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A Nascente do Império

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A Nascente do Império - Página 3 Empty A Nascente do Império

Mensagem por DA do Ineel Ter Dez 12, 2023 9:19 pm

Relembrando a primeira mensagem :

A Nascente do Império
Assunstos administrativos.
— Ano/Estação:  840 DG/Inverno
— Pessoas envolvidas: Aryenn,Fingolfin,Eldarion,Griffin.
— Localidade: Aldmeri Dominion - Skraev.
— Descrição: Aryenn organiza os primeiros passos de seu Império.
Tipo de aventura:Auto narrada.
Aviso:Política, temas sensíveis.
「R」


Última edição por DA do Ineel em Seg Fev 12, 2024 4:18 pm, editado 1 vez(es)

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A Nascente do Império - Página 3 Empty Re: A Nascente do Império

Mensagem por Tomita Qua Fev 07, 2024 10:54 am

A Nascente do Império  Post: 04



| Eldarion Elen Estelmir |
| Lúthien Elen Estelmir |

Se no campo de batalha as poucas palavras eram de ordem, em eventos sociais a regra era a oposta. Minha presença e de Lúthien logo causava as impressões requeridas, afinal eu e minha filha não nos vestimos e nos comportamos apenas por nosso bel e pleno prazer e ego, o fazíamos para demonstrar que éramos diferentes, que éramos tão bons quanto aqueles que se chamavam de ‘’puros’’.

- Tais formalidades são um prazer, majestade. - Respondi a imperatriz com um sorriso singelo em meus lábios. Eu me distraí com o vinho por alguns segundos, afinal eu estava com sede já fazia um tempo, quando notei, minha soberana dirigia suas palavras para Lúthien. Eu ouvia atentamente, bebendo enquanto meus olhos se afiavam em um pensamento não muito amigável. Se a imperatriz soubesse o que Lúthien havia me dito anteriormente, talvez pensasse seriamente em colocar a garota sobre suas ordens no exército, apenas para repreendê-la.

Observei Lúthien, que antes mesmo de conseguir expressar alguma resposta para a Imperatriz, foi defendida por Finn. Eu posso declarar com firmeza que aquilo era sim uma surpresa. Não pensei que Finn fosse um nobre defensor de donzelas em situações constrangedoras, mas havia algo a mais em suas palavras. Talvez aquilo irritasse Aryenn em certo ponto, mas era melhor Lúthein ficar calada e ser apenas um agente passivo nessa conversa do que interferir com seu jeito e prejudicar mais ainda a situação.

- De fato, não entregaria a minha pequena rouxinol a qualquer homem apenas pela conveniência genética do mesmo. Existem mais coisas que definem um homem do que apenas o seu nascimento. Seu caráter, sua força e o principal, seu amor por minha filha são os requisitos mínimos para que eu aceite um pedido para a mão dela… Porém tal acontecimento está longe de ocorrer, quem sabe daqui a duzentos anos alguém tenha essa audácia e ímpeto de pedir a mão de Lúthien para mim. - Eu disse de maneira bem casual e descontraída antes de bebericar mais do meu vinho. A música agradável continuava soando pelo salão e com o ritmo eu movia meus dedos da destra. Lúthien se virava discretamente para Finn, dizendo um ‘’obrigada’’ por entre seus lábios antes de começar a se servir do banquete de maneira doce e comportada, como uma dama.

Minha soberana logo me questionava a respeito daqueles que tinham o sangue igual ao meu. Suas palavras eram de um tom gentil, porém as escolhas delas me faziam sentir uma certa aversão, que eram notavelmente transparecidos pelo meu olhar confuso e sobrancelhas arqueadas. De fato os elfos de sangue eram vulneráveis, em grande número e precisavam de acolhimento, mas chama-los indiretamente de impuros me causava uma certa náusea. Afinal, o que a pureza do sangue tinha haver com a honra de um homem? Eu era a prova viva que qualquer um podia ascender na vida se a oportunidade e a força de vontade fossem favoráveis.

Eu mentalmente não sabia o que dizer de imediato, mas logo vi Finn comentar a respeito dos ataques dos Lycans. Sim os ataques haviam aumentado em sua frequência em comparação a anos anteriores, talvez a escassez de comida devido ao rigoroso inverno e o alto número de lobos sem matilhas firmes para lidar com essas situações tenha agravado tudo isso. De qualquer maneira, era um problema a ser endereçado. - Tenho meus questionamentos e teorias a respeito disso, Finn, de qualquer forma, é uma das pautas da próxima reunião do conselho. - Eu afirmei com a cabeça antes de dar outro gole no vinho.

O comentário de Finn sobre Griffin me fez ponderar, ele não era do tipo que se atrasa para esse tipo de compromisso. - De fato, é curioso. - minhas palavras e o questionamento de Finn pareciam ter surtido algum efeito no universo, pois bastou ser mencionado que o homem surgia para nós, das sombras sua face era revelada assim como a de uma figura nova, uma mulher muito bonita de fato, algo que meu olhar um pouco mais caloroso não escondeu. - Encantado, Lady Elara. - Disse ao levar minha mão até a da moça, dando um beijo sobre ela de maneira cortês. Afinal, eu era acima de tudo um cavalheiro. Para Griffin meu sincero sorriso de um amigo. -- Finalmente saiu de seu casulo nas sombras para curtir um pouco não é, Griffin? - A risada animada que vinha em seguida era genuína. - Aproveite a noite, vocês lutaram bravamente. - Eu dizia antes de mais um gole no vinho, percebendo que minha taça estava quase vazia.

