do que soldados, sendo um vilarejo pacífico que tinha uma mureta apenas por conta das adversidades que poderiam vir da floresta, sendo até um pouco reclusa.

Entretanto, era facilmente ignorável que acima da montanha havia uma torre e numa outra lateral, havia outra, ambas feitas de madeira e a única coisa que as denunciavam de serem totalmente camufladas ao mato virgem ao seu redor era pelo simples fato de não terem folhagem. Estavam longe demais para ser algum posto com guardas que pudessem agir em alguma emergência (afinal, ninguém iria se atirar lá de cima), mas provavelmente eram alguma rede de proteção da cidade, visto que acima havia uma espécie de pira. Havia movimento, mas não se viam armas, porém era uma construção muito estranha para dizer que eram a casa de alguém.

Ambos poderiam chegar mais perto, mas comprometendo seu anonimato. Elora poderia conferir a quantidade de vida que havia por ali, mas era quase como se fosse uma árvore com a fauna ao seu redor, não trazendo muita informação relevante.

Um assobio vinha ao longe e chamava a atenção dos dois batedores e assim que se virassem veriam que uma ave de rapina pousava próximo a eles e olhava fundo nos olhos de Rhogar, ignorando totalmente Elora.

Seu olhar era hipnotizante e era como se ele próprio fosse a presa, um mero rato e ser caçado pelo falcão que estava próximo de si. O coração do dragão pulsava com rapidez e adrenalina, enquanto suas orelhas queimavam e sentia um inquietude que talvez nunca sentira na vida inteira. Se olhasse para Elora, não a veria, pois agora apenas existia a floresta ao seu redor e a ave que o encarava incessante.

- O que o trás até minha montanha, jovem criatura? - Falava uma voz grossa que emanava da ave, sem que ela precisasse abrir o bico, apenas pontuando que era um mensageiro de algo ou alguém que percebia a presença de ambos e pelas características, colocava-o em uma espécie de alucinação auditiva em que ele estava sendo intimidado magicamente, pela presença de uma mera ave, porém seu corpo inteiro podia sentir que havia algum poder por trás daquilo, não sendo algo simples ou fraco (visto a quantia de sintomas que seu corpo fora bombardeado com). O Sol acima deles sumia momentaneamente, trazendo uma noite extremamente rápida e logo retornava a estrela, mas que se Rhogar olhasse, veria que nada mais era que o olho da ave e antes que percebesse, estaria mais uma vez encarando o animal.
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[NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa - Página 3 Empty Re: [NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa

Mensagem por Pr Sáb Abr 20, 2024 11:26 am

Torentia
O CAMINHO DE VOLTA
PARA CASA
De todos os sentimentos, a vingança e o ódio são os únicos que não podem andar separados. Saber usá-los é próprio de um gênio.
Rhogar Myerdin
Post 11
Apesar da pouca inteligência dos monstros, Rhogar sente que aquelas criaturas têm a selvageria como sua vantagem em batalha, facilmente se jogariam contra a linha de frente inimiga sem questionar ou hesitar levando em consideração a maneira que tratavam mutualmente, brigando e ferindo como se fosse uma inocente brincadeira e, além disso, o dragão sente o desejo por caos e carnificina que exala daquelas criaturas, mesmo a mais inteligente delas se entrega quando começa a falar sobre o valor que aqueles prisioneiros tinham para eles, mesmo sobre aquelas terríveis condições.

O exército Javafang estava bem armado levando-se em consideração a maneira selvagem que viviam, não usam qualquer tipo de armadura, apenas armas são vistas pelo dragão evidenciando novamente sua falta de preocupação individual, parece que focam apenas em matar e saciar sua sede de sangue, entre eles estavam 2 Javafangs mais blindados e maiores que os demais, semelhantes ao anterior que Rhogar enfrentou e que deu um certo trabalho para o dragão.

Assim como ele esperava mapas eram inúteis para eles, sabiam se localizar muito bem em meio as montanhas e certamente tinham ciência da posição inimiga, após acertar só detalhes Rhogar e Elora então voam deixando o exército organizado a espera do sinal de ataque, enquanto sobrevoavam a área ele nota a reação das criaturas ao ver os dois voando sobre elas se comportando como verdadeiros selvagens ignorantes, começam até a brigarem entre si.

Ao sair do complexo de cavernas por uma de suas estreitas frechas os dois se veem em ma campo verde de grama, do alto Rhogar viu a entrada da caverna e o caminho que podia ser tomado pelas criaturas até a cidade. No pé da montanha ele percebe uma cidade abandonada, parece uma cidade mineradora, provavelmente depois que os recursos se esgotaram os mineradores partiram para outro local deixando o lugar para sempre, por um momento o Dragão se pergunta o quão fundo eles cavaram e se poderia haver alguma ligação entre aquele lugar e o complexo de cavernas onde viviam os Javafangs.

De um ponto mais alto Elora e Rhogar passam a analisar a cidade que seria atacada, ela era encostada em um paredão de pedra e tem 3 entradas com uma única rua que passa em no meio, há também duas trilhas ao sul e mais ao norte e no leste tem um grande portão no caminho que leva para a floresta, provavelmente para uma maior proteção justamente dos Javafangs que já devem ter tentado atacar a cidade anteriormente. A cidade é rodeada por um muro de madeira e não é não parece muito protegida já que Rhogar não vê guardas, a presença de comerciantes era maior do que de soldados, o que faz o dragão estranhar um pouco, como um lugar que vive diante de tal perigo e tão mal protegido? Será que eles nunca foram atacados e são totalmente alheios ao perigo que os cerca? Eles pareciam ser um povo muito pacífico.

Mas ele também nota as torres acima da montanha, ambas também feitas de madeira, longe demais para ser alguma guarita para arqueiros ou ponto de guarda, a pira acima delas dava uma boa indicação do que poderia ser.

Piras de madeira, provavelmente para um sinal de ajuda, mas a quem pediriam? Não vejo outra cidade ou posto militar por perto, ainda assim seria melhor dar um jeito.

