[NARRADA/FECHADA/+18] Blood and Music for Hire

Sua jornada em busca do Heavy Metal mais Metal, lhe levou até lugares jamais imaginados. A trilha seguia no Vale dos Ogros que continha diversos desafios dos mais distintos. Todavia, levar o rock aos ouvidos dos mais necessitados era uma missão extremamente difícil. Como converter ouvidos pagãos que ouviam funk? Complicado, né.

Contudo, "impossível" não é uma palavra para o destemido Riku Metallicum que iria até os confins do mundo para pregar as notas do rock'n'roll.

A peregrinação o levou até o vilarejo Plank, um lugar em meio todo aquele pântano na qual vivia diversos ogros. O clima úmido da região e o cheiro de lama se faziam presente. A grama era um pouco alta e sem cuidados. Não havia pontos coloridos para enfeitar o ambiente que viajava. Tudo culminava em um cenário sem contraste e meio depressivo. Estranho pensar que alguns viviam felizes num lugar tão inóspito como aquele.

Você caminhou se aproximando do local, atento a cada presença por ali. Não havia muralhas, portanto sua presença só foi notada quando se aproximou o suficiente para ser visto entrando no lugar. Alguns ogros lhe olhavam torto, não era habitual ter um Lizardman nas redondezas.

"O que ele faz aqui." — pensaram alguns ogros observando de longe o enigmático lagarto.

Mais ao lado, algumas crianças brincando paravam de correr ao perceber o imenso reptiliano invadir a aldeia. Um sentimento de medo e dúvida consumiam a mente de todos que aos pouco tinham sua atenção voltada para o forasteiro.

— Quem vem lá? — Bradou um ogro barrigudo e forte. Seu tacape em mãos dizia que ele cuidava da segurança.

Considerações

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Seu jeito estranho e peculiar ia chamando mais olhos curiosos. Quando as cordas da guitarra soaram, quem não estava dando atenção, parou para observar. Alguns arregalavam os olhos ao ouvir aquelas notas, já outros abriam um sorriso. Um velho com deficiência visual mais ao canto sentado em uma cadeira, curtia o som singular vindo do lagarto.

— Satar? Isso me parece ser bem longe. — Disse o ogro sem saber realmente a dimensão da distância.

Entretanto, suas palavras seguintes foram infelizes. O ogro que já estava com o tacape em mãos, apenas precisou ficar em guarda com a arma erguida pronta para descer contra ti na mera resposta errada.

— Um criminoso! O que planeja em nossa aldeia, forasteiro? Escolha muito bem suas palavras, ou essa conversa fiada vai realmente se tornar uma lenda.

As crianças se surpreendiam com o que podia acontecer, e se afastam. A multidão ficava apreensiva. Será que teriam problemas com aquele desconhecido? Seja como for, era uma aldeia contra um viajante. Entretanto, para sorte de Riku, o guarda lhe deu o benefício da resposta.

Considerações

Adendo: Um pântano não é um lugar mal cheiroso. É só um ecossistema formado por águas paradas e pouco profundas chamadas zonas úmidas. Além de ser um lugar predominantemente quente, algo que agrada a raça Lizardman. Leve isso em consideração.

Ele pode desagradar seus olhos, mas é confortável pra ti kkk

Você dedilhava no instrumento, exibindo toda sua habilidade musical. Entretanto, o guarda não perdia sua concentração. Afinal, podia ser uma forma de distrai-lo.

Suas palavras soavam melodicamente a quem ouvisse. A figura lagartiana era compreensivelmente estranha para os ogros, porém, era divertido, ao menos para as crianças que soltavam gargalhadas com o que elas não entendiam.

Aos poucos o ogro foi sendo convencido. Entendeu mal alguma coisa? Possivelmente.

— Trabalho, hã? Entendi. — O sujeito relaxava um pouco e tentava lhe dar um destino. — Não sei como forasteiros conseguem viver desse jeito, mas alguns conseguem encontrar serviços na taverna local. Fica naquela direção.

O homem indicava um caminho e nada mais. Ao que parecia, sua entrada no vilarejo estava previamente permitida.

— Só não vá causar confusão. — Disse antes de virar as costas e se retirar.

Considerações

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Você seguiu seu caminho rumo a taverna na qual foi indicado para tentar conseguir algum trabalho vinculado ao seu ramo.

Ao chegar, por fora não se dava para ver direito o interior do recinto, mas ao atravessar a passagem e seus olhos aos poucos se acostumar ao novo ambiente e sua falta de luminosidade, notou que havia diversos ogros bebendo por ali. Até mesmo uma ou outra pessoa de origens diferentes dos nativos da região.

Assim que falou com o barman, a principio ele não falou nada. Continuou enxugando com seu pano sujo, os copos que haviam atrás do balcão que foram recém usados. Lavar com água? Que tipo de idiota desperdiçaria água com isso?

Sua questão foi lançada e recebida com um olhar frio e sério do sujeito que manteve sua sequência de unidades sendo secas.

— Se precisa de algo, tente ali naquele quadro. — Disse o ogro com voz grossa e gutural. Perfeito para um backing vocal.

Isso lhe chamava atenção. Mas seria suficiente para uma resenha antes de olhar os possíveis serviços?

Considerações

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