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Mensagem por Morrigan Sáb Ago 31 2024, 23:52

Uma Marca

— Ano/Estação: 840 DG / Inverno
— Pessoas envolvidas:  @Mary  @Rhānshi
— Localidade: Malum'cruz
— Descrição: Buscando refúgio em Malum'cruz enquanto se prepara para viajar para o continente de Satar, ela busca por algum jeito de conseguir uma passagem e quem sabe, algum contato interessante para deixar no mundo dos vampiros.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Violência.
「R」

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Mensagem por Morrigan Dom Set 01 2024, 01:57

01. Fallen
Morrigan, 676 palavras

O frio é uma das coisas que ainda me surpreende.

É como se nunca o tivesse sentido, mesmo que pareça tão próximo de mim. Do lado de fora, o frio bate em meu rosto, deixa-o um pouco mais vermelho do que normalmente é. A carícia gélida ressoa por dentro e por fora, me traz uma lembrança de uma época onde tudo ao meu redor era dourado e prateado. Todo meu mundo era uma grande armadura.

Não sei o que houve, mas a armadura se quebrou. Eu parei aqui. Minhas botas deixando pegadas na neve suja, misturada com lama, de uma cidade de criminosos infames em um canto qualquer de uma terra amaldiçoada. Devia ter algo a ver comigo. Tudo aquilo. Uma maldição que pertencia ao povo, mas também devia ser em parte por mim merecida. Afinal, eu devia estar ali por um motivo...

Mas qual?

Quase me esqueci. Eu estava ali para fugir.

Abri a porta da taverna e o fedor da cerveja barata, do suor condensado dos frequentadores, assim como o ar denso que estava ali dentro veio todo ao meu encontro. Fechei os olhos por um momento, deixando aquela sensação negativa se esvair. Era um pouco repulsivo, tinha que admitir, como se eu tivesse deixado alguém encostar em mim sem minha permissão. Deixando aquele sentimento estranho passar por mim até se dispersar, entrei e procurei por algum lugar para sentar.

Um capuz na cabeça impedia que eu chamasse mais atenção do que o normal. Eu havia descoberto já da minha capacidade de chamar a atenção indevida. Minha beleza não era um motivo de vergonha, mas eu sabia bem que podia ser um motivo de problemas. Existem pessoas que não me interessa impressionar, nem mesmo me interessa atrair. De certa forma, a túnica pesada de lã e revestida de linho trançado me ajudava a reter o calor que aquele lugar oferecia. Seu abraço repulsivo, aos poucos ia se tornando quase aconchegante.

Aloquei-me em uma cadeira no balcão. Meus olhos procuraram por figuras que me pudessem ser úteis. Um homem grotesco e troncudo com as mãos calejadas, poderiam ser um útil guarda-costas, quem sabe? Um outro homem cabelos ralos, dentes retorcidos e afiados, as mãos com dedos finos e ágeis, quem sabe fosse um contato útil para roubar alguém? Havia muitas possibilidades e eu precisava começar a explorar algumas delas. Qualquer coisa que me fornecesse uma ferramenta para que eu pudesse seguir para o continente de Satar. Eu precisava de um plano, mas precisava rápido.

Os vampiros, impuros e todo o tipo de coisa bizarra que habitava aquele lugar não teria por mim qualquer apreço. Eu podia disfarçar ainda minha presença, já que não havia em mim aquela emissão da mesma pulsão de que uma garota humana poderia ter. Em mim havia algum tipo de força emanando, algo desconfortável para a maioria dos seres humanos, especialmente os perversos e que inconscientemente os fazia querer me ignorar, mesmo que por vezes não o conseguissem. De qualquer maneira, era um jogo perigoso. Eu apostava alto, buscando um contato de valor. A recompensa ainda seria alta.

