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[Narrada/Fechada/+18] Aço-Áureo: Fumaça e Missões

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Mensagem por Seth Qui Abr 04, 2024 5:41 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Aço-Áureo:
Fumaça e Missões
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Seth
— Localidade: Ilha Aço-Áureo
— Descrição: Primeira missão do fórum, então para ir soltando a musculatura e entender o sistema seria uma missão Rank F para a Dead Garden.
— Tipo de aventura: Narrada
— Aviso: Conteúdo delicado que pode vir a acontecer na aventura. Ex:  Álcool, Linguagem Explícita, Conteúdo sensível e Violência  
「R」
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[Narrada/Fechada/+18] Aço-Áureo: Fumaça e Missões - Página 2 Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] Aço-Áureo: Fumaça e Missões

Mensagem por Seth Ter Abr 30, 2024 3:54 pm




Aço-Áureo:
Fumaça  e  Missões



Seth se mantinha posturado e ereto,  enquanto observava de canto de olho a arma da mulher a sua frente com uma leve curiosidade misturada com fascínio, mesmo estando um tempo já na capital tecnológica ainda não estava totalmente acostumado com todos os itens da capital que erm be diferentes de onde vinha, achando o esmo interessante de se ver enquanto esperava por alguma resposta da oficial.


- Se você está indo para aqueles lados, eu diria para me acompanhar... Dead Garden. - Ela tinha total ciência de quem ele era. Colocou a arma no ombro, mas era muito robusta para tal e parecia que carregava um canhão, forçando o bíceps da mesma a aparecer. - Só um momento, me espere do lado de fora.


Seth acentia com a cabeça e saia sem fazer muito barulho pairando alguns centímetros do lado da porta para não obstruir a passagem, o jovem recruta tinha que seguir com certa discrição e não criar alarde numa cidade onde que claramente as notícias voam e qualquer um adoraria uma notícia de seres folclóricos como Achityas para benefícios próprios, seja para lucrar ou abafar uma outra notícia, Seth respirava fundo e olhava o movimento em frente a delegacia, voltando sentir o cheiro característico de metal aquecido que fervilhava na rua enquanto esperava a oficial sair da delegacia, viando um pouco a cabeça para direção da porta quando a mesma apontou para fora, percebendo ela falar com alguém antes de sair mas que não deu para ouvir o tom da conversa, só que ela concordou com o aviso/conversa.


- Meu nome é Alícia Goodwing, sou a encarregada desse caso e me preocupa a sua presença, pois se um Dead Garden está aqui, é que certamente meus colegas não mais estão vivos. - Falava Alicia, se apresentando para Seth após sair da delegacia e seguir ate proximo da rua.


- Prazer, Alicia, meu nome é Seth Akinawa… não posso afirmar sobre eles pois tenho que confirmar ainda sobre o rumor…

“mas caso o rumor seja verdadeiro infelizmente sua suposição tem altíssima chance de estar” pensou o mesmo sem externalizar

Seth pegava um paiol que tinha comprado hoje cedo e acendia enquanto se apresentava, pensou em falar algo a mais, mas sentiu que não seria necessário e Alicia não iria prestar atenção, parecia que muita coisa tinha a mente da oficial, e mais coisas ainda sobre seus ombros. Se fosse um superior de Seth ou se ele fosse de uma patente mais alta, aí sim ela poderia ter isso a cabeça confirmada, mas ele estava ali para confirmar então ainda não estava certo de se tratar de um Achitya, mas de qualquer forma tinham trabalho a ser feito e ficar supondo só encheria a mente e atrapalharia o pensamentos para o que de fato interessa.


Seth ainda se encontrava um tanto surpreso. Um meio cavalo mecânico? Um homem em um traje formal com uma faixa azul chamativa? Uma carruagem que se abre para cima e os convida para dentro? Tudo isso era surreal, como se estivesse em um pesadelo vivido.

