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[Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
2 participantes
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Satar :: Região de Anantabarpha :: Ponta Nevada
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[Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
Não-me-Esqueça
Ventos Mornos
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Sartur
— Localidade: Ponta Nevada
— Descrição:
— Tipo de aventura: Narrada
— Aviso: Conteúdo delicado que pode vir a acontecer na aventura. Ex: Álcool, Linguagem Explícita, Conteúdo sensível e Violência
— Pessoas envolvidas: Sartur
— Localidade: Ponta Nevada
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— Tipo de aventura: Narrada
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Spare Kin- Créditos : 12
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Data de inscrição : 21/03/2024
Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
Ponta Nevada era uma subida. Suas casas, lojas, alojamentos, baias e demais localidades era tudo naquele pico, porém o ambiente todo era útil para o jarl, já que até a parte inferior, no desfiladeiro, havia uma prisão. Estava em sua base, tinha que "escalar" tudo. Olhou para cima e sentiu uma fúria em seu âmago, pois era como se estivesse fazendo uma prova, uma ascendência até os pés de seu guardião deus-rei, sentado em seu trono e protegido em seu castelo. Mostrou as presas para os mendigos e boêmios que o olhassem, mas não haveria outra forma de se comunicar com o líder local.
Deveria ser final de madrugada, o Sol raiaria em instantes, ainda mais quando os degelos começavam, indicando o fim do inverno e ventos não tão frios vinham de locais mais abençoados e menos esquecidos. Não haviam luzes nas janelas, tão pouco almas acordadas, exceto pelas patrulhas de soldados, que por gerações, poderiam reconhecê-lo ou não. Teria uma ficha sua durante os tempos no Ninho do Corvo? Seria dado como morto após sua queda? Dumat o quisera, mas ainda haviam assuntos inacabados e ela respeitaria tão quanto qualquer outro deus poderia se render ou entreter-se com o destino.
As orbes no decorrer do corpo não pareciam orgânicas e sim, mecânicas, pois se abriam da mesma forma que uma janela se fecha ao deixar pelo feito da gravidade. Os ventos ainda eram gélidos, ainda mais em um período noturno. Melhor seria evitar os guardas, porém não queria parecer um monstro rastejante que invade a cidade, então mesmo à distância, a silhueta poderia ser chamativa de um bicho papão para uma criança, porém esperaria bravura de um soldado do jarl. Não queria mostrar hostilidade, porém talvez fosse melhor deixar os raios oculares à postos, mas sem a intenção de machucá-los e sim, que o brilho mostrasse o corpo que vinha. Abaixou a cabeça e esticou bem as patas enfileiradas, parando no meio do caminho como um animal doméstico que recebe o dono.
- Filhos do jarl, guardiões da noite, peço a sua passagem e segurança até o seu senhor. Meus assuntos são urgentes e a noite é rala. - Ergueria a cabeça, colocando duas patas de apoio em frente ao peito na medida em que seus olhos abririam, brilhosos, tal qual flores desabrocham. Havendo a distância deles para Sartur, respeitaria seu espaço pessoal, mas mostraria que tinha pressa e após a polidez necessária com as palavras, esperava apenas uma resposta positiva dos mesmos, mas se não, sua primeira reação seria de mostrar as presas e o olho que ficava na repartição da língua se abriria lentamente, parecendo até doente, fraco em sua única ação. - Ele não me espera, mas me conhece de seus anos passados, da criação de sua comunidade. Suas pedras são tão minhas quanto de seu povo. Façam passagem e verão, que logo minha presença não será mais de sua atenção, mesmo que minha figura permaneça em suas mentes, asseguro que não terão problemas. - Dava um passo para a frente, impondo suas palavras.
Deveria ser final de madrugada, o Sol raiaria em instantes, ainda mais quando os degelos começavam, indicando o fim do inverno e ventos não tão frios vinham de locais mais abençoados e menos esquecidos. Não haviam luzes nas janelas, tão pouco almas acordadas, exceto pelas patrulhas de soldados, que por gerações, poderiam reconhecê-lo ou não. Teria uma ficha sua durante os tempos no Ninho do Corvo? Seria dado como morto após sua queda? Dumat o quisera, mas ainda haviam assuntos inacabados e ela respeitaria tão quanto qualquer outro deus poderia se render ou entreter-se com o destino.
As orbes no decorrer do corpo não pareciam orgânicas e sim, mecânicas, pois se abriam da mesma forma que uma janela se fecha ao deixar pelo feito da gravidade. Os ventos ainda eram gélidos, ainda mais em um período noturno. Melhor seria evitar os guardas, porém não queria parecer um monstro rastejante que invade a cidade, então mesmo à distância, a silhueta poderia ser chamativa de um bicho papão para uma criança, porém esperaria bravura de um soldado do jarl. Não queria mostrar hostilidade, porém talvez fosse melhor deixar os raios oculares à postos, mas sem a intenção de machucá-los e sim, que o brilho mostrasse o corpo que vinha. Abaixou a cabeça e esticou bem as patas enfileiradas, parando no meio do caminho como um animal doméstico que recebe o dono.
- Filhos do jarl, guardiões da noite, peço a sua passagem e segurança até o seu senhor. Meus assuntos são urgentes e a noite é rala. - Ergueria a cabeça, colocando duas patas de apoio em frente ao peito na medida em que seus olhos abririam, brilhosos, tal qual flores desabrocham. Havendo a distância deles para Sartur, respeitaria seu espaço pessoal, mas mostraria que tinha pressa e após a polidez necessária com as palavras, esperava apenas uma resposta positiva dos mesmos, mas se não, sua primeira reação seria de mostrar as presas e o olho que ficava na repartição da língua se abriria lentamente, parecendo até doente, fraco em sua única ação. - Ele não me espera, mas me conhece de seus anos passados, da criação de sua comunidade. Suas pedras são tão minhas quanto de seu povo. Façam passagem e verão, que logo minha presença não será mais de sua atenção, mesmo que minha figura permaneça em suas mentes, asseguro que não terão problemas. - Dava um passo para a frente, impondo suas palavras.
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Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
E tem Cem Olhos
Post 01
Apesar de ser primavera, Ponta nevada era um reino congelado, claro, o frio não era como do interior de Skraev, mas ainda assim, um lugar muito gelado gelado. Conforme caminhava, a criatura podia notar os olhares das pessoas sobre ele, mas mesmo assim estava um alvoroço, pessoas indo de um lado para o outro, soldados guiando um monte de gente por um caminho seguro. Talvez essa fosse parte da razão de ele ainda não estar preso denovo.
Além disso, vez ou outra explosões eram ouvidas vindas da direção das muralhas, estavam aparentemente sob ataque. O rapaz até mesmo chegou aonde queria, entretanto fora recebido por dois lanceiros que apontaram as lanças com velocidade na altura de sua barriga dizendo.-Alto lá, estamos em estado de crise, não precisamos de problemas agora, se retire!!-E conforme a criatura falava o soldado franziu a testa.
Ele estava incomodado com aquela presença, mas não o atacava ainda, ele parecia reconhecer de alguma forma a criatura dos muitos olhos, e evitou o confronto por uma ultima vez.-O Jarl não está aqui, está ocupado, estamos em Guerra, sinto muito, não há tempo para problemas menores, peço mais uma vez que retire-se, ou terei de lhe escoltar para fora?-Disse ele segurando a lança firme. Seu olhar refletia indignação.
O guarda definitivamente não acreditava que em pleno ataque a cidade, teria de lidar com algo assim ainda, só podia ser brincadeira, tudo isso junto da TPM da esposa dele, o homem já estava de zovo virado, agora, ainda mais uma dessa para lidar, pra ele o que esse zouido queria tava mole. Já o outro guarda tava com uma cara relaxada, parecia tá nem aí, o mundo acabando do lado dele e ele nada, só apontava a lança no automático.
Ganhos: N/A
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Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
Era quase como uma carpa em meio ao riacho, desviando dos demais peixes e subindo a cachoeira sem se importar com pedras ou turbulências. Os problemas deles não eram os seus. Seu único objetivo era encontrar-se com o jarl, que tivera o que quis, mas não honrou sua parte do trato e que mesmo após um ano de fúria, agora estava mais racional e calmo, mas ainda rancoroso e com um sentimento pesado de perda e injustiça.