O taverneiro me ofereceu uma bebida. Me voltei para ele e fiz que sim com a cabeça. Foi quando notei ao meu lado um rapaz parcialmente embriagado, seu olhar vazio procurando alguma coisa no fundo do copo. Era um garoto que parecia forte, detinha uma postura um pouco mais trabalhada do que a maioria dos bufões ali. Deveria ter tido uma educação melhor ou pelo menos circulado em lugares um pouco mais refinados. Isso, sobre o mundo dos homens eu já conhecia. As diferenças entre as classes sociais não estão apenas na quantidade de ouro, mas também está na carne, fundida profundamente no próprio ser. Ele poderia me oferecer algo útil, quem sabe, mesmo que temporariamente. A investigação, no entanto, era do meu interesse. Encontrar os recursos certos era uma questão de sobrevivência.

Joguei o corpo mais para perto do rapaz, umedeci os lábios brevemente e olhei para ele, até que minha proximidade atraísse sua atenção.

- Seu copo está vazio. Posso te pagar uma bebida?



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Mensagem por Rhānshi Dom Set 01 2024, 02:04



Infame.


Seus olhos queimavam naquela noite fria, enquanto a sensação de fragilidade tomava conta de seus ossos, como se fossem feitos de vidro. Via seu corpo como um vasilhame vazio, desprovido de qualquer conteúdo, uma casca oca e insignificante. Desejava com todas as forças estar cheio, ser algo palatável, algo que as pessoas pudessem apreciar e valorizar. Esse desejo impuro transparecia em sua feição, revelando uma angústia profunda. Era um quadro deplorável: a imagem de um vampiro que outrora possuía força suficiente para a destruição, agora rebaixado a uma existência que sequer conseguia ser amada. Sentia uma inveja corrosiva pelos seres repugnantes ao seu redor — vampiros e outras raças refugiadas que se contentavam com o mínimo, vivendo de sexo e álcool, aceitando uma existência que, para Rhanshi, era simplesmente deplorável.


De vez em quando, seus olhos vagavam, encarando os fantasmas do passado, sombras de uma glória que se desvanecia a cada dia. Ele passava o tempo estudando os detalhes e nuances que moldavam cada indivíduo presente naquele lugar, identificando facilmente as manias e as formas brutas de agir daqueles que, como ele, buscavam esquecer algo nas bebidas.


Deveria estar dedicando seu tempo aos estudos, aprimorando suas capacidades e expandindo seus conhecimentos, mas, em vez disso, persistia em um ciclo autodestrutivo de visitas a lugares imundos. Acreditava que esse era o destino de alguém vazio, sem nada a oferecer ao mundo, alguém que merecia estar entre os porcos da sociedade, já que não podia se sentar ao lado da alta casta, da alta sociedade, dos intelectuais. Para Rhanshi, sua presença naquele ambiente miserável era a punição justa por sua inferioridade. Estava destinado a permanecer na sujeira.


Sua mente, congelada em momentos de abstração e perturbada por pensamentos sombrios, não notou a presença que se aproximou até que ouviu palavras sendo formadas à sua frente. Levantou o olhar e viu alguém imponente, cuja presença era tão avassaladora que perturbava sua própria aura. No primeiro momento, Rhanshi permaneceu em silêncio, engolindo em seco o sentimento de perigo iminente. Então, tombou a cabeça para o lado, estudando atentamente aquela figura que parecia quase uma miragem em meio à decadência.


Você é encantadora.


Comentou em alto e bom tom, ajustando sua postura na cadeira enquanto um sorriso malicioso se formava em seus lábios, revelando seus dentes brancos e afiados. Seus caninos, em especial, eram um destaque. Rhanshi prezava pela boa aparência e pelo alto intelecto, afinal, e não era todo dia que alguém com tais qualidades surgia em sua frente. Talvez, finalmente, tivesse chegado o dia em que ele se tornaria algo digno de ser possuído por um ser tão belo.


Vamos precisar de mais que uma bebida para essa noite. Um vinho da mais baixa qualidade desta espelunca deve aquecer este diálogo tão único. E quem sabe até mesmo uma taça de sangue, uma iguaria para uma estrangeira tão distinta, poderia tornar esta noite ainda mais quente.


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Mensagem por Morrigan Dom Set 01 2024, 13:29

02. Fallen
Morrigan, 676 palavras

Eu surgi do nada.

Não são muitos seres que podem dizer o mesmo. Mais do que as lembranças do que se é, o que rege a vida humana é a lembrança do que se deveria ser. Ainda tenho lembranças, como se de um sonho viessem, do que eu já fiz e vi, mas não há em mim uma lembrança do que eu deveria ser. Não há um sonho para eu sonhar.