Mas, apesar da estranheza da situação, Seth sentia uma curiosidade aguçada. Comprimentado o ‘cavaleiro” que iria guiar a viagem dos dois.

Com cautela, Seth acompanhou Alícia ao entrar na carruagem. A porta se fechou atrás deles, aprisionando-os em um espaço confinado. Uma luz fraca se acendeu, revelando o interior acolchoado e simples. Alícia sentou-se no banco à frente, deixando sua arma ao lado, bloqueando o caminho para Seth. Ele não teve outra opção senão sentar-se à sua frente que sentou sem problemas, tirando a katana de suas costas e colocando a mesma em seu colo.

Um som metálico ecoou no alto e a ventilação começou a funcionar, expulsando a fumaça e trazendo consigo um ar úmido e fresco. Seth observava Alícia, seus olhos cheios de perguntas. Ela, por sua vez, mantinha-se em silêncio, o olhar fixo em um ponto indefinido à sua frente.


- o Caso é o seguinte…


Alicia com seu olhar afiado e fala firme lhe reportava toda a situação em que se encontrava a investigação a ser feita, Seth ouvia tudo atentamente enquanto olhava as folhas que a mesma lhe entregara, seus olhos  fitava cada apontamento do Alicia enquanto ouvia sua explicação para não perder o fio do raciocínio quando uma figura peculiar a familiar ao mesmo tempo vai de encontro com seus olhos, Lenna Dorety, umas das filhas do clã Dorety e um rosto que não era estraho, seria a garota que o olhou com admiração hoje de manhã? talvez… se sim, quer dizer que o que ela viu em sua casa era tudo menos comum.. se era um achitya ai seria outra história, mas que algo fora do comum aguardava os dois, isso sim, já poderia ser afirmado.

e... E é isso. Não temos mais dados algum. Quem os recebeu? Como sumiram? Quais motivos os fizeram não chamar ajuda? - Ela suspirava e se escorava para trás mais uma vez, pegando um cigarro e simplesmente o colocando na boca, sem acender pois o papel estava úmido, parecendo simplesmente ser parte do vício de ter algo pendurado ali, fechava os olhos e levava os dedos em pinça entre ambos e pressionava um pouco. - Esse caso precisava de uma nova unidade, mas com a greve, ninguém se ofereceu e há problemas mais próximos que é de maior prioridade... O que nos trás a você. Se a Dead Garden enviou você, então temos problemas maiores do que eu esperava... - Ela retirou o fumo da boca e o olhou desinteressada, esquecendo que não estava aceso e logo lembrou-se do motivo, devolvendo-o aonde estava, brincando com este para passar o tempo. - Agora me responda... Qual sua posição? Você é algum combativo e purificador? Não quero enfrentar um Achitya sozinha, mas por falta de pessoal, talvez o que eu queira não seja realmente relevante, certo? - Ela dá um sorriso irônico enquanto olhava para ele de soslaio.


Seth via que a mesma estava dispota a ajudar mas ao mesmo tempo estava bastante esgotada com tudo que estava acontecendo, o jovem Alfhdir suspirava enquanto traga seu paiol antes de responder algo e retirava outro paiol do bolso, oferecia a mesma e se Alicia aceitar se aproximaria da mesma para acender o paiol ofertado pela ponta do seu enquanto traga o mesmo, enquanto esperava ela tragar o dela, esperando alguns segundos só para ela relaxar um pouco depois da sequência de falas e perguntas para alinhar as ideias no lugar, após um tempo e um suspiro o jovem começou sua fala.


- Não sei se vocês tem problemas maiores ou menores senhorita Goodwing, de fato temos um caso, mas só após verificação saberemos o que de fato aconteceu e que tipo de visitante era esse que apareceu… Sou um deadman, e minha missão aqui é investigar o que aconteceu… mas claro em nenhum lugar do mundo deixaria alguém enfrentar um Achitya enquanto eu ficasse olhando de braços cruzados - Seth encostava a mão no cabo da katana - pode ter certeza que seria de grande ajuda.


