[Narrada/Fechada +18] Mil e uma noites

Se íamos sobreviver, precisaríamos enfrentá-lo com tudo que tínhamos.


O tempo estava se esgotando, e a escuridão que se aproximava era mais profunda e perigosa do que poderíamos imaginar.


O peso da expectativa era quase tangível. O esforço para descobrir a verdade sobre Eldric agora se transformara em um jogo mortal de gato e rato. Enquanto processávamos o que havíamos encontrado na câmara subterrânea, nossos pensamentos estavam focados em uma missão: parar Eldric antes que fosse tarde demais.


— Precisamos de mais informações sobre esse ritual — disse Vanessa, entregando a lamparina para Isabella. — Há algo nos símbolos que pode nos ajudar a entender o que ele está fazendo.


Isabella, agora segurando a lamparina, observava atentamente os símbolos nas paredes. — Esses sinais estão ligados a antigos cultos de sacrifício. Se conseguirmos decifrar o que significam, talvez possamos reverter o processo ou impedi-lo de completar o ritual.


Aproximei-me de Vanessa e murmurei: — O que sabemos sobre os aliados de Eldric? Alguma pista sobre quem ele pode estar manipulando?


Vanessa hesitou, olhando para o chão. — Sabemos que ele tem aliados, mas a maior parte é manipulação direta. A presença desse altar, no entanto, sugere que há algo mais profundo em jogo.

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Isabella interrompeu nossa conversa, apontando para os símbolos. — Isso está relacionado a rituais de energização. Se Eldric está absorvendo energia, ele está criando um vínculo que o fortalece.


— Então temos uma chance — disse Vanessa. — Se ele ainda estiver consolidando poder, talvez possamos quebrar seu controle. Precisamos agir rápido, antes que ele termine o ritual.


Concordamos e nos dirigimos à biblioteca da mansão, procurando por textos que pudessem nos ajudar a entender mais sobre os rituais. Sabíamos que o tempo estava se esgotando.


A biblioteca estava em ruínas, livros e pergaminhos espalhados. Vanessa começou a vasculhar os volumes mais antigos, enquanto Isabella e eu buscávamos algo relevante.


Após horas de busca, Vanessa encontrou um livro antigo. — Aqui está. — Disse ela, lendo em voz baixa. — O ritual de absorção que vimos. Se conseguirmos interrompê-lo, poderemos enfraquecer Eldric.


— Como fazemos isso? — perguntei, esperançoso.


— Precisamos de um contra-ritual. Devemos realizá-lo no mesmo local onde ele está canalizando a energia.


Preparados e com o plano em mente, voltamos ao túnel. A sensação de expectativa era intensa, mas estávamos prontos para enfrentar Eldric.


Chegamos à câmara e começamos a preparar o ritual, cercados por uma energia vibrante e ameaçadora. Sabíamos que o confronto final estava prestes a acontecer.


— Vamos terminar isso — disse, olhando para Vanessa e Isabella. Não podíamos deixar que Eldric vencesse.


A batalha estava prestes a começar. A sorte do nosso destino dependeria de como enfrentaríamos Eldric.

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A câmara onde o altar estava localizado vibrava com uma energia inquietante, quase sufocante. Vanessa, Isabella e eu trabalhávamos com uma urgência palpável, conscientes de que o sucesso do contra-ritual era nossa última chance de derrotar Eldric. Os símbolos de proteção traçados no chão e nas paredes cercavam o altar, enquanto os itens sagrados, cuidadosamente dispostos, aguardavam o momento certo.


Vanessa ajustou a pequena vela dourada no centro do altar, e Isabella inspecionava os componentes mágicos ao redor. O som de nossas respirações pesadas e o sussurrar dos feitiços ecoavam pela câmara, carregando o ar com uma sensação esmagadora.


— A energia aqui está crescendo — disse Vanessa, com a voz levemente trêmula, observando o altar cintilar. — Precisamos terminar logo antes que Eldric perceba o que estamos fazendo.