Naquela taverna, parida por uma cidade esquecida, havia muitos mais indivíduos vazios. Não que vieram do nada, mas que era efetivamente considerados nada, não só por outros, mas por si mesmos. Assim como a terra que habitavam só podia parir demônios, seus sonhos não eram mais do que elocubrações do futuro reservado a um ser repulsivo. Algo em mim me dizia que o destino dos demônios só podia ser a dor e a aniquilação.

Aquele impulso profundo dentro de mim provinha de minha natureza ou inveja? Nem mesmo um demônio eu podia ser, tampouco gerar sonhos como os deles. Bem, uma vez que a mim foi negado o onírico, restava o momento presente.

O jovem na minha frente de alguma forma não se espantou. Se algum desconforto lhe acometeu ele rapidamente o reprimiu, pois uma outra parte dele pareceu tomar conta a situação. Fitou-me e me elogiou.

Estranho como um ser em um antro como aquele pudesse ter uma reação tão inocente. Não pareceu me elogiar para me impressionar, mas porque foi a primeira coisa que lhe veio a mente. Foi uma constatação sincera do efeito que lhe causei. Não mencionou a beleza que de fato percebeu ou qualquer coisa física. Mencionou o encanto, pois um encanto pode conter dentro de si aspectos negativos e positivos, tal qual a dualidade da atração que eu exercia.

Não consegui me privar de abrir um sorriso de canto.

Um punhado de frases que se seguiram já me disseram tanto sobre ele quanto eu precisei saber. Sua mudança de postura, do olhar de desamparo para uma rápida atitude interessada já havia me rendido uma noção muito grande de como o rapaz precisava da minha companhia. Estabeleci aí uma ligação. A necessidade é o vínculo primordial entre as criaturas... bem, até onde eu podia dizer sobre as criaturas que conheci.

- Você não me parece um rapaz que se contentaria com algo de baixa qualidade - disse com um sorriso um pouco maior que antes. - Tem certeza que não está perdido nessa espelunca? - Ajustei-me no banco e com a desculpa desse movimento, apoiei-me com o braço sobre o balcão. - E o que é que te diz que eu sou assim tão distinta? Há muitas mulheres estrangeiras por aqui.


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Mensagem por Rhānshi Dom Set 01 2024, 13:49



Infame.


Aquilo não podia ser normal. A maneira como sua aura estava sendo subjugada fazia Rhanshi se sentir como se estivesse sendo esmagado entre duas rochas gigantescas. Ele nunca havia experimentado uma pressão tão esmagadora antes. Seu olhar fixo na figura à sua frente era de atenção absoluta, como o de um falcão, com os olhos fixados em sua próxima vítima. A eloquência nas palavras daquela dama era algo digno de nota, uma música sombria e sedutora que ressoava nas profundezas de sua alma. Suas vestes eram densas, compostas de tantas camadas que até mesmo seu rosto parecia desaparecer no mar de tecidos empilhados, como se a própria escuridão envolvesse cada pedaço de sua figura. Rhanshi suspirou, percebendo o quão atípico seu dia finalmente se tornara.


— Seus olhos... Eles são tão bonitos. Verdadeiras joias.


Sua voz soou mais suave, quase reverente. Sentia seus movimentos se tornarem mais leves, como se tivesse abandonado um grande fardo que carregava por eras. Sem perceber, apoiou os dois braços sobre a mesa, cruzando-os enquanto se inclinava ligeiramente para frente. Havia uma urgência em seus gestos, uma necessidade de se aproximar mais, de desvendar o mistério por trás daquela figura enigmática que, de forma inexplicável, incendiara seu coração frio.


— A única coisa que me traz contentamento, ou alguma sensação de grandeza e satisfação... eu não tenho o direito de sentir. Sou tão impuro, tão manchado pela podridão do que sou, do que fui, e do que ainda serei. Por isso minha punição é estar entre os mais sujos de toda a sociedade, selado à ignorância e ao inferno que é Darkaria. Estou fincado em Malum'cruz até ser absolvido de toda a sujeira que permeia meu corpo.