- O jarl não está aqui...? - Falava fracamente. - O jarl não está aqui. - Concordava consigo, falando normalmente, mas logo todos seus olhos brilham em fúria. - O JARL NÃO ESTÁ AQUI?! AQUI É O SEU REINO! - Vociferava mostrando os dentes e as orbes se arregalavam, mas logo recuava para não demonstrar hostilidades (além da que já houvera feito) e retirar a ponta de lança de seu ventre sem ter que fisicamente removê-la das mãos dos soldados. - Seu general está aonde? Em guerra nas fronteiras como houveram anos atrás? Quem protege o seu povo? Vocês? - Batia com as duas patas dianteiras na neve em sua frente e abaixando a cabeça apenas para pegar impulso, ficava apoiado nas quatro traseiras e deixava as outras duas suspensas enquanto alcançava tamanho superior aos dos homens. - Dois guardas, abandonados a cuidar de um castelo vazio? Um trono sem dono? Mas há... Eu sei que há um dono... A quem, me digam, apenas dois de vocês estão guardando, ou a resposta não é "quem" e sim, o quê? Reduzidos a cuidar de madeira e pedras enquanto seus colegas mais competentes enfrentam o que quer que está batendo em suas portas! Seu rei tem negócios a tratar comigo, eu deveria ser esperado! Se ele não está, me dê o segundo em comando! Não sairei daqui enquanto eu não tiver o que quero. - Observava a lança deles enquanto fechava quase todos os olhos, deixando apenas o da língua aberto, analisando a textura do objeto. Suas palavras até agora foram cuspidas como veneno em meio a passivo-agressividade, porém agora, parecia mais calmo. - Aguardarei com vocês até que seu dono apareça. Seus inimigos estão lá fora, não precisam de mais um em sua frente. Ou querem me escoltar para fora? Em meio a vaidades, orgulhos ou honras, patriotismo com essa estaca de gelo, evitar problemas dentro de seu campo é o que querem, afinal, vocês já não tem o suficiente? - Fechava a boca, mas ao invés de ficar cego, a ponta da cauda balançava, abrindo três olhos de onde simulava ser um ferrão, observando cada um dos soldados em sua frente e sua retaguarda, pois por mais que não aparentasse, estava bem curioso com o que ocorria na fronteira.
A boa verdade é que não tinha muita força física, a perdera durante seus anos no Ninho dos Corvos, sobrando apenas seus parcos conhecimentos sobre magia, algo que não era bem vinda naquele ambiente, portanto, estava evitando ao máximo de usar qualquer coisa, mesmo que para intimidá-los para forçar sua entrada. Não iria correr esse risco e ser levado pela sua mera fúria, tentaria ao máximo ser racional e "falar" sua entrada, demorasse o tempo que fosse necessário, impedindo que aqueles guardas fizessem outros deveres enquanto estava na mesma posição que eles como um lembrete teimoso do que gostaria que fosse feito enquanto evitava o toque das lanças em seu corpo.
Juntaria as seis patas e se aninharia em meio à neve mesmo, na frente deles e numa distância segura, tentando se manter o mais junto possível para segurar o calor, este que fora gerado durante a subida, mas que agora, com o corpo parado, iria sentir os efeitos muito mais rapidamente, então precisava se preservar o tempo que fosse necessário, mas com a cauda o tempo todo observando-os de cima. Por sorte não nevava.
- O jarl não está aqui...? - Falava fracamente. - O jarl não está aqui. - Concordava consigo, falando normalmente, mas logo todos seus olhos brilham em fúria. - O JARL NÃO ESTÁ AQUI?! AQUI É O SEU REINO! - Vociferava mostrando os dentes e as orbes se arregalavam, mas logo recuava para não demonstrar hostilidades (além da que já houvera feito) e retirar a ponta de lança de seu ventre sem ter que fisicamente removê-la das mãos dos soldados. - Seu general está aonde? Em guerra nas fronteiras como houveram anos atrás? Quem protege o seu povo? Vocês? - Batia com as duas patas dianteiras na neve em sua frente e abaixando a cabeça apenas para pegar impulso, ficava apoiado nas quatro traseiras e deixava as outras duas suspensas enquanto alcançava tamanho superior aos dos homens. - Dois guardas, abandonados a cuidar de um castelo vazio? Um trono sem dono? Mas há... Eu sei que há um dono... A quem, me digam, apenas dois de vocês estão guardando, ou a resposta não é "quem" e sim, o quê? Reduzidos a cuidar de madeira e pedras enquanto seus colegas mais competentes enfrentam o que quer que está batendo em suas portas! Seu rei tem negócios a tratar comigo, eu deveria ser esperado! Se ele não está, me dê o segundo em comando! Não sairei daqui enquanto eu não tiver o que quero. - Observava a lança deles enquanto fechava quase todos os olhos, deixando apenas o da língua aberto, analisando a textura do objeto. Suas palavras até agora foram cuspidas como veneno em meio a passivo-agressividade, porém agora, parecia mais calmo. - Aguardarei com vocês até que seu dono apareça. Seus inimigos estão lá fora, não precisam de mais um em sua frente. Ou querem me escoltar para fora? Em meio a vaidades, orgulhos ou honras, patriotismo com essa estaca de gelo, evitar problemas dentro de seu campo é o que querem, afinal, vocês já não tem o suficiente? - Fechava a boca, mas ao invés de ficar cego, a ponta da cauda balançava, abrindo três olhos de onde simulava ser um ferrão, observando cada um dos soldados em sua frente e sua retaguarda, pois por mais que não aparentasse, estava bem curioso com o que ocorria na fronteira.
A boa verdade é que não tinha muita força física, a perdera durante seus anos no Ninho dos Corvos, sobrando apenas seus parcos conhecimentos sobre magia, algo que não era bem vinda naquele ambiente, portanto, estava evitando ao máximo de usar qualquer coisa, mesmo que para intimidá-los para forçar sua entrada. Não iria correr esse risco e ser levado pela sua mera fúria, tentaria ao máximo ser racional e "falar" sua entrada, demorasse o tempo que fosse necessário, impedindo que aqueles guardas fizessem outros deveres enquanto estava na mesma posição que eles como um lembrete teimoso do que gostaria que fosse feito enquanto evitava o toque das lanças em seu corpo.
Juntaria as seis patas e se aninharia em meio à neve mesmo, na frente deles e numa distância segura, tentando se manter o mais junto possível para segurar o calor, este que fora gerado durante a subida, mas que agora, com o corpo parado, iria sentir os efeitos muito mais rapidamente, então precisava se preservar o tempo que fosse necessário, mas com a cauda o tempo todo observando-os de cima. Por sorte não nevava.
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Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
E tem Cem Olhos
Post 02
O Guarda franziu a testa no mesmo momento que ouviu o tom de voz da criatura, ele realmente não sabia por que não tinha dado duas lançadas na barriga daquela coisa.-Não, aqui é uma fortaleza, não “O Reino dele” o reino é muito maior que essa fortaleza, e ele não está nela.-Ele era incapaz de compreender a indignação do Hyakume, criaturas famosas por protegerem lugares de forma exageradamente cautelosa.
Mas também não estava nem aí pra o bicho, pra ser sincero o que mantinha a calma desse cara era imaginar aquela criatura queimando numa fogueira, enquanto as jovens moças dançam em volta de seus restos mortais. Perturbador? Talvez, mas era o que se passava na mente do funcionário público sendo estorvado por terceiros.-Entenda, ninguém tem tempo para perder agora, e não tem ninguém para falar com você aqui.
E o bicho continuou falando e falando, o que fez ele mais uma vez respirar profundamente buscando a calma interior, pra não começar mais uma batalha no meio de uma guerra.-Tudo isso soa como algo que não é problema seu, era só isso?-Conforme acontecia o bicho se encasula lá e ali mesmo se aninhou, em um dia frio como aquele, talvez ele tivesse problemas futuros, mas o guarda não avisou ele.
O barulho nos arredores continuava do lado de fora, o tilintar do aço, os gritos de guerra, as marchas dos soldados estava em grandes formações. Conforme isso, explosões gigantescas atingiam a barreira que protegia a região… Os goblins eram insistentes, entretanto, uma coisa aconteceu que tirou ainda mais a paz das pessoas.
Um dos goblins começara a recitar algo em uma lingua desconhecida, era um goblin mago? Aparentemente sim… -Moln sluter sig och trotsar himlen, med kraften av tusen blixtar, sjunker ner, stjärnförfalskarens åska!- Apesar de em uma língua de fora de Erwood, algo interplanar, era algo que qualquer estudioso, com conhecimento arcano, poderia dizer que… Era uma entonação de magia.
As nuvens do céu ficaram carregadas e um enorme raio caiu no campo de batalha, mas não apenas um, choveram relâmpagos pelo campo de batalha, o barulho era gigantesco, e apenas o som fazia as portas de metal tremerem em barulhos ensurdecedores. A magia era finalizada, e começava a chover após os muitos raios, água caia aos poucos, era uma chuva fina por enquanto. Os guardas mantinham sua posição, e puxavam o capuz.
