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Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Darkaria :: Criptonoctum :: Malum'Cruz
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Relembrando a primeira mensagem :
— Ano/Estação: 840 DG / Inverno
— Pessoas envolvidas: @Mary @Rhānshi
— Localidade: Malum'cruz
— Descrição: Buscando refúgio em Malum'cruz enquanto se prepara para viajar para o continente de Satar, ela busca por algum jeito de conseguir uma passagem e quem sabe, algum contato interessante para deixar no mundo dos vampiros.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Violência.「R」
Uma Marca
— Ano/Estação: 840 DG / Inverno
— Pessoas envolvidas: @Mary @Rhānshi
— Localidade: Malum'cruz
— Descrição: Buscando refúgio em Malum'cruz enquanto se prepara para viajar para o continente de Satar, ela busca por algum jeito de conseguir uma passagem e quem sabe, algum contato interessante para deixar no mundo dos vampiros.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Violência.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
04. Fallen
Um passado sombrio. Era isso que eu tinha?
O rapaz tinha algo de provocativo para mim. Talvez em sua indulgência ou justamente na forma como abraçava a condenação eu me sentia atraída por aquilo. De certa maneira, toda aquela aventura noturna estava sendo um tanto que instigante. Não era como se eu estivesse completamente isenta de um perigo também. A escuridão me espreitava assim como contra qualquer um. Eu me sentia assim, sozinha, abandonada sem os privilégios de me sentir segura como algum dia acho que me sentia.
Aquele frio. Aquele ambiente denso. O ar contaminado. O desejo carnal. Nada aquilo deveria me afetar de alguma forma. Naquele momento... me afetava. O que havia acontecido comigo? Porque nada me parecia natural?
Engoli minhas dúvidas, focando-me no presente do rapaz que me acompanhava. Eu fiz minhas perguntas e ele me deu suas respostas de bom grado. Falou-me dos deuses e ouvi-los sendo blasfemados e não fazer nada me causou algum incômodo interno. Eu deveria intervir, talvez defendê-los, mas não consegui em meu coração obter qualquer motivação para o fazer. Não havia em mim a vontade de proteger os deuses, mas não tentar impor a figura deles me fez sentir como se estivesse falhando.
Assenti. Meu interlocutor mesmo que parecesse jovem, devia ter acumulado na vida uma dor que o fazia sentir repulsa por seus criadores. Poderia eu julgá-lo? Quem criaria um lugar como aquele e deixaria que suas criaturas habitassem?
Podia entender também o porquê de ele não gostar daquela bebida. Eu não apreciava as bebidas alcóolicas. Nunca havia provado uma de qualidade. Todas elas tinham um sabor forte de álcool e pareciam afetadas demais por um sabor oxidado que as aproximava muito mais do vinagre. No fim, aquele meu interlocutor tinha muitos sinais que me aproximavam dele.
- Existem sabores melhores, mas é necessário conquistá-los - afirmei com um sorriso. - Não precisa se preocupar com as palavras. Cada palavra que se diz tem um significado. Nada neste mundo é em vão. Mesmo as mentiras tem algum significado. Eu gosto de saber sobre o seu sofrimento. De alguma maneira, isso faz eu me sentir melhor. Parece estranho?
Mais alguns passos adiante, senti minhas botas afundando mais na neve. Suspirei e o ar quente criou uma nuvem temporária na minha frente. Será que era a névoa um suspiro dos deuses? Ou de algo maligno? Toda a cidade estava envolta em névoa.
- Eu sou a estrangeira distinta, se lembra? Você é o vampiro impuro e pecador, aquele que diz não ter redenção. Será que não sou eu caminhando para sua armadilha? A curiosidade perigosa talvez seja mais minha do que a sua... mas de algum jeito, eu quero confiar em você.
De fato, notei que caminhávamos para uma região mais afastada da cidade. Um lugar que aos poucos ia sendo menos frequentado. Menos bêbados, menos impuros pela rua e menos luzes. O lugar para o qual eu seguia não era menos frequentado por ser mais perigoso, mas por ser a lembrança de algo que o povo ali não tinha interesse. Havia algumas ruínas de algumas casas e entre a neve, uma ruína me interessava mais que as outras.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
Infame.
