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Mensagem por Spare Kin Dom Mar 24, 2024 4:13 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Não-me-Esqueça
Ventos Mornos
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Sartur
— Localidade: Ponta Nevada
— Descrição:
— Tipo de aventura:  Narrada
— Aviso: Conteúdo delicado que pode vir a acontecer na aventura. Ex:  Álcool, Linguagem Explícita, Conteúdo sensível e Violência  
「R」
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Mensagem por Spare Kin Sex Abr 19, 2024 4:32 am

O cenário mudava drasticamente na medida em que se distanciava de Ponta Nevada, saindo pelas suas laterais não atacadas, visto que a estrada principal que levava para a subida era atacada fortemente. O dia começava a dar sinais de vida e não de morte, como anteriormente, deixados para trás junto da noite mórbida que queimava em meio a tempestades. Dava um sentimento estranho de que algo estava acontecendo, que não mais permanecia no mesmo lugar e se perguntou se eram os deuses quem fabricavam essa ocasião e sensação. Os primeiros raios eram calorosos e a mente turva se deixou no caminho, agora observando o local como se fosse a primeira vez e logo, se deliciou com algo totalmente estranho daquela cultura macho cheia de barbas e armas pesadas que o jarl carregava.

O barco era grande e acima dele havia um bolsão de ar, algo quase como o estômago de alguma colossal criatura que se estufava para que o berço metálico pudesse transportar seus passageiros por qualquer lugar que fosse soprado. Havia guardado um bom dinheiro desde seus tempos antes da prisão, mas se perguntava se algo daquele nível poderia ser comprado apenas com economias esquecidas por bandidos e não com alguns meses ou anos de trabalho esforçado. Seria aquilo o começo de seu novo templo? Algo maravilhoso como aquilo. Ficou parado por um momento, saindo da mata branca enquanto sua expressão era um misto de infantil com o fantástico balão e o sério/cansado. Com certeza não tinha boas memórias daquele lugar.

Após seu momento estupefato, voltou a caminhar em direção da embarcação e em primeira vista, havia um meio humano com roupas chamativas e exalava carisma em seus trejeitos e fala. Tudo parecia muito... teatral, lembrava-se vagamente de bardos ou bandas dos mesmos, trupes itinerantes (que eram cada vez mais raras por esses lados, visto que o humor do jarl sempre foi mais bruto) que contavam histórias das mais variadas (sendo de lendas e mitos até dramas e comédias) ou cantavam alguma besteira ou músicas que ficavam na boca do povo por um tempo, não só ajudando a passar o tempo, mas também melhorando o entusiasmo daqueles que só tinham visto o frio por um bom tempo.

A fila até era comprida, mas era das mais variadas pessoas, nem todas sendo einheijares fugindo de suas obrigações com a guerra, mas mais figuras que realmente não tinham coisa alguma a ver com o lugar, que simplesmente estavam no lugar e no momento errado. Não os culpava e muito menos, aqueles que lucravam em cima disso, mas não podia deixar de lembrar do guarda que lhe entregou o bilhete.

Houvera dito que comprara para um amigo que fora ao embate dos céus, então provavelmente tinha pretensões de sair dali junto ou apenas, salvar o camarada daquele infortúnio. Não tinha muito conhecimento dos fatos, mas achou uma ação nobre e impulsiva, do tipo como um pai se preocupa com sua prole e conseguia imaginar tudo que fora perdido em meio ao combate por alguma conquista de território ou seja lá qual for o motivo que levou aos trovões lembrarem Urlsson de seus deveres. Pelo menos a compra não fora em vão.

Chegando sua vez, demorou um momento para perceber que o coelho falava consigo. Não que fosse incomum receber palavras, mas por conta de sua maldição física, dificilmente era agraciado por simplesmente estar presente. Olhou-o com curiosidade, não de cima para baixo de maneira arrogante, mas abrindo um par de olhos em seu pescoço (para que nivelasse os olhares).