Ele poderia chegar mais perto, mas sente que poderia ser visto então por enquanto já era o suficiente. Enquanto Rhogar analisava a cidade Elora apenas ficava calada observando seu mestre, ela sente cada vida daquele lugar e em sua mente já vinha os horrores que aquelas pessoas sofreriam nas mãos de Rhogar, ela olha par ao dragão e via o sorriso no rosto do mesmo enquanto ele olhava para baixo já se deliciando com a carnificina que já acontecia sem sua mente, mas ao contrario dele ela não sentia tal prazer, nem se importava com o destino daquelas pessoas, ela era totalmente indiferente a elas.

Quando estava prestes a ir Rhogar ouvi um assovio distante e tanto ele quanto Elora olham para cima e percebem uma ave se aproximando, Rhogar sente aquele animal olhar fundo em seus olhos ignorando sua escrava, um olhar hipnotizante como se o dragão fosse uma presa prestes a ser pega em suas garras, rapidamente o sorriso no rosto do draconídeo some e ele fica mais sério sentindo que aquele não era um animal comum, mesmo sentindo aquela inquietude ele ainda mantem a postura digna de um dragão não demostrando estar afetado por ela.

É então que uma voz tão grave quanto a do próprio dragão, naquele momento tudo em sua volta desaparecia como se ele estivesse em uma ilusão, estando somente ele e a ave, Elora fica olhando para seu mestre sem entender o que estava acontecendo, pois para ela aquela era apenas uma ave comum, ela nota que havia algo estranho, pois a expressão no rosto de Rhogar estava bastante séria, como se ele estivesse diante de um inimigo.

Meu senhor?

Rhogar naturalmente não escuta direito o chamado de sua vassala, para ele foi apenas uma voz muito distante, estando ele sobre o encanto daquele ser disfarçado de ave que o observa com um grande olho e ele sabe que quem quer que seja é uma pessoa muito poderosa, pois o dragão tem grande resistência contra magias e encantamentos que possam afetar sua mente.

Sua montanha? — Pergunta o dragão lutando para manter a postura.

Meu nome é Rhogar Myerdin, e sou apenas um aventureiro a caminho de casa, posso saber quem é esse ser que diz ser o guardião dessa montanha?

Talvez seja por esse ser que tais pessoas vivam tão pacificamente aos pés da montanha, Rhogar se pergunta se ele ou ela seria então alguma espécie de protetor daquele lugar, ou apenas um morador alheio a tais questões.

Vive nessa cidade misterioso ser?

Enquanto isso Elora percebe que algo estava estranho, ela tenta usar seu conhecimento arcano e ciências proibidas para tentar identificar o que estava acontecendo, coloca a mão sobre seu mestre e tenta usar magia para ver o que estava acontecendo e em seguida estende em direção ao animal para tentar identificá-lo com base no seu conhecimento em arcanismo. Se era algum mago ou criatura mística disfarçada.



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[NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa - Página 3 Empty Re: [NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa

Mensagem por Spare Kin Sáb Abr 20, 2024 7:44 pm

- Minha montanha, sim. E de meus protegidos. - Não eram vistos, mas Rhogar podia visualizar em sua mente as abundantes criaturas que ali viviam, não sendo nada muito complexo além de esquilos, ratos, cobras e outras aves.

- Myerdin, heim? Pensei que a sua linhagem estava morta. - Divagou a ave sem sequer piscar para o draconídeo, mas logo voltando a si. - Meu nome é Aoshu, mas creio que não era o meu nome que você quis dizer. Eu protejo essa montanha com a minha vida desde que ela fora entregue para a natureza e as criaturas eram caçadas aqui. Myerdin como você, no passado longínquo, eram atrozes caçadores e dizimavam não só suas caças, mas também o povo da floresta. Muito tempo se passou e eu fiz com que magicamente todo e qualquer caçador perdesse o interesse nessa montanha. E fora por isso que vim falar com você, pois você não é... Natural.

- Essa cidade não é de minha jurisdição, mas por conta de seus próprios guardiões, sou incapaz de atacá-la.


Elora, estranhando a paralisia momentânea de seu mestre, logo faz o que era comum dela fazer e após reunir uma aura ao seu redor, ela toca em Rhogar e sua mão afunda numa lama imaginária, pois não era uma questão física (pois ela realmente tocava-o pele com pele sem problemas), porém a sensação era como se estivesse diante de uma escultura que ela podia penetrar os dedos além, porém era viscoso e grosso, difícil de se chegar ao âmago. Ao erguer a palma para a ave a fim de descobrir sua origem, sentiu-se cansada na medida em que a palma era voltada e exigiu muita força de vontade para manter-se enquanto um sono profundo anunciava que na próxima piscada que ela desse, provavelmente iria perder a consciência, mas talvez nem fosse por letargia e sim, o ar tornava-se escasso.

Atrás da ave, o céu se distorcia em redemoinhos azuis mesclados com brancos das nuvens, o próprio Sol parecia estar sendo sugado por um buraco negro e dava uma imagem mais de pôr-do-sol, deixando seus arredores mais alaranjados e vermelhos. Sendo este o único momento em que a criatura piscou e olhou para trás, percebera que algo estava acontecendo.

- Sua meretriz... É especial, não?Ela está tentando fortemente descer até essa camada que estamos. Me pergunto se ela conseguirá... - Abrindo suas asas então, tudo voltou ao normal, mas tão logo, elas começavam a se distorcer novamente e o falcão piou como se risse, não querendo competir com a outra que tinha que recomeçar todos seus esforços.

- Entenda que não desejo seu mal, jovem ser. Inclusive, você parece... Fora do comum. Você não é pessoa, nem vivo e nem morto. Sua raça... É difícil alinhá-la a algo que conheço e eu estou aqui há muito... Muito tempo...

A anja caída sentia até seu cotovelo estar atolada em algo gosmento, o ar cada vez mais inexistente e sufocante, pressionando contra a musculatura de seu braço que se apoiava em Rhogar, era quase como se ela estivesse literalmente afundando no lodo de um mar, sendo algo extremamente castigante para ela. Vez ou outra seus olhos subiam para que a consciência se perdesse, mas por conta de sua afinidade mágica, ela conseguia voltar a si e não perder todo o trabalho que fora feito.