Rhanshi fez um leve biquinho, deixando sua expressão adotar a mesma melancolia de antes, como se estivesse ferido por dentro. Ele tinha esperado que o seu abraço, embora ousado, fosse retribuído, mas a mulher o ignorou completamente. Mesmo assim, ele continuou a segui-la, agora mantendo-se ao seu lado, mais próximo do que antes, enquanto avançavam pela noite escura. O frio cortante não lhe incomodava tanto quanto a ideia de estar só; naquele momento, a presença dela era a única coisa que poderia lhe dar algum tipo de consolo, mesmo que ele soubesse que o calor não era algo de que realmente precisasse.
Os olhos de Rhanshi estavam fixos na escuridão à frente, mas sua mente estava absorta na figura da mulher ao seu lado. Cada passo que davam parecia levá-los mais fundo na noite, e ele sentia uma inquietação crescente no peito, como se a escuridão estivesse tentando engolir ambos.
— Estamos indo para a zona precária da cidade, senhora, e… tudo isso aqui é precário — ele murmurou, sua voz carregada de uma preocupação sutil, mas palpável. — Certeza absoluta que vai continuar adiante no precário precário?
Havia um tom de dúvida em suas palavras, uma hesitação que ele raramente demonstrava. Embora estivesse satisfeito por estar na companhia de uma mulher tão enigmática, ele não conseguia afastar a sensação de perigo iminente. Mesmo para um vampiro acostumado à escuridão e aos perigos da noite, a situação começava a parecer alarmante. As lendas diziam que aqueles que tinham cu haviam por ter medo sempre, e a escolha dela em avançar para a parte mais miserável da cidade fez com que até mesmo Rhanshi, um ser quase imortal, sentisse um arrepio na espinha.
Ele lançou um olhar furtivo para o manto volumoso que cobria a mulher, como se aquele pedaço de tecido pudesse ser a solução para o desconforto que sentia. — Estou com frio, sabe? — Ele começou, tentando parecer casual, mas com uma pitada de desespero na voz. — Seu manto… cabe pelo menos sete pessoas dentro… Já li em alguns livros de sobrevivencialismo que em situações de vida ou morte, em ambientes hostis e de baixa temperatura, é necessário manter os corpos unidos para compartilhar calor. Claro, isso se não for pedir muito.
O vampiro riu suavemente, um som abafado que se perdeu na noite, e continuou, gesticulando com as mãos de forma exagerada, como se estivesse tentando ilustrar seu ponto. — Tenho pouca pele, mas acho que deve ser o suficiente se você cravar as unhas e apertar bem. Obviamente, isso se você estiver com frio também…
Rhanshi falava quase como se estivesse alucinando, sua mente começando a perder o foco devido ao frio e à tensão da situação. Ele caminhava de forma lateral, de frente para a mulher, como se quisesse capturar cada expressão, cada movimento dela. Suas palavras eram um monólogo contínuo, uma tentativa desesperada de preencher o silêncio opressor que parecia crescer ao redor deles.
— Não querendo falar muito, né.— Ele deu de ombros, sua voz se tornando quase um sussurro. — Mas está frio pra cacete aqui em Melum’cruz.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
04. Fallen
Confesso que o rapaz começava a me divertir.
Segundo ele, tinha centenas de anos de idade, mas parecia ter pressa em alguma coisa. Quem sabe, fosse algo de sua raça vampiresca. Tão sedento que era se lançava com as presas à mostra ante o que enxergava como presa. Esta sede desenfreada era algo que eu de bom grado saciaria, mas no meu tempo. Se o problema dele era que aquela cidade não lhe podia fornecer nada além de decadência e punição, então eu não me entregaria tão facilmente.
- Eu sei onde estou. Há lugares piores.
Caminhei até uma edificação abandonada. Não estava completamente destruída, ainda sustentava suas paredes de pedra com firmeza e era um abrigo tolerável. O pórtico que levava até a entrada estava discretamente selado, não por coisas pesadas, mas por um símbolo mágico. Eu não sei quem havia selado aquela entrada, mas eu entendia o símbolo nela inscrito e conseguia abri-la. Algo me dizia que um dia aquele lugar havia sido de alguma forma sagrado e que talvez eu mesma já estivesse estado lá. Só não podia me lembrar quando e nem em quais circunstâncias.