Rhanshi mal conseguia conter o turbilhão que se escondia nos fragmentos de sua identidade. Sua mente, dividida em tantas partes, duelava internamente enquanto tentava manter a compostura naquela conversa. O sorriso que se formava em seus lábios, agora mais largo e carregado de malícia, revelava que ele estava preparado para qualquer desfecho, seja vivo ou morto, desde que ao lado daquela presença perturbadora.


— Você tem um ar tão superior, uma postura tão dominadora... Tratar-me como um jovem qualquer, logo a mim, que carrego tantas luas de vida, só demonstra que você deve possuir, no mínimo, o dobro de anos que eu tenho. Talvez até mais do que o dobro. Seu rosto é tão belo e encantador, mas carrega uma tristeza e dor imensas. Qualquer estrangeira aqui tem um cheiro desagradável de lascívia, mas você... Você é um perfume melancólico que eu desejaria derramar em meu corpo e marcar para toda a eternidade. Só por isso, você é a mais distinta entre aquelas que são apenas vadias, buscando nada além de foder até a morte nesse lugar sórdido.



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Mensagem por Morrigan Dom Set 01 2024, 15:51

03. Fallen
Morrigan, 676 palavras

É possível mergulhar na escuridão procurando pela luz.

Ao redor da grande luz dos astros, mesmo da estrela mais intensa, há um mar negro e vazio muito maior. Onde começar a procurar, se não dentro da alma daqueles que são tão atormentados e pisados pelo mundo ao seu redor que invés de reagir na mesma proporção se entregam ao sofrimento a eles reservados? Se não há força na caminhada orgulhosa que faz o condenado até o toco onde o carrasco lhe aguarda com um machado, então onde pode haver? Em minha curta e atormentada vida, eu sabia que aqueles que inclinam o pescoço e se entregam ao abate são os que possuem o sangue mais doce.

Já que ele gostava dos meus olhos, fitei-o nos olhos antes de responder.

- Como pode você saber a punição que deveria receber? O pecador não pode decidir como pagar pelo pecado, não acha? Por isso há os sacerdotes. Por isso há os templos. Por isso as criaturas se ajoelham. Sua redenção só tem valor se você a entregar na mão de outro.

Aquelas palavras eram minhas, eu sabia, mas vinham de um lugar que eu não conhecia. Eu podia sentir como aquilo trazia a tona para mim uma lembrança antiga. Não uma lembrança na forma de imagens ou sons, mas na forma de um sentimento. Um dia foi me dado o cetro... mas de algum jeito eu o perdi.

Aquele rapaz com algumas palavras havia me transportado para os lugares dos quais minha mente havia fugido. Sua postura intelectual e que deliberadamente escolheu a decadência me lembrava de algo sobre mim mesma. Naquela terra sombria, eu havia sido jogada sem saber sobre o meu passado, meu propósito extirpado sem piedade e meu futuro profanamente metamorfoseado em uma incógnita. Talvez o caminho para entender o meu martírio era andar com os mártires.

No olhar do jovem vampiro havia uma devoção recém-adquirida. Isso me causou um efeito ainda maior. Como se eu fosse uma visão sobrenatural, trazendo a ele algo que ele aceitaria apenas por vir das minhas mãos. Aquele sentimento que eu tive diante do olhar dele me relembrou ainda mais do meu passado. Quantas pessoas já haviam me olhado daquela maneira? Quantas já haviam escutado as minhas palavras esperando por salvação?

O taverneiro chegou com uma garrafa de vinho barato. Eu o impedi de verter o conteúdo sobre o copo e pousei a mão sobre a garrafa.

- Deixe a garrafa.

Um olhar foi o suficiente para ele me obedecer. Me voltei para o jovem.