- Aliás, se quiser dormir um pouco, a viagem demora duas horas se o trânsito estiver bom... Três se algum acidente tiver acontecido, esteja livre para se preparar como achar melhor…


- Agradeço pelas informações, farei isso.

Seth ainda dava um sorriso e assim voltava a tragar o cigarro até acabar, após o mesmo se debruçava com todos o papeis e relia agora por ele mesmo, sem a direção de outra pessoa, relendo os relatos e do encontro e vendo as fotos de todas as pessoas envolvidas, olhando mais uma vez para Lenna Dorety, para ter certeza se foi ela que viu e se visse novamente iria reconhecer na mesma hora tanto ela quanto os outros.
Enquanto foaliava e passava algum tempo o jovem pegava uma de suas porções da familia e bebia, alguns leves tremores já estavam acontecendo em sua mão e bebia logo para ter uma coisa a menos para se preocupar quando descesse no destino.



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Mensagem por Spare Kin Ter Abr 30, 2024 7:08 pm

Seth retirava outro paiol do bolso e oferecia para Alícia que olhou curiosa e surpresa, mas não negou a oferta, retirando o cigarro dos lábios e o devolvendo para o maço no bolso. Pegou o aceso e o encostou no que se tornava seu, tragando para puxar a brasa e protegendo com a palma para que a umidade do ambiente não estragasse o fumo, mas que por não ser um papel fino, conseguia queimar apenas com o calor em seu conteúdo, mas não produzindo muita fumaça. Ao mesmo tempo em que isso ocorria, o rapaz explicava o que sabia e era o mais transparente possível com ela, ainda reforçando que se houvesse combate, mesmo ele não sendo uma unidade de enfrentamento, certamente estaria disposto a sangrar por ela, o que a fez olhá-lo diretamente nos olhos, como que analisando-o e logo concordou e devolveu o palheiro para que ele seguisse seu próprio fumo.

Alícia o deixava em paz agora e aproveitando seu tempo (sabendo que teria algum), ele realmente aproveita a calmaria antes da tempestade antes de focar no que realmente interessava.

Abaixou a cabeça e estudou. Revisitou o mapa da casa dos Dorety, vendo que era realmente um casarão, mas por conta das cinco pessoas que lá viviam, era até lógico ter uma residência grande o suficiente para comportá-los, assim como convidados, empregados e até estocagem dos produtos. O terreno era comprido, como um grande retângulo e ficava abaixo de uma grande estufa que recobria como um domo na frente das portas onde viviam os Dorety, não necessariamente trazendo o clima da horta para as pessoas, mas obrigando que quem adentrasse, passasse por ali, sendo seu próprio mecanismo de segurança, pois sempre se saberia quem viria e mesmo assim, de alguma forma, a "pessoa" fora bem recebida.

Após isso, haviam as fichas, mostrando cada membro da família.
Kaio Dorety:

Ashma Dorety:

Lenna Dorety:

Jun Dorety:

Mila Dorety:

Ignace Miller:

Sigismund Orobo:

Enquanto estava entretido em leituras, sentiu uma fisgada que subia o antebraço e suas mãos começaram a tremer, causando uma preocupação, o jovem bebeu uma poção para se acalmar no melhor "melhor prevenir do que remediar". Alícia não pareceu perceber coisa alguma, apenas voltando o rosto para ele quando levava a mistura aos lábios, mas não querendo incomodá-lo ou se intrometer em sua vida, voltou o olhar para o colo do rapaz, onde estava espalhado o dossiê. Não parecia particularmente interessada, visto que já tivera lido aquilo um tanto de vezes em busca de qualquer coisa que pudesse ajudá-la, mas sem uma visita ao local, estavam bem limitados.