- Eu... Eu sinceramente não sei responder a sua pergunta. Alguma bênção, talvez? - Ironicamente, a única que recebera era justamente o inverso disso, deformando sua aparência original que nem ao menos imaginava qual era, visto que ao ser trazido para Ponta Nevada ainda novo, nunca teve real consciência de como parecia. Deixou-se levar pela carisma do "Usagi-chan" e antes que percebesse, estava sorrindo. Teve que ficar nas quatro patas para usar as duas dianteiras e retirar o bilhete do meio dos cílios em sua cabeça e com isso, ficaria maior, porém fora tão bem tratado naquele primeiro momento (contrastando com o recém quase ataque que dera, estava sensível para conjunções sociais) e preferiu fechar os olhos em cascata na medida que ficava maior, sempre mantendo o contato visual no nível que o outro não precisasse olhar para cima.

- Seria um crime eu questionar o valor dessa arca aérea? Talvez não monetário, mas simbólico ou sentimental. Sua colega, amada, querida ou simplesmente, associada, parece deveras alegre com o inanimado que pode trazer todos os adjetivos que usei agora. Nunca vira estrutura como essa e é difícil não se encantar... - Ficou quieto por um momento, mesmo que a boca permanecesse aberta, olhando os detalhes mais de perto enquanto o pulmão artificial simplesmente era inflado como se a coisa mais simples do mundo ocorresse para retirar toneladas do chão. - ...Perdoa-me, senhor. Acho que por muito tempo sendo um guardião me fez uma criatura solitária e com o gosto pela fala, quando há a oportunidade. Não irei barrá-lo de suas atividades com questionamentos técnicos. - Retirou as patas do meio e fechou todos os olhos, erguendo-se totalmente e curvando o corpo o máximo que podia, baixando a cabeça quase que encontrando a do menor, abrindo-os após o cumprimento e adentrando na máquina, seguindo a todos os demais.

Se o interior fosse como o de um navio mesmo, algo fechado com teto e sendo um grande corredor com portas para os aposentos ou salas de máquinas e capitania, faria uma coisa que normalmente não tinha a oportunidade de fazer, mas que era uma nostalgia de quando adentrava na cabana.

Colocaria as patas do meio no teto e se alavancaria com movimentos tão sutis que seria como se o corpo estivesse flutuando, como uma serpente que desviava dos demais passageiros e abriria seu caminho (ou exploração) até a garota, não realmente a procurando, mas mais querendo conhecer o ambiente em que ficaria, mas se por um acaso batesse com a outra, não a atrapalharia, mas observaria-a cuidando do maquinário que a tanto entusiasmava em pilotar, uma paixão mecânica que era passada para o hyakume curioso que não exatamente queria entender como tudo funcionava, mas o trejeito dessa fazia parecer que era fácil e empolgante. Por muito tempo não sentia algo assim, então apenas vê-la já era um motivo para sentir-se bem.

Se algo de ruim fosse acontecer, estava tão absorvido pelo tudo que simplesmente não se importaria em cooperar com captores ou com palavras preconceituosas.

Entretanto, um de seus olhos, daqueles da cauda, ainda piscava como uma lâmpada velha, mostrando veias do mais puro estresse ao mesmo tempo em que estava tendo um bom momento, era como se algo em seu inconsciente tentasse despertar e lembrá-lo que não mais estaria onde sempre vivera, abandonando sua terra, literalmente terra, solo onde se criara e protegera. A fúria ainda estava dentro de si e pensamentos intrusivos tentavam atrapalhá-lo de se deixar levar pelo ritmo que as lâminas dançarinas flutuavam por ali, como um mosquito que não o permitia concentrar-se totalmente na sinfonia de sentidos que usufruía, um pequeno momento de paz que lhe causava uma sensação de vazio e perda, abandono e traição. Uma lágrima escorreu, descendo pelo corpo e se unindo com cada outro olho que secretava a mesma, criando uma linha aquosa e que o despertava do encanto, mas sem realmente saber com aquilo.

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Mensagem por Mephisto Ter Abr 23, 2024 6:32 am

E tem Cem Olhos
Post 05

O homem coelho tinha chamado-lhe a atenção, conseguiu buscar um provável motivo, mesmo que na verdade jamais tenha aproveitado tamanha sorte, ao invés disso havia recebido sua aparência modificada.-Deve ter sido uma estadia arriscada e difícil. Que os bons ventos lhe levem para um lugar melhor.-Entretanto a curiosidade do rapaz não parou nisso, ele logo pensava no que aquele barco voador poderia custar.