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Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
Queria muito se fazer de idiota para tentar entender a lógica daquele soldado. Ali era uma fortaleza e o reino era muito maior... Então o jarl não comandava tudo por Ponta Nevada? Além da tundra e dos pinheiros brancos, dos ninhos dos grifos, havia chão inexplorado ou de outros donos? Talvez realmente fosse um idiota e não compreendesse o básico daquela civilização. A quem o jarl respondia, se não aos deuses e estes, a Dumat após seu fim em decomposição?
De qualquer forma, saber que o jarl não se encontrava na tal fortaleza, estranhamente lhe trazia uma calma. Se a guerra acontecia lá atrás e o chefe daquele lugar estava entre os demais em combate ferrenho, então realmente, aqueles guardas estavam ali meramente para proteger os bens, mas de que isso valia? Ouro, prata e zircônia, quando o mundo queimava ao seu redor. Explosões, gritos e correria eram o tema daquela noite e então, haviam aqueles dois, fazendo o trabalho que uma porta já parecia estar empregada para isso.
O combate não o incomodava um pouco sequer, pois não tinha apreço por Ponta Nevada, mas sim, pela sua barraca destruída no tempo de pena. Porém a noite ainda tinha alguns truques, pois como se a guerra fosse um organismo vivo, um encanto era ouvido em meio aos assovios do vento e dos urros dos canhões. Algo era reconhecido, aquilo seria... mágica? Logo ali?
Olhou para trás em pura curiosidade, abrindo um conjunto de orbes para não perder um movimento sequer, o céu, que antes era apenas um nublado padrão de todos os dias daquela parte gélida do mundo, agora se tornavam negras como se apenas a noite não fosse o suficiente. Algo estava acontecendo e isso era um entretenimento extremo, um banquete para seus olhos, que voltavam-se aos céus, esperando o segmento seguinte.
Seu corpo se arrepiou totalmente ao que ouviu o rugido das nuvens enquanto estas brilhavam e davam à luz a uma enorme fonte de energia, esta que arrebatava de cima como um martelo nas pobres cabeças dos guerreiros que tinham a ousadia de ir contra o conjurador. De repente, tornou-se dia e um som oco logo era acobertado por algo abafado e diversas lanças caíam. Que espetáculo! Na medida que as armas de luz chocavam-se ao solo ou o corpo dos guerreiros, não sabia dizer se era seu coração batendo fortemente ou o estouro que ocorria em uma distância que nada significava. Tão logo o clarão se fazia, não mais existia e dava espaço para um som contínuo na medida que algo estranho caía em subsequência.
Aquilo era... Água? Impossível. Daquelas nuvens só caía neve. E incrivelmente, contra tudo que se era reconhecido, a chuva acontecia. Não era grossa e revoltada como uma tempestade, mas algo fino e contínuo, quase como uma tortura, conseguindo entender o potencial letárgico que havia naquilo, pois se antes conseguia aguentar o frio se encolhendo, agora estava completamente úmido e com a ajuda dos ventos, era como seus próprios ossos fossem feitos de gelo.
Todavia, sentiu-se até incentivado. Oras, se os bárbaros que atacavam estavam trazendo o próprio clima como arma para dentro da casa do jarl, então alguém que sempre vivera em seus arredores e inclusive, fora um hóspede maldito por infindáveis anos (que pareciam mais do que realmente eram), tinha todo o motivo para usar de suas artes a seu bel prazer. Não eram fortes como antigamente, mas iriam servir, por hora.
- ... - Não haviam mais luzes nos céus e o fogo que ainda persistia, estava logo abaixo deles, trazendo o breu de volta para eles. Quis falar algo, mas apenas brilhou os olhos na medida em que voltava ao seu tamanho original após eclodir de seu casulo de calor (que não gerou o que esperava). - Eu sou Majok'Sartur. Hyaku no Me. - Anunciou seu nome com muita pompa em sua voz e logo em seguida, o que era entendido como sua raça, na verdade era a conjuração de sua magia de clone onde fazia com que sua cabeça se balançasse de forma antinatural e nascido de uma outra dimensão, esta única para as criaturas que tivessem o mínimo de percepção, lançava um outro Sartur para a sua frente, enquanto o real, permanecia parado e conjurando suas artimanhas perversas.
- Hoshoku-sha no kuchi... - Parecia um profeta proferindo os acontecimentos para seus adversários. Falava fracamente, apenas o suficiente para que eles ouvissem a semântica e se perguntassem o que eram aquelas palavras estranhas que vinham diretamente da raça. Sabia que magia era crime em Ponta Nevada, então esperava que eles atacassem o clone logo em seguida e por conta disso, ao observar os olhos de Sartur, receberiam a abocanhada irreal da duplicata, que como um mamífero quadrúpede que recém nascera, não sabia exatamente como reagir e tentava andar, desengonçado e sendo um alvo fácil para as lanças.
A magia era para que ambos vacilassem em suas investidas, mas não queria atacá-los, apenas assustá-los. Deixaria que ficassem com suas paranoias advindas do doppelganger em conjunto com a represália ao sequer pensar em atacá-lo, criando uma brecha na defesa de ambos para que pudesse correr e jogar-se contra as portas de metal, mas esperando que estas estivessem trancadas por chaves ou, pelo lado de dentro por algum mecanismo de madeira. Era grande, mas não era forte, então usar da força bruta não iria conseguir um resultado mínimo aparente.
- Por anos, quiseram que eu abrisse mão de minhas crenças com Dumat, mas há algo em mim que não me permite trair e irei honrar isso. O frio, a umidade e o vento são seus companheiros por todo o ano, mas no fim... No fim, há somente Dumat. - Usava de sua posição como Arauto da Peste para invocar insetos voadores, um enxame de moscas, mosquitos e gafanhotos que se mesclavam com as finas gotas de chuva e atacavam, especificamente aquele que respondia sem muita vontade ao hyakume. Ele merecia ser comido vivo por gafanhotos, ter seu sangue drenado enquanto das feridas, ovos e larvas se proliferavam.
- De fato, guardião, concordo em não ser problema meu... Então eu mesmo irei resolver minhas pendências com seu faltante governante. - Voltou sua atenção ao outro enquanto aquele era atacado pelas pragas. - Abra a porta e não servirá de adubo para a colheita da morte. Me desafie e saberá que minhas intenções são nobres e pacíficas, porém há um limite tão fino quanto um cílio. Não irei roubar ou pilhar, se isso aquieta seu coração, apenas quero um grifo ou qualquer coisa que me tire dessa terra desolada, esquecida pela divindade e alertada por estrangeiros enquanto o senhor dessa "cabana" luta contra o tempo e o clima. - Ainda de boca aberta, ia continuar sua profanações, mas tão logo uma ideia cruzou seu pensamento, resolveu adiantar-se e limitar-se. - Será bem-vindo para me acompanhar. Mas se desejas ficar e lutar contra os selvagens que descarregam nuvens sobre vocês, não é de minha alçada, eu só quero ir, pois paguei meu preço com seu senhor. Agora, escolha.
De qualquer forma, saber que o jarl não se encontrava na tal fortaleza, estranhamente lhe trazia uma calma. Se a guerra acontecia lá atrás e o chefe daquele lugar estava entre os demais em combate ferrenho, então realmente, aqueles guardas estavam ali meramente para proteger os bens, mas de que isso valia? Ouro, prata e zircônia, quando o mundo queimava ao seu redor. Explosões, gritos e correria eram o tema daquela noite e então, haviam aqueles dois, fazendo o trabalho que uma porta já parecia estar empregada para isso.
O combate não o incomodava um pouco sequer, pois não tinha apreço por Ponta Nevada, mas sim, pela sua barraca destruída no tempo de pena. Porém a noite ainda tinha alguns truques, pois como se a guerra fosse um organismo vivo, um encanto era ouvido em meio aos assovios do vento e dos urros dos canhões. Algo era reconhecido, aquilo seria... mágica? Logo ali?
Olhou para trás em pura curiosidade, abrindo um conjunto de orbes para não perder um movimento sequer, o céu, que antes era apenas um nublado padrão de todos os dias daquela parte gélida do mundo, agora se tornavam negras como se apenas a noite não fosse o suficiente. Algo estava acontecendo e isso era um entretenimento extremo, um banquete para seus olhos, que voltavam-se aos céus, esperando o segmento seguinte.