- Não se fala sobre a idade de uma dama, menino malcriado - brinquei, alargando meu sorriso. - O mesmo eu posso dizer do seu rosto. É belo, mas marcado pela tristeza e pela dor. Não está projetando em mim sua própria tormenta? - Mais uma vez atingi-o com perguntas. A verdade era que de certa forma era intrigante questionar o rapaz e observá-lo encontrar observações poéticas para se referir a mim. Olhei para baixo um momento, refletindo. Uma ratazana sarnenta passou diante dos meus olhos. Aquele lugar era uma nojeira. Isso porque não deveria demorar muito até algum daqueles seres repulsivos encontrar a ratazana e se alimentar do sangue dela. Suspirei. - Mesmo sabendo que você deveria ser punido, ainda assim anseia por um perfume melhor. Ainda pensa na eternidade... - O rapaz com certeza ainda ocultava coisas dentro dele que poderiam ser do meu interesse. Mais do que isso, ele estava interessado em mais do que apenas a superfície. Acho que era o melhor que eu podia encontrar em um lugar como aquele. - Traga a garrafa.

Me levantei sem muita cerimônia, ajustei a túnica ao redor do meu corpo e me coloquei a caminhar para o lado de fora. O frio poderia ser um incômodo, mas todo aquele fedor imundo da taverna atrapalhava o meu perfume.

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Mensagem por Rhānshi Dom Set 01 2024, 16:17



Infame.



Rhanshi sentiu uma dor súbita no peito, uma dor que ele mesmo reconhecia como sendo mais teatral do que real. Levou a mão ao coração, como se quisesse conter a ferida invisível que parecia pulsar sob a pele pálida. Qualquer traço de alegria se esvaiu de seu rosto, dando lugar a uma expressão de melancolia profunda. Seus olhos cinzentos, sempre tão brilhantes e perspicazes, agora estavam marejados, refletindo um oceano de tristeza que ele, mais uma vez, se forçava a encenar. Suspirou alto, um som carregado de drama, como se cada partícula de ar que deixava seus pulmões estivesse impregnada de uma dor insuportável. A afronta vinda daquela mulher desconhecida ressoava em sua mente como uma lâmina afiada.


Não diga tais palavras se referindo a mim, minha senhora... — começou ele, a voz trêmula de indignação e tristeza. — Dentre todos, sou aquele que porta a mais alta...

Ele fez uma pausa, como se as palavras tivessem se tornado pedras em sua garganta, pesadas demais para serem ditas. Rhanshi, então, balançou a cabeça, como se desistisse do pensamento que o afligia.

Eu... Eu tenho boa educação e sou o mais obediente para as ordens que me são impostas, sabe?

Ele era, afinal, um vampiro de grande dramaticidade, tanto em suas reações verdadeiras quanto nas forjadas. Cada palavra que saía de sua boca era meticulosamente escolhida, e ele sempre fazia questão de carregar consigo uma intensidade quase palpável. Sua voz aveludada e profunda, parecia dançar no ar, e cada movimento de seu corpo esguio era uma peça de teatro cuidadosamente ensaiada. Ele se movia com a graça de um predador elegante, mas sua postura e gestos revelavam um toque de excentricidade e exagero que apenas um ser de sua idade e experiência poderia exibir com naturalidade.

Nossas feridas estão em pontas opostas, minha senhora... — continuou ele, com um suspiro pesado, como se carregasse o peso do mundo em seus ombros. — Você deve ter um motivo válido para se sentir assim, algo que transcende as trivialidades da existência. Eu, no entanto, sou apenas uma criatura podre, corrompida por escolhas que nenhum templo ou sacerdote poderia absolver. Nenhum ser é digno de decidir o peso dos meus erros, nem mesmo aqueles que caminham mais próximos dos Deuses, esses que há muito se esconderam dos mortais.


As palavras saíam de sua boca como um lamento, cada sílaba impregnada de uma dor quase poética, uma dor que ele sabia expressar com maestria. Seu coração morto, no entanto, pareceu palpitar por um breve momento ao ouvir a ordem sutil e imposta pela dama à sua frente. A sensação era estranha, desconcertante, como se algo profundo dentro dele estivesse sendo tocado por uma força invisível. Sua mente, tão aguçada e treinada para reconhecer padrões, ficou fixada nos sons dos passos daquela mulher misteriosa que se afastava. O eco dos saltos no chão parecia guiar sua alma perdida.