- Eu tenho dúvidas se a sua espécie se afeta tanto assim com o frio. Quanto a mim, o frio não é um problema. Tenho fogo o suficiente. - Não estava mentindo. Apesar da minha frase ser um tanto que provocativa, eu tinha realmente um talento para o fogo que era difícil de justificar. Não eram chamas normais, mas eu nem mesmo me lembrava de onde havia aprendido aquela magia, mas eu a tinha e para sobreviver naquele continente, qualquer ferramenta que eu pudesse dispor era útil. - Vem comigo, vem. Se é calor que precisa, é quente lá dentro. - Minhas palavras se aproximaram de uma ordem, mas eu ainda as pontuei com um tom delicado.
Abri a porta selada. A madeira rangendo sofridamente enquanto eu a empurrava. O lugar no interior não parecia tão melhor do que era no exterior, mas ali alguns detalhes a mais ficavam expostos. Sem a neve para cobrir, era possível enxergar as paredes queimadas, grandes cortinas presas com pregos cobrindo as janelas como um manto fúnebre, segurando parte do frio do lado de fora. Estava completamente vazio no interior, senão por alguns restos de madeira que eu não havia limpado.
Ah. Havia também o altar.
- Encontrei esse lugar duas semanas atrás. Acho que era um antigo templo. Não sei a qual deus pertencia, mas foi violado e destruído. Acredito que deveria ser em homenagem a algum que sua espécie não cultua. Já que foram eles que fizeram isso. - Voltei-me para ele. - É singelo... e quente.
O interior da pequena capela vazia fez reverberar o som da minha voz pelos cantos. Estalei um dos dedos e uma chama surgiu sobre um cálice de bronze parcialmente derretido que estava atrás do altar. O fogo era notadamente diferente, mesmo em uma pequena quantidade podia aquecer muito mais do que uma chama comum. Não demorou para o ambiente ser aos poucos dominado pelo calor.
- O frio está indo embora e com ele a sua desculpa para unir seu corpo ao meu, não?
Dei um passo para frente. O rapaz havia sido intrigante desde o começo, mas não era sua aparência ou seu jeito que me instigava. Era o seu pecado. Aquela coisa que ele guardava dentro dele. Eu queria redimi-lo, mas não sabia como. Mas como redimir alguém? Eu não tinha resposta para isso em meu horizonte.
Soltei lentamente os fios que fechavam a túnica ao meu redor. Deixei que o tecido pesado caísse. Eu ainda estava muito vestida, uma camisa de lã grossa, um corpete de linho apertando meu torso, calças sob uma saia que ia até os joelhos e pesadas botas de couro negro com um bico revestido de aço escovado.
- Esse lugar é importante para mim. Eu te trouxe aqui porque você foi sincero comigo. - Mais um passo para frente. A expressão dele sempre tensa e melancólica me instigou ao gesto carinhoso de lhe passar um dedo pela bochecha. - Não gosto de mentiras. Todos os homens que olham para mim sentem o mesmo. Mas você tem algo mais nos olhos, algo que me mostra que pode ir além do que apenas o que seu corpo te manda. Pode se tornar um devoto de verdade. - Dei mais um passo a frente, agora, já muito perto dele, de forma que minhas intenções era muito mais claras. - Você é um pecador. Está em um templo. Agora confesse para mim o que quer de mim. Confesse tudo... Se o fizer... então aí sim poderá tocar em mim.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
Infame.
O falso frio deu lugar a um calor insuportável, e eu senti cada músculo do meu corpo estremecer sob aquela pressão invisível. Eu não sabia ao certo por que tudo estava escalonando tão rápido. Ou melhor, sabia, mas não queria admitir. Eu sempre tive essa maldita inclinação, esse vício por mulheres como ela, que me desafiavam, que provocavam a minha sanidade e me deixavam à beira do abismo. Respirei fundo quando ela se aproximou, aquelas palavras cortantes saindo de seus lábios. Mas eu não iria ceder tão fácil.
— Já disse, minha senhora — sussurrei, lutando para manter a voz firme, mesmo que tudo dentro de mim estivesse ruindo — Meus pecados não devem ser confessados a nenhum ser mortal.