Seu corpo se arrepiou totalmente ao que ouviu o rugido das nuvens enquanto estas brilhavam e davam à luz a uma enorme fonte de energia, esta que arrebatava de cima como um martelo nas pobres cabeças dos guerreiros que tinham a ousadia de ir contra o conjurador. De repente, tornou-se dia e um som oco logo era acobertado por algo abafado e diversas lanças caíam. Que espetáculo! Na medida que as armas de luz chocavam-se ao solo ou o corpo dos guerreiros, não sabia dizer se era seu coração batendo fortemente ou o estouro que ocorria em uma distância que nada significava. Tão logo o clarão se fazia, não mais existia e dava espaço para um som contínuo na medida que algo estranho caía em subsequência.
Aquilo era... Água? Impossível. Daquelas nuvens só caía neve. E incrivelmente, contra tudo que se era reconhecido, a chuva acontecia. Não era grossa e revoltada como uma tempestade, mas algo fino e contínuo, quase como uma tortura, conseguindo entender o potencial letárgico que havia naquilo, pois se antes conseguia aguentar o frio se encolhendo, agora estava completamente úmido e com a ajuda dos ventos, era como seus próprios ossos fossem feitos de gelo.
Todavia, sentiu-se até incentivado. Oras, se os bárbaros que atacavam estavam trazendo o próprio clima como arma para dentro da casa do jarl, então alguém que sempre vivera em seus arredores e inclusive, fora um hóspede maldito por infindáveis anos (que pareciam mais do que realmente eram), tinha todo o motivo para usar de suas artes a seu bel prazer. Não eram fortes como antigamente, mas iriam servir, por hora.
- ... - Não haviam mais luzes nos céus e o fogo que ainda persistia, estava logo abaixo deles, trazendo o breu de volta para eles. Quis falar algo, mas apenas brilhou os olhos na medida em que voltava ao seu tamanho original após eclodir de seu casulo de calor (que não gerou o que esperava). - Eu sou Majok'Sartur. Hyaku no Me. - Anunciou seu nome com muita pompa em sua voz e logo em seguida, o que era entendido como sua raça, na verdade era a conjuração de sua magia de clone onde fazia com que sua cabeça se balançasse de forma antinatural e nascido de uma outra dimensão, esta única para as criaturas que tivessem o mínimo de percepção, lançava um outro Sartur para a sua frente, enquanto o real, permanecia parado e conjurando suas artimanhas perversas.
- Hoshoku-sha no kuchi... - Parecia um profeta proferindo os acontecimentos para seus adversários. Falava fracamente, apenas o suficiente para que eles ouvissem a semântica e se perguntassem o que eram aquelas palavras estranhas que vinham diretamente da raça. Sabia que magia era crime em Ponta Nevada, então esperava que eles atacassem o clone logo em seguida e por conta disso, ao observar os olhos de Sartur, receberiam a abocanhada irreal da duplicata, que como um mamífero quadrúpede que recém nascera, não sabia exatamente como reagir e tentava andar, desengonçado e sendo um alvo fácil para as lanças.
A magia era para que ambos vacilassem em suas investidas, mas não queria atacá-los, apenas assustá-los. Deixaria que ficassem com suas paranoias advindas do doppelganger em conjunto com a represália ao sequer pensar em atacá-lo, criando uma brecha na defesa de ambos para que pudesse correr e jogar-se contra as portas de metal, mas esperando que estas estivessem trancadas por chaves ou, pelo lado de dentro por algum mecanismo de madeira. Era grande, mas não era forte, então usar da força bruta não iria conseguir um resultado mínimo aparente.
- Por anos, quiseram que eu abrisse mão de minhas crenças com Dumat, mas há algo em mim que não me permite trair e irei honrar isso. O frio, a umidade e o vento são seus companheiros por todo o ano, mas no fim... No fim, há somente Dumat. - Usava de sua posição como Arauto da Peste para invocar insetos voadores, um enxame de moscas, mosquitos e gafanhotos que se mesclavam com as finas gotas de chuva e atacavam, especificamente aquele que respondia sem muita vontade ao hyakume. Ele merecia ser comido vivo por gafanhotos, ter seu sangue drenado enquanto das feridas, ovos e larvas se proliferavam.
- De fato, guardião, concordo em não ser problema meu... Então eu mesmo irei resolver minhas pendências com seu faltante governante. - Voltou sua atenção ao outro enquanto aquele era atacado pelas pragas. - Abra a porta e não servirá de adubo para a colheita da morte. Me desafie e saberá que minhas intenções são nobres e pacíficas, porém há um limite tão fino quanto um cílio. Não irei roubar ou pilhar, se isso aquieta seu coração, apenas quero um grifo ou qualquer coisa que me tire dessa terra desolada, esquecida pela divindade e alertada por estrangeiros enquanto o senhor dessa "cabana" luta contra o tempo e o clima. - Ainda de boca aberta, ia continuar sua profanações, mas tão logo uma ideia cruzou seu pensamento, resolveu adiantar-se e limitar-se. - Será bem-vindo para me acompanhar. Mas se desejas ficar e lutar contra os selvagens que descarregam nuvens sobre vocês, não é de minha alçada, eu só quero ir, pois paguei meu preço com seu senhor. Agora, escolha.
- Spoiler:
Talento:
● Arauto da peste: Uma vez por dia você pode conjurar um exame de insetos, podendo eles serem rastejantes ou voadores, para atacar seus oponentes usando seu dano mágico para tal ataque. No caso de o inimigo ser um morto vivo, esse dano pode aumentar valendo o cálculo de [dano mágico +(level x 5)], o exame pode ser combatido ou espantado com fogo.
Magias:
Nome: Hoshoku-sha no kuchi
Tipo: Magia - Ilusão
Rank: D
Recursos: Enganação
Descrição: Sartur ativa seus olhos fazendo com que a mana seja lançada através deles, a mana envolve o oponente ficando fixada em seus olhos, assim em sua próxima ação ofensiva, no momento em que o oponente pensar em praticar qualquer maldade contra a Hyakume, verá a forma bizarra da criatura, como se Sartur estivesse atacando-o muito próximo e sem chance de defesa, talvez um reflexo de esquiva. Uma ilusão feita apenas para causar medo e prevenção (talvez até criar uma abertura para fuga). Tal ato pode distrair e atrapalhar a movimentação do oponente durante sua próxima ação ofensiva, na qual ele perde parte de sua precisão ao ser afetado.
Alcance: 10m²
Efeitos numéricos: Debuff: -5 em Precisão
Custo: 150----------------------------
Nome: Hyaku no Me
Tipo: Magia - Ilusão
Rank: E
Recursos: Enganação
Descrição: Cria um clone, sem nada de especial, apenas uma figura que pode distrair ou se tornar o foco enquanto permanecer nas proximidades do conjurador. A conjuração ocorre como se todo seu corpo vibrasse e dali, fosse expulso outro ser, uma visão que pode ser repulsiva para alguns. O clone desaparece após receber algum ataque, se convertendo para dentro do local machucado, como que engolido pela ferida. Cria o clone consome uma ação rápida apenas.
Alcance: 4m²
Efeitos numéricos: N/A
Custo: 0
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Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
E tem Cem Olhos
Post 03
Nosso amigo Hyakume, sentiu-se bastante motivado, afinal, se ouras criaturas moldavam o clima, criando uma situação tão complexa como aquela cabia talvez a ele um homem de fé, diante de Dumat, tomar sua posição também. Por isso, ele começava a proferir suas palavras enquanto jogou seu clone para fazer parte do trabalho sujo.
Algo que ativou o modo de alerta dos guardas, quando viram o que estava acontecendo, entretanto, aquilo foi suficiente pra criar um momento livre para que as pragas fossem invocadas, baratas, gafanhotos, abelhas, até mesmo algumas vespas voavam em velocidade vindo dos céus para atacar o guarda.
Enquanto nosso amigo falador, fala y fala. Entretanto durante aquelas palavras, ele disse uma coisa chave. O soldado começou a combater as criaturas, usando a lança e o escudo ele bloqueava alguns ataques, mas recebia alguns que cortavam partes de sua armadura, o outro soldado se colocou em modo de atenção.
Mas apesar da atenção, uma das coisas que ele falou era importante de fato.-Espera aí!! Você está me dizendo que só quer ir embora de Ponta Nevada? Eu não tenho como te arrumar uma criatura voadora, infelizmente elas estão sendo usadas, mas consigo te arrumar um passe pra fora daqui. -Comentou ele com convicção, o ataque dos insetos fora duro para o outro guarda que agora estava com vários cortes na armadura e alguns danos no corpo.