Eu apenas assenti, sentindo o peso da responsabilidade pressionar meus ombros. Estávamos em território desconhecido, e cada palavra pronunciada parecia nos conduzir a um confronto inevitável.


— Está tudo pronto — anunciou Isabella, com um olhar firme. — Vamos começar.


Nos posicionamos e começamos a recitar as palavras antigas dos textos que havíamos encontrado na biblioteca. As palavras ecoaram pela câmara, e a energia no ar se intensificou, como se respondesse ao poder que tentávamos invocar.

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O altar começou a emitir um brilho prateado, e os símbolos traçados no chão e nas paredes adquiriram uma tonalidade vibrante, quase viva. Uma sensação paradoxal de calor e frio se espalhou pelo espaço, enquanto a câmara parecia ser envolta por uma aura de poder crescente.


Foi então que ouvimos um som baixo e sinistro vindo do túnel. A presença de Eldric se aproximava rapidamente, e a pressão sobre nós aumentou. Vanessa e Isabella se posicionaram, prontas para defender o altar, enquanto eu mantinha o foco nas palavras do ritual, tentando ignorar o pânico crescente que ameaçava tomar conta.


De repente, a sombra de Eldric projetou-se na entrada da câmara. Sua figura imponente e carregada de uma malícia opressiva preencheu o ambiente. Seus olhos brilhavam com uma intensidade cruel, e seu sorriso cínico refletia o prazer que sentia ao ver nossa aflição.


— Então, vocês acham que podem destruir tudo o que construí? — disse ele, sua voz ecoando com um tom de zombaria fria. — Vocês não têm ideia do que estão tentando enfrentar.


Sem dar-nos tempo de reagir, Eldric avançou, e uma onda de energia negra se espalhou pela câmara. As luzes e os símbolos que havíamos invocado começaram a oscilar, e o altar vibrava, como se lutasse contra a influência maligna que Eldric lançava sobre ele.

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A câmara parecia tremer com o choque de forças opostas, enquanto o poder que tentávamos canalizar lutava para não ser engolido pelas trevas. O ambiente estava carregado com uma pressão quase insuportável.


— Não deixem ele interromper o ritual! — gritei, minha voz quase sufocada pelo caos ao nosso redor.


Vanessa e Isabella enfrentavam as investidas mágicas de Eldric com uma coragem impressionante. Vanessa conjurou um feitiço de proteção, erguendo uma barreira temporária para conter a energia sombria que Eldric lançava contra nós. Ao seu lado, Isabella atacava Eldric com feitiços precisos, tentando desestabilizá-lo e abrir uma brecha.


Eu mantinha o foco no ritual, recitando as palavras antigas com uma concentração excruciante. O poder ao nosso redor oscilava constantemente, e o altar era o epicentro dessa batalha mágica. A cada segundo, parecia que a força de Eldric estava prestes a nos esmagar.


Eldric se aproximou do altar, as mãos erguidas em um gesto ameaçador, determinado a interromper o ritual e reafirmar seu domínio sobre a mansão. As sombras ao seu redor se tornaram mais densas, e a atmosfera se encheu de uma sensação sufocante de desastre iminente.


As forças de Eldric colidiam violentamente com nossa proteção, e a batalha mágica se intensificava. Cada movimento, cada palavra recitada era crucial para o sucesso ou fracasso do ritual.

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O altar brilhava com uma luz prateada, lutando contra a escuridão. O som dos feitiços recitados ecoava pela câmara, entrelaçando-se com os rugidos de Eldric.


Vanessa, visivelmente exausta, tinha as mãos trêmulas enquanto mantinha a barreira de proteção. Isabella, embora mais firme, também começava a sentir o peso da batalha, suas feitiçarias precisas agora exigindo cada gota de concentração que restava.


