[Narrada/Fechada/+18] Psicopato, Fa-fa-fa-fa!

Entre as sombras gotejantes de Addagio, Morthak se movia como uma sinistra raposa, sua figura metamorfa moldando-se às nuances da noite. As luzes fracas dos becos revelavam sua presença fugaz, ora uma raposa branca deslizando silenciosamente, ora um pato travesso deslizando sobre as poças da chuva persistente. A cidade exalava decadência, seus prédios enegrecidos por uma corrupção palpável, e as almas dos transeuntes ecoavam a triste sinfonia do desespero. Os diálogos cortantes, sussurrados nas esquinas, revelavam conspirações e traições, os cidadãos falavam sobre uma performance M-A-T-A-D-O-R-A, com certeza só poderia ser isso! Ainda mais, tudo isso enquanto a música ambiente de um saxofone distante sublinhava a melancolia que permeava cada rua.

Nos telhados enfumaçados de Adaggio, Morthak via a fumaça de um cigarro que ondulava pelo ar enquanto ele examinava uma pedra em sua mão, não era nada demais, infelizmente. Flashbacks fugazes de roubos bem-sucedidos obscureciam sua mente, enquanto ele mergulhava mais fundo nas suas melhores experiências do passado.

Era quando o Kitsune olhava para cima que percebia que o clima estava agradável, porém bem mais frio, o inverno havia chego no continente mais cedo do que pensava. – Hora de tomar um cafezinho. – Com a intenção de ser o mais silencioso possível, a raposa descia silenciosamente do telhado, transformando-se em meio as sombras em uma figura de cabelos longos e baixa estatura. Os olhos verdes marcantes mostravam uma certa determinação, era a aparência que agradava o misterioso Morthak naquela noite em Adaggio.

Ele não estava na ilha tempo suficiente para ter arrumado confusão e por isso não sabia onde poderia ter um ambiente aberto para tomar um café naquela ilha habitada por familiares de Canticum, porém sabia que se seguisse o som o bastante, chegaria a algum lugar.

A intenção dele era abrir a porta calmamente e sentar-se em uma mesa, seu primeiro pedido, um café. – Me vê um café, por favor. Se tiver uns biscoitos para acompanhar eu também aceito. – Seu dinheiro já foi há muito tempo, porém alguns trocos em seu bolso seriam o suficiente para pagar. Quer dizer, não que essa fosse a sua verdadeira intenção já que sair pela porta era um jeito muito mais barato... É... provavelmente seria por esse caminho que ele já pensava.

- Onde que eu deixei o maldito do Mak Dankhraiser mesmo? – Antes eles tinham se separado para fazer alguma coisa, Morthak obviamente se distraiu e não lembrava o local que tinham combinado, mas eles se encontrariam uma hora ou outra, eles sempre se encontravam.

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Histórico:

Ganhos/Perdas:

Objetivos:

Morthak era pego de surpresa, seus olhos encaravam aquele café sendo moído na hora e todos os seus pensamentos de que aquela era uma ilha historicamente ultrapassada caiam por abaixo, o moedor fazendo aquele trabalho passando o café fresquinho e gostoso, era incrível! E claramente um alvo para que ele roubasse e por isso era possível ver os olhos do Kitsune passando a ficarem dourados para analisar bem o objeto e seu valor.

- Ô senhor! Esse teu moedor aí, tem mais um? - Os olhos de Morthak começavam a estudar as possibilidades de como ele poderia roubar aquele objeto fascinante, quem não queria ter um moedor de café para moê-lo na hora?! Porra, seria ótimo!

Com uma boa golada naquele café sem açúcar e uma mordida em seu biscoito, o jovem conseguia sentir um pedacinho de alegria com o sabor magnífico daquela refeição. Aproveitando cada pedacinho e migalha que caia daquele biscoito.

Após se dar por satisfeito, Morthak mantinha na espera de seu fiel escudeiro do qual ele apelidava de “Porrinha” ás vezes por sempre sumir assim de vez em quando. É, isso era um dos defeito de Mak que some do nada ás vezes. Não, não é apenas no fórum, na vida real também. VAGABUNDO!

Voltando a história de nosso querido raposo, após alguns minutos esperando e claramente não vendo seu companheiro por perto (porque a ficha dele ainda não está criada), o jovem cansava de esperar. Olhando para o calvo de cria, ele começava a tomar algumas atitudes. – Aí Senhor! Manda mais um café! Se por algum motivo, o femboy não tivesse finalizado seu café, ele jogaria para trás o que estava restando em sua xícara, esperando chegar mais uma nova para ser moída.