O sinal com os dedos da destra logo trazia uma elfa com um jarro nas mãos para perto de mim. Pela sua aparência se tratava de uma Yggdrasil. Eu não era o maior fã dessa familia élfica, afinal eles eram geralmente hipócritas e metidos, mas o que eu podia dizer sobre isso não é? A moça encheu a taça com o vinho enquanto eu a observava com um olhar afiado, talvez eu a constrangi de tal forma, afinal suas bochechas coraram bastante e logo ela se afastou. Ah sim, o olhar de um homem com meu status e poder sobre uma serva gerava esse tipo de reação mesmo. Mas eu me perguntava se eu não fosse quem eu era, será que o mesmo ainda aconteceria? Ser notado por aquilo que eu tinha e não pelo o que eu era ainda me parecia uma realidade inatingível.

Griffin tirou sua nova companheira para uma dança e em seguida Finn fez o mesmo com Lúthien. A menina de cabelos prateados e olhos azuis monocromáticos abriu um largo sorriso para o elfo, suas bochechas estavam coradas e ela logo aceitou de maneira animada. - Claro, eu vou adorar meu senhor. - Ela disse se levantando da mesa e andando junto a ele até a pista de dança.

Estávamos nós dois, eu e Aryenn sobre a mesa farta enquanto os outros aproveitavam na pista de dança. - Perdoe-me majestade, não ignorei seu questionamento, apenas me senti compelido a esperar um momento oportuno para respondê-la. - Eu disse de maneira formal antes de me aproximar dela, ficando próximo a ela, quase como se conversasse um segredo por entre meus lábios.

- Como seu conselheiro, é minha obrigação e minha honra instruir vossa majestade para que Aldmeri seja um lugar mais seguro, justo e digno de seus ideais, porém algumas palavras que saem de seus lindos lábios podem ser de interpretação cinza e ofender os leigos que agora fazem parte de seu império. - Eu dizia enquanto levava minhas mãos próximos aos dela, acariciando levemente sua pele morena. - Talvez se você se referir ao elfos de sangue como crianças, soe mais gentil e sereno… Adultos e crianças… Não esta muito longe de ser uma realidade, já que os anos de escravidão nos deixa inerte de nossas próprias consciências como indivíduos… Quando temos nosso selo rmovido, nascemos de novo e somos como crianças, esperando que uma mãe amorosa nos guie por esse mundo hostil. - Eu sorri para ela antes de recolher meus dedos para a taça de vinho e novamente beber.

- Todos eles serão muito bem acolhidos e instruídos em Elenathria se assim for de seu desejo, não quero criar intriga entre os adultos a respeito dessas crianças barulhentas, sem modos ou educação. Mas instruí-las para serem fiéis soldados dignos da mãe amorosa que eles tem. Pode dizer aos diplomatas, que toda criança terá proteção abaixo de minhas asas. - Logo meu sorriso se tornava mais desafiador e interessante. O álcool subia já em minha cabeça, me deixando menos tímido e apático a respeito de meus desejos. - Mas me pergunto… Se a senhora me vê como uma dessas crianças ou se… A minha figura seja mais para a de um pai sobre seus olhos cintilantes. - A risada abafada pelos meus lábios serenos vinha em seguida, tratando aquela pergunta como uma brincadeira provocativa.

Mais um gole no vinho era dado para esvaziar a taça, levantei-me da cadeira a onde eu estava, estendendo a mão para minha soberana. - Me concede uma dança? Minha imperatriz… - Meu tom de voz galante não disfarçava, eu não estava bêbado ainda, mas definitivamente menos amarrado a postura distante que eu tinha com a mulher. Infelizmente a carência do toque físico as vezes afluia através de simples gestos que eu fazia. Levaria vossa majestade até o meio daquele grande salão e dançaria com ela uma valsa, guiando seus passos caso ela aceitasse.


Enquanto isso, Lúthien se agarrava a Finn, mas não de maneira escandalosa, ela dançava com graciosidade com o Marquês, evitando muito contato visual com ele. - Obrigada… Por me defender, Finn. - Suas palavras eram serenas e doces enquanto sua destra apertava os ombros do rapaz em meio aquela dança. - Você não está errado… Há tantas coisas que quero fazer… Lugares para ver, pessoas a conhecer… - Ela suspirou baixinho enquanto encostava a cabeça no peitoral dele. - Me casar só vai tirar minhas asas… Mas eu ainda quero voar alto… - As bochechas dela se coravam um pouco e logo ela voltou a olhá-lo. - Pode me ensinar a… Montar no seu Wyvern? - Seus olhos de duas tonalidades diferentes de azul estavam brilhantes como a luz das estrelas. Sua pergunta era vaga e deixava brechas para más intenções de pessoas maliciosas, mas seu olhar era certeiro. Ela realmente falava do dragão.

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Tomita

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Mensagem por DA do Ineel Qui Fev 08, 2024 6:28 am

A Nascente do Império  Post: 06


| Aryenn Anar Goldenblut |

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MANA: 1425| 1425

A resposta inesperada de Fin me pegou de surpresa, desafiando as expectativas que eu havia formado em minha mente. Não houve fúria imediata, nem um amargor que me retorcesse os lábios; em vez disso, uma sobrancelha erguida denotou minha genuína surpresa diante da cena. Era como se uma porta inesperada se abrisse indevidamente em um corredor conhecido, levando-me a questionar não apenas suas ações, mas também as complexidades de nossa hierarquia e obrigações, tanto para os mestiços quanto para os elfos puros, que em teoria deveriam conhece-las muito bem. - Certainly, manen na-chen ned guil i hîr o le adlega men. (Certamente, desde que não seja esquecida a hierarquia do Estado ao qual pertencemos, poderia desencadear consequências.) - Retruquei, em um tom neutro, porém com olhares descontentes sobre a mesa, observando o nobre marquês tomar a donzela para uma dança.

Griffin enfim chegava, se aproximando da mesa ao lado de sua conselheira, uma figura de elegância e autoridade que emanava uma aura de confiança e competência. Seus olhares se cruzaram com os meus, e um sorriso delicado brotou em meus lábios enquanto os cumprimentava. A presença da conselheira era uma adição bem-vinda à atmosfera, ajudando a amenizar as tensões por um instante. - Rhîw nîn eldi lle hiril tîl lín. (O Estado élfico estende a você suas sinceras boas-vindas.) - Proferi, levantando uma taça em sua honra.