— Ele está tentando romper a barreira! — gritou Vanessa, com o desespero crescendo em sua voz. — Se ele conseguir, estaremos acabados!


Eu sabia que o ritual não podia ser interrompido. Cada sílaba que eu recitava era carregada do peso de nossa esperança, e um erro significaria o fracasso total. A energia prateada que emanava do altar começou a brilhar mais forte, como se estivesse reagindo à ameaça de Eldric com um poder renovado.


Eldric avançava, seus olhos brilhando com uma fúria fria e sinistra. Seus feitiços de escuridão pareciam cada vez mais poderosos, alimentando-se de nossa exaustão e medo. A presença dele dominava a câmara, espalhando uma sensação de pavor e crueldade.


— Vocês acham que podem me deter com esse truque insignificante? — zombou Eldric, sua voz gélida ecoando pela câmara. — Vocês não são nada diante do poder que estou prestes a invocar.

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Eldric não estava apenas se referindo ao poder que já possuía, mas ao que ele estava prestes a adquirir se conseguisse concluir seu próprio ritual. O peso de suas palavras era inegável — sua força era imensa, e sua determinação em manter o controle sobre a mansão e sobre nós era clara.


No entanto, nossa determinação permanecia inabalável. Sabíamos que não podíamos ceder, que não podíamos deixar Eldric triunfar. A luz prateada das gravuras no altar brilhavam com intensidade crescente, expandindo-se e empurrando as sombras de Eldric para longe. O altar respondia ao nosso esforço, mas a força de Eldric era colossal.


Com um grito de puro esforço, Vanessa lançou um feitiço de amplificação sobre o altar, fazendo a energia expandir ainda mais. Logo em seguida, Isabella lançou um feitiço de contenção, mantendo as sombras distantes.


O altar começou a emitir uma frequência energética palpável, como se a própria luz tivesse se tornado sólida. O poder do ritual estava crescendo, tentando romper o controle de Eldric sobre o ambiente. As sombras recuavam, enquanto a luz inundava a câmara.


Eldric, porém, não estava disposto a se render. Ele intensificou seus ataques, lançando rajadas de magia que faziam a câmara inteira tremer. As paredes pareciam se contrair e expandir,em contrações aterradoras, o chão vibrava sob nossos pés, como se a própria mansão estivesse cedendo à pressão. A luta estava no limite, e o destino de todos nós estava por um fio.

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Com uma determinação feroz, Vanessa e Isabella mantinham-se firmes. Suas magias se entrelaçavam em uma dança de luz e sombras, enquanto eu, concentrado no ritual, recitava cada palavra com precisão, garantindo que o contra-ritual atingisse sua potência máxima.


A câmara estava envolta em uma batalha frenética entre luz e trevas. O altar irradiava uma energia pura e avassaladora, enquanto as sombras de Eldric tentavam consumir tudo ao seu redor, distorcendo a realidade. Parecia que o próprio espaço estava se dobrando à vontade de Eldric.


Seu poder parecia imbatível. Magias sombrias criavam distorções no ar, enquanto as paredes da câmara contorciam-se, como se fossem feitas de algo maleável, respondendo às forças colossais em choque. O chão tremia com cada explosão de energia, e a sensação de colapso iminente tomava conta de nós.


Vanessa e Isabella estavam exaustas, mas seguiam sem hesitar. Vanessa mantinha os feitiços de proteção, enquanto Isabella erguia barreiras de energia. A luz prateada do altar continuava a lutar, mas o esforço exigido de nós era sobre-humano.


Eu recitava as palavras do ritual com uma força descomunal, tentando canalizar a energia do altar da melhor forma possível. Cada sílaba era uma batalha, uma tentativa de neutralizar a presença esmagadora de Eldric. A energia ao meu redor se tornava mais intensa, como se a câmara resistisse ao poder que estávamos tentando liberar.