Meus olhos estavam presos nela, intensos, vibrando com algo que eu mal conseguia controlar. Esse assunto de deuses sempre mexia comigo, provocava algo sombrio e profundo. Eu sentia meus instintos se dividirem, parte de mim desejando rasgar a pele dela, outra parte querendo possuí-la ali mesmo, sem pensar nas consequências.
— Meus pecados vão muito além da compreensão de qualquer um — continuei, apertando os dentes, tentando manter algum controle. — Se os deuses não me entenderam, se me abandonaram à minha própria sorte, por que você, alguém que mal conheço, seria diferente? Você não vai me entender.
Dei um passo à frente, o desejo e a raiva fervendo dentro de mim. Minhas mãos se moveram antes que eu pudesse pensar, agarrando suas vestes com força, na altura da cintura. Senti minhas garras perfurando o tecido, rasgando-o levemente, como uma ameaça. Meus olhos, que antes carregavam aquele tom melancólico e triste, agora brilhavam com pura ferocidade.
— Confesso — disse, deixando um tom sarcástico e teatral escapar da minha voz. — Confesso que a carne é fraca, fraca demais. E você… você faz questão de trazer à tona o pior em mim. Você me força a expor quem realmente sou.
Os deuses foram cruéis, sempre foram. Eles me fizeram mais fraco que o mal. E agora essa chama queima em mim, cada vez mais forte. E a culpa, eu sabia, era toda dela.
— E agora essa chama — murmurei, aproximando-me ainda mais, sentindo o calor de nossos corpos quase se tocarem — essa chama arde por sua causa.
O calor que antes parecia me queimar agora pulsava em minhas veias, me dominando por completo. Eu estava tão perto de perder o controle, e isso me aterrorizava e excitava ao mesmo tempo. Meu toque em suas vestes era uma mistura de ameaça e desejo, como se eu estivesse testando seus limites, tentando descobrir até onde ela iria antes de me parar.
A verdade é que eu estava lutando comigo mesmo. Sempre fui alguém que dominava minhas emoções, controlava meus instintos. Mas agora… agora eu estava à beira de algo irreversível. Cada respiração que eu tomava era mais pesada, mais cheia de urgência. Eu estava perigosamente perto de ceder.
— Maldita seja você — murmurei, os lábios quase roçando os dela, minhas mãos ainda segurando suas vestes com força, como se fossem a única coisa que me mantinha preso à realidade. — Maldita seja por me fazer sentir assim.
Eu estava completamente entregue a ela, à mercê de sua presença, e uma parte de mim sabia que ela havia me atraído para isso. Ou talvez eu tenha caído sozinho, seduzido pela promessa do desconhecido. Não importava. O que importava era o que eu sentia agora, essa chama que eu não sabia se conseguiria apagar.
O silêncio da noite nos envolvia, tornando tudo ainda mais denso, mais intenso. O som abafado da neve sob nossos pés parecia amplificar a tensão entre nós. Eu sabia que estava em um momento crítico, um ponto de não retorno. Minhas garras ameaçavam rasgar suas roupas, e eu me perguntava se haveria alguma salvação para alguém tão perdido quanto eu.
— A culpa não é minha — sussurrei, com a voz carregada de um misto de dor e prazer, meus olhos cravados nos dela. — A culpa é sua. Você trouxe isso à tona.
Eu estava à beira do abismo, e ela era o motivo.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
05. Fallen
Há um lugar em meu coração para o que é perverso.
Eu sinto o vazio ali, algo antinatural, um lugar que sei que não foi sempre assim, mas foi aberto. Em algum momento que já não posso mais me lembrar ou que talvez nunca tenha sido mesma capaz de lembrar, este vazio surgiu e paradoxalmente ocupou um volume que nada podia preencher.
Em outras situações, eu poderia ter contido, poderia ter vencido o vazio e o reduzido, seria mais feliz assim talvez. Naquele continente sombrio, no entanto, aconteceu o contrário. A escuridão se espalhou, cresceu suas raízes, fincou suas estacas rasgou ainda mais de espaço dentro de mim. Agora, sou essa entidade sem propósito, mas que lembra que um dia pôde ser muito mais.