Neste momento, Morthak arrotava e de seu arroto saia uma chama azul que não serviria para nada além de uma distração, suas habilidades como Rogue tornava aquilo mais suscetível ao sucesso já que ele cancelava a sua presença para que no momento que isso acontecesse e distraísse o senhor, o Kitsune se transformaria de imediato em um pato branco de casaco! Sim, está frio, porra! Não viu que é inverno lá fora?

Com maestria e uso de suas habilidades de Prestidigitação e furtividade, o Psicopato colocava seu plano A em ação, tentando rapidamente agarrar o moedor e meter o pé pela janela mais próxima, soltando mais um fogo espiritual na direção da janela e usando das suas patas para aplicar uma voadora na direção dela. Porém, caso não funcionasse, ele colocaria seu plano B em ação, este que era apelidado carinhosamente de “Sebo nas canelas!”

Bom, o plano B não precisava de muita explicação e detalhes, era literalmente o que estava escrito ali mesmo, então não tem para que eu gastar um parágrafo inteiro descrevendo isso. Mas bom, é um fórum de letrinhas...

Morthak usaria de suas habilidades acrobáticas e penas, sim, agora eu tenho penas. Para alçar pequenos vôos com o intuito de ajudar em seu equilíbrio e capacidade de subir em lugares no objetivo de evitar ficar preso em algum beco ou rua sem saída. Quando tivesse a oportunidade ao virar uma esquina e com certa distância, transmogrificaria o objeto em suas mãos em uma caixa de papelão qualquer e se transformaria em uma lixeira com um desenho de pato em grafite, com isso, a caixa ficaria em cima equilibrada e mantendo contato com o raposa. Sim, este era o terrível plano C.

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Histórico:

Ganhos/Perdas:

Objetivos:

Morthak não era o ser mais piedoso e os seus interesses pessoais sempre vinham a frente do que qualquer velhinho de bom coração que apenas queria manter seu negócio vivo com o seu moedor de café servindo um belo líquido preto energizante para seus clientes.

A fuga tinha sido incrível! O velho sequer tinha visto os rastros do pato que agora seria reconhecido pela cidade devido a sua má fama, algo do qual o Psicopato sequer se importava já que sempre que ele se transformasse em um pato para roubar algo era garantido que aquilo daria certo!

Com o moedor de café em mãos, Morthak o transformava em um pequeno chaveiro enquanto assumia uma nova forma humana, estava totalmente diferente da anterior e em vez de se tornar um femboy, se tornava um Johnny Deep falso.

- Ok, isso deu certo. Agora eu deveria ir atrás do meu companheiro, onde será que este se meteu?! - Era por ali que ele começaria a procurar pelo seu querido Mak e o seu paradeiro. Ia andando pelas ruas procurando por alguma confusão ou alguém estivesse comentando algo que chamasse a atenção.

Nesse meio tempo, Morthak rodava seu chaveiro em formato de moedor de café em seu dedo indicador. - Falando nisso, preciso arrumar alguns grãos também. - Mantinha essa atenção no seu objeto sempre o levando consigo e com um sorriso no rosto que seu plano tinha dado certo.

A noite não era nada para o homem, ele se sentia confortável em meio as sombras e era onde as coisas mais incríveis aconteciam. - Abençoada seja Mana por me ceder um pouco de seu poder. - Fazia sua prece, enaltecendo e agradecendo um pouco de sua deusa que sempre o acompanhara em sua jornada.

Ao avistar o seu companheiro lagarto, o homem verificava como estava a situação e se ele estava apenas comendo alguma porcaria ou metido em uma briga besta, de imediato, ele correria na direção e o abraçaria, como se não tivessem se visto há séculos! - Filho da puta! Onde que tu tava?!

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Objetivos:

Morthak conseguia ver seu velho amigo se aquecendo em uma fogueira improvisada a base de papelão e se tremendo de frio, sua imediata reação era a de correr na direção de Dank e em pouco tempo ele chegava, abraçando seu amigo de forma vibrante e forte. – Filho da puta! Levanta daí caralho! - Ele puxava seu amigo que ainda se tremia todo de frio, ô coitado! - Aqui ó! Tava todo preocupado com esse frio que trouxe um moedor de café para te deixar quentinho com uma xícara.