- Proponho um acordo: Se você atacar essa cidade e me trouxer o artefato escondido em suas entranhas, permitirei que fique com o que quiser dos demais. O território irá se juntar com a minha montanha e você terá livre acesso, assim como comida, ouro e o que mais chamar sua atenção por lá. - O olhar do falcão era tão penetrante que Rhogar conseguia ver-se, mas novamente, como antes, ao perceber que se via, na verdade estava olhando para a orbe da ave, nunca saindo desse ciclo. - Obviamente, irei lhe ajudar como posso, uma bênção da floresta para que não seja aplacado por seus guardiões. Se aceita, me dê uma de suas escamas, mas lembre-se... Não deixe ninguém mais tomar esse território, essa terra é para ser vivida pacificamente pela flora e fauna, não por qualquer que seja a raça que deseje tomá-la. Você será meu campeão, antigo rival Myerdin, Rhogar, filho do oculto?

Quanto tempo havia passado desde que Elora houvera tentado penetrar nas camadas de inconsciência em que Rhogar e a ave houveram se escondido? Certamente minutos, mas estes pareciam que ela estava prestes a se afogar, pois o suor frio escorria e seu braço estava gélido pela falta de circulação, dormente e escuro, realmente parecendo pressionado contra algo. A ponta dos dedos estavam negras e parte de seu cérebro aceitava aquilo como um impulso primordial, mesclando sua mente inteligível com o instinto de resiliência.

A ave bate as asas e movimenta o pescoço para os lados como se estivesse se secando era como se Rhogar piscasse pela primeira vez, pois agora ele via Elora que não mais precisava se esforçar, todos voltando para a realidade e ela não conseguindo diferir o que era aquela criatura em sua frente, mas que tinha uma magia poderosa.

- Como disse, não quero o seu mal, então preferi sair de dentro de sua mente para que sua meretriz não morresse. É engraçado, pois essa magia não é minha e sim, sua, afinal, é a sua mente e quanto mais densa forem suas barreiras psíquicas, mais difícil é de alguém penetrar e essa garota... Estava disposta a morrer para alcançá-lo. Fique feliz de ter uma ajudante tão leal, mas cuide para que não vá além de seus limites, pois ela parece... Não ter amor próprio. Ela vive por você. O mundo não a interessa, desde que você esteja lá. Toque-a, é palpável a solidão que sentira em nossa ausência, mesmo que você estivesse logo ali, abaixo de sua palma.

Mais uma vez as asas eram abertas, mas dessa vez para sair dali, erguendo voo, mas não sem antes falar uma última coisa para Rhogar.

- Você deve estar curioso sobre os guardiões, pois serão seu perigo principal e devo advertir-lo que são meus irmãos. Se não teme o vento e a eletricidade, problemas não haverão e não precisará de mim, mas caso contrário, minha bênção lhe dará uma chance de vitória. Cuide dessa garota, nascido do vazio e quando estiver pronto, me traga o artefato que ambos protegem. - Assoviava mais uma vez e a ave saía dali, adentrando na mata pelas copas e sumindo dentre as folhagens. Obviamente sua presença era oculta o suficiente para que Elora não conseguisse ver coisa alguma ali além de animais silvestres, além de que ela não tinha mais energia alguma para fazer qualquer coisa magicamente, mas ainda consciente, apenas muito desgastada.

Uma brisa passava e movia os cabelos de Rhogar sobre seu rosto, não sendo violenta, porém parecendo uma lufada proposital, um sopro em seu rosto e o ar tornava-se mais carregado, difícil dizer apenas com o olho nu, mas toda sua pelagem corporal ou ficava eriçada, ou dolorida, como se uma corrente de eletricidade estática o beliscasse por diversos pontos no corpo.

Mas uma lufada contrária e quente vinha de dentro da floresta abaixo de si e isso lhe trazia harmonia, anulando qualquer efeito ruim ou controverso. Se antes o coração de Rhogar era aplacado pelo medo e o sentimento de ser caçado, agora ele estava leve e com a mente tão limpa quanto nunca antes esteve, nem as folhas encostavam nele, parecendo haver uma massa de ar quente ao seu redor que levemente erguia a ponta de seus cabelos e ajudavam Elora a respirar.
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[NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa - Página 3 Empty Re: [NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa

Mensagem por Pr Ter Abr 23, 2024 1:43 pm

Torentia
O CAMINHO DE VOLTA
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O ser diante do dragão responde se colocando definitivamente como a senhor daquela montanha e protetor daqueles que nela vivem, mas levando em consideração que as imagens em sua mente são dos animais e outros seres que ali habitam Rhogar entende que isso não incluía os habitantes daquela cidade.



Em seguida ele demostra conhecer o nome da família do draconídeo deixando a entender que sua linhagem estava morta, o que ia contrário a informação que ele tinha sobre o seu descendente que ainda vive como lorde daquele lugar e que logo terá seu posto tomado pelo mesmo. O ser se apresenta como Aoshu, protetor da montanha e aponta que no passado a família do dragão eram notáveis caçadores, o que de fato era verdade, o próprio Rhogar esteve em muitas dessas caçadas, mas em seguida ele confirma que a cidade não está sobre seus domínios e que ela tem seus próprios protetores.



Muito bem, então tem agido na mente das pessoas para que elas não cacem por aqui? Interessante, então como você não está no controle da cidade e ela não está sobre sua proteção meus planos para ela não serão atrapalhados.



Enquanto isso Elora tenta ajudar seu mestre, mas a mesma se coloca em uma posição perigosa, ela também é presa em uma ilusão que começa a destruí-la por dentro, seu corpo se sente exausto e quase perde a consciência enquanto mergulhava na mente de Aoshu e a ave então avisa a Rhogar o que estava acontecendo e apontando o que sua dita meretriz estava fazendo.



Sim, ela tem certo valor e com o tempo ela foi ficando cada vez mais fiel a mim, mas a meu ver ela como os outros seres inferiores, nada mais do que alguém a ser usado enquanto fizer sua função corretamente.