O ambiente festivo rapidamente envolveu a mesa por completo em definitivo, o ritmo da música e a alegria contagiosa arrastaram Grifin e Elara para a pista de dança, deixando apenas Eldarin e eu na mesa. Antes que ele pudesse expressar suas intenções, eu já antecipava que aproveitaria o momento para abordar o assunto pendente. Observei seus avanços e movimentos com calma, enquanto degustava o vinho luxuoso em minha taça, me colocando inerte aos seus toques, criando assim uma falsa sensação de vulnerabilidade, mantendo um olhar firme nos olhos dele, acompanhado de sorrisos sutis para evitar qualquer desconforto, enquanto absorvia suas palavras.

- Gelir vi ú-gurtha ammen i auth, sí a lant dîn. (Entendo que possa ser difícil se ajustar a realidade, de fato, é uma característica infantil.) - Respondi, de forma ríspida e direta.

Dei o último gole em minha taça, deixando-a deslizar delicadamente sobre a mesa com uma maestria que refletia minha educação refinada. As sombras da noite pareciam dançar em torno de nós, enquanto eu mantinha meu olhar firme sobre Eldarion, como se estivesse desafiando sua própria percepção do mundo.

-Annon adh nîn, leithia od nosta i lúth, Mae govannen Eldarion, ammen orchíristo? Nedin dago, le devio neth guin i thîw edhil lin? An bhair ed i aran edhel, estatho i’ lu, i eden hain i estel, dôl lú or i’ lu eithel, ardhon i lu. (As vezes, infantilidade deve ser tratado com realismo. Meu caro Eldarion, já se perguntou por quê existe uma hierarquia na sociedade em que vivemos? Sem ela, voltaríamos a pré civilização, os pilares que sustentam a civilização estão ameaçados ) - Continuei, delineando meus pensamentos com uma franqueza que não tolerava rodeios.

- Roviant ammen orthant edhellim, roviant torthant goheno dadon ennas i-galion. I valanya istar, i ambar hain, heui adh i galu n'lu, ned i ennas, uin i ennas, fuin i nath, hebo i chîr na ionad. (Há aqueles que compreendem nossa missão, que reconhecem que a civilização só pode prosperar com a garantia de uma autoridade superior. A verdadeira Deusa, a única e suprema, foi traída por aqueles que, outrora, compartilhavam do mesmo amor, sem hierarquias nem distinções) - Proferi, sentindo a gravidade de minhas palavras ecoarem pela mesa.

- Mae govannen, i edhil chen, estel ant gîn i amon na. Mabba vínethor aníra i haudi, erin o maer na i chîr na i aníra. (Nós, os elfos puros, devemos ser essa autoridade suprema. Nossa ancestral Mabba nos mostrou que é possível, desde que preservemos nossa hierarquia e nosso sangue.) - Concluí,  com uma centelha de determinação reluzindo em meus olhos, como se cada palavra fosse uma promessa.

- Cuil i edhil edhel, ú-amarth gîn, ú-celair gîn i dannas i dhôl, na i ú-'lassui a na i ú-golwain i dhôl ú-magolach a nîthron. (A existência dos elfos mestiços é um equívoco, uma distorção da ordem natural das coisas, pois cria fraquezas e divisões para nossa Raça. ) - Continuei, diminuindo o timbre, levemente envergonhada por apontar o fato perante um mestiço.

- Nauth, mae na tawar dago nin, edhil amarth od renia na u-aníron. Edhil, túr, agolath ú-mui chín o i dannas nîn, ú-ammath na i nîf oedrim. Dannar i naug dagon, ú-breged vi lacho ú-lam u-daur, ú-breged vi ú-mol u-dolen i danthon. (No entanto, precisamos reconhecer que os erros do passado não podem ser desfeitos. Vocês, os mestiços, carregam uma parte do nosso sangue, por menor que seja. Envolvermo-nos em conflito uns contra os outros seria como abrir uma ferida que nos consumiria lentamente. Além disso, não podemos permitir que nosso próprio sangue seja usado como uma arma contra nós pelos nossos inimigos.) - Finalizava, aliviada por expressar tudo que tinha direito.

Ao  receber o convite de Eldarion para uma dança, mantive-me imóvel, controlando minhas emoções com firmeza. Com um sutil movimento dos olhos, como um aceno discreto, sugeri que ele olhasse ao redor. Um grupo de funcionários do alto escalão testemunhava a cena de Lúthien, envolta pelo Marquês, enquanto dançavam. Embora mantivessem uma postura cortês, o contato íntimo entre um elfo puro e uma elfa de sangue causava um discreto alvoroço entre eles com murmuros e expressões negativas. Caso optasse por seguir os passos de fin, certamente teríamos boatos indecentes na torre do ouro branco.  - Adar o naeg, men beliach dîn leithio, ach na beliach adabath ( Voltemos à realidade, posso garantir a liberdade  de seu povo, mas não a igualdade) - Retruquei com gravidade, buscando dissipar a tensão entre nós no momento, sem parecer rude, dando a entender que não se tratava de algo pessoal.






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Mensagem por Fingolfin Sex Fev 09, 2024 1:19 pm





A Nascente do Império - Página 3 MTtYxsT



A música calma refletia o ambiente requintado onde Finn se encontrava, sendo algo comum aos seus olhos. A pequena Lúthien irradiava uma aura de graça e elegância enquanto girava pelo espaço, com movimentos fluídos e bem treinados. Ao seu lado, Finn era a personificação da nobreza élfica em seu resplendor. Seu porte altivo e sua postura impecável denotavam sua linhagem, enquanto seus olhos brilhavam com uma intensidade que rivalizava com a mais brilhante estrela.

Ele guiava Lúthien com destreza, seus passos precisos e graciosos demonstraram a experiência não só no âmbito combativo.