O decorrer da leitura eram burocracias, como modelos de armas, investigações feitas, permissões, delegações, etc. Nada que realmente contribuísse para o caso, mas que eram necessárias de se colocar. Alícia estava curiosa e arqueada, já na ponta do fumo, descartando-o para a lixeira ao seu lado direito. Ela puxou sua jaqueta e a vestiu, puxando do bolso no peito um pequeno pano bordado, este que ao ser aberto, tinha pequena balinhas de coco a serem saboreadas, oferecendo para o seu atual parceiro e nisso, a carruagem pareceu sair um pouco do trajeto apenas para retornar e se ouviu o cocheiro reclamando quando uma cabeça negra apareceu pela abertura acima.

- Ka Kaw! Deadman, divida seu ganho com seu humilde escudeiro, ka kaw! - O corvo brotava abrindo seu bico, mas não conseguia adentrar na câmara que ambos estavam. Alícia se assustou e quase arrancou a cabeça da ave, só não o fazendo ao ouvi-la falar e compreender que era um membro da Dead Garden. Todavia, este ignorou completamente a policial, abrindo o bico para receber uma balinha diretamente das mãos de Seth (ou pegando no ar se o mesmo atirasse). - Deadman, ouça com atenção. Você não pode entrar em combate, seu trabalho é só de reportar para um Nightwalker. Estarei de olho em seus atos, mas se precisar de ajuda, me chame e eu sinalizarei para que alguém venha. Seu treinamento não o especializa em enfrentamento. A sua vida é só sua, mas um Achitya pode alastrar seu terror caso você falhe.

A carruagem parava completamente e a ave sumia, fazendo seus "ka kaw" e saindo dali, deixando algumas penas caírem sobre a dupla. Alícia estranhou e puxou uma pequena alavanca em seu lado esquerdo e a porta se abriu para cima, soltando seus degraus e ela logo desceu, deixando a arma para trás no banco. Antes que ela pudesse dizer algo, o corvo ia até o solo e olhava para Seth.

- Me desculpe, oficial, não consigo me concentrar na direção com essa criatura se debatendo.

- Tudo bem, Hugo. - Ela dizia e se abaixava, tentando pegar a ave, mas a mesma dá um salto para trás, abrindo suas asas negras e bicando a mão da mulher com uma velocidade que ela só teve o reflexo depois que já fora atacada, recolhendo-se. - Mas que merda?!

- Deadman! Deadman! Mantenha-se em sua missão, não faça além do que consegue. - O corvo virava o rosto e o olhava diretamente no olho, de uma negritude tão profunda que era possível o rapaz se ver, então, de forma ameaçadora ele falou. - Ou terei que reportar a sua morte, dos envolvidos e caso eu esteja errado e você, de alguma forma sobreviver, terá que lidar com os Nightwalkers... Você tem somente a sua missão e a Dead Garden. Essa garota é inferior a você e você é inferior a um Achitya. Faça por merecer seu cargo...

Alícia parecia irritada, mas olhava a ave enquanto erguia os ombros, estressada, mas não mostrou nenhum sinal de hostilidade, apenas aproveitou que estavam no meio do nada e se espreguiçou, colocando as mãos na cintura enquanto olhava o horizonte. O campo ao redor deles era ainda com algumas casas ali e aqui, coisa pequena, mas no mais eram pequenas colônias agrícolas com pouquíssima vegetação fora de seus domos. Ao longe, Alícia apontava e retornava sua postura.

- Lá é a casa dos Dorety, nosso destino final... Hugo irá nos deixar na entrada e irá embora, afinal, ele não é um Jaqueta, apenas um contribuinte. - Enquanto ela falava, o corvo alçava voo e sumia dali. O lugar que ela apontava era um grande casarão branco em meio a árvores cuidadosamente plantadas ao redor, mas que em sua frente havia um estufa gigante. Seus arredores tinham travas elétricas, nada mais sendo que núcleos altos que disparavam uma rajada energizada a qualquer coisa que se aproximasse, mas somente "do lado de fora", sendo possível transitar pelo gramado ao redor da casa sem problemas. Dada a distância da residência, era possível ver que talvez fosse necessário cerca de trinta minutor de corrida para chegar até um vizinho, talvez mais para crianças no meio da madrugada. Já, na estrada, vez ou outra passava um caminhão que era quase como um tanque militar, movendo-se com ajuda de esteira e não rodar ou "animais mecânicos", mas era isso, não havendo um real turismo para que as pessoas viajassem até lá, logo, sendo possível descartar ajuda na estrada.