Um valor em pensamentos que talvez não pudesse ser facilmente pensado.-Para ser sincero eu não saberia dizer um valor. Acredito eu que o valor dos sentimentos não pode ser quantificado, mas é algo importante para ela, assim como para mim.-Talvez ele tivesse tirado seu corpo fora da resposta, talvez fosse realmente como ele pensava.

Entretanto apesar de dizer algo tão simples, ele adicionava uma segunda informação sobre tal coisa. uma ideia que talvez pudesse auxiliar essa interpretação.-Em Tekkionia você veria mais algumas como essas, mas apesar disso sua produção é muito trabalhoso, mesmo para um reino avançado.-Explicou por alto sobre a raridade da máquina, como uma tecnologia regional, mas não era banal certamente.

O Usagi acabava conversando esse tempo com o rapaz finalizando a conversa quando ele dizia que não deveria atrapalhar ele.-Háaaa é verdade. Temos que nos organizar pra partir, acho que todos já entraram.-E assim ele fez um gesto pra moça que desceu e entrou dentro da arca com todo mundo, indo para a sala de comando. O coelho entrou, começando a puxar as cordas.

As portas se fechavam pouco a pouco, e logo enquanto o Hyakume explorava o local. Lá dentro ele podia ver poltronas acolchoadas e pequenas janelinhas arredondadas, que antes estavam cobertas por algum tipo de janela de ferro. Conforme o coelho terminava as preparações, elas foram abrindo. Já na sala de comando, ele via duas cadeiras, provavelmente do piloto e do copiloto. Haviam várias luzes e botões, espalhadas em um grande painel.

Além disso havia no local o que parecia ser um grande timão, mas diferente dos barcos não é uma roda, e sim um tipo de bidente, um volante com duas pontas e uma zona quadrada ao centro. Alguns botões fáceis ficavam na ponta desse lugar. Era provavelmente um lugar divertido para quem pilotava.

Conforme sua exploração acontecia, a voz da moça se espalhava, através de pequenas caixinhas transmissoras que ficam mais escondidas em locais do teto.-Senhores passageiros, peço que todos sigam as medidas de segurança adequadas, tenham certeza de se prender bem enquanto o barco estiver a decolar. Quando atingirmos altitude e estabilidade, poderão voltar a se mover livremente pelo barco.-E assim começou uma contagem regressiva para a decolagem.

Conforme o voo começou um tremor enorme atingiu a embarcação, parecia que a qualquer hora tudo ia se romper, o aço rangia, enquanto estavam cada vez mais alto, se olhasse pela janela conseguiria ver o chão ficando cada vez mais longe. Isso durou alguns segundos até a estabilidade, onde a moça mais uma vez se pronunciou.-O barco agora está estável, desejo a todos um bom voo.-E agora finalmente a arca começava a avançar, pouco a pouco se afastando daquele reino gelado, ele conseguia notar as terras que ficavam para trás menor e menor, como se agora finalmente ele estivesse lançando mais uma vez a sorte ao destino.

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Mensagem por Spare Kin Dom Abr 28, 2024 6:13 am

O coelho falava de bons ventos e era irônico, pois isso era uma forma de denominá-lo, já que era quem garantiria ao hyakume uma passagem de saída daquela terra gélida, não conseguiu deixar de se divertir com a ideia.

"Tekkionia" era algo mencionado agora e isso era simplesmente uma terra alienígena para Sartur, que desconhecia os dias ensolarados sem o gotejar da neve, mas parecia ser um lugar totalmente inverso, mais focado no intelecto tecnológico e mágico do que na força bruta e doma, um local deveras diferente que não permitia que sequer conseguisse imaginar, pois diversos de seus anos foram com a mesma imagem dia após dia, limitando não somente seu conhecimento e afinidade mágica, como também sua imaginação e lembranças de como as coisas normalmente eram.