A maioria não muito profunda, o que fazia ele ainda ser um inimigo ativo, entretanto o soldado logo pontuou o que ele podia fazer, parando o outro com um gesto, já que ele começou a avançar pra atacar.-Aqui, esse é um vale para sair daqui, tem um homem de Tekkionia aqui, ele tem um daqueles grandes barcos que voam. Ele vai embora em algumas horas, e vendeu uma viagem pra varias pessoas, comprei isso pra um amigo, mas ele acabou indo pra guerra, então, não tenho uso, tome isso e siga seu rumo.-Ele ofereceu a saída para fora do lugar, de uma maneira talvez diferente da que o Hyakume queria.
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Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
A convocação dos insetos fora uma surpresa agradável, pois era algo muito acima do que tinha almejado. Baratas eram esperadas naquele clima gélido, porém abelhas, vespas e gafanhotos seriam uma novidade e maravilhava-se com as bênçãs que Dumat lhe trazia. Não era insetos comuns, pois em conjunto, comiam o soldado vivo, penetrando em sua armadura e arranhando a madeira e o metal à ponto de quebrá-la, consumindo o alvo ao todo, mesmo que não por completo, mas o suficiente para deixá-lo debilitado. As baratas corriam para os lados e comiam a pele, abelhas eram a tropa suicida que picava e inchava a carne enquanto vespas eram conhecidas por colocar seus ovos dentro de hospedeiros para que sua prole engordasse com o útero de aluguel e os gafanhotos simplesmente eram uma arma de destruição em massa, roendo a qualquer coisa que tivesse por ali, rasgando em tiras para que as demais criaturas tivessem uma abertura para fazer o mal que traziam. Sartur apenas observava o sofrimento deste que não parecia ter paciência com suas súplicas.
Lhe era oferecido pelo companheiro do atacado, um bilhete, comprado para o companheiro deste que não mais tinha muitas certezas de seu estado, visto que fora de encontro com a morte para voltar ou não. Sartur, como uma criatura relativamente grande para a espécie humana, simplesmente caminhou até ele e o envolveu em seu passar, retirando o tíquete de suas mãos com uma pálpebra que se fechava, sem parar momento algum, distanciando-se cerca de quatro metros quando se enrolou novamente, mas agora como uma cobra, em sentido horário, avaliando o papel com um olho de seu cotovelo, não necessitando levar até a face para ler.
- Agradeço sua gentileza, nobre guardião. Seu trabalho fora feito e eu reconheço isso. A morada de seu mestre permanece imaculada e não forçarei para que seja diferente, entretanto, seu amigo será recepcionado por Dumat, mesmo que essa oferenda não seja por hoje, há de vir. Quem teme o que não se tem a perder? Um homem morto carrega vida sob sua pele. - Obviamente falava sobre a quantidade de bactérias, larvas, ovos, germes e até outros tipos de parasitas que poderiam usufruir dos ferimentos do outro guarda, mas não queria ter que explicá-lo essas coisas. Sentia-se satisfeito e esperava que Dumat ficasse agradecida com seu presente, mesmo que demorasse um pouco para acontecer, como toda podridão precisa de seu tempo de preparo.
Desenrolaria-se já dando passadas, passando por cima do próprio corpo enquanto os olhos piscavam como ondas hipnóticas de seu próprio movimento, mas o que estava fazendo realmente era avaliar o perímetro, esperando algum ataque ou investida ao seu redor após das às costas para ambos, simplesmente. Não tinha mais interesse ali, conseguira o que queria, mas não com quem lhe devia. Guardaria um pouco de rancor, mas sabia mais do que ninguém que um dia iria esquecer essa mágoa, pois acima de tudo, ainda era um obsessivo e iria guardar tudo que pudesse carregar consigo até ter seu próprio templo para estocá-los.
Poderia estar sendo facilmente enganado, mas tinha uma curiosidade que o movia, sobre esse tal "navio voador". Iria sair dali voando, como almejava e o simples fato de se distanciar dali já seria mais que o suficiente para agradá-lo e deixar que Ponta Nevada se tornasse alguma nova capital do reino que os atacava com ferocidade que até o clima alavancava suas entradas. Não tinha interesse algum nisso e quem sabe, tivesse oportunidades de conhecer outros seres que fugiam daquele lugar. Onde seria que iriam? Não fora dito ou perguntado, apenas que ele levava refugiados para longe da guerra e do frio, talvez um lugar onde a magia prospere e não seja um problema para si. Todavia, não estava contando muito com isso, só queria satisfazer-se com uma casa próxima a uma árvore de frutas suculentas e que pudesse abrigar os nômades e vagabundos, tal como estava sendo após a queda de seu próprio refúgio.
Tal pensamento lhe causava um vazio por dentro e o incomodava, mostrando as presas e mascando o ar em que sentia que algo havia dentro de si que não poderia simplesmente ser acalmado com o tempo. Precisava de sangue, de vingança. Seus olhos reviravam-se ou simplesmente rodopiavam em seus eixos na medida em que parava para tentar se acalmar e organizar os pensamentos, mas parecia um animal em sofrimento por envenenamento enquanto mais abaixo, o mundo explodia. Babava um pouco enquanto seus pensamentos de fúria lembravam-se dos tempos felizes em que era um simples guardião de uma estalagem para aventureiros ou esquecidos, momentos estes que não voltariam e após leis que não lhe faziam sentido, fora aprisionado por tempos inimagináveis para si, pois este não realmente importava desde que tudo que tivera trabalhado e protegido durante tanto tempo ainda existisse, perseverando por isso e quando finalmente seu tempo de reclusão acabara, nada mais existia daquele tempo, daquela era, por um simples capricho de jarl Urlsson. Não era justo.
Rasgou o chão abaixo de si enquanto lutava contra si, irritado e com a mente nebulosa. Iria deixar tudo isso para trás? Simplesmente sair dali em busca de um novo local para que os bípedes pudessem estragar? Agarrou um punhado de terra com neve e o gelo queimou sua pata, pois as unhas não eram reais garras e sim, olhos puxados, o fazendo urrar para os céus em sofrimento mais interno que o superficial em sua pele.
Os olhos vibravam de raiva, tomando uma coloração amarelada dos feixes de luz que carregava para serem disparados contra os soldados que já houvera desistido de atacá-los, mas agora tinha aparência completamente diferente, era mais besta do que uma criatura racional, babando enquanto os cem olhos piscavam em brilhos, desordenados sobre quais ações tomariam, se voltariam para um ponto ou distraídos por tudo que ocorria, sons, cheiros, movimentos.
Como se houvesse uma barreira protegendo os soldados, fora caminhando lentamente até entrar num galope mais veloz e antes de atacá-los fisicamente, bateu com as duas patas traseiras no chão e ergueu o corpo inteiro, abrindo seus olhos brilhosos como se a qualquer momento pudesse disparar rajadas sobre os dois, os dentes tão cravados uns nos outros que sua gengiva poderia até sangrar, a boca não sendo uma região confiável para guardá-los. Olhou-os, tão pequenos e desprotegidos, se escondendo atrás de latarias e pedaços de flora há muito morta. Soltou um rosnado audível para eles como um sinal de alerta e não conseguindo segurar, rugiu para ambos enquanto os centenários seguravam ao seu limite para não disparar contra eles, sobrecarregando de energia luminosa, intensificada pelo rugido.
O brilho logo começou a perder energia e como se uma forte dor de cabeça o abatesse, ergueu um pouco o lábio superior e os olhos pareciam confusos, se fechando em conjunto e abrindo apenas alguns, dando piscadas rápidas e se escondendo atrás das pálpebras logo em seguida. Seu corpo todo vibrou e sem que realmente quisesse, um clone fora feito, mas não cuspido como normalmente o fazia, e sim, o real Sartur era quem era repelido para trás, caindo de costas contra a neve e pelo impacto conseguiu reaver a consciência, erguendo-se rapidamente nas seis patas e observando seu clone murchar pelas próprias dores até que fosse consumido e sumisse.
Como uma fera ferida, abaixou sua cabeça e todo e qualquer brilho advindo de seu olhar fora se apagando, preferindo se mover pelas sombras. Aqueles guardas não eram os vilões ali, eles não causaram seu sofrimento. Atacá-los poderia ser seu fim, pois ainda estava muito frágil pelo tempo no Ninho dos Corvos e mesmo que pudesse matá-los, isso não iria trazer perdição para o jarl, sendo inocentes para si, ao menos, para os crimes de seu superior. Não queria encará-los, então com passos arrastados, diminuiu o máximo que pôde e o mais silenciosamente retornou até onde houvera cravado o bilhete no chão antes de surtar, pegando-o como antes, mas dessa vez levando até sua pequena juba de cílios e o segurando ali, para quando precisasse apresentar, relendo as informações de onde deveria ir e se aprontando para lá chegar.