Rhanshi segurou a garrafa de vinho pela garganta, seus dedos finos se fechando ao redor do vidro frio. Com um movimento lento, quase ritualístico, ele se levantou, exibindo toda a elegância natural de sua postura. Cada passo que ele dava era calculado, sua silhueta esguia deslizando pela penumbra do ambiente como uma sombra viva. Havia um risco iminente ao seguir aquela mulher desconhecida, ele sabia disso. Podia sentir o perigo pairando no ar, como um manto pesado sobre seus ombros. No entanto, a atração era irresistível, quase magnética.


Aquela mulher poderia muito bem ser a encarnação de sua perdição, o caminho para sua destruição. Mas Rhanshi, em toda a sua decadência, também sabia que ela poderia ser a chave para seus desejos, ou pelo menos para um êxtase fugaz que ele tão desesperadamente buscava. Seus olhos continuavam fixos na figura que se distanciava, e ele sentia um misto de excitação e temor se apossar de seu ser.


Seria a noite tão doce quanto parecia prometer, ou se tornaria amarga como o gosto de um veneno que, em seu âmago, ele sabia que merecia? O destino, sempre tão caprichoso, seria o único a decidir.


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Mensagem por Morrigan Dom Set 01 2024, 19:33

04. Fallen
Morrigan, 676 palavras


Uma fraqueza tornada tão evidente por um comentário tão inocente.

Algumas coisas são acidentais, mas abrem caminho para que as intenções se manifestem. Um lado bom sobre investigar alguém com uma conversa próxima é que algumas pequenas reações, algumas frases soltas, alguns gestos descuidados, podem expressar grandes informações sobre a pessoa em questão.

O incômodo que o apossou por uma palavra tão banal demonstrava que aquele era seu ponto fraco, mas também revelou seu ponto forte. Controlando-se, foi gentil em apenas confessar seu talento para obediência. O que é que o ofenderia de verdade? Que eu questionasse sua educação ou sua capacidade de obedecer?

Não questionei suas palavras no momento, aquele lugar não favorecia conversas profundas. Seria desperdício trocar palavras sensíveis em um ambiente onde a qualquer momento uma briga poderia interromper a introspecção. Minha investigação sobre o rapaz precisava de algo mais e eu não conseguiria tomar o que eu queria dele dentro daquele fosso.

Se quando eu entrei o calor passou por mim de forma repulsiva, ao sair o frio me lavou como uma onda à beira-mar. Aceitei o vento gélido e caminhei para fora da taverna. Minha roupa era capaz de conter o inverno por algum tempo antes que eu precisasse de um ambiente aquecido. Ainda havia também outras formas pelas quais eu poderia me aquecer, já que há pouco eu havia descoberto minha afinidade com o fogo.

Me voltei para trás e abri um sorriso quando vi o rapaz atrás de mim, diligentemente carregando a garrafa.

- Beba um pouco, está bem? Não quero que fique com muito frio.

Voltei-me novamente para a rua parcialmente recoberta pela neve. O inverno era cruel naquela região e a sorte que tinha é que não havia uma tempestade no horizonte. Em dias de neve mais forte, era certeza que tudo estaria sob um tapete branco irreconhecível. Por enquanto, ainda a visibilidade ainda era boa.

- Acredita nos deuses? - Indaguei, meus olhos voltados para as estrelas. O céu escuro pontilhado pelo brilho celestial. As estrelas eram testemunhas ancestrais. Quem sabe, elas soubessem da verdade sobre mim. Pergunto-me se era com elas que viviam os deuses... Eu acho que um dia eu já soube a resposta.

Continuei andando pela rua, a maioria das casas iluminadas por lampiões, as janelas tampadas, sons estranhos que emanavam de dentro ou ao redor das casas. Observei como a cidade em si era como um organismo vivo, misturando em suas entranhas a carne e o sangue dos condenados que nela se abrigavam.

- Posso entender o porquê de você escolher esse lugar como seu calabouço. Tudo aqui emana ódio. É o lugar para um pecador se esconder - disse e me aproximei um pouco dele, pedindo pela garrafa com um gesto da mão. - Eu já conheci muitos pecadores. A maioria foge da condenação. Você corre em direção a ela... é intrigante, no mínimo.

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Mensagem por Rhānshi Dom Set 01 2024, 20:21



Infame.