No tom de frieza e nas palavras proferidas ela possível notar facilmente que o dragão não tinha nenhum sentimento, mas afetuoso por sua subordinada apesar da mesma ser fiel ao mesmo a ponto de arriscar a própria vida, mas ainda assim ele via certo favor nela para mantê-la por perto, e o que provava isso é que a mesma ainda tentava alcançar Rhogar enquanto seu sofrimento só aumentava na ilusão.



É nesse momento que a ave propõe um acordo, ela queria que o dragão atacasse a cidade e dela roubasse um certo artefato e oferece a Rhogar um acordo similar aos do Javafang, acesso ao loca, comida, outro e o que mais chamar sua atenção, e assim como as criaturas ele oferece ajuda para o combate por meio de uma benção visando proteção contra aqueles que guardavam a cidade.



O que seria esse tal artefato? — Pergunta o dragão curioso.



- Quanto a ele não vejo problemas, mas os javafangs também demostraram interesse em tomar o lugar, acredito que eles não sejam parte das criaturas que gozão de sua proteção certo? – Pergunta o dragão com meio irônico.



Eles estão com um pequeno exercito pronto para atacar, e por eles que eu estou aqui, mas acredito que se desejasse não teria problemas em despacha-los depois se assim desejasse certo?



Rhogar tentar negocias detalhes do acordo antes de confirmar, caso não fosse de interesse de Aoshu a presença de Javagans no local tentaria deixar esses problemas nas mãos do mesmo depois de saquear a cidade, se não teria que fazer por si próprio deixando as criaturas de lado, já que ele parece um aliado mais poderoso.



Se eu te ajudar concordando com todas as suas condições gostaria de encontra-lo pessoalmente depois, cara a cara e ainda precisaria de sua ajuda para reaver o meu domínio, o que me diz, mas devo alertar que seria muito mais fácil se usar os Javafangs para tomar o local, assim mais garantido ter consigo esse tal artefato que tanto deseja.



Como bom seguidor do deus Gier ele tenta instigar ainda mais o desejo de Aoshu em ter o seu artefato, ele sente que vai ser impossível usar o aspecto da cobiça contra ele por sua notável resiliência mental, mas ainda assim tem seus truques deixando de lado seu talento.



Outra coisa que gostaria de perguntar é sobre a cidade mineradora na encosta da montanha, até onde foi cavado e se há alguma ligação entre elas e o covil dos javafangs se é que tem esse conhecimento?



Após o bater de asas da ave tudo então volta ao normal, Rhogar estava livre e percebe Elora a suas costas de joelhos totalmente exausta, o ser diante deles avisa que ele só saiu da ilusão pôs percebeu que Elora estava prestes a morrer e isso foi elogiado por ele que ainda dava alguns concelhos a Roghar que apesar da sua indiferença sabia recompensar a ela quando se esforçava e assim reforçando as amarras entre os dois.



Enquanto anja estava no chão respirando de forma ofegante e suando bastante ela vê a mão do dragão diante de seu rosto e então a segura e assim Rhogar a ajuda a levantar, ele a olha nos olhos enquanto leva sua mão ao rosto dela a acariciando levemente.



Ela sabe que não viveria sem ela, não é mesmo querida? Bom trabalho.



Ao ouvir o elogio de seu mestre ela imediatamente se acalma e sua respiração volta ao normal assim como os batimentos em seu peito, seu rosto cora e ela fecha os olhos enquanto descansa seu rosto sobre a mão quente do dragão.



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[NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa - Página 3 Empty Re: [NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa

Mensagem por Spare Kin Qua Abr 24, 2024 4:31 am

- O artefato é... Você saberá o que é quando o ver. - Simplesmente respondia Aoshu sem interesse algum em revelar mais do que isso. A ave não demonstrava expressões que fosse possível de ler suas intenções e a voz distorcida e grave também mantinha o mistério sob seu véu.

- Javafangs...? Você diz aquelas pequenas criaturas fedidas? Elas foram banidas de minha montanha por conta de sua cultura egocêntrica. Eles não se importam com nada além de si mesmos. Fazem sujeira e brigam por onde quer que vão. Se eles tiverem contato com essa cidade e pegarem a montanha para si, eles serão uma praga difícil de se controlar. Mas isso não é problema meu ou seu, apenas pegue o artefato e me traga aqui... Se fizer o que peço, a vida dessas criaturas será problema meu e você será meu campeão para subjugá-las ou deixá-las. Use suas ferramentas, mas conclua seu objetivo comigo.

Um complô se iniciava, em que Aoshu pedia que Rhogar usasse os javafangs para atacar a cidade e depois traí-los, usando apenas de sua força para conseguir um artefato escondido dentro da montanha. O draconídeo não parecia exatamente fiel aos seus suplicantes peludos, já cogitando ajudá-los a tomar a cidade, mas deixá-los à própria sorte contra Aoshu quando sua área de proteção se expandisse.

Logo, havia um pedido, não sendo uma negociação unilateral e sim, uma barganha em que Rhogar pedia uma audiência com Aoshu e uma ajuda para conquistar seu próprio território. O olho da ave parecia afinar e o peito do dragão queimava, como se tivesse feito um movimento errado e estaria nas bocas de uma víbora, mas apenas houve silêncio enquanto a entidade pensava na sua resposta, falando logo em seguida.

- Trazendo o artefato, mesclando meu território e me dando uma de suas escamas, eu estaria certamente em débito com você, jovem ser. Quis me aproveitar da inocência de sua jovialidade, mas parece que és mais inteligente do que sua idade condiz. Pois que assim seja. Me agrade e irei usar de todo meu poder para que seus campos sejam Myerdin novamente, sem falsas promessas ou entrelinhas, servirei-o como me servirá. - Um som de sinos e as copas das árvores, como se tivessem vida, sacudiam-se e deixavam que um tanto de folhagem caísse em conjunto, criando uma pequena tempestade de folhas.

- Seu interesse pelos minérios e aquelas criaturas é... Anormal. Não acredito que haja qualquer ligação entre eles, além do subsolo. Se antigamente a mineração os incomodava e por isso querem atacar ou se simplesmente estão lutando por território contra o que consideram invasores, seu palpite é tão bom quanto o meu. Há limitações em minha movimentação, afinal, esta montanha é a minha vida em forma de escudo para as demais vidas que aqui proliferam. Apesar de minha idade, há ignorância em muitos aspectos globais.