A culpa dele era consumida para dentro do meu coração. Enquanto ele batalhava para não encarar o que o atormentava tanto. Se aquelas chamas que eu conjurei tinham algum significado, elas pareciam também reproduzidas ao redor dele. Eu quase podia sentir a energia que seu corpo emanava, a tensão dos músculos, aos poucos tornando-o na minha visão como uma grande massa envenenada pelo próprio submundo.
Seus pecados eram muitos e sua culpa os enterrava tão profundamente dentro dele que ardia como um combustível para as chamas infernais.
Enquanto me dizia que eu era culpada, eu sentia um êxtase crescente. Podia sentir subindo pelo meu baixo ventre até o peito, um calor que refletia a profundidade dos meus próprios pecados, mas que em meu peito se tornava um propósito. Cada vez que ele me atribuía mais a culpa de estar trazendo a tona seus pecados, mais eu me sentia como uma divindade, algo próximo dos céus, capaz de fazer afluir os erros mortais e queimá-los com minha chama sagrada.
Mas minha carne também se apossava dessa sensação. O propósito por inteiro se confundia com um desejo que eu mesma não poderia entender. O desejo também servia como um combustível e eu podia perceber que ele queimava, tornando-se em uma necessidade profana.
Observei a reação dele em silêncio. Um silêncio compenetrado. Mesmo quando ele me tocou, a agressividade reprimida, eu não esbocei uma reação. Mesmo que seus dedos parecessem com garras, ameaçadoramente pairando sobre a minha carne, eu continuei em meu papel devoto.
Eu era uma redentora. Diante dele, eu podia perceber.
Se os deuses não queriam perdoar os pecados dele, naquele momento se tornou certo que eu recebera esse poder.
Então, eu desejei. Desejei redimi-lo.
Tomei seu rosto entre minhas mãos e juntei meus lábios aos dele. Transmiti a ele meu calor. Busquei sua língua com a minha. Mantive-o preso a mim, esperando que ele retribuísse, que me mostrasse agora que eu era mesmo aquela redentora de tanto poder que eu sentia em minha carne.
Queria eu ser tomada pela chama da culpa dele. Buscar a salvação pela imolação.
Em um momento, afastei meus lábios dos dele, sem me afastar muito mais do que alguns centímetros.
- Se a culpa é minha, então, quero que me foda, como se isso pudesse salvar a sua alma.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
Infame.
A realidade ao meu redor pareceu congelar no instante em que ouvi aquelas palavras. Algo dentro de mim, sempre tão barulhento, silenciou abruptamente. Eu não conseguia entender aquela mulher, sua motivação... Por que alguém entregaria o próprio corpo a mim, um completo estranho, como forma de expurgar seus pecados? A ideia era desconcertante, quase surreal. Mas, de alguma maneira, a necessidade dela me atraía, me enredava em algo maior do que eu mesmo.
Quando seus lábios tocaram os meus, eu simplesmente me entreguei. Não houve resistência, nem hesitação. Era como se, por um breve momento, ela tivesse o controle de tudo e eu não precisasse pensar, apenas sentir. O beijo dela era terno, mas carregava um peso que eu não conseguia decifrar. Havia algo nela que me fazia querer mais... não de mim, mas dela.
— Mais errado que eu aqui, só você. — As palavras escaparam dos meus lábios quase sem eu perceber. — Oferecer-se dessa maneira... é errado... e eu... — minha voz tremia. — Eu preciso que você saiba disso.
Minhas mãos ainda agarravam o tecido fino que cobria seu corpo, e, antes que eu pudesse pensar melhor, puxei com força, rasgando-o. Ela estava diante de mim, nua, vulnerável, e, apesar do calor que se acendia em mim, tudo o que eu queria era que ela me controlasse, que ela tomasse o poder. Eu desejava que ela me dissesse o que fazer, como se eu precisasse da aprovação dela, de sua direção.
Ela se manteve firme, e eu sabia que, no fundo, eu estava em suas mãos. Meu corpo queimava em um desejo que ia além da mera luxúria. Eu queria ser possuído por ela, ser consumido por sua força, sua presença. Nunca antes eu havia sentido isso tão intensamente.