O desejo que queimava dentro de Rhanshi era tão intenso que parecia consumir cada fibra de seu ser, um fogo que irradiava de dentro para fora, fazendo com que ele mal conseguisse pensar em outra coisa além da figura à sua frente. Os contornos daquele corpo, as curvas que se moviam graciosamente no ambiente sombrio, eram quase uma visão hipnótica, atraindo seu olhar como um ímã. Ele se perguntava, repetidamente, se o que o movia era a pura curiosidade, o desejo de entender o que aquela mulher misteriosa tinha a oferecer em termos de conhecimento, ou se era apenas seu coração seco, iludido mais uma vez, buscando alguma fagulha de vida em meio ao vazio que habitava sua alma.


Era difícil saber ao certo. Talvez fosse uma combinação dos dois, um anseio desesperado por respostas misturado com a necessidade inata de se agarrar a qualquer ilusão que pudesse dar algum sentido à sua existência. Afinal, Rhanshi havia se acostumado a viver de ilusões, a se alimentar das breves interações com aqueles que passavam por sua vida, como estrelas cadentes deixando rastros luminosos antes de desaparecerem para sempre na escuridão.


E assim, ali estava ele, no fim de tudo, seguindo-a como um cão fiel, sem questionar, sem hesitar. Os passos dele eram silenciosos, quase imperceptíveis, enquanto ele atravessava o frio implacável da estação. A noite estava gelada, o ar cortante, mas Rhanshi ignorava a temperatura cruel. As estrelas no céu eram como pequenos faróis, proporcionando a iluminação necessária para o encontro sombrio. Para ele, aquela luz fraca era mais do que suficiente. A escuridão nunca havia sido um inimigo, mas sim uma companheira constante.


Deuses? — Rhanshi murmurou, com uma mistura de desprezo e ironia em sua voz suave. — Não preciso ter crença ou fé em algo que já me abandonou há tantas eras, minha senhora. Tenho ânsia e fúria desses seres tão ociosos.


A raiva em suas palavras era palpável, uma emoção antiga que ele carregava consigo há tanto tempo que já fazia parte de quem ele era. Ele se sentia abandonado por todos os deuses, bons ou ruins, como se eles tivessem se afastado deliberadamente, deixando-o sozinho em um mundo que ele mal reconhecia. Rhanshi havia aprendido a sobreviver sem bênçãos ou maldições, vivendo à margem de tudo, escondido nas sombras, onde ninguém poderia encontrá-lo ou julgá-lo.


Sinceramente, odeio esse gosto — continuou ele, referindo-se à bebida que trazia consigo. — A única coisa que a bebida tem serventia para mim é queimar qualquer pensamento que eu tenha e me prender em devaneios fúteis. Meu pobre coração é afetado pela lástima do abandono. Se tem alguma curiosidade sobre isso, é por essa razão que fico absorto nas bebidas. Caso contrário, perdoe-me por perturbá-la com tais palavras.


A bebida não era uma fonte de prazer, mas uma ferramenta, uma forma de entorpecer seus pensamentos, de afastar o vazio que constantemente ameaçava engolir sua mente. Rhanshi sabia que a bebida não poderia oferecer as respostas que ele buscava, mas mesmo assim, ele se agarrava a ela, como alguém se agarra a um pedaço de madeira em um mar tempestuoso.


De repente, com uma agilidade quase sobrenatural, Rhanshi acelerou seus passos, a neve sob seus pés compactando-se com um som abafado. Em um movimento rápido, ele se colocou à frente da mulher, sua figura alta e imponente bloqueando o caminho. Seus olhos, ardendo com uma intensidade que refletia a chama dentro de si, estavam fixos nos dela. Com um gesto calculado, ele entrelaçou o braço esquerdo ao redor da cintura dela, puxando-a para perto de si. O calor de seus corpos contrastava com o frio penetrante ao redor, e ele podia sentir uma nova onda de desejo crescendo dentro de si, uma necessidade de atenção que parecia impossível de satisfazer.