- Não precisa agradecer, nossa Imperatriz está a todo momento buscando o melhor para nós, os Elfos. - Bradou o Marquês enquanto continuava a dançar - Como alguém de tamanha nobreza, seu papel é permear a paz e levar nosso povo a glória de outrora. Esses dois pontos sempre martelam sua mente. - Continuou o Mago - É claro! Assim que tivermos um tempo hábil para tal, alçaremos em direção ao céu. Um ponto interessante, lá em cima consegue ser tão frio quanto aqui em terra. - Concluiu.

Enquanto ambos rodopiavam em ritmo consistente, fora possível para o Isil notar a tensão que pairava sobre eles. As sombras dos membros do alto escalão dentro do governo observavam-os com olhares severos, desaprovando a proximidade entre o nobre e uma meia-elfa. Para eles, essa união era uma afronta às tradições e à linhagem pura dos elfos.

Entretanto, Finn ignorava as repreensões silenciosas que ecoavam ao seu redor com maestria, afinal, para ele tudo aquilo era apenas uma dança com uma conhecida. Os olhos do mago não tardaram a perceber o desconforto que Lúthien sentia e, por um momento, ele soltou uma breve risada - Não se importe com os olhares, pequena Lúthien. Alguns ao nosso redor são como os lobos fora das muralhas, estão apenas esperando uma oportunidade para atacar. - Bradou girando a meia-elfa graciosamente, deixando sua beleza e vestido captarem ainda mais atenção.

- Eles nada podem fazer além de observar, como cães esperando por migalhas. - Finn mostrava um lado que era pouco visto, afinal, ele era como um ávido inquisidor da causa élfica e pouco externou seu descontentamento com alguns da sua própria espécie.

A dança continuou por mais algum tempo, até um cavalheiro requisitar a mão da jovem Lúthien para uma dança, tendo o mago cedido ao pedido cortes do rapazote - Aproveite a dança, pequena Lúthien. - Despediu-se antes de deixá-la continuar com outro rapaz, tendo a jovem meia-elfa expressado um certo descontentamento.

O jovem Goldenblut passou a caminhar pelo salão em direção a mesa central, no entanto, parou no meio do caminho para, de maneira sucinta, repreender um dos elfos que lhe direcionou olhares tão selvagens - Dá próxima vez que olhar de maneira tão rude para mim, darei você e toda sua linhagem de alimento aos lobos. - Sussurrou bem próximo ao ouvido da figura, tocando-lhe o ombro como se estivesse apenas dando um conselho amigável, mas, passava o recado com tamanha selvageria que fez o antagonista tremer.

- Essa dança me deixou com a garganta seca. - Bradou ao retornar para mesa onde a Imperatriz estava, mantendo-se sentado e ouvindo uma possível conversa apenas como um telespectador.


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Mensagem por Douglas o Pena Sex Fev 09, 2024 5:21 pm






A Nascente do Império - Página 3 Leonar13



Griffin

Nuts e Elara moviam-se harmoniosamente pelo salão, dançando com maestria e beleza que encantavam todos os presentes. Enquanto deslizavam pelo centro, suas expressões refletiam a sincronia perfeita entre eles, uma dança que parecia transcender o simples movimento dos corpos.

Griffin observava, com um sorriso discreto, a elegância de Elara na dança, perdendo-se por um momento na cadência suave da música. Seus olhos, por vezes, encontravam os de Elara, trocando olhares que transmitiam mais do que palavras poderiam expressar. Entre os passos graciosos, Griffin percebia a sutilza da presença de Elara, uma sensação reconfortante que transcendia o ambiente festivo.

Ao retornarem à mesa após a dança, a atmosfera romântica que permeava o salão parecia ecoar entre Griffin e Elara. Sentados, começaram a discutir assuntos mais sérios.

Griffin, demonstrando sua etiqueta impecável, inclinou-se levemente para a Imperatriz Aryenn antes de solicitar discretamente a um dos seus servos sombrios que trouxesse o rolo de informações preparado para a reunião. Com uma reverência discreta, o servo das sombras emergiu habilmente da própria escuridão ao lado de Griffin, entregando-lhe o rolo com uma eficiência silenciosa e desaparecendo novamente nas sombras, deixando apenas uma leve oscilação na penumbra como evidência de sua breve presença.

Desenrolando o pergaminho, Griffin começou a compartilhar dados cruciais sobre a localização atual das maiores concentrações de lobos, utilizando uma linguagem clara e acessível para todos os presentes na mesa. Ele destacou áreas específicas nas fronteiras orientais, indicando a direção geográfica com precisão, enquanto detalhava padrões de movimentação dos lobos e possíveis estratégias para contê-los.

"Vossa Majestade, nobres, permitam-me guiá-los por estas informações cruciais. As áreas marcadas indicam os locais de maior atividade lupina. Conhecer esses pontos é vital para nossa estratégia de contenção", disse Griffin, apontando com elegância no mapa desdobrado.

Além disso, Griffin apresentou informações estratégicas que poderiam ser de grande utilidade para a Imperatriz Aryenn em suas decisões governamentais. Revelou intrigas em cortes distantes, alianças e descontentamentos, tudo envolto em uma camada de diplomacia e respeito pela soberania de outros territórios. A apresentação das informações era uma dança sutil de palavras, revelando apenas o suficiente para despertar o interesse e fornecer conhecimento valioso.

Enquanto discutia os assuntos, Griffin fazia questão de incluir a todos na conversa, sempre atento às reações e opiniões dos presentes. Ao entregar o rolo para a Imperatriz.






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Mensagem por Tomita Sáb Fev 10, 2024 6:41 pm

A Nascente do Império  Post: 05



| Eldarion Elen Estelmir |
| Lúthien Elen Estelmir |

A ignorância podia ser tida como uma benção para as pessoas de baixas ambições e sonhos, porém eu não era uma dessas pessoas, tão pouco contava que alguém de meu círculo mais íntimo o fosse. Aryenn se mostrava fria, como o aço das armaduras dos nossos homens que morriam em meio ao gelo em uma luta que parecia sem fim. Eu conhecia as partes boas e ruins dela de maneira superficial, mas não esperava que seu coração gelado fosse ignorante quanto a um pedido tão nobre quanto o meu.