A ilusão agora era quebrada e a resposta para a primeira pergunta de Rhogar era respondida, pois Aoshu não mexia com a mente das pessoas e sim, infiltrava-se ali e os persuadia a não olhar para aquela montanha, mas isso pouco importava, pois Elora estava extremamente cansada, sentindo efeitos em seu corpo como se fossem reais e de fato, haviam marcas em seus braços como se ela tivesse sido esmagada, algo que certamente deixaria sensível por tempos a vir. Em um pequeno ato de compaixão, não desamparando aquela que quase se quebrou para chegar nele, colocava a mão próxima a ela e a mesma agarrava com um sossego para sua mente, sabendo que seu mestre voltara.

Um sentimento estranho ocorreu aos dois, em que um arrepio passou e eriçou todos os pelos de ambos, causando fisgadas no corpo como se as próprias roupas estivessem cheias de bicho que os beliscasse, seus cabelos começaram a ficar de pé e o que seria uma cena bonita em que Rhogar falou para a caída "bom trabalho", imediatamente um raio amarelo atravessou seu peito com uma velocidade impossível de se acompanhar, mas com um efeito retardado, o dragão não teve tempo de raciocinar.

Elora visualizou a tudo ocorrendo, incapaz de fazer coisa alguma. O pequeno feixe de luz que atravessou o peito de Rhogar, passando pelas costas e simplesmente trespassando seu corpo como se fosse ar, logo ficou mais encorpado aquele pequeno risco tornou-se cem vezes maior. O brilho poderia cegá-la, mas no momento em que se intensificou, não se ouviu nada, mas logo que a claridade diminuiu e o risco amarelo sumiu, o ar ficou extremamente carregado e como se quebrasse uma barreira do ar ali mesmo, um estouro forte seguido por um trovão dispersava toda sua eletricidade nas folhas ao redor, queimando e estalando.

Rhogar perdia a consciência enquanto um círculo de queimadura ficava exposto em suas áreas desnudas do peito, não rasgando ou danificando de qualquer forma suas roupas (no máximo, as esquentando). Antes que caísse sobre Elora, logo retornava e sentia um gosto estranho na boca, sendo carbono que ele soltava em uma fumaça, mas que não o envenenava por conta de sua raça. Mover seus braços era uma sensação alienígena, pois sua musculatura estava contraída e dormente, mas ainda tinha a movimentação quase normal, apenas demorando um pouco para reagir e se segurasse algo (como a palma de Elora), não sentiria totalmente.

A luminosidade afetou a visão de Elora, que enxergava as coisas muito claras e embotadas, precisando fechar as pálpebras para conseguir distinguir um pouco as coisas, mas muito limitada. A audição de ambos estava comprometida também, pois na medida em que parecia que tudo estava distante demais, era impossível compreender qualquer coisa, parecendo haver água dentro dos ouvidos.

Acima de Rhogar, o pouco que a caída podia ver era que um homem de três metros surgia acima de ambos. Ele tinha chifres vermelhos grandes nas têmporas, unhas compridas e descuidadas, um corpo tão volumoso que o dragão parecia uma criança perto dele. Em uma mão, trazia uma espada de um rubro vibrante que parecia a recém ter saído de uma forja, na outra, um frasco de bebida. Não transparecia irritação ou qualquer outra coisa, apenas seriedade.

"Vá", dizia a voz incessante de Aoshu, na cabeça de ambos, quase como um mantra desesperado que era gritado. As árvores se contorciam ao redor do homem e as raízes e galhos o agarravam, mas ele simplesmente se soltava como se nada estivesse ocorrendo contra seu corpo, apenas papéis se rasgando diante de seus poderosos pulsos e tornozelos. Um conjunto de aves de rapinas assoviavam nos céus e vinham com velocidade até o homem, que era perfurado por suas garras e bicos, mas pouco se importava, mas parava seu avanço, passando a mão no ombro como se limpasse poeira e nesse simples movimento, era o suficiente para esmagar os frágeis corpos e jogar no chão a carcaça de penas, ossos e carne revirados do que sobrava. Como uma última investida, a terra se abria abaixo do homem, mas este podia voar, nem ao menos sentindo diferença, porém aquilo não era uma fissura comum e sim, uma boca da montanha que se abria e trazia de seu interior, um ar quente que o acertava como vapor e isso o parava, ficando entre ele e seus alvos. Não havia medo de se machucar, pois logo, mostrando os dentes pelo esforço e dor, ele atravessava a barreira de ebulição.

Estando atrás da dupla, ele ergueu sua espada como se fosse guilhotinar, dar um golpe de misericórdia em Rhogar e aproveitar o movimento para cortar Elora ao meio, porém ele fraquejou após um assovio de uma ave conhecida, caindo de joelhos e dando um grito que era mais um rugido do que algo humano, logo se transformando em um conjunto de trovões que vinham por cima da cordilheira, seu grito se alinhava com relâmpagos e o tempo começava a fechar e ele sumia em um estouro que empurrava Rhogar para a frente, mas não tinha força o suficiente para derrubá-lo, apenas fazer seus cabelos e pontas soltas balançar.

- Vocês precisam sair daqui e rápido! Este é meu irmão Imariki e assim como eu, ele estranhou sua presença. Estou usando toda minha montanha para mantê-lo longe de vocês! Abriguem-se com seus porcos, fujam para lutar um outro dia, mas se permanecerem aqui, serão tão úteis quanto os mortos são contra um exército e nenhum de nós atingirá seu objetivo! - Dizia Aoshu como se fosse uma presença da floresta, uma voz do bosque que era soprada para ambos, não uma criatura física que se comunicava com eles. A ave que antes houvera colocado Rhogar no transe, agora passava voando próximo a ele e indicava o caminho ladeira abaixo, sabiam voar, então jogá-los de um precipício não era exatamente uma opção tão absurda assim, mas Rhogar com uma dormência nos braços e pouca flexibilidade no peito, talvez fosse um problema e ele e Elora teriam que se apoiar um no outro para conseguir manter um ritmo.