Hugo retirava a cartola e era possível ver o motivo dele usar o chapéu, pois mostrava sinais de perda de cabelo. Ele batia um pouco para retirar as penas negras que estavam presas e subia a seu posto, abrindo a nuca do meio cavalo e enchendo com um pouco de carvão (que ele retirava de um balde ao seu lado) para o restante da viagem. Pronto para continuar, talvez mais uma hora e estariam lá.

Pelo lado da policial, ela parecia bem menos esperançosa agora, pois se antes ela demonstrava autoridade e cansaço, agora era um animal ferido esperando ser abatido. Adentrou na carroça e colocou a mão na arma, como se procurasse segurança na mesma, mas de acordo com o corvo, ela era mais fraca que o rapaz em sua frente e este, era incapaz de lidar com um Achitya sozinho. Mas mesmo assim, não perderia a compostura, o que certamente a deixava inquieta, cruzando as pernas volta e meia, limpando a arma e mexendo na mesma, como se tivesse algum problema, suspirando vez ou outra, se martirizando mentalmente. Caso Seth tentasse ser compreensivo e falar algo, ela prontamente o barraria, pedindo silêncio de maneira abrupta e educada, pois não queria ouvir consolação, apenas sair viva (de alguma forma) após o corvo ter vomitado uma sentença de morte em suas costas, tornando o restante da viagem um tanto angustiante.
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[Narrada/Fechada/+18] Aço-Áureo: Fumaça e Missões - Página 2 Empty Re: [Narrada/Fechada/+18] Aço-Áureo: Fumaça e Missões

Mensagem por Seth Qui maio 02, 2024 5:58 pm



Aço-Áureo:
Fumaça  e  Missões



Na penumbra da carruagem em movimento, Seth, o jovem Deadman, devorava as palavras do relatório com avidez, seus olhos percorrendo as páginas com precisão cirúrgica. O balanço suave do veículo era um mero ruído de fundo para sua mente concentrada, desvendando os segredos do mistério que os aguardava na Fazenda Dorety.

A sua frente, Alicia  observava-o com uma mistura de apreensão e curiosidade. Sua postura rígida e o olhar fixo na arma em sua cintura traíam a tensão que a consumia. A presença de Seth, um estranho da Dead Garden, e a proximidade da cena onde seus colegas sumiram apenas intensificava sua inquietude.

Um breve interlúdio de paz os uniu quando Alicia ofereceu a Seth uma bala de coco, um gesto simples que, por um momento, amenizou a aura pesada que os envolvia. Seth agradeceu com um aceno quase imperceptível, seus olhos ainda fixos nos documentos.

De repente, a carruagem se desequilibrou, saindo dos trilhos sob um grasnido estridente. Karasu, o corvo negro de Seth, surgiu do nada, exigindo seu tributo com um olhar penetrante. Seth, sempre calmo e sereno, dividiu a bala ao meio, oferecendo metade à ave faminta.

Karasu, após devorar a guloseima, cuspiu palavras ríspidas em direção ao jovem, advertindo-o sobre seus limites e a missão que lhe cabia. Seth, impassível, absorvia as palavras do corvo, compreendendo a gravidade da situação.
Alicia, que presenciara a cena, ficou ainda mais tensa. A falta de habilidade da oficial em lidar com Karasu quando a carruagem parou era evidente, confirmando a avaliação do corvo e reforçando a sensação de impotência que a consumia.

- Karazu, siga para a fazenda e mapeie o local e pelo alto.