Eu me perguntava que tipo de mundo Aryenn queria criar. Um a qual os elfos governavam sobre todas as outras raças eu já sabia, mas a sua repulsa em buscar a igualdade entre os próprios elfos gerava uma sensação ruim no meu âmago. Eu já não sabia se era o vinho descendo ou se as palavras que saiam da boca dela mexiam com meu ego e ascendia uma raiva que a muito eu não sentia. Talvez eu fosse tolo… Realmente uma criança por achar que o mundo mudaria apenas por meu esforço para isso. O coração das pessoas ainda era o maior obstáculo para as feridas dessa terra.

- Não sou desfavorável a ordem, a hierarquia, e a nossa deusa, majestade… Mas me entristece de maneira profunda ser referenciado como um impuro pela senhora, da qual eu tanto admiro… Embora isso possa ser apenas formalidade de sua parte por estarmos em um ambiente mais público… Eu realmente gostaria de saber o que ressoa em seu coração a respeito de minha ‘’impureza’’. - Não era uma mentira, eu admirava Aryenn e a honrava como minha soberana, porém meus sentimentos, quando envolvidos com o álcool, ficavam mais aflorados. As pessoas estavam acostumadas a me ver como um conselheiro firme e reservado, mas o homem por detrás do cargo, esse era raro e muitas vezes, subestimado.

Viver com máscaras sobre a face era trabalhoso, doloroso e a cada dia que se passava eu me dava mais conta de que aquilo tudo talvez não valesse a pena… Se não fosse pelos outros iguais a mim, as crianças de sangue, eu não me submeteria a tamanhas ofensas e humilhações… Mas eu seguia firme. Minha expressão calma perante as palavras dela continuava até um nome ser citado. - Mabba? Você diz… Aquela Mabba? Meus olhos se arregalaram e eu até me sentei mais formalmente na cadeira, olhando para a mulher com uma face confusa e desacredita. Ela entendia que estava indo pelo caminho oposto da razão? - Se for quem eu estou pensando que é… Sugiro muita cautela, majestade. Não queremos nos envolver em conflitos maiores do que podemos segurar com nossas mãos mortais por enquanto…-

Ela ainda insistia na ideia de mencionar os mestiços daquela forma. Eu tentei explicar novamente. - Majestade, divisões acontecem quando duas partes se acham  mais no direito que as outras… Os mestiços e os ‘’puros’’ como a senhora se refere, não são nada mais que a mesma coisa, elfos. E de tal maneira, mesmo a senhora reconhecendo seu sangue, ainda lhe falta um pouco mais de visão sobre uma coisa. - Ele disse, pegando mais uma taça de vinho e uma faca. Um corte sobre sua destra foi feito e ele deixou o sangue gotejar no vinho.

- Uma gota de sangue pode contaminar um cálice de vinho, porém se a senhora misturar esse cálice a outro, e a outro e a outro até ter um barril de vinho… O gosto do sangue será imperceptível aos lábios mais finos, sendo só uma fração de algo que um dia já foi menos palatável. - Eu disse pegando um guardanapo de pano e estancando o sangue de minha mão.

- O que quero dizer, em simples palavras, é que a dita impureza dos elfos de sangue só seria erradicada quando outros elfos os tivessem por sua mistura. Eldacar sabe disso, a diferença é que por conta de jogos e tramas políticas, aqueles desgraçados escravizaram os elfos de sangue, pois era mais conveniente para eles fazer tal coisa do que lidar com as consequências da guerra. Da mesma maneira que agora, em Aldmeri, esses ditos escravos são menos interessantes como tal e mais de outra forma, embora a sua água quente ainda seja proporcionada por homens sem sua devida liberdade… - Suspirei demonstrando uma mistura de descontentamento com frustração. Peguei o copo que eu havia derramado o meu sangue e o levei até os lábios, bebendo o mesmo. Meus olhos logo ficaram mais escuros, um violeta mais vivo quase puxando para o vermelho.

Eu fiquei em silêncio por uns segundos, encarando a imperatriz e seu jeito firme de ser. Me recostei sobre a cadeira, levando os dedos da destra sobre os olhos e os esfregando levemente.- Perdoe-me… Essas coisas… Isso tudo me deixa muito frustrado… Se a senhora não pode garantir a igualdade deles abaixo de suas asas, pelo menos deixe-me tentar fazer alguma coisa para mudar isso… Como eu disse, é uma mágoa muito grande para mim ver aquelas pessoas ainda em situação de escravidão e sendo mal tratadas por alguns, os elfos de sangue são mais vítimas do destino que qualquer outra coisa…Nós não escolhemos nascer como somos, Aryenn… - Eu balancei a cabeça de forma negativa, ainda com os dedos sobre os olhos.

Minha atenção só saiu dali quando Griffin se aproximou de nós novamente. Suspirei fortemente e olhei para ele. É verdade, ainda haviam trabalhos a serem feitos além de lidar com esses problemas do sangue élfico. Restabeleci a postura e logo olhei para o mapa. Alguns pontos apontavam para o Norte, Elenathria. Observei atentamente. - Infelizmente a floresta a Oeste de Elenathria ainda é um local de difícil acesso para a vigia de lobos… Como estamos perto demais de Vanaheim ao norte, aposto que os lobos que saem de lá e passam pelas nossas fronteiras o fazem a partir daquela floresta. Posso reforçar as patrulhas no local para tentar conter mais lobos caso sejam a maioria de lá… Mas me pergunto o motivo deles saírem de Vanaheim e virem ao sul… - Cocei o queixo de maneira calma, a ferida na minha mão, o corte da faca já havia se curado enquanto eu soltava o guardanapo na mesa.