— Mortais que não carregam dores, pecados ou misérias são consumidos por seus próprios pecados... — Murmurei, quase como se estivesse falando comigo mesmo, buscando uma explicação para o que estava acontecendo.
Eu a puxei para perto, sentindo seu corpo quente contra o meu. O abraço não era apenas físico, era algo mais, algo que eu não sabia nomear. Minhas mãos tremiam enquanto a envolvi, os lábios tocando seu pescoço, não como um gesto de dominação, mas de entrega. Eu queria que ela me dominasse, me guiasse, e, ao mesmo tempo, senti uma urgência desesperada de entender o que ela queria de mim.
— Você realmente acredita que tomar o controle dessa maneira vai mudar algo em mim? — sussurrei, a respiração pesada contra sua pele. — Eu preciso saber... o que você deseja? Por que salvar os outros a um custo tão alto? Até onde você está disposta a ir para se humilhar assim, entregando-se à podridão deste continente?
Meu corpo reagia violentamente à proximidade dela, o desejo pulsava através de mim, e era impossível disfarçar o quanto eu queria mais. Mas não era simplesmente o ato físico; eu queria que ela fosse a dona da situação, que tomasse o controle do meu desejo. Queria ser o instrumento dela, o objeto de seu prazer, mesmo que isso me destruísse.
— Vamos brincar, o que acha? — minha voz saiu mais suave, quase como uma súplica. — Você pode ser minha dona por esta noite. Farei tudo o que quiser, serei seu. Mas eu... eu preciso saber seu nome. — Minhas palavras eram carregadas de expectativa, o desejo por submissão tão óbvio que eu mal podia suportar. — Somente assim, serei seu cachorrinho pecaminoso, o mesmo que você quer que confesse toda a sua vida.
Uma de minhas mãos deslizou pela cintura dela, traçando sua pele com reverência, como se cada centímetro fosse sagrado. Quando alcancei um de seus seios, agarrei-o com uma urgência que vinha da necessidade de ser controlado. Brincava com ele, massageando suavemente, como se pedisse permissão com cada toque. Meu corpo tremia de antecipação, meu rosto próximo ao dela, e por um segundo pensei em beijá-la novamente. Mas não... eu queria que ela decidisse. Queria que fosse ela a me guiar nesse jogo.
— Sua posição para mim, querida, é a de alguém perdida. — Minha voz saiu mais baixa, quase carinhosa, como se eu estivesse falando com alguém vulnerável e indefeso. — Como uma bêbada indefesa que não sabe o que está fazendo. E, por isso, não desejo te machucar. Quando você voltar a si, temo que se arrependa de tudo isso... do que fez com seu corpo, do que permitiu acontecer.
Suspirei profundamente, sentindo o peso do que estava acontecendo, minha voz agora carregada de um cansaço emocional que raramente me permitia mostrar.
Eu queria me entregar por completo, deixar que ela me consumisse.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
06. Fallen
A forma como ele me observou me encheu de entusiasmo. Podia sentir sua mente entrando em alguma confusão própria, absorta em um transe que era dedicado à mim. Havia mais do que apenas um sentimento de desejo. Algo nele se martirizava de uma forma tão violenta, que era como se apenas com meu olhar eu pudesse acertá-lo com um chicote. Eu gostava daquilo. Daquele efeito que eu podia causar. A penitência dele trazia dentro de mim algo primitivo. Eu podia reconhecer meus sentimentos agora com muito mais clareza.
- Errado? - Indaguei ironicamente, a mera menção àquilo me trazia ainda mais superioridade. Eu sabia que naquele momento eu estava completamente envolta na mais pura santidade.
Soltei um gemido quando ele rasgou minhas roupas. Minha pele agora exposta ao ar noturno. Respirei fundo e dei um sorriso. Aquele desejo reprimido por detrás dos músculos dele. A força que ele reprimia pela repressão ao próprio pecado. Como poderia ser errado purificar uma alma tão atormentada? Como ele descarregar sobre mim seus pecados podia ser algo que violasse as leis divinas?
Não. Toda a lei divina naquele momento estava debaixo das minhas asas.
Asas. Eu tinha asas, não tinha? Eu tive um dia. É. Eu sei que eu tive.