Momentos mais tarde, pôde ouvir a voz da moça pela primeira vez e havia um pedido para que se segurassem com firmeza para a decolagem, o que o fez olhar ao redor para entender de onde vinham as palavras, percebendo algumas caixas de som, algo totalmente curioso, o ambiente em seu total era uma descoberta só.

Fora então que aconteceu o ataque aos céus, o pulmão se encheu e alavancou-os para cima e de fato, fora totalmente turbulento e amedrontador, mas por conta da maneira que estava preso ao teto e ao solo ao mesmo tempo, seu corpo simplesmente balançou para cima, baixo e lados, sentindo-se como um órgão solto no grande corpo artificial. Talvez se aquilo se sacudisse um pouco mais, poderia até ficar enjoado. As cargas da força G que sentia eram como uma mão que o empurrava, só aliviando com os demais motores e aparelhagem que eram usadas para fazer a máquina se manter entre as nuvens, mas que mesmo assim, como um viajante de primeira instância, sentia a ponta dos membros pesados e fora uma sensação um tanto desagradável.

Pela janela, não mais existia solo e Ponta Nevada era uma mera lembrança deixada à sua própria sorte contra seus invasores. Evitaria pensar naquele lugar, mesmo que tenha sido palco de sua vida inteira e agora, apenas queria saciar sua curiosidade infantil daquelas coisas estranhas, das pessoas que circulavam por ali e da dupla que manejava tudo com precisão e conhecimento.

Não sabia se havia uma cabine para si e bagagem apenas a emocional, então após entediar-se vendo a vastidão branca das nuvens, o céu limpo acima delas, procurou uma escadaria ou coisa semelhante que pudesse enrolar-se e descansar um pouco sem atrapalhar o tráfego dos demais fugitivos.

Talvez fosse impossível simplesmente repousar, pois a barulheira do vento lá fora, o movimento de ida e vinda dos passageiros e mesmo o corpo frígido da madeira vibrando diante da orquestra dos motores eram algo que o deixavam desconfortável e com isso, desistiu da ideia e saiu de seu "esconderijo" e como um animal doméstico, se espreguiçou esticando-se e curvando a coluna, abrindo a boca e fechando todos os olhos, mas assim que terminasse o seu yoga improvisado, abriria todos ao mesmo tempo apenas para uma piscada de lubrificação do mesmo.

Caminhar por ali era estranho, não sentia estabilidade e era muito mais rápido e funcional colocar duas patas no teto e quatro no chão, movendo-se mais uma vez como se deslizasse por ali, procurando a dupla de viajantes, que provavelmente estariam na cabine de navegação, onde antes houvera visto todos os botões e utensílios de manobra para a navegação aérea.

Uma vantagem de seus olhos serem pelo corpo todo, é que nenhum lugar é realmente "uma cabeça", então não precisaria fazer qualquer coisa para ver acima, erguendo a cauda e abrindo os três olhos que haviam por ali, transformando a outra extremidade em uma espécie de rabo com dentes e um pompom alaranjado de cílios.

Tentaria avistar se ambos estavam ali e com a presença de qualquer que seja, alavancaria-se para a cabine com eles, evitando tocar no painel onde tinham todos os comandos de movimentação da embarcação, mas grudaria-se nas paredes opostas como uma aranha, observando-os trabalhando e provavelmente perceberiam sua presença, o que o faria contorcer o corpo igual um pano úmido retirando água, erguendo a parte da boca, mas ainda os observando com a cauda.

- Passei longos anos em Ponta Nevada, então eu desconheço minha própria história ou origem, creio que tenha nascido lá mesmo e com um único objetivo que é intrínseco de meu ser. Por muito tempo, isso fora minha vida, mas não mais desde que Urlsson assumiu aquelas terras... - Bateu os dentes por um momento, sentiu os batimentos cardíacos acelerados no que poderia voltar a surtar mais uma vez, então simplesmente deu um tempo para se acalmar e por fim, com a voz fraca, falou algo inaudível, pigarreando para falar de verdade. - Se vocês puderem... Me atualizar, em como anda o mundo, para onde vamos, o que eu devo fazer e como posso ajudá-los, pois eu não tenho coisa alguma e me sinto deslocado aqui em cima. Não conheço essas pessoas e vocês são as pessoas mais próximas que eu tenho de "familiaridade" e isso apenas por conta de minha raça, o que nem seus nomes eu sei.
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Mensagem por Mephisto Qua maio 01, 2024 10:46 am