- Fome, disputas… Os lobos que vi vocês matarem a algumas horas eram tão magros e pequenos que pareciam cães ao invés de lobisomens… Talvez minha hipótese sobre seus ataques constantes mais no inverno não estejam tão errados assim… De qualquer forma, se for por falta de comida, isso é algo que pode ser contornado. - Eu disse logo antes de relaxar mais na cadeira.



Os passos da jovem elfa eram graciosos sobre a pista de dança, ela segurava a destra de Finn com suavidade enquanto sua própria repousava sobre o ombro do rapaz. Seus olhos brilhavam como as estrelas mais cintilantes ao ouvir que o rapaz a ensinaria a voar em um Wyvern. - Aaah sério? Devo levar um bom casaco então. Tihihi - Ela riu baixinho enquanto sentia as bochechas corarem suavemente.

A dança continuava, e assim como Aryenn havia dito, outros nobres olhavam para os dois com olhares desconfortáveis. Porém, as criadas e guardas, não cientes da condição de sangue de Lúthien, observavam Finn e a garota boquiabertos com tamanha beleza que eles emanavam juntos. Lúthien se recolheu um pouco nos braços de Finn, se sentindo intimidada por aqueles olhares sobre ela. - Humm não entendo porque eles me olham assim… - Ela disse baixinho para ele, que logo respondeu de maneira firme. As palavras dele tranquilizaram ela um pouco mais. - É… Você tem razão, caro Finn. - Ela sorriu para ele de maneira gentil até seus passos pararem.

Um nobre elfo se aproximou de Lúthien, pedindo-a em uma dança. A mesma se agarrou a Finn, sem querer soltá-lo, porém ele havia cedido a mão dela a outro. As bochechas rosadas dela e o olhar penetrante para ele eram claros, ela não havia gostado, mas foi dançar com o outro rapaz.


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Mensagem por DA do Ineel Seg Fev 12, 2024 3:24 pm

A Nascente do Império  Post: 07


| Aryenn Anar Goldenblut |

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A princípio, a argumentação de Eldarion parecia-me um deboche, um elfo de sangue pleiteando igualdade com os puros. Parecia algo impensável, algo que jamais se concretizaria em nossa sociedade. No entanto, à medida que ele falava, uma determinação palpável permeava suas palavras. Era evidente que ele não apenas acreditava no que dizia, mas também possuía planos para adquirir os meios para realizá-lo. Lentamente, comecei a sentir uma compaixão por suas palavras, mesmo que apenas momentaneamente. Meu semblante, que antes expressava desdém e preconceito, agora demonstrava um genuíno interesse em suas argumentações.

- Annon thia i'nathaed diheno hain edhellen dagor, orchoen? Heca vi estelatha tâl eugenia tiel? (Você está sugerindo que é possível restaurar a pureza entre os elfos de sangue, de alguma forma? Talvez através de um tipo de eugenia controlada ao nos misturar?) - Deixei escapar em um tom leve e instigante, num questionamento que revelava enfim uma ponte de concordância em nosso diálogo por sua teoria.

Entretanto, em meio as falas testemunhei Eldarion alcançar uma das facas dispostas sobre a mesa. Naquele instante, o mundo pareceu congelar diante dos meus olhos, enquanto eu me questionava sobre as intenções daquele gesto. Ao vê-lo preparar-se para cortar a si mesmo, ainda duvidei que ele ousaria em faze-lo, recusei-me a aceitar aquilo como realidade. - Lae...(Não...) - Foi tudo que consegui articular antes que ele efetuasse o corte de fato, como parte de sua argumentação. Fiquei atônita, incapaz de acreditar na magnitude da ofensa perpetrada por um elfo de sangue ao macular nossa mesa.

A cena que se desenrolou diante de meus olhos não poderia ser ignorada, pois era tão grotesca quanto inesperada. O elfo de sangue, em sua tentativa calculada de persuasão, feriu-se deliberadamente, deixando algumas gotas de seu sangue escorrerem sobre o cálice, naquele momento a ponte para o dialogo se quebrava. Tentei conter minha reação, lutando contra uma onda de impulsos furiosos, mas, no final, tudo o que permeava minha mente era um misto avassalador de repulsa e raiva. Não conseguia compreender o que aquele homem pretendia com sua ação, mas senti-me profundamente ofendida ao vê-lo exibir seu sangue daquela maneira em plena mesa de jantar.  - Man aní veren lavadriel danna híriel hin adh aglar?! ( Quem lhe deu autorização para expor seu sangue desta forma?!) - Questionei imediatamente, com o tom carregado de agressividade, levantando-me da mesa.

Uma segunda interrupção rompeu a atmosfera festiva do salão. Um soldado, visivelmente exausto, irrompeu pelas portas de ouro, o suor escorria por seu rosto enquanto ele erguia seu elmo, revelando uma expressão de preocupação e aflição.

- Arwen! (Imperatriz!) - Disse ele com uma voz tensa. - Gwaith düath o nin syltha leithiau i'w gilydd ar y ffin gogleddol, ger tirion Duw Eldarion! (Um exército inimigo está se mobilizando na fronteira norte, próximo às terras do Duque Eldarion!) - Seu anúncio ecoou pelo salão como uma bomba para os ouvidos de todos os convidados, extinguindo instantaneamente a música e o espírito festivo que antes enchiam o ambiente.

Após absorver o alerta, permaneci inerte por alguns instantes, meu rosto exibia uma expressão neutra, como se tentasse processar a gravidade da situação. Então, como se atingida por uma onda de histeria, irrompi em gargalhadas estridentes que ecoaram pelo salão. - Eneth síla (Mas é claro) - Disse entre risadas,   - Pân iaur o dor-edraith, pân iauthreg gwain Mana (Todos eles desejam nossa ruína, todos os inimigos da nossa Senhora Mana.) - As palavras escaparam de meus lábios com uma ironia amarga.

