~Ilha de Razrushennyy

O lar dos reerguidos carrega consigo boa parte do motivo do arquipélago possuir o nome “ruidoso” consigo. Se nos demais, o som tão presente vem dos vulcões, terremotos e grandes redemoinhos pela orla das ilhas, aqui, sem perder esta parte a sinfonia incômoda se une à um número grandioso de bestas gigantescas e o som constante de batalhas que vem destas atormentadas por mal conseguirem morrer.

Um miasma negro emana de um conjunto de quatro grandes vulcões ao centro, sendo seu entorno e as encostas formadas toda no completo o ninho para o dragão reanimado que ali habita. Ao redor, apenas pela influência de sua magia aqueles que já detém o sangue dracônico como draconídeos ou mesmo wyverns e outras criaturas derivadas acabam por, demonstrando certo nível de poder, sendo revividos como algo que não está exatamente vivo ou morto, retornando à uma batalha sem propósito que sempre compõem o aspecto sonoro daquele ambiente.

O ar é igualmente poluído, com um mau cheiro pútrido das feras dilaceradas e reanimadas que diferente dos draconídeos não se regeneram ao serem reanimados e acabam por exalar o odor de seus órgãos expostos semi mortos. Além disso, com o enxofre e o miasma aqui, é difícil enxergar muito longe.

Um aspecto curioso dentre os residentes é que como suas asas são criadas e não nascidas para boa parte deles, não é incomum vendo-os montar wyverns, vivos ou reanimados, como forma de locomoção ou batalha enquanto na maioria das outras ilhas onde asas são aspectos comuns eles tratam essas criaturas muitas vezes apenas como pets, “cachorros” um pouco maiores que tem um certo vínculo com eles por ambos descenderem da mesma origem.

Além disso, apesar de haver apenas uma única posição de prestígio além do dragão em si liderando o lugar, cada draconídeo ali é particularmente muito poderoso, visto que eles são escolhidos pelo dragão em si por serem capazes de colocá-lo em um frenesi de batalha suficiente para que se sinta vivo de novo.


Azaskriel: A mulher que já era um draconídeo antes mesmo de ir até aquela ilha não foi até ali buscar algum tipo de redenção ou poder, ela buscou encontrar a sua própria morte depois de falhar em encontrá-la algumas vezes. Uma elemental do fogo, em suas viagens explorando o mundo eventualmente apaixonou-se por um rei humano ainda que este escondesse seus vínculos com ela por sua natureza.

Inicialmente, ela não se importava, mas, quando os anos passaram e a vida tão efêmera daquele homem se foi, com tudo sempre feito em completo sigilo de ambas as partes, tudo que sobrou foi apenas o vazio de uma história que às vezes nem parecia real. Seus olhos observavam de longe aquele castelo por onde espreitava de forma atônita até que por fim reviu a figura de seu amado, mas, não era ele, era seu filho. Ele a temeu, a chamou de louca e abominou a sua existência hedionda a caçando por um tempo.

Ela por outro lado era apenas poderosa de mais, se não por seus interesses, ela provavelmente poderia disputar de frente com Eliza ou Drarkius facilmente pela posição na távola e possivelmente vencê-los, mas, ainda assim, ela não teve coragem de matar a prole de seu amado, ainda que ela não tenha sido a mãe. Ela buscou a morte enfrentando Dowmi, mas, ao invés disso, o dragão se impressionou como um ser humanoide menor conseguiu enfrentá-lo quase de igual pra igual, tornando-a reanimada por seu poder e ainda mais poderosa. Talvez, a criatura mais poderosa depois dos dragões em todo arquipélago, com suas chamas necro esverdeadas e parte das habilidades de uma reanimada e de uma elemental.


Dowmi: Um dragão mórbido com um corpo extremamente alongado, com asas largas um tanto rasgadas com três grandes garras em sua ponta e três caudas longas com pontas que parecem espadas gigantes. Ao longo de toda sua figura há espadas, flechas e lanças fincadas sobre a pele pútrida reanimadas por um mago feérico no passado que, apesar de trazê-lo de volta à vida cometeu um grande erro, pois incapaz de controlar a consciência da criatura quase divina, foi devorado por ela que assumiu as rédeas da própria convocação.

Entre os dragões anciões Dowmi era o mais fraco, e, de certa forma ainda permanece com esses status apesar de ter tornado-se praticamente imortal à este ponto para compensar isto. Seu corpo é apenas uma manifestação, um invólucro pra sua consciência que permanece movendo a si próprio como uma marionete através da necromancia.

Ele é o dragão com maior interação e por isso também tem descrições mais detalhadas de quem o viu. Ele normalmente não mantém sobre controle psíquico aqueles que reanima, até nutrindo um certo apreço misterioso por eles, em especial por Azaskriel cuja forma de lutar sem importar-se com a sua própria vida e seu grande poder lhe deu por um momento a sensação novamente de temer a morte, e, por consequência, se sentir vivo de novo.