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De repente, Eldric, em um acesso de fúria, lançou um ataque devastador, uma rajada de energia negra que atingiu em cheio a barreira de proteção de Vanessa. A explosão foi tão violenta que quase nos lançou ao chão, e as sombras ao nosso redor pareciam se expandir, ameaçando nos engolir.


— Segurem firme! — gritei, lutando para manter meu equilíbrio enquanto a energia ao redor pulsava de maneira selvagem.


As sombras começaram a se fechar, aumentando a sensação de sufocamento e desespero. O altar tremia, e a luz prateada parecia vacilar, perdendo força. A pressão era esmagadora, como se tudo estivesse prestes a desmoronar.


Com um último esforço, Vanessa e Isabella intensificaram seus feitiços. Uma explosão de luz irrompeu, rasgando a escuridão. O brilho do altar aumentava, e senti a energia crescendo dentro de mim. Sabia que aquele era o momento decisivo.


— Agora! — gritei, e todos focamos nossa força no ritual. A energia do altar se expandiu, envolvendo a câmara em uma aura de luz pura. As sombras começaram a recuar, e o poder de Eldric foi abalado. Ele, embora poderoso, estava começando a ceder.


A resistência de Eldric era feroz, ele usava cada fragmento de sua força, tentando reverter o avanço da luz, mas o brilho crescente do altar estava sobrepujando sua escuridão. O altar, agora brilhando de maneira ofuscante, estava finalmente conseguindo neutralizar o poder sombrio que ele impunha.

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Então, um grito ensurdecedor ecoou pela câmara enquanto a energia atingia seu ápice. A luz do altar envolveu Eldric, e as sombras que ele controlava começaram a se desfazer, fragmentando-se no ar como se fossem poeira levada pelo vento. A sensação de vitória era quase tangível, mas também havia um cansaço profundo, o peso de uma batalha que parecia sugar nossas últimas reservas de energia. Sabíamos que o confronto estava chegando ao fim, mas o custo seria alto.


O caos reinava na câmara. A luz do altar, agora quase sobrenatural, expandia-se a cada segundo, enquanto Eldric lutava desesperadamente com sua magia negra para conter o avanço da claridade. O choque e a tensão no ar eram quase insuportáveis, como se o mundo ao nosso redor estivesse prestes a ruir. O poder do altar estava se libertando de forma total, e eu podia sentir a pressão quase física sobre minha pele, como uma força esmagadora.


— Concentrem-se! — gritei para Vanessa e Isabella. O cansaço em seus rostos era evidente, mas a determinação permanecia intacta. As palavras do ritual agora fluíam com uma clareza sobrenatural, e eu as recitava com toda a força e convicção que conseguia reunir.

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Eldric estava tomado pela fúria, cercado por sombras que se contorciam e tentavam escapar da luz que crescia ao seu redor. Seus feitiços sombrios colidiam incessantemente contra a barreira protetora erguida por Vanessa e Isabella, que resistiam com determinação inabalável. Cada raio de energia lançado por Eldric era sugado pela luz emanada do altar, enfraquecendo gradualmente seu poder.


— Não vamos deixar que ele nos derrote! — gritava Vanessa, suas mãos se movendo em rápidos gestos enquanto reforçava os feitiços de proteção.


O poder na câmara parecia aumentar à medida que o ritual se desenrolava. As gravuras nas paredes começaram a brilhar intensamente, respondendo à energia do altar. Era como se o próprio ambiente estivesse se unindo à batalha contra a escuridão. O chão tremia, e o ar estava carregado de uma energia elétrica quase tangível.


Num gesto desesperado, Eldric invocou um feixe de escuridão concentrada, que avançava rapidamente em nossa direção. A energia negra ameaçava romper a barreira criada por Vanessa e Isabella. A luz do altar, agora brilhando com força total, continuava a resistir, mas a batalha era árdua.


— Vamos! — exortei, sentindo o poder do altar crescer em resposta ao nosso esforço. — Estamos quase vencendo!

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