Me questiono o que um ser tão erudito como você está fazendo, me conduzindo para uma possível armadilha mortal — disse ele, sua voz carregada de uma mistura de curiosidade e desafio. — Tantos lugares neste vasto mundo, e você está logo aqui. Fugindo do passado? Não... Alguém como você deve ter motivos melhores. Minha curiosidade talvez esteja indo longe demais, junto com qualquer noção que a bebida e o possível cheiro de ervas queimadas desse lixo tenham conseguido deteriorar no meu cérebro.


Rhanshi estava se aproximando do limite, o fogo dentro dele queimando cada vez mais forte, consumindo-o por completo. Ele queria mais do que apenas respostas; queria entender aquela mulher, desvendar seus segredos, descobrir o que a havia levado até ali, o que a fazia tão irresistivelmente enigmática. E, acima de tudo, queria saber se a noite, que começara de maneira tão incerta, terminaria com o doce sabor da descoberta ou com o amargor da decepção.


Turns out being fake can be your saving grace.
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Mensagem por Morrigan Dom Set 01 2024, 21:00

04. Fallen
Morrigan, 676 palavras




Um passado sombrio. Era isso que eu tinha?

O rapaz tinha algo de provocativo para mim. Talvez em sua indulgência ou justamente na forma como abraçava a condenação eu me sentia atraída por aquilo. De certa maneira, toda aquela aventura noturna estava sendo um tanto que instigante. Não era como se eu estivesse completamente isenta de um perigo também. A escuridão me espreitava assim como contra qualquer um. Eu me sentia assim, sozinha, abandonada sem os privilégios de me sentir segura como algum dia acho que me sentia.

Aquele frio. Aquele ambiente denso. O ar contaminado. O desejo carnal. Nada aquilo deveria me afetar de alguma forma. Naquele momento... me afetava. O que havia acontecido comigo? Porque nada me parecia natural?

Engoli minhas dúvidas, focando-me no presente do rapaz que me acompanhava. Eu fiz minhas perguntas e ele me deu suas respostas de bom grado. Falou-me dos deuses e ouvi-los sendo blasfemados e não fazer nada me causou algum incômodo interno. Eu deveria intervir, talvez defendê-los, mas não consegui em meu coração obter qualquer motivação para o fazer. Não havia em mim a vontade de proteger os deuses, mas não tentar impor a figura deles me fez sentir como se estivesse falhando.

Assenti. Meu interlocutor mesmo que parecesse jovem, devia ter acumulado na vida uma dor que o fazia sentir repulsa por seus criadores. Poderia eu julgá-lo? Quem criaria um lugar como aquele e deixaria que suas criaturas habitassem?

Podia entender também o porquê de ele não gostar daquela bebida. Eu não apreciava as bebidas alcóolicas. Nunca havia provado uma de qualidade. Todas elas tinham um sabor forte de álcool e pareciam afetadas demais por um sabor oxidado que as aproximava muito mais do vinagre. No fim, aquele meu interlocutor tinha muitos sinais que me aproximavam dele.

- Existem sabores melhores, mas é necessário conquistá-los - afirmei com um sorriso. - Não precisa se preocupar com as palavras. Cada palavra que se diz tem um significado. Nada neste mundo é em vão. Mesmo as mentiras tem algum significado. Eu gosto de saber sobre o seu sofrimento. De alguma maneira, isso faz eu me sentir melhor. Parece estranho?

Mais alguns passos adiante, senti minhas botas afundando mais na neve. Suspirei e o ar quente criou uma nuvem temporária na minha frente. Será que era a névoa um suspiro dos deuses? Ou de algo maligno? Toda a cidade estava envolta em névoa.

- Eu sou a estrangeira distinta, se lembra? Você é o vampiro impuro e pecador, aquele que diz não ter redenção. Será que não sou eu caminhando para sua armadilha? A curiosidade perigosa talvez seja mais minha do que a sua... mas de algum jeito, eu quero confiar em você.

De fato, notei que caminhávamos para uma região mais afastada da cidade. Um lugar que aos poucos ia sendo menos frequentado. Menos bêbados, menos impuros pela rua e menos luzes. O lugar para o qual eu seguia não era menos frequentado por ser mais perigoso, mas por ser a lembrança de algo que o povo ali não tinha interesse. Havia algumas ruínas de algumas casas e entre a neve, uma ruína me interessava mais que as outras.

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