Não obstante, os relâmpagos se entrelaçavam nos céus, sem chuva alguma, mas os raios começavam a cair, perigosamente próxima da dupla, mas por conta dos poderes de Aoshu, as árvores ao seu redor se esticavam para servir de para-raios, perdendo suas folhagens para ficar uma ponta que atraísse a eletricidade e dispersava por suas raízes, mas infelizmente, as matando e queimando seus troncos, que logo eram derrubados e onde antes a planta ficava, agora era engolida pela montanha para que o fogo não se alastrasse. Pequenos sacrifícios para proteger aos demais e seu possível campeão.

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Mensagem por Pr Qua maio 01, 2024 9:09 pm

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Aoshu tenta manter o mistério sobre o que seria o artefato, algo que não agrada muito Roghar, mas ele não reclama porque o mesmo também diz não se importa com a ajuda que o dragão teria dos animalescos, mesmo ele demostrando não gostar nada das criaturas, e assim Roghar teria as ferramentas necessárias para fazer sua tarefa um pouco mais fácil.

Quando o dragão pede para que o mesmo o ajude a ter seu território de volta a entidade fica bastante incomodada, o dragão pode sentir isso em sua pele, mas mesmo assim ele aceita o acordo em troca da tomada da cidade, do artefato e de uma de suas escamas, algo que Roghar sentira bastante em dar, ele pensa por alguns instantes porque aquilo afeta diretamente o seu orgulho e também causaria uma dor agonizante, mas o preço valeria a pena a ser pago se isso garantisse a retomada do seu território.

Por fim ele responde não conhecer totalmente as entranhas da montanha, então o que desaponta Rhogar já que agora teria que movimentar o exército Javafang pela floresta, mas talvez a escuridão da noite os ajuda-se a se aproximar sem ser percebido.

Pouco depois quando Elora estava nos braços de Roghar os dos sentem um arrepio correndo pelo seu corpo, a anja logo abre os olhos notando algo estranho e o dragão, o mesmo, ele tenta olhar em volta, mas não dá tempo, seus cabelos logo se arrepiam sentindo a carga elétrica aumentar e sente como se seu corpo estivesse sendo picado por milhares de insetos ao mesmo tempo, e nesse momento um raio amarelo atravessa seu peito fazendo o dragão perder o folego imediatamente, com os olhos arregalados tenta entender o que aconteceu e tenta se mover, mas seu corpo não reagi, Elora também pega de surpresa fica em choque, sua expressão é de puro pânico por ser totalmente pega de surpresa ao ver seu mestre sendo atingindo.

MEU SENHOR!!

O risco elétrico logo vai aumentando até quase cegar Elora que protege seus olhos com o braço, mas depois do clarão tudo se silenciou e a luz sumiu, Roghar perde a consciência e Elora tenta segurá-lo, em seu peito ela percebe a queimadura e tenta ver de onde veio o ataque, é nesse momento que ela sente a eletricidade aumentando na área, as folhas das árvores chegam a queimar a medida que se intensifica e Rhogar nesse momento vai retornando a consciência, ainda via as coisas meio embasadas assim como sua audição, mas ele reconhece o rosto de Elora que gritava para o mesmo perguntando se ele estava bem enquanto tentava erguer seu rosto. Roghar também sente sua movimentação bastante prejudicada, não sentindo direito seu corpo.

A sua frente então surge um sujeito enorme, de mais ou menos 3 metros, ele tinha chifres e carregava uma espada em braza em sua mão, a raiva logo toma conta de Roghar que tenta partir para cima dele, mas seu corpo não responde, ele tem que ser segurando por Elora para não cair, em sua mente ele ouve a voz de Aoshu mandando novamente os dois partirem.

Os dois então começam a lutar, Roghar e Elora nada pode fazer a não ser assistir enquanto Aoshu usa as árvores, pássaros e a própria montanha para atacar o sujeito, em determinado momento ele aparece atrás do dragão e fica muito perto de matar tanto ele quanto Elora em um único golpe, Roghar chega a tentar levantar o braço, mas de nada adiantaria, ele apenas é salvo novamente por Aoshu que faz o sujeito cair de joelhos em agonia com o grito da ave e depois ele se transforma em raios e voa aos céus para então causar uma nova explosão que empurra o dragão um pouco, mas não o suficiente par derruba-lo e então novamente Aoshu manda eles partirem imediatamente.

A ave indica o caminho e Roghar e Elora se jogam abrindo suas asas no ar para então sair dali rapidamente, Roghar ainda com os músculos dormentes usa Elora como apoio enquanto também ajuda a mesma a se guiar já que sua visão estava meio prejudicada e assim ambos voam de volta a caverna dos Javafang e ao chegar procura pousar rapidamente na entrada para descansar.

Elora aproveita para usar sua magia em Roghar para curar seu ferimento, já o dragão estava implodindo em fúria, o ódio era visível em seu rosto, algo que assusta até mesmo Elora.

Essa humilhação não ficará sem resposta, se aquela cidade é tão querida por aquele desgraçado, farei aqueles seres inferiores pagarem o preço por isso, ensinarem a cada um deles o que é sofrimento.

Caso o javafang se aproximasse ele não explicaria o que aconteceu apesar de suas condições, apenas passaria as ordens.

Vocês Javafangs como vivem em cavernas podem enxergar melhor no escuro certo? Portanto, atacaremos a noite em meio a escuridão par apegá-los de surpresa.




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[NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa - Página 3 Empty Re: [NARRADA/FECHADA/+18] O caminho de volta para casa

Mensagem por Spare Kin Qui maio 02, 2024 6:51 am

As árvores explodiam atrás de ambos, os irmãos pareciam brigar pelos brinquedos e isso gerava um pouco de tempo para que Rhogar e Elora pudessem fazer o possível para sair dali, mesmo que o corpo de ambos estivesse completamente prejudicado, pois ambos não enxergavam ou ouviam direito, o maior sentia o corpo rijo e dormente, não respondendo a seus comandos para lutar contra Imariki ali mesmo, já a sua companheira, mais uma vez atravessava os seus próprios limites corporais para o bem de seu amo, pois mesmo exausta, erguia-se e corria aos tropeços, preferindo cair do que deixar o dragão fazê-lo.