Lhe era oferecido pelo companheiro do atacado, um bilhete, comprado para o companheiro deste que não mais tinha muitas certezas de seu estado, visto que fora de encontro com a morte para voltar ou não. Sartur, como uma criatura relativamente grande para a espécie humana, simplesmente caminhou até ele e o envolveu em seu passar, retirando o tíquete de suas mãos com uma pálpebra que se fechava, sem parar momento algum, distanciando-se cerca de quatro metros quando se enrolou novamente, mas agora como uma cobra, em sentido horário, avaliando o papel com um olho de seu cotovelo, não necessitando levar até a face para ler.
- Agradeço sua gentileza, nobre guardião. Seu trabalho fora feito e eu reconheço isso. A morada de seu mestre permanece imaculada e não forçarei para que seja diferente, entretanto, seu amigo será recepcionado por Dumat, mesmo que essa oferenda não seja por hoje, há de vir. Quem teme o que não se tem a perder? Um homem morto carrega vida sob sua pele. - Obviamente falava sobre a quantidade de bactérias, larvas, ovos, germes e até outros tipos de parasitas que poderiam usufruir dos ferimentos do outro guarda, mas não queria ter que explicá-lo essas coisas. Sentia-se satisfeito e esperava que Dumat ficasse agradecida com seu presente, mesmo que demorasse um pouco para acontecer, como toda podridão precisa de seu tempo de preparo.
Desenrolaria-se já dando passadas, passando por cima do próprio corpo enquanto os olhos piscavam como ondas hipnóticas de seu próprio movimento, mas o que estava fazendo realmente era avaliar o perímetro, esperando algum ataque ou investida ao seu redor após das às costas para ambos, simplesmente. Não tinha mais interesse ali, conseguira o que queria, mas não com quem lhe devia. Guardaria um pouco de rancor, mas sabia mais do que ninguém que um dia iria esquecer essa mágoa, pois acima de tudo, ainda era um obsessivo e iria guardar tudo que pudesse carregar consigo até ter seu próprio templo para estocá-los.
Poderia estar sendo facilmente enganado, mas tinha uma curiosidade que o movia, sobre esse tal "navio voador". Iria sair dali voando, como almejava e o simples fato de se distanciar dali já seria mais que o suficiente para agradá-lo e deixar que Ponta Nevada se tornasse alguma nova capital do reino que os atacava com ferocidade que até o clima alavancava suas entradas. Não tinha interesse algum nisso e quem sabe, tivesse oportunidades de conhecer outros seres que fugiam daquele lugar. Onde seria que iriam? Não fora dito ou perguntado, apenas que ele levava refugiados para longe da guerra e do frio, talvez um lugar onde a magia prospere e não seja um problema para si. Todavia, não estava contando muito com isso, só queria satisfazer-se com uma casa próxima a uma árvore de frutas suculentas e que pudesse abrigar os nômades e vagabundos, tal como estava sendo após a queda de seu próprio refúgio.
Tal pensamento lhe causava um vazio por dentro e o incomodava, mostrando as presas e mascando o ar em que sentia que algo havia dentro de si que não poderia simplesmente ser acalmado com o tempo. Precisava de sangue, de vingança. Seus olhos reviravam-se ou simplesmente rodopiavam em seus eixos na medida em que parava para tentar se acalmar e organizar os pensamentos, mas parecia um animal em sofrimento por envenenamento enquanto mais abaixo, o mundo explodia. Babava um pouco enquanto seus pensamentos de fúria lembravam-se dos tempos felizes em que era um simples guardião de uma estalagem para aventureiros ou esquecidos, momentos estes que não voltariam e após leis que não lhe faziam sentido, fora aprisionado por tempos inimagináveis para si, pois este não realmente importava desde que tudo que tivera trabalhado e protegido durante tanto tempo ainda existisse, perseverando por isso e quando finalmente seu tempo de reclusão acabara, nada mais existia daquele tempo, daquela era, por um simples capricho de jarl Urlsson. Não era justo.
Rasgou o chão abaixo de si enquanto lutava contra si, irritado e com a mente nebulosa. Iria deixar tudo isso para trás? Simplesmente sair dali em busca de um novo local para que os bípedes pudessem estragar? Agarrou um punhado de terra com neve e o gelo queimou sua pata, pois as unhas não eram reais garras e sim, olhos puxados, o fazendo urrar para os céus em sofrimento mais interno que o superficial em sua pele.
Os olhos vibravam de raiva, tomando uma coloração amarelada dos feixes de luz que carregava para serem disparados contra os soldados que já houvera desistido de atacá-los, mas agora tinha aparência completamente diferente, era mais besta do que uma criatura racional, babando enquanto os cem olhos piscavam em brilhos, desordenados sobre quais ações tomariam, se voltariam para um ponto ou distraídos por tudo que ocorria, sons, cheiros, movimentos.
Como se houvesse uma barreira protegendo os soldados, fora caminhando lentamente até entrar num galope mais veloz e antes de atacá-los fisicamente, bateu com as duas patas traseiras no chão e ergueu o corpo inteiro, abrindo seus olhos brilhosos como se a qualquer momento pudesse disparar rajadas sobre os dois, os dentes tão cravados uns nos outros que sua gengiva poderia até sangrar, a boca não sendo uma região confiável para guardá-los. Olhou-os, tão pequenos e desprotegidos, se escondendo atrás de latarias e pedaços de flora há muito morta. Soltou um rosnado audível para eles como um sinal de alerta e não conseguindo segurar, rugiu para ambos enquanto os centenários seguravam ao seu limite para não disparar contra eles, sobrecarregando de energia luminosa, intensificada pelo rugido.
O brilho logo começou a perder energia e como se uma forte dor de cabeça o abatesse, ergueu um pouco o lábio superior e os olhos pareciam confusos, se fechando em conjunto e abrindo apenas alguns, dando piscadas rápidas e se escondendo atrás das pálpebras logo em seguida. Seu corpo todo vibrou e sem que realmente quisesse, um clone fora feito, mas não cuspido como normalmente o fazia, e sim, o real Sartur era quem era repelido para trás, caindo de costas contra a neve e pelo impacto conseguiu reaver a consciência, erguendo-se rapidamente nas seis patas e observando seu clone murchar pelas próprias dores até que fosse consumido e sumisse.
Como uma fera ferida, abaixou sua cabeça e todo e qualquer brilho advindo de seu olhar fora se apagando, preferindo se mover pelas sombras. Aqueles guardas não eram os vilões ali, eles não causaram seu sofrimento. Atacá-los poderia ser seu fim, pois ainda estava muito frágil pelo tempo no Ninho dos Corvos e mesmo que pudesse matá-los, isso não iria trazer perdição para o jarl, sendo inocentes para si, ao menos, para os crimes de seu superior. Não queria encará-los, então com passos arrastados, diminuiu o máximo que pôde e o mais silenciosamente retornou até onde houvera cravado o bilhete no chão antes de surtar, pegando-o como antes, mas dessa vez levando até sua pequena juba de cílios e o segurando ali, para quando precisasse apresentar, relendo as informações de onde deveria ir e se aprontando para lá chegar.
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Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
E tem Cem Olhos
Post 04
O rapaz em um primeiro momento, tinha um pequeno grau de lucidez, a primeira em algumas horas, e o soldado não fez questão de perder a oportunidade, até porque seu amigo quase não havia se machucado, apesar dos cortes, nenhum foi fatal nem profundo. De qualquer maneira, ele apenas respondeu.-Muito bem, só seguir as instruções e estará lá.-Deixando que ele começasse a ir embora, conforme virou as costas nada aconteceu ele apenas seguiu seu caminho.
Até que de repente, ele surtou, com um misto de raiva, medo, tristeza, sede de vingança, e sabe-se lá mais o que, ele quebrou por um momento. O guarda que havia lhe dado o bilhete, sendo perceptivo, com seus olhos especiais, percebeu algo de errado.-Cuidado, essa criatura está perto do que chama de Ruptura, aquela mais comum no cortejo dos Yokais, lembra? Quando lhe ensinei a usar sua lança? Pois bem, aquele mesmo tipo de evento. Se se lembra dos efeitos causados por Sugawara Akame, sabe o risco, prepare-se, não quero acionar a guarda interna ainda. - Então, uma energia flamejante se formou, tomando totalmente a lamina do guarda.
Ele ativou outra habilidade deixando sua pele mais dura, suas veias dilataram, parecendo serem preenchidas com algum tipo de energia, provavelmente um ougi defensivo, deveria ser uma proteção, uma barreira com HP próprio. Ele havia se preparado para um combate duro. Ele havia medido a força do Hyakume desde que ele chegou, mas a ruptura é instável ele não saberia quanto poder a criatura teria quando entrasse em estado de corrupção.