Num movimento repentino, dei as costas à mesa, ainda envolta pela histeria que se transformava rapidamente em seriedade.   - Anann Ithron gwaith gwain caro (O Estado élfico espera que cada um cumpra com o seu dever) - Proclamei com firmeza, enquanto me apressava em direção aos meus aposentos, consciente da incursão iminente que exigiria minha preparação.

Ao adentrar o quarto, deixei os saltos de lado e me troquei para algo mais apropriado. Dirigi-me à varanda, ansiosa por uma visão do território, na esperança de detectar o inimigo, mas eles estavam distantes. Concentrei-me e invoquei um ''Gwain an Estel". A pequena criatura alçou voo ao redor da Torre do Ouro Branco, mas não conseguiu localizar o inimigo a essa distância.

Foi então que me lembrei do mapa mágico, cujo  estava cuidadosamente sobreposto na mesa estratégica do conselho. Dirigi-me a ele com pressa, desenrolando-o rapidamente para aproveitar suas propriedades mágicas e obter uma visão detalhada da situação. Diante de mim, um panorama em duas dimensões de todo o território se revelava, permitindo-me, ao tocar o papel, aproximar-me das forças inimigas que se reuniam, identificando-as com clareza, só então me dando conta do tamanho da operação que estava sendo deflagrada sobre a Aldmeri Dominion.

Com o indicador, tracei os contornos de todos os quartéis-generais e cidades do império, estabelecendo uma ligação direta com a Torre do Ouro Branco. - Manadh nostaed annaidrim, tithen i orchellon na dhunnanor thôr [...] (Está decretado a mobilização total, há inimigos na fronteira norte [...]) - Anunciei através da conexão, atualizando em tempo real a movimentação do inimigo na fronteira e organizando a mobilização com todas as autoridades responsáveis, controlando o fluxo de informações e as repassando, especialmente com Elenathria, que inevitavelmente estabeleceria a linha de contato como principal alvo da invasão, anunciando o reforço de 1,000 soldados imediatamente contratados.

 
considerações para a aval:






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Mensagem por Fingolfin Qua Fev 14, 2024 8:50 pm





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O pequeno embate verbal naquela mesa fez com que a atenção do Marquês fosse voltada unicamente para tal cenário, afinal, ali haviam dois extremos de ideias bem… parecidas.

O Isil permaneceu inerte enquanto Eldarion praguejava suas ideias e, talvez, necessidades. Enquanto a contraparte élfica se mantinha firme em suas ideias, afinal, Ayrenn claramente não era alguém que se dobraria tão fácil assim. De certo modo, para Finn ambas as argumentações faziam sentido em suas próprias realidades, no entanto, não era tão fácil para alguém enraizado de tal maneira ver as palavras de Eldarion com bons olhos.

O suspiro pesado indicava seu desconforto com tal cenário, já que nutria um apreço pelo rapaz e sua filha, mesmo que eles não fossem de casta pura como a dele, mas, o homem partilhava dos mesmos ideais que Ayrenn em acreditar que por carregarem uma parcela de sangue élfico, eram tão dignos quanto. Claro, Finngolfin sabia que sua Imperatriz jamais permitiria uma igualdade tão intrínseca quanto a contraparte almejava e aquilo certamente não acabaria bem.

Seu tronco moveu-se para frente e seus lábios deslocaram-se, no breve tempo em que sua mente raciocinava toda falácia prestes a ser liberada, seus olhos observaram ações que, por um momento, fizeram-no parar no espaço-tempo. Eldarion estava cortando seu próprio corpo para, de alguma maneira, provar seu ponto… mas, Ayrenn jamais permitiria que tal ação saísse impune, pelo menos, não em circunstâncias normais.

O sangue fez com que um ligeiro sentimento de repulsa percorresse seu corpo, muito pelos ensinamentos e a vida que teve nessa nova oportunidade. Sua mente lhe fez rememorar cenas tão antigas quanto a própria história, momentos da sua outra vida. Seus punhos se cerraram em um movimento natural, afinal, parte da sua mente indicava que aquela figura era, naturalmente, um inimigo.

O suspiro pesado novamente deu suas caras naquela cena, enquanto seu corpo colocava-se de pé em uma resposta sinergia ao movimento de Ayrenn - Isso foi deselegante, Eldarion. - Suas palavras denotavam o desconforto e desgosto por tal cena, principalmente por todo revés rogado em sua direção anos atrás.

De qualquer forma, Finn estava pronto para fazer juz ao seu papel naquele cenário.

Entretanto, o destino parecia querer guiar aquele embate para um rumo diferente.

- Um ataque? - Murmurou ao ouvir as palavras do soldado, observando em seguida as ações da imperatriz que colocou aquele momento de dificuldade acima de qualquer ação que normalmente viria da sua parte.

E assim, Finn também seguiu.

Sem falar ou se despedir o Marquês retirou-se do cenário em passos céleres, seu destino? O epicentro de todo aquele caos.


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Mensagem por Douglas o Pena Qui Fev 15, 2024 4:23 pm






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Griffin

O tenso embate entre Eldarion e Ayrenn deixou o ambiente eletricamente carregado. Griffin observava silenciosamente, sua postura elegante não revelando a tempestade de pensamentos que se desenrolavam em sua mente afiada. A troca de palavras intensas entre os dois elfos revelava não apenas divergências ideológicas, mas uma tensão palpável que permeava o ambiente.

Enquanto Eldarion realizava sua ação dramática, cortando-se para ilustrar seu ponto, Griffin permanecia impassível, embora seus olhos se estreitassem ligeiramente. Aquilo, sem dúvida, seria um ponto de discussão nas sombras do reino.

Finn, o Marquês, demonstrou desconforto visível com a cena, e Griffin viu uma oportunidade de inserir-se na conversa, trazendo uma perspectiva equilibrada e, talvez, oferecendo um direcionamento mais pragmático.

Com um movimento suave, Griffin avançou, suas vestes escuras parecendo absorver a luz ao seu redor.