Um final de colina e o abismo, para ambos voadores, aquilo não gerava ansiedade algum sobre o medo da queda, porém era necessário que ambos se abraçassem e abrissem suas asas, ficando na beirada e sem espera, simplesmente se jogaram precipício abaixo. A musculatura das asas de Elora queimavam pela falta de energia e as de Rhogar pareciam se desintegrar à qualquer momento, deixando fagulhas na medida em que desciam. Outro ponto é que não conseguiam bater asas para se alçar, simplesmente planando com velocidade, mudando a vertente apenas para controlar sua descida, quase parecendo que dançavam no ar, com os corpos colados.

Em meio ar, teoricamente, eram um alvo fácil para os raios de Imariki, mas de alguma forma, ele não mirava mais neles assim que distanciaram-se da montanha, mas que na verdade, era da cidade. As nuvens tempestuosas ficavam para trás na medida em que simplesmente sentiam os ventos fortes batendo em suas costas e os empurrando para longe do perigo. Elora tivera um pouco de recuperação antes, mas que agora de nada valia, pois sustentar o corpulento Rhogar era uma exigência que mesmo que se estivesse totalmente restaurada, ainda seria um esforço e por vezes, ele escorregou de seus braços, só não caindo por conta das asas do mesmo, que davam um sustento que a permitia mantê-lo. Já, para o lado do homem, este só não perdia a consciência por conta da raiva que sentia, pois na medida em que os músculos começavam a relaxar, uma dor quente que parecia rasgá-lo o atingia e com isso, a visão tornava-se escura, mas não apagava.

Aoshu não mais falava coisa alguma, pois parecia que saindo de seu território, não mais haveria comunicação, sendo limitada a sua área de atuação. A brisa forte assoviava em seus ouvidos e a anja precisava respirar pela boca, não conseguindo respirar direito e sentindo que todo seu corpo queimava, em busca ou por causa do oxigênio, sendo estes os únicos sons ouvidos durante a descida da dupla.

Por cima, era impossível avistar a entrada para as cavernas dos Javafangs, pois eram buracos cobertos por grama, mas ambos tinham uma boa noção de onde era e por conta disso, caíram ao chão e rolaram pela inércia, onde se separaram e Elora, por ser mais leve, fora a primeira tragada pela fenda próxima e logo em seguida, Rhogar era levado junto, não tendo controle algum sobre nada.

A descida fora totalmente turbulenta, pois passar em queda livre por um túnel os fazia bater em suas paredes, quicando de um lado e para o outro, mas que em um esforço titânico, ambos conseguiram abrir suas asas como um para-quedas perigosamente próximo do solo. Ambos desciam dos céus petrificados como cadáveres, conseguindo em último momento planar até a segurança do fundo, o que não fora algo muito sutil. Elora fora a primeira a chegar, simplesmente se estatelando de barriga para baixo e erguendo uma quantidade de poeira onde ela perdia a consciência rapidamente, se passando apenas dez segundos, tempo este em que Rhogar chegava e caía de pé, mas por conta de todos seus danos, fraquejava o joelho precisava colocar as palmas na terra para não beijar o solo.

Prontamente a anja se erguia e ia para perto de seu mestre, erguendo a palma para curá-lo, mas sentindo um vazio em conjunto de um arrepio, pois Rhogar não era mais o mesmo. A queimadura em seu peito clareava na medida em que a cura era feita, mas a expressão dele, surrado pela queda e sujo de poeira, as veias à mostra em que se enfurecia com o ataque a recém recebido, a deixava relutante sobre se aproximar, porém o dever era mais forte e se concentraria no que estava fazendo, por outro lado, após algo tão espalhafatoso quanto o que faziam em território javafang, as tais criaturas marchavam até eles com armas em punho, mas ao ver o draconídeo entre uma cortina de poeira e com uma expressão animalesca, os passos ritmados se tornaram confusos na medida em que os assustados estagnavam e os bravos tentavam seguir adiante.

- O que- - Do meio dos soldados, surgia a imagem conhecida daquele que era o tradutor da linguagem anciã para a moderna. Ele trazia consigo sua lança-cajado totalmente adornada e parecia surpreso em ver o estado em que seu convidado, sua nova arma, seu exército de um homem só, se encontrava. Antes que pudesse terminar sua indagação, as palavras de Rhogar rasgavam a caverna, silenciando-a totalmente, não mais sendo ouvido o barulho dos passos desordenados, dos grunhidos dos porcos, trabalhos ao redor com forja e construção... Não, agora só havia a voz irada do homem ferido que sentia suas forças voltando com rapidez na medida em que sua companheira ficava cada vez mais desgastada.

- Mas... - Tentou retrucar, porém o olhar de Rhogar era o suficiente para calá-lo. Era visível seu medo, pois erguia e descia os ombros na respiração pesada. Mastigou as palavras e soltou um grunhido tímido, recuando sem dar as costas para o homem em sua frente, tal era sua aura. Dada uma distância consideravelmente segura, ele saiu correndo e subiu num grande bloco de pedra, batendo sua arma para que o eco chamasse a atenção de todos e com isso, ele anunciou a nova estratégia de guerra. - Comam e descansem, nosso combate será feito durante a noite, onde teremos vantagens pelas sombras após o mundo voltar para sua caverna! Glória ao rei! - Os javafangs pareciam meio frustrados, pois tinham sido organizados para atacar após o reconhecimento feito pelo dragão, mas ao ouvir a última parte, todos ergueram suas armas, deixando para trás qualquer sentimento como se aquilo fosse um apito de cachorro que chamava sua atenção apenas para aquilo e bem, nenhum deles reclamaria em comer para estar prontos para a noite, porém eles não queriam descansar e sim, guerrear, sentir o sangue escorrendo de onde quer que fosse, mas sentir a adrenalina enquanto disputavam território numa situação de perigo.