Vendo as ações ele preparava para dar um dano extremo em um único Hit de poder absurdo. Entretanto, ele viu a criatura parar, e não avançar apesar de tudo se contendo e se virando em seguida, depois de todo o show, pegava o cartão e ia embora. Por breves momentos ele cogitou se ainda assim deveria disparar sua lança flamejante e acabar com tudo de uma vez.
O soldado decidiu não fazer, em um momento de compaixão, já quando o Hyakume nem mesmo poderia ouvi-lo ele disse.-Eu vou me arrepender disso, meu mestre sempre disse, não mostre piedade. Ataque primeiro, ataque forte, sem piedade. Hoje eu escolhi não fazer isso. Mas sei que em um futuro irei me arrepender profundamente dessa decisão.-Enquanto isso, no mesmo momento, o cem olhos estava caminhando para o dirigível.
Ele demorou alguns minutos para chegar lá, era bonito, era como um barco, mas possuía uma estrutura inflada em cima, toda ela era feita de aço no entanto na parte de baixo, o que poderia levar a questão de como voava? Provavelmente tecno magia, algo que não devia ser bem vindo ali também. Realmente o dono desse Zeppelin deve ser bastante... Insano, ou no mínimo alguém de grande nome entre os humanos.
Entretanto chegando lá o que ele encontrava era um showman? Isso mesmo, um homem de cartola bem apessoado com orelhas enormes de coelho, certamente um Yokai como ele, um Tsuki no Usagi. Entretanto apesar de o show ser dele, provavelmente a relação diplomática foi usando o nome da garota que o acompanhava.
O coelhão parecia empolgado, chamando pessoas para entrar no Zeppelin, muitos eram turistas, ele checava o bilhete, e mandava que entrasse. Apenas 10% das pessoas a embarcarem eram de fato da população de Ponta nevada, fazendo o embarque ser em maioria de aventureiros, turistas e imigrantes que estavam naquelas terras.-Venham todos, quem não tiver o passe, ainda pode adquirir pela bagatela de 30 pratas, vamos a viagem por belas colinas os aguardam.
Enquanto a garota que parecia ser a responsável pelo zepelim estava sentada em uma área da máquina, sorridente enquanto brincava com suas lâminas flutuantes, era provavelmente um item feito por ela, com aquele aço raro que falam de Tekkionia, Ela estava observando as pessoas a entrar, não parecia ter algum tipo de preconceito ao menos não até agora.
Pra falar a verdade, era difícil saber se sua felicidade estava nas pessoas entrarem ali, ou de talvez, ela estar se preparando para voar, ela parecia ser uma aviadora bastante focada, pelos seus equipamentos espalhados pelo corpo, de qualquer forma, ela estava um pouco longe para interagir.
Conforme ele se aproximasse e chegasse sua vez com ele sendo o ultimo da fila o coelhão receberia ele com um sorriso.-Um Hyakume por aqui? Que raridade, e que boa surpresa, como está vivo nessas terras? Eles não gostam muito da gente. Mas ainda bem que estou aqui não é mesmo, te tirar desse lugar perigoso, posso ver seu passe?-Na verdade ele estava determinado agora a tirar o Hyakume dali, mesmo que ele não tivesse um passe, o levaria.
Ganhos: Bilhete de Dirigível.
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Re: [Narrada/Aberta/+18] Não-me-Esqueça
O cenário mudava drasticamente na medida em que se distanciava de Ponta Nevada, saindo pelas suas laterais não atacadas, visto que a estrada principal que levava para a subida era atacada fortemente. O dia começava a dar sinais de vida e não de morte, como anteriormente, deixados para trás junto da noite mórbida que queimava em meio a tempestades. Dava um sentimento estranho de que algo estava acontecendo, que não mais permanecia no mesmo lugar e se perguntou se eram os deuses quem fabricavam essa ocasião e sensação. Os primeiros raios eram calorosos e a mente turva se deixou no caminho, agora observando o local como se fosse a primeira vez e logo, se deliciou com algo totalmente estranho daquela cultura macho cheia de barbas e armas pesadas que o jarl carregava.
O barco era grande e acima dele havia um bolsão de ar, algo quase como o estômago de alguma colossal criatura que se estufava para que o berço metálico pudesse transportar seus passageiros por qualquer lugar que fosse soprado. Havia guardado um bom dinheiro desde seus tempos antes da prisão, mas se perguntava se algo daquele nível poderia ser comprado apenas com economias esquecidas por bandidos e não com alguns meses ou anos de trabalho esforçado. Seria aquilo o começo de seu novo templo? Algo maravilhoso como aquilo. Ficou parado por um momento, saindo da mata branca enquanto sua expressão era um misto de infantil com o fantástico balão e o sério/cansado. Com certeza não tinha boas memórias daquele lugar.
Após seu momento estupefato, voltou a caminhar em direção da embarcação e em primeira vista, havia um meio humano com roupas chamativas e exalava carisma em seus trejeitos e fala. Tudo parecia muito... teatral, lembrava-se vagamente de bardos ou bandas dos mesmos, trupes itinerantes (que eram cada vez mais raras por esses lados, visto que o humor do jarl sempre foi mais bruto) que contavam histórias das mais variadas (sendo de lendas e mitos até dramas e comédias) ou cantavam alguma besteira ou músicas que ficavam na boca do povo por um tempo, não só ajudando a passar o tempo, mas também melhorando o entusiasmo daqueles que só tinham visto o frio por um bom tempo.
A fila até era comprida, mas era das mais variadas pessoas, nem todas sendo einheijares fugindo de suas obrigações com a guerra, mas mais figuras que realmente não tinham coisa alguma a ver com o lugar, que simplesmente estavam no lugar e no momento errado. Não os culpava e muito menos, aqueles que lucravam em cima disso, mas não podia deixar de lembrar do guarda que lhe entregou o bilhete.
Houvera dito que comprara para um amigo que fora ao embate dos céus, então provavelmente tinha pretensões de sair dali junto ou apenas, salvar o camarada daquele infortúnio. Não tinha muito conhecimento dos fatos, mas achou uma ação nobre e impulsiva, do tipo como um pai se preocupa com sua prole e conseguia imaginar tudo que fora perdido em meio ao combate por alguma conquista de território ou seja lá qual for o motivo que levou aos trovões lembrarem Urlsson de seus deveres. Pelo menos a compra não fora em vão.
Chegando sua vez, demorou um momento para perceber que o coelho falava consigo. Não que fosse incomum receber palavras, mas por conta de sua maldição física, dificilmente era agraciado por simplesmente estar presente. Olhou-o com curiosidade, não de cima para baixo de maneira arrogante, mas abrindo um par de olhos em seu pescoço (para que nivelasse os olhares).
- Eu... Eu sinceramente não sei responder a sua pergunta. Alguma bênção, talvez? - Ironicamente, a única que recebera era justamente o inverso disso, deformando sua aparência original que nem ao menos imaginava qual era, visto que ao ser trazido para Ponta Nevada ainda novo, nunca teve real consciência de como parecia. Deixou-se levar pela carisma do "Usagi-chan" e antes que percebesse, estava sorrindo. Teve que ficar nas quatro patas para usar as duas dianteiras e retirar o bilhete do meio dos cílios em sua cabeça e com isso, ficaria maior, porém fora tão bem tratado naquele primeiro momento (contrastando com o recém quase ataque que dera, estava sensível para conjunções sociais) e preferiu fechar os olhos em cascata na medida que ficava maior, sempre mantendo o contato visual no nível que o outro não precisasse olhar para cima.
- Seria um crime eu questionar o valor dessa arca aérea? Talvez não monetário, mas simbólico ou sentimental. Sua colega, amada, querida ou simplesmente, associada, parece deveras alegre com o inanimado que pode trazer todos os adjetivos que usei agora. Nunca vira estrutura como essa e é difícil não se encantar... - Ficou quieto por um momento, mesmo que a boca permanecesse aberta, olhando os detalhes mais de perto enquanto o pulmão artificial simplesmente era inflado como se a coisa mais simples do mundo ocorresse para retirar toneladas do chão. - ...Perdoa-me, senhor. Acho que por muito tempo sendo um guardião me fez uma criatura solitária e com o gosto pela fala, quando há a oportunidade. Não irei barrá-lo de suas atividades com questionamentos técnicos. - Retirou as patas do meio e fechou todos os olhos, erguendo-se totalmente e curvando o corpo o máximo que podia, baixando a cabeça quase que encontrando a do menor, abrindo-os após o cumprimento e adentrando na máquina, seguindo a todos os demais.