Seth, por sua vez, apenas adentrou novamente para a carruagem, não tinha como ajudar no momento com palavras, então apenas observou tudo e voltou para seu assento, assim que Alicia entrou na carruagem também o mesmo concentrou seus sentidos no seu EN, tocando no gravitite da Dead Garden, um anel negro em seu dedo para sentir qualquer sinal de Achitya que o mesmo emanasse.

A carruagem retomou seu curso, rumo à Fazenda Dorety, um lugar onde a verdade se escondia, esperando ser revelada por aqueles que ousavam desbravá-la.





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Mensagem por Spare Kin Sáb maio 04, 2024 3:42 am

Seth era frio. Após tudo que Karasu houvera dito sem se importar com os demais, a Jaqueta Azul obviamente ficou ofendida e o rapaz parecia focado na missão, não retrucando com a ave, mas sim, já dando ordens para adiantar a missão e assim, tão logo aquela tempestade vinha, ela ia, mas não mais os acompanhando e sim, indo na frente.

Talvez não tão frio assim, pois de alguma forma, as palavras chegavam ameaçadores até ele e já tomava uma postura menos acadêmica e mais defensiva. Sua aura se expandiu de maneira que ele somente conseguia ver, mas que de alguma forma, Alícia percebia alguma diferença, erguendo a cabeça como se o ar mudasse ou passasse por um filtro. Seth conseguia perceber a magia imbuída na arma dela, no coração de Hugo (um pequeno mecanismo que ajudava o ritmo cardíaco) e o meio cavalo mecânico que corria soltando seu vapor quase que o tempo todo. Colocou o dedo sobre a gravitite no anel e como um olho que procura algo num espaço vazio, deixando um rastro, ele desenhava minimamente no espaço que tinha qualquer interferência que era sentido e de fato, ele riscava como um sismógrafo a área próxima, mas infelizmente, não dava certeza da localidade, apenas que era por ali onde estavam.

Alícia viu o movimento do anel e se arqueou para a frente, ficando no nível dos olhos do Deadman e sem nem esconder que estava o observando, ela fala.

- ...Isso é mau sinal? - Ela dizia levando uma balinha até a própria boca e deixando a palma aberta ao lado, para que o estranho colega pudesse pegar mais uma. Não mais estava com as pernas cruzadas, agora com elas abertas e com a outra palma encostada na coxa, simplesmente solta a esmo. Sua expressão, no entanto, era bem séria. A arma lhe trazia conforto, portanto não era nenhum mistério que ela não conseguiu se conter e usou a mão livre para puxá-la e deixá-la entre as pernas, com a boca do canhão próxima ao rosto da mesma, o que pareceu fazer com que o item tivesse vida e esse mero movimento fez ela brilhar, trazendo um pouco de luminosidade na região do queixo de Alícia, o que deixava seu olhar sério meio morto, vazio, como se ela não estivesse realmente ali.

A viagem seguiu e na medida em que iam adentrando no território dos Dorety, o anel de Seth teve um pequeno momento de selvageria e logo em seguida, simplesmente morreu. Ele estava no terreno amaldiçoado pelo Achitya, não havia o que o anel anunciar que não pudesse ser visto a olho nu, cumprindo assim o seu papel de guia. Após um pequeno solavanco, Hugo desceu de seu posto e abriu a carruagem para a dupla na frente de uma grande estufa transparente, parecendo apenas uma bolha de sabão muito fina.

- Aqui estamos, pessoal. - Ele batia nas costas do meio cavalo e o mesmo se abaixava como se fosse pastar, mas na verdade ele abria a nuca e mostrava seu interior sujo de brasas. Como um verdadeiro cavalheiro, ele oferecia a palma para Alícia descer e a mesma, mesmo que não precisasse, aceitou a gentileza após engatilhar a arma e quando saiu, já a colocou no ombro, ameaçadoramente robusta. Agora era a vez de Seth e o homem também ofereceu a mão para ajudá-lo a sair dali, soltando um sucinto "senhor?", já que nem todo mundo aceitava o pequeno ato. Com ambos fora da carruagem, ele a fechava e subia de volta a seu assento, pegando o balde ao seu lado e o jogando contra a nuca do meio equino, o preenchendo de carvão que começava a queimar de forma preguiçosa, esquentando aos poucos enquanto ele conversava com a dupla.