Compreendo que a situação tenha se tornado um tanto... desafiadora. - Griffin falou com calma, escolhendo suas palavras com precisão. - Talvez esse não seja o local exato para termos esse tipo de discussão.. Griffin então direcionou seu olhar para Ayrenn, mostrando respeito, mas também uma determinação sutil.

___\\___

Majestade, sei que nossas opiniões podem divergir, mas neste momento, a união e ação coordenada são vitais para a segurança do reino. Podemos discutir nossas visões mais profundamente posteriormente, mas agora devemos considerar estratégias conjuntas para enfrentar essa ameaça iminente. falava após ouvir as noticias que tinha aparecido.

Enquanto falava, Griffin mantinha uma postura de cortesia, mas seus olhos revelavam a intensidade de sua convicção. Ele estava disposto a contribuir com suas habilidades e conhecimentos para garantir a proteção de todo o reino elfico.

Após a intensa discussão e o decreto da Imperatriz para a mobilização imediata das tropas, Griffin e Elara trocaram olhares significativos. Sem proferir uma única palavra, eles se dissolveram nas sombras, desvanecendo-se da presença da corte e deslizando de volta para o território sob a jurisdição do Mestre da Informação.

No domínio sombrio de Griffin, ambos emergiram em um ponto estratégico, onde os contornos da escuridão cediam lugar à sua presença. Griffin ergueu a mão, fazendo um sinal para que os membros de sua sombria guarda se reunissem ao seu redor.

O jogo agora exige nossas peças em movimento. - Griffin murmurou, sua voz uma sombra entre as sombras. - Preparem as tropas, informem os espiões. Nossas fronteiras podem não estar diretamente sob ataque, mas precisamos estar um passo à frente.

Elara, ao lado de Griffin, assentiu silenciosamente, sua expressão revelando uma determinação igual à do seu líder. O Marquesado da Sombra Silente movia-se nas sombras com uma eficiência letal. Tropas começaram a se reunir, mensagens cifradas foram enviadas aos espiões nos confins do reino, e as engrenagens do domínio sombrio giraram em preparação para os desafios iminentes.

Griffin, com um olhar firme, focou-se em seu papel como Mestre da Informação, determinado a não apenas proteger seu território, mas a influenciar os eventos que se desenrolavam no palco maior da intriga política elfica.

Elara, vai contratar 1000 soldados e manda para a frente da batalha junto com o exercito da imperatriz.

Ao ouvi o decreto de seu mestre Elara sumiu nas sombras após se reverenciar com respeito a Griffin.



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Post: 06


Última edição por Douglas o Pena em Qui Fev 15, 2024 7:04 pm, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Tomita Qui Fev 15, 2024 4:32 pm

A Nascente do Império  Post: 06



| Eldarion Elen Estelmir |
| Lúthien Elen Estelmir |

Às vezes eu me pego pensando: Será que vale a pena tanto esforço? Meus olhos violeta observavam a imperatriz e sua expressão. Nojo, repulsa, aversão ao ver apenas algumas gotas de sangue escorrerem por entre meus dedos e cair sobre aquele cálice. Eu fiquei boquiaberto quando ela se levantou da mesa, para logo em seguida ouvir Finn dizer que aquilo tudo era deselegante. Pisquei algumas vezes, tentando localizar em minha mente a onde que a experiência de uma teoria científica poderia ser ‘’deselegante’’ para eles… Ah sim, eu era ‘’impuro’’ em seus olhos… Uma criatura conveniente que se sentava a mesa, mas que não era, e nunca seria, igual a eles…

- Perdão… Majestade. Não foi minha intenção ofendê-la. - Disse em um tom mais brando, abaixando a minha cabeça por vergonha e constrangimento por alguns instantes. Sobre minha capa, a mão esquerda se apertava em punho. A raiva e a humilhação que eu tinha de passar apenas por ser considerado daquela maneira, isso me corroía por dentro. A cada dia, hora, minuto que fosse, essa ideia sobre nós elfos de sangue, deveria deixar de existir e minha luta constante era para que isso um dia fosse mais do que simples palavras ao vento para olhares e mentes ignorantes.

O clima só mudou quando um soldado interrompeu a festa. Parando todos para olharem para si. A mensagem era clara, algo estava acontecendo em Elenathria. Eu me levantei da cadeira e pude ver Lúthien correndo em minha direção. - Papai! - Ela agarrou a minha cintura e logo vi Aryenn e Finn saírem de perto da mesa. Invasores? Guerra… Justo agora? Eu soltei um leve sorriso de canto e um suspiro. A ironia do destino aflorava mais uma vez na minha vida. - P-Papai? - A voz de Lúthien era receosa.

- Está tudo bem Lúthien… Papai vai resolver o problema, você fique aqui e espere pelo meu retorno. Cuide para que todos fiquem confortáveis e se proteja. - Me abaixei para dar um suave beijinho sobre a testa dela. - Vai ficar tudo bem, pequena… -

- Não se machuque papai… Volte pra casa inteiro, ta bem? - O olhar dengoso dela me fez dar um leve sorriso tranquilizador. - Eu te prometo. - Eu disse para ela antes de um último abraço apertado. Os nobres que antes estavam observando minha filha como hienas famintas agora se tremiam de medo por conta do ataque. Quando soltei Lúthien de meus braços, minha postura mudou para uma mais firme. - Preciso de um Wyvern, agora! - Gritei para um dos guardas que logo acenou com a cabeça. Teria de voar um pouco para chegar em Elenathria. Que a deusa proteja o nosso povo.

- Mande um mensageiro para Ionad Emynor, peça para que os civis sejam levados para lá, quero todos os magos prontos para a batalha e para defender a universidade… Especialmente a Orch Fëanor, os quero na linha de frente, comigo. - Eu disse para um outro soldado. Mensageiros de guerra eram importantes naquele momento, quanto mais rápido nós mobilizarmos, mais rápido voltaríamos ao teatro de máscaras e mentiras da corte…

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