Se o interior fosse como o de um navio mesmo, algo fechado com teto e sendo um grande corredor com portas para os aposentos ou salas de máquinas e capitania, faria uma coisa que normalmente não tinha a oportunidade de fazer, mas que era uma nostalgia de quando adentrava na cabana.
Colocaria as patas do meio no teto e se alavancaria com movimentos tão sutis que seria como se o corpo estivesse flutuando, como uma serpente que desviava dos demais passageiros e abriria seu caminho (ou exploração) até a garota, não realmente a procurando, mas mais querendo conhecer o ambiente em que ficaria, mas se por um acaso batesse com a outra, não a atrapalharia, mas observaria-a cuidando do maquinário que a tanto entusiasmava em pilotar, uma paixão mecânica que era passada para o hyakume curioso que não exatamente queria entender como tudo funcionava, mas o trejeito dessa fazia parecer que era fácil e empolgante. Por muito tempo não sentia algo assim, então apenas vê-la já era um motivo para sentir-se bem.
Se algo de ruim fosse acontecer, estava tão absorvido pelo tudo que simplesmente não se importaria em cooperar com captores ou com palavras preconceituosas.
Entretanto, um de seus olhos, daqueles da cauda, ainda piscava como uma lâmpada velha, mostrando veias do mais puro estresse ao mesmo tempo em que estava tendo um bom momento, era como se algo em seu inconsciente tentasse despertar e lembrá-lo que não mais estaria onde sempre vivera, abandonando sua terra, literalmente terra, solo onde se criara e protegera. A fúria ainda estava dentro de si e pensamentos intrusivos tentavam atrapalhá-lo de se deixar levar pelo ritmo que as lâminas dançarinas flutuavam por ali, como um mosquito que não o permitia concentrar-se totalmente na sinfonia de sentidos que usufruía, um pequeno momento de paz que lhe causava uma sensação de vazio e perda, abandono e traição. Uma lágrima escorreu, descendo pelo corpo e se unindo com cada outro olho que secretava a mesma, criando uma linha aquosa e que o despertava do encanto, mas sem realmente saber com aquilo.
O barco era grande e acima dele havia um bolsão de ar, algo quase como o estômago de alguma colossal criatura que se estufava para que o berço metálico pudesse transportar seus passageiros por qualquer lugar que fosse soprado. Havia guardado um bom dinheiro desde seus tempos antes da prisão, mas se perguntava se algo daquele nível poderia ser comprado apenas com economias esquecidas por bandidos e não com alguns meses ou anos de trabalho esforçado. Seria aquilo o começo de seu novo templo? Algo maravilhoso como aquilo. Ficou parado por um momento, saindo da mata branca enquanto sua expressão era um misto de infantil com o fantástico balão e o sério/cansado. Com certeza não tinha boas memórias daquele lugar.
Após seu momento estupefato, voltou a caminhar em direção da embarcação e em primeira vista, havia um meio humano com roupas chamativas e exalava carisma em seus trejeitos e fala. Tudo parecia muito... teatral, lembrava-se vagamente de bardos ou bandas dos mesmos, trupes itinerantes (que eram cada vez mais raras por esses lados, visto que o humor do jarl sempre foi mais bruto) que contavam histórias das mais variadas (sendo de lendas e mitos até dramas e comédias) ou cantavam alguma besteira ou músicas que ficavam na boca do povo por um tempo, não só ajudando a passar o tempo, mas também melhorando o entusiasmo daqueles que só tinham visto o frio por um bom tempo.
A fila até era comprida, mas era das mais variadas pessoas, nem todas sendo einheijares fugindo de suas obrigações com a guerra, mas mais figuras que realmente não tinham coisa alguma a ver com o lugar, que simplesmente estavam no lugar e no momento errado. Não os culpava e muito menos, aqueles que lucravam em cima disso, mas não podia deixar de lembrar do guarda que lhe entregou o bilhete.
Houvera dito que comprara para um amigo que fora ao embate dos céus, então provavelmente tinha pretensões de sair dali junto ou apenas, salvar o camarada daquele infortúnio. Não tinha muito conhecimento dos fatos, mas achou uma ação nobre e impulsiva, do tipo como um pai se preocupa com sua prole e conseguia imaginar tudo que fora perdido em meio ao combate por alguma conquista de território ou seja lá qual for o motivo que levou aos trovões lembrarem Urlsson de seus deveres. Pelo menos a compra não fora em vão.
Chegando sua vez, demorou um momento para perceber que o coelho falava consigo. Não que fosse incomum receber palavras, mas por conta de sua maldição física, dificilmente era agraciado por simplesmente estar presente. Olhou-o com curiosidade, não de cima para baixo de maneira arrogante, mas abrindo um par de olhos em seu pescoço (para que nivelasse os olhares).
- Eu... Eu sinceramente não sei responder a sua pergunta. Alguma bênção, talvez? - Ironicamente, a única que recebera era justamente o inverso disso, deformando sua aparência original que nem ao menos imaginava qual era, visto que ao ser trazido para Ponta Nevada ainda novo, nunca teve real consciência de como parecia. Deixou-se levar pela carisma do "Usagi-chan" e antes que percebesse, estava sorrindo. Teve que ficar nas quatro patas para usar as duas dianteiras e retirar o bilhete do meio dos cílios em sua cabeça e com isso, ficaria maior, porém fora tão bem tratado naquele primeiro momento (contrastando com o recém quase ataque que dera, estava sensível para conjunções sociais) e preferiu fechar os olhos em cascata na medida que ficava maior, sempre mantendo o contato visual no nível que o outro não precisasse olhar para cima.
- Seria um crime eu questionar o valor dessa arca aérea? Talvez não monetário, mas simbólico ou sentimental. Sua colega, amada, querida ou simplesmente, associada, parece deveras alegre com o inanimado que pode trazer todos os adjetivos que usei agora. Nunca vira estrutura como essa e é difícil não se encantar... - Ficou quieto por um momento, mesmo que a boca permanecesse aberta, olhando os detalhes mais de perto enquanto o pulmão artificial simplesmente era inflado como se a coisa mais simples do mundo ocorresse para retirar toneladas do chão. - ...Perdoa-me, senhor. Acho que por muito tempo sendo um guardião me fez uma criatura solitária e com o gosto pela fala, quando há a oportunidade. Não irei barrá-lo de suas atividades com questionamentos técnicos. - Retirou as patas do meio e fechou todos os olhos, erguendo-se totalmente e curvando o corpo o máximo que podia, baixando a cabeça quase que encontrando a do menor, abrindo-os após o cumprimento e adentrando na máquina, seguindo a todos os demais.
Se o interior fosse como o de um navio mesmo, algo fechado com teto e sendo um grande corredor com portas para os aposentos ou salas de máquinas e capitania, faria uma coisa que normalmente não tinha a oportunidade de fazer, mas que era uma nostalgia de quando adentrava na cabana.
Colocaria as patas do meio no teto e se alavancaria com movimentos tão sutis que seria como se o corpo estivesse flutuando, como uma serpente que desviava dos demais passageiros e abriria seu caminho (ou exploração) até a garota, não realmente a procurando, mas mais querendo conhecer o ambiente em que ficaria, mas se por um acaso batesse com a outra, não a atrapalharia, mas observaria-a cuidando do maquinário que a tanto entusiasmava em pilotar, uma paixão mecânica que era passada para o hyakume curioso que não exatamente queria entender como tudo funcionava, mas o trejeito dessa fazia parecer que era fácil e empolgante. Por muito tempo não sentia algo assim, então apenas vê-la já era um motivo para sentir-se bem.
Se algo de ruim fosse acontecer, estava tão absorvido pelo tudo que simplesmente não se importaria em cooperar com captores ou com palavras preconceituosas.
Entretanto, um de seus olhos, daqueles da cauda, ainda piscava como uma lâmpada velha, mostrando veias do mais puro estresse ao mesmo tempo em que estava tendo um bom momento, era como se algo em seu inconsciente tentasse despertar e lembrá-lo que não mais estaria onde sempre vivera, abandonando sua terra, literalmente terra, solo onde se criara e protegera. A fúria ainda estava dentro de si e pensamentos intrusivos tentavam atrapalhá-lo de se deixar levar pelo ritmo que as lâminas dançarinas flutuavam por ali, como um mosquito que não o permitia concentrar-se totalmente na sinfonia de sentidos que usufruía, um pequeno momento de paz que lhe causava uma sensação de vazio e perda, abandono e traição. Uma lágrima escorreu, descendo pelo corpo e se unindo com cada outro olho que secretava a mesma, criando uma linha aquosa e que o despertava do encanto, mas sem realmente saber com aquilo.
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