- Obrigada, Hugo. Não sei por quanto tempo ficaremos aqui, então por favor, volte para a cidade, não irei atá-lo aqui. Faça um bom retorno.

- Sei que não é de minha conta, sou apenas um mero cocheiro, mas desejo a ambos toda a sorte do mundo e por favor, cuidem-se lá dentro. Vocês são jovens demais para se meter em perigo assim, mas o que eu sei, certo? Se eu pudesse ajudá-los mais, eu certamente o faria.

- Já fez o suficiente, meu bom senhor. - Falava Alícia de forma graciosa, mesmo que sua face séria não demonstrasse, pois o seu sorriso era manchado pelo olhar afiado.

Hugo ajeitava a cartola na cabeça e segurando apenas a sua ponta, ele olhava para Seth e se despedia com um leve cumprimento, como fizera ao encontrá-lo. Olhou-os por um instante como se fosse a última e com grande pesar de um pai abandonando seus filhos para o desconhecido, o homem pegou uma varinha de aço, batendo contra o meio cavalo que se ajeitava e com um imã, se conectava na "cabeça do animal" e assim, ele guiava para fazer a volta e sair dali, erguendo a mão livre para dar um adeus silencioso para a dupla, mas Alícia já não mais o estava observando, pois ia até a porta da frente da estufa.

Antes que ela pudesse abrir, bater ou chamar a atenção, um grasnado rouco e conhecido vinha de cima e pousava no ombro de Seth, olhando-o no olho numa proximidade um pouco demais, logo ele enfiava a ponta do bico entre seus cabelos, colarinho da camisa, parecendo procurar algo, mas não achando o que queria, parou e soltou um "ka kaw" desapontado, batendo as asas com velocidade e deixando que uma pena caísse e ficasse presa no peito do rapaz.

- Tudo parece normal por aqui. Simplesmente não tenho coisa alguma a relatar. Mas bem, isso é pelo céus. Há uma torre um tanto assustadora que me deixou apreensivo em sobrevoar pela casa, pois ela soltava algumas descargas elétricas e bem... Agora é seu trabalho. - Alícia se escorava na porta enquanto observava a conversa deles, mas certamente ficava irritada em ouvir a última parte, pois o corvo nem ao menos se esforçava em incluí-la na missão, o animal, por sua vez, não poderia se importar menos com alguém que não fizesse parte da organização e ao sentir o aroma do doce, ele bicava a bochecha e a proximidade do lábio inferior de Seth, tentando pegar algum farelo inexistente, bicando a pele como se esta fosse o doce em si, mas não era forte o suficiente para machucá-lo, apenas queria ver se conseguiria "separá-lo" para comer. Desapontado em não receber o que queria, ele simplesmente se manteve quieto no ombro do Deadman, afinal, se ele não conseguia voar por cima, ele precisava se manter próximo do rapaz de alguma forma.

Após o término da conversa, Alícia se virou e bateu duas vezes com as costas do punho na porta metálica e aguardou. Não houve resposta imediata, então ela bateu mais uma vez e verificou se havia algum dispositivo que pudesse fazer comunicação dali com a a parte interna, mas em primeira instância, nada.

Aguardou cerca de dois minutos e colocou a mão na maçaneta, simplesmente a empurrando e a porta se abriu e o corvo soltou um pequeno som de surpresa, que distraiu um pouco a mulher como se alguém estivesse atacando-os por trás, mas após uma última olhada, ela empurrou a porta inteira e sem falar coisa alguma, observou o interior da estufa antes de adentrar.