E tem Cem Olhos
Post 06

Aquele ambiente não era um lugar natural para o yokai que simplesmente estava preso ainda a sua vida antes de tudo aquilo. A maioria das pessoas apenas se recostavam em suas poltronas e relaxavam, até mesmo idosos e crianças pequenas dormiam tranquilamente após o fim da turbulência. Com uma tranquilidade ímpar, que certamente era superior a voar em qualquer montaria ou carruagem que já estiveram antes.

Definitivamente muitos poderiam crer que aquilo é o futuro das viagens, se não fossem os caros custos de produção certamente já teria dominado os ermos. De qualquer forma o Hyakume devido ao seu desconforto partiu até a cabine, vendo que o coelho estava por ali brincando com o que parecia ser uma bola de borracha. Ela era grande claramente ela poderia suportar ele de pé na sua forma animal, pelo tamanho. A corda era relativamente grossa, e poderia ter uma resistência que passasse alguma segurança.

Ele tinha amarrado aquela corda no teto, em uma aba que normalmente serve para segurar com as mãos. Mas talvez o que mais impressionasse é que diferente de como fora visto do lado de fora, ele estava na sua forma animal, sendo basicamente um coelho comum naquele instante, ficando pequenino. Ele estava inicialmente saltando por cima da bola e as vezes se agarrando nela e se balançando, parecia a forma dele de matar o tempo enquanto o dirigível seguia. Conforme o rapaz começou a falar, ele ficou de pé nas quatro patas em cima da bola enquanto ouvia ele com as grandes orelhas atentas.

Ele ficava fofo, afinal ele era um coelho com um terninho e chapéu, certamente uma figura admirável e única.-Vejamos, de quanto tempo você fala, e até onde você sabe? Digo, eu preciso mais ou menos de um referencial de por onde começar. -Disse o coelho branco ajustando sua lapela com as patinhas enquanto esperava o que o rapaz tinha a dizer.

Já quanto a moça ela não parecia se desconcentrar, ficando em alerta boa parte do tempo, e não desfocando do caminho, estando firme no que parecia ser o objetivo criado por eles durante a programação da viagem. Seu olhar se cruzava com o do Hyakume, onde ela sorriu e fez um aceno rápido com a mão, mas não quis entrar muito a fundo na conversa, e deixou o trabalho social para o Usagi.

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Mensagem por Spare Kin Sex maio 03, 2024 9:33 am

- O que eu sei... Sei que fui levado até Ponta Nevada quando ainda era jovem... Não sei ou lembro muito além disso, naquela época, o lugar era basicamente uma vila no pé do penhasco. Havia uma cabana para abrigar viajantes e lá eu servi por muito tempo. Eu era grande e forte, lutei contra grifos e ladrões, assim como quando houve guerra, aprendi a magia para poder, não lutar, mas sim, defender o lugar que me era destinado a manter. Urlsson tomou aquela montanha para si, acredito, que após o crescimento populacional e fim das guerras, e com isso, decretou o fim da magia e com isso, eu fiquei... cinquenta anos? Minhas memórias em cárcere são anuviadas, pois lá eu passei por reeducação para me tornar um bruto como eles eram... Boa parte de minha magia ou força sumiram, eu sou apenas uma sombra do que um dia fui, como se uma vida inteira tivesse passado.

Não iria interferir em seu entretenimento, pois se antes estava brincando e se exercitando, proveria de algo além da bola. Desceria do teto e circundaria o pequeno usagi, oferecendo a pata dianteira para que ele subisse e se assim o fizesse, ergueria-a em curva para que ele pudesse escorregar ou rolar (como achasse melhor) e usasse do corpo do hyakume como um pequeno parque de diversões. Por cada passo que ele fizesse pelo corpo, abriria um olho como se imitasse as pegadas na neve. Se estivesse tímido para escalar o cem olhos, simplesmente usaria a cauda para balançar a bola como um pêndulo. Em todo momento, manteria sua visão nele, não diretamente, mas algo mais fraterno, um cuidado enquanto dava a liberdade para que fizesse o que bem entendesse, mesmo sob supervisão.