Ao me segurar eu apoiei meus braços sobre os ombros dele. Quis beijá-lo mais uma vez, mas ele continuava sua confissão desesperada.
- Não. Eu não quero mudá-lo. Quero o seu pior. Cada pecado seu me trará uma revelação. Toda essa sua culpa que carrega é para mim a escuridão que ressalta o quão majestosa é a minha santidade. O seu sacrifício no altar da minha carne me dará isso. Eu quero mais... e você... - Meus dedos se envolveram nos cabelos dele e eu os puxei com um aperto. - Você vai me dar tudo o que eu quero... e mais.
Aproximei mais a minha pélvis da dele. Provocá-lo. Levá-lo mais perto daquele limite para o qual eu o arrastava. Eu podia sentir que inconscientemente, a chama que eu convocara apenas crescia. Eu podia sentir como ele emitia uma aura cheia de uma energia profana e ao mesmo tempo cheia de algo tão humano que me seduzia. Eu queria tanto o controle sobre aquilo. Queria compreender aquela aura de uma maneira profunda.
- Um jogo... - Repeti a proposta dele. Eu percebia ele negociar comigo como um pecador negocia com os céus. A diferença é que eu era melhor. A submissão dele ao meu desejo era o mais próximo que ele chegaria de realizar a vontade dos deuses. - Podridão, pecado, certo ou errado... Nada disso me contamina. O que eu sou é profundamente puro. - Afastei os resquícios do tecido dos meus ombros. Estufei o peito, exibindo com orgulho minha nudez. Este corpo era completamente meu. Não pertencia aos deuses ou ao continente ou ao que quer que fosse. Aquele corpo não tinha nome, pois também não tinha uma única forma. Se meu nome assim fosse dado, seria para ser guardado e nunca pronunciado. - Meu nome? Eu sou o que eu sou.
Este era o meu motivo. Minha natureza. Quanto mais eu me expunha aos pecados sórdidos daquele rapazinho, mais eu me sentia completamente dona de mim mesmo. Cada vez descobrindo um pouco mais sobre quem eu verdadeiramente era. Sem mais ter que fugir do mal, eu dançaria com ele e sairia satisfeita.
Aproveitei o toque dele em mim. Suas mãos sabiam bem o que queriam. Seu corpo inteiro precisava daquilo, tal qual o meu. A minha presença e essência o trazia para mim. Deslizei meus dedos pela lateral do rosto dele, um gesto de ternura com uma certa tensão. Mesmo que minha natureza estivesse muito mais à minha disposição agora, ainda estava longe da compreensão dele. Tudo o que eu era e representava era algo misterioso demais para ele entender.
- Ah, meu doce homem da noite, eu não estou perdida. Não agora. Agora eu estou mais ciente de onde estou do que jamais estive. Você não deve se preocupar com o meu arrependimento. Preocupe-se com o seu. - Eu sorri. Segurei com firmeza o rosto dele, meus dedos agora tensos pelo desejo que eu sentia de tê-lo. - Você quer um nome. Eu te darei um nome. Um nome para você agradecer quando olhar para os céus e para pedir ajuda quando olhar para o abismo. Um nome para idolatrar. Para nunca mais esquecer. Se nenhum dos deuses jamais olharam para você, eu estou aqui agora. Torna-me tua deusa, professa tua fé no meu nome e receba sua recompensa. - Cada uma das minhas palavras era cheia de intensidade. Como um decreto que podia rasgar os céus. - Ajoelhe diante de mim e eu te darei meu nome. Ajoelhe e deixe sua boca aberta. Mostre para mim suas presas.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
Infame.
Com as mãos firmemente em sua cintura, a afastei um pouco, só o suficiente para poder admirar melhor sua figura. Aquela mulher à minha frente era a própria definição de beleza, a epítome dos meus sonhos mais profundos. Eu não conseguia desviar o olhar, e a cada piscar parecia redescobri-la, como se a estivesse vendo pela primeira vez. Suas curvas acentuadas, o contraste entre o quadril largo e a cintura fina, tudo nela me deixava atordoado. Eu tremia diante dela, cada parte do meu ser reagindo àquela visão. Minha respiração já estava pesada, e meus pensamentos, antes dispersos, agora se fixavam nela, em tudo o que ela despertava em mim.