O lado interno estava normal, as plantas bem regadas e verdejantes. Não haviam trabalhadores e mesmo que fosse algo incomum, era esperado que não se vissem-nos por ali. O clima era um pouco mais quente, o que fazia o corvo se abanar e ambos humanos começarem a sentir o ambiente abafado, obrigando que Alícia retirasse a jaqueta dos ombros e amarrasse na cintura. Por não haver vento dentro daquele domo, o ambiente era bem silencioso e quando a policial pisou numa folha caída, os músculos dela se contraíram, mas ela só olhou para baixo. Havia algo inexplicável no ar, algo opressivo que os deixava em alerta, mesmo não tendo nada ali, era uma presença invisível.

A arma de Alícia fora engatilhada e ela retirou a trava de segurança, que a fazia brilhar como se fosse explodir, fazendo com que um arco-íris iluminasse o ambiente.

- Você está sentindo isso? - O corvo cochichava no ombro de Seth. De fato, aquela pressão não era comum, ou deveria ser inexistente mesmo dentro de um ambiente abafado. Os pelos do braço do rapaz se eriçavam assim como o corvo movia sua cabeça para os lados, se espanando do sentimento que pegava a todos. Logo um grasnado que fora até mais forte do que o animal queria, chegou aos ouvidos do jovem, sendo a última coisa próxima que ele poderia ouvir, pois agora um evento tomaria conta de sua visão e audição completamente.

O céu, além daquela abóboda, não mais era o azulado com parcas nuvens e sim, algo totalmente de outro mundo, literalmente. Havia uma espécie de nebulosa do lado de fora, que permeava tudo. As estrelas eram tão presentes que era quase como se pudesse tocá-las. Havia uma, em especial, que estava engolindo poeira e dejetos espaciais, pulsando fracamente. O corvo parecia hipnotizado e Seth conseguia ouvir os batimentos da pequena criatura ao seu ombro.

Aos poucos ela começou a girar e diminuir, que quanto mais ficava menor, mais rápida ficava e até que entrou num ponto de colisão em que era impossível se manter assim e ela explodiu, fazendo um brilho forte que de imediato fez com o corvo caísse no chão, inerte. Era a coisa mais bela já vista, pois diversas cores se expandiam pelos cosmos, o que infelizmente vinha uma onda de choque consigo, que em primeiro impacto contra o domo, uma ventania tão forte que era visível, empurrava toda e qualquer poeira terrestre que havia por ali, não demorando para logo em seguida ela se estilhaçar em milhares de pedacinhos que eram quase como se as estrelas estivessem caindo aos pés de Seth, mas ele sabia o que ocorreria em seguida, quando a onde o encontrasse, seu corpo seria queimado no lugar e logo e em seguida, tudo que pudesse se desprender e ser arremessado, assim o faria, como roupas, itens e até sua própria pele.

Mas a arma de Alícia caía no chão.

Seth retornava para a fazenda, o domo intacto e o coração batendo fortemente pelos eventos cósmicos a recém vivenciados, assim como o fôlego que fora roubado. O corvo estava no chão, tendo pequenos espasmos demonstrando que ainda estava vivo, mas desacordado como se pesadelos se apossassem dele. A Jaqueta Azul, por sua vez, tinha caído para a frente e convulsionava.

A porta da frente da casa se abria e uma garota pequena vinha correndo até eles com um pequeno kit médico em mãos. Ela não parava, simplesmente caía de joelhos e quase caía completamente no chão, algo que o seu kit fazia, abrindo-se e jogando algodão, palitos e um frasquinho de álcool por ali, mas ela não tinha tempo para juntar aquilo. Pegou Alícia, mas uma mulher adulta ser virada por uma criança era um trabalho simplesmente impossível, mas ela começava a chorar pelo esforço e medo, tentando deixar que a policial ficasse de barriga para cima.

- Moço! Vá chamar a minha mãe! Ela precisa de ajuda! - Gritava Mila Dorety.
Spare Kin
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