- Eu posso estar errado, mas acho que nem todos os hyakume são como eu... Agora, o mistério é saber o motivo de eu ser assim. A única coisa que posso deduzir é que algo ocorreu em meu nascimento ou após eu ser deixado em Ponta Nevada. Seria para assustar os predadores ou pessoas de má índole? Algum erro de encantamento? Isso nunca realmente me incomodou, mas eu tenho essa... Essa curiosidade em saber, talvez o que eu fiz para merecer isso e como posso reparar. - Balançava a cauda sem muito ânimo na medida em que adentrava em memórias mais profundas, dando menos atenção para o coelho. - Meu nome é inventado... Eu não sei qual é o verdadeiro. Quem me gerou? De onde eu venho, originalmente? Se nasci em Ponta Nevada, eu poderia ser um mero dono de estalagem, se era pra proteger a pousada, não? Isso tem um propósito, foi deliberado.

Parou um momento apenas observando o usagi, pois de fato, ele era muito mais carismático como uma pequena criatura, algo que dava uma ânsia para protegê-lo. Seria a fragilidade que era passada pela aparência ou algo próprio de sua raça? Não se importava, apenas que não sentia vontade alguma de machucar e só tinha pensamentos confortáveis diante do pequeno.

- Eu não tenho raiva... Bem... Há uma única coisa que me faz perder o tato e é a mera lembrança do que o jarl fez com a pousada após me prender. Nós tínhamos um acordo de que ele iria tomar meu lugar na proteção da pousada enquanto eu iria para prisão por livre e espontânea vontade. Eu paguei a taxa que ele inventou por conta de minha natureza mágica, ele, por outro lado, deixou que o tempo e invasores fizessem o que bem entendessem com o meu cantinho... - Não era consciente, mas alguns olhos criavam uma auréola ao redor da íris, esta que brilhava ameaçadora. Percebia a respiração mais pesada da raiva que vinha, mas contar para aquela dupla era uma espécie de terapia, pois não estava preso em sua mente ou discutindo com guardas que respondiam ao jarl, então não sentiu a agressividade vindo e sim, um grande pesar, precisando trancar a respiração por um momento e regulá-la, obviamente sendo um assunto delicado para si. - Você falou de Tekkionia... Nunca saí daquela terra nevada, então eu desconheço o lugar, talvez tenha ouvido falar, mas é uma memória distante e familiar, mas igualmente, forasteira ao meu meio. Meus saberes são tão limitados quanto os de um aventureiro de primeira viagem.

Com o usagi sobre si, usaria a cauda para pegá-lo delicadamente, erguendo-o e brincando com ele, movendo a extensão para os lados e o embalando, mas apenas para impulsioná-lo em direção da bola, cuidando para não usar força demais para fazê-lo sair voando além ou mesmo, que se machucasse quando pousasse sobre a esfera.

Lembrou-se de algo e fez questão de expôr isso.

- Talvez eu realmente o seja. - Abria um sorriso com as presas à mostra e erguia o corpo, ficando acima da dupla. - Um aventureiro, hã? Teria que reaprender uma coisa ou outra sobre magia novamente, mas graças a vocês dois, agora estou livre daquele antro de ignorância. Claro, é de minha natureza cuidar de um lugar, eu só não decidi o que e talvez pra isso, eu precise viajar pelo mundo. - Olhava para a garota, que estava completamente concentrada em sua tarefa. - Algum dia, eu gostaria de devolver o que me deram, esse sentimento de gratidão, pois vocês estão metafórica e fisicamente abrindo meus horizontes. Eu serei um mago melhor! Eu terei meu lugar para guardar! - E foi nesse momento em que seus olhos pulsaram em brilho como uma bomba relógio prestes a explodir, mas perdendo a força e simplesmente parecendo ameaçadores. Não era para ser hostil com ambos, mas almejava algo cruel em seu futuro. - Eu terei minha vingança contra Urlsson!
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