O olhar de Mak era de clara dúvida e quase certeza de que não era nada daquilo, porém o lagarto começava a se aquecer nos braços de seu companheiro que festejava em ver sua presença. - Vamos correr até a pousada mais próxima, precisamos achar um abrigo para nós! - Dank mostrava um sorriso tristonho em seu rosto, ele estava com muito frio para se manter daquela forma.

Nessa ideia, Morthak tirava seu casaco e dava para seu companheiro se proteger enquanto o colocava em suas costas para ir carregando o leve lagarto em direção a pousada mais forte. Nesse meio tempo, Mak que agora estava um pouco mais feliz balançava seus braços e perninhas como uma criança que ganhava um colo. - Tu é muito besta, irmão. - E o Kitsune ria e gargalhava.

O objetivo estava mais claro do que uma luz forte e cegante e era para uma direção aleatória que eles seguiam, tentando encontrar a pousada ou qualquer ambiente que pudesse proporcionar um larzinho quentinho que eles poderiam se abrigar.

Se nesse meio tempo eles encontrassem uma loja de conveniência que pudesse indicar que vendessem grãos de café, isso traria interesse a Morthak que adentraria o ambiente colocando seu companheiro no chão. - Aí chefia, me manda 1kg de grão de café aí! - E pagaria por isso. Incrível, né. Um ladrão que nem sempre rouba as coisas, vê se pode.

Independente de ter comprado os grãos ou não, assim que encontrassem um abrigo/pousada, Morthak adentraria o ambiente. - Me dá um quarto quentinho aí, tá FRIO para CARALHO lá FORA! - E assim colocaria seu companheiro o mais perto de uma lareira para que o sangue dele voltasse a esquentar. - Mas fala aí, onde que diabos você estava? - E veria o lagarto começar a indicar com as mãos por onde ele tinha passado como em um jogo de mímicas.

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A história daquele velho era realmente muito triste a ponto de deixar nosso jogador com remorso e querer deletar o boneco, mas Morthak era travesso e não se arrependia de suas decisões. Ele era um homem que adorava roubar e a adrenalina que isso trazia junto e casualidades não era uma novidade em sua vida de roubos passados e que com certeza inocentes já teriam sofrido em suas mãos.

Para Dank, ele mesmo não entendia muito bem os fatos até que entendia o fato de o moedor de café estar em formato de chaveiro para disfarçar qualquer ligação com o roubo anterior e começava a dar pequenas gargalhadas nas costas de seu companheiro ao perceber.

- Três noites?! Caralho! Que zika! Promoção boa essa! - Morthak comentava. - Me dê apenas um quarto que nós divide a cama, não somos muito pesados. - Complementava o Kitsune esperando apenas pagar o valor pedido.

Ao chegar no quarto após pagar o valor devido, Morthak trancaria a porta, colocando uma cadeira na maçaneta mesmo se houvesse uma tranca para tal função e fecharia as janelas, se é que estivessem abertas. - É, meu lindo. Vamos tirar um sono. - E como o lindo animal que era, a raposa começava a revelar a sua verdadeira forma. Um ser de pelugem branca como a neve tendo apenas uma cauda. Para dormir, Morthak sempre preferia essa forma por lhe proteger melhor do calor.

Ambos se aconchegavam na cama e então dormiam até um pouco mais do nascer do sol onde poderiam se sentir revigorados após um descanso longo e agora um dia com um pouco mais de calor que não influenciaria tão negativamente Mak devido ao seu sangue-frio.

No dia de hoje, o objetivo era ir atrás da tão desejada pedra rara que haviam lhe dito quando demonstrou interesse em ir para Adaggio, este era o verdadeiro objetivo daquela ilha-tartaruga. Ao voltar para a forma da qual entrou no estabelecimento, ele arrumava suas coisas e via que o moedor de café tinha voltado para a sua forma original. Nisso, Morthak pegava um lençol reserva que poderia estar pelo quarto e embrulhava o moedor de café, transformando ambos em um chaveiro como se tivesse aquelas bolsas de peregrinos, guardando-os em seu bolso.

- Vamos, Mak, temos muito o que explorar. - Desceria para tomarem seu café da manhã, algo que deveria ser uma cortesia para quem está naquela pousada pelo valor tão caro que pagaram. Comeria do bom e do melhor e tomaria qualquer coisa que pudesse, Dank não seria diferente e claramente fazia um escândalo comendo, batendo sobre a mesa e gargalhando como um crocodilo gargalha, sim, inventa aí! <3

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