Um novo grupo de javafangs aparecia se acotovelando e pegavam Rhogar, puxando-o como crianças tentam roubar carteiras numa metrópole, o que diferente dessas, eles estavam apenas tentando pegá-lo e transportá-lo, visto que era grande e pesado demais para que conseguissem fazer qualquer coisa sem a ajuda de um daqueles maiores, ficaram o incomodando até que cedesse e os acompanhasse. Eram pequenas criaturas com diversos cortes ou falta de pelagem, não pareciam ter medo de morrer (visto que ficavam cutucando o homem o tempo todo). Para Elora, o tratamento fora um pouco diferente, pois ao invés de puxá-la como faziam com seu mestre, eles a agarravam com força (num ponto que suas mãos calejadas poderiam machucar a frágil pele de porcelana) e assim como goblins estupram, eles se aglomeravam ao seu redor, fazendo sua figura sumir em meio aos suínos peludos, mas que também a levavam para algum lugar.

O tratamento era semelhante a de escravos, pois o maior que eles não conseguiam levá-lo, era empurrado e a fêmea, envolta de mãos que a tocavam quase que em sua totalidade, passando os dedos em suas narinas, ouvidos, cabelos, coxas, asas, mãos, braços, axilas e onde mais conseguissem tocar sem que se chocassem contra outro javafang, mas que não se limitavam com seu corpo, pois também puxavam suas roupas que estalavam em pontos de ruptura da costura, o que todos ali sabiam que se quisessem deixá-la nua, seria facilmente feito, mas apenas a empurravam enquanto se aproveitavam. Suas falas eram estranhas, sendo algo que mesmo com os conhecimentos anciões de Rhogar, tornava-se incompreensível, talvez apenas grunhidos, mas haviam palavras em meio a estes, não identificáveis.

Atravessaram um corredor de pedra e chegaram em um ambiente que eram como piscinas com um pedestal no meio e contra as paredes, haviam caminhos para transitar sem ter que se molhar. A água parecia normal à primeira instância, mas assim que chegassem, continuariam cutucando Rhogar para adentrar e jogariam Elora ali, saindo correndo e rindo logo em seguida (sendo que os que tiveram tocado na mulher, agora lambiam as palmas, sentindo o sabor de seu suor e qualquer fluído que eles tivessem contato, nem que tenha sido o cheiro de sua pele). Som de queda e passos arrastados, agora vinha o próprio rei e se sentava no pedestal, olhando para ambos de forma orgulhosa como antes.

As águas agora se tornavam mornas, aquecendo aos poucos e por enquanto ainda eram um tanto agradáveis. O rei grunhiu e logo adentrou seu intérprete e alguns outros javafangs, carregando crânio, rochas ocas e até mesmo cascas de frutas já consumidas, mas com conteúdos líquidos dentro. O que sabia a língua deles sentou de costas para o rei, sem olhar para a dupla banhada e os seus compatriotas adentravam nas águas, afundando seus itens e mesclando o líquido transparente com as mais diversas cores, assim como trazendo um cheiro azedo e doce, forte como frutas fermentadas. As criaturas começavam a pintar o corpo da dupla, fazendo marcas tribais em suas peles.

A água relaxava a musculatura de Rhogar, que sentia-se curando rapidamente e o peito mais leve, assim como o calor fazia seus braços formigarem e tanto o movimento, quanto a sensibilidade voltar, já Elora, parecia febril, com um sono forte que cada piscada era um esforço para abrir os olhos, assim como se manter sem afogar, sufocando também pelos animais que a circundavam e tentavam colocar as mãos em seu rosto para pintá-la. O rei nada dizia, apenas observava o ritual.

Mais um grunhido e as criaturas paravam seus movimentos, parando ao lado ou atrás dos convidados. O javafang que sabia a linguagem de ambos se levantou, mas permaneceu atrás do rei, retirando suas robes e adentrando na piscina mais ao fundo e mergulhando totalmente e somente nesse momento que o monarca se pronunciou.

- Decapitate! [Decapitem!] - E erguia sua mão. Todos os javafangs retiravam adagas de suas vestes e a erguiam, oferecendo para seu superior, apenas para no próximo momento cravarem em seus próprios pescoços e deixando lá enquanto o grunhido preenchia o ambiente, mas mesmo sendo uma ferida profunda, não era fatal, pois com a lâmina presa, estancava o sangramento. Ao mesmo momento em que isso ocorria, um borbulhar começava a ocorrer, pois a água estava começando a ficar intolerável de quente.

O rei baixava sua mão de imediato e todos os javafangs, retiravam a adaga para mostrar a profundidade do corte e deixar o sangue escorrer pela pelagem e então eles cravavam do outro lado do pescoço, apenas mudando a posição e com grande esforço, todos eles se decapitavam (pois ao que a lâmina encontrava a ferida oposta, era fácil a cabeça sucumbir pelo seu próprio peso). A água ficava escura com o líquido rubro e os demais que antes foram colocados e agora, após um tempo considerável, o intérprete saía e respirava pesado, totalmente vermelho (tanto pelo líquido que o recobria quanto pela temperatura), retornando para o seu posto e se vestindo mais uma vez.

Após vestido, o javafang pegava com as palmas um pouco da água suja e oferecia para seu rei, que bebia das mãos, mas não tragava, cuspindo para o ar. Cabeças abaixadas agora, o governante olhava para ambos e em passos pesados, saía daquele lugar. O que ficou para trás, oferecia a palma para a dupla de batizados.

- Vocês já podem sair... Foram abençoados pelo nosso rei e passaram pelo nosso ritual de sangue. São um como nós, javafangs em espírito. Preparem-se para a ceia, eu irei descansar ao lado de meu soberano, como é o meu dever. Fiquem à vontade agora, como um javafang, vocês tem livre acesso pelas cavernas. - Após o rei deixar o ambiente, não demorou para que o som de passos rápidos preenchessem totalmente o lugar, fazendo uma cacofonia infernal em que o lugar começava a ficar cheio de porcos bípedes, o som de grunhidos e palavras estranhas fazendo contraponto com a paz que era antes.

A ceia, no caso, era um ensopado de javafang. Não precisavam sair dali para que o banquete iniciasse, pois o exército se revezava para comer pedaços dos corpos cozidos naquela sopa de sangue com pitadas de Rhogar e Elora. Eles se inclinavam nas piscinas para beber o caldo, outros enfiavam a mão na procura de alguma cabeça ou corpo, que ao que achavam, eram retirados da água para serem dilacerados pela faminta tropa.
Spare Kin
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