Ela queria roubar de mim os últimos vestígios de pureza, e eu sabia disso. Mas, ao mesmo tempo, não conseguia entender completamente o que estava acontecendo. Era uma montanha-russa de emoções, um turbilhão de sentimentos que me dominava por completo. Mesmo quando meus pensamentos se concentravam nela, eu me pegava duvidando se alguém como eu poderia estar com alguém tão perfeita quanto ela.
— Você é tão perfeita… Tão bela… — deixei escapar, sem nem perceber o quanto aquilo soava insuficiente diante da magnitude do que ela era.
Ela não era apenas bela, ela era perfeita. E essa perfeição parecia ter sido feita para mim, como se estivéssemos destinados a pertencer um ao outro. Não resisti ao impulso. Com uma força que me surpreendeu, a puxei para mais perto, nossos corpos se chocando com uma intensidade quase brutal. O toque da pele dela contra a minha parecia incendiar algo profundo, e antes que pudesse me conter, a beijei com uma paixão avassaladora, querendo provar de cada parte dela, de cada fragmento do seu corpo. Minhas mãos, agora descontroladas, puxaram minha camisa, deixando meu peito exposto, vulnerável a ela.
Minhas mãos se moveram pelo corpo dela, traçando suas curvas com reverência, como se estivesse decorando cada linha, cada detalhe. Mas, ao mesmo tempo, a urgência em mim crescia. Minha outra mão, com um gesto mais firme, desceu até sua bunda, e lhe dei um tapa forte, tentando, de algum jeito, demonstrar uma confiança que na verdade não sentia. Eu queria que ela visse em mim algo mais do que apenas inexperiência, queria que ela sentisse o desejo bruto que me consumia. Sem hesitar, deslizei a mão até sua outra coxa e a ergui, forçando-a a entrelaçar suas pernas ao redor da minha cintura. Eu precisava senti-la ainda mais próxima, queria nos fundir, perder qualquer distância que ainda restasse entre nós.
O fogo que queimava em mim exigia mais. Inclinando-me, cravei meus dentes em sua clavícula, mordendo com força o suficiente para deixar uma marca. Era como se, naquele gesto impulsivo, eu estivesse reivindicando um pedaço dela, uma assinatura do desejo que me consumia por dentro.
— Se é no teu nome que devo depositar minha fé, então que cada suspiro seja uma oração, e cada toque, um sacrifício. Se o paraíso é onde reside, que me leve até os céus com suas palavras e me faça teu devoto, pronto para receber toda a bênção que quiser me conceder... ou qualquer provação que deseje impor. Entregue-me a ti, e eu serei teu — sussurrei, minha voz trêmula de desejo e devoção, como se estivesse oferecendo não apenas meu corpo, mas tudo o que eu era.
Então a soltei, lentamente, deixando que seus pés tocassem o chão com um som quase divino, como se aquele simples movimento fosse um presságio do que ainda estava por vir. Eu a observei com uma intensidade nova, o som dos seus pés no solo reverberando como uma trombeta divina dentro de mim, anunciando o inevitável.
Lentamente, me ajoelhei diante dela, como um servo se prostrando diante de sua deusa. Abracei uma de suas pernas, segurando-a com força, como se temesse que ela pudesse desaparecer. Meus olhos, agora tomados por um desejo selvagem, refletiam todo o controle que ela tinha sobre mim. Senti o gosto metálico do sangue da mordida anterior ainda escorrendo pelos cantos da minha boca, e abri meus lábios, expondo minhas presas. A língua saiu de minha boca, ansiando por mais, por tudo que ela estava disposta a me dar. O desejo dentro de mim crescia, ameaçando consumir a ambos, e eu estava pronto para me perder completamente nela.
Turns out being fake can be your saving grace.
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Criado por Ani para Sasory
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
07. Fallen
Meus olhos brilharam ante a visão de alguém que tão diligentemente dedicava sua devoção à mim. Um brilho que eu poucas vezes havia experimentado desde que me encontrara naquele continente. Muitos poucos dos que eu encontrei naquele mundo apodrecido eram realmente capazes de um desejo tão puro. Os olhos dele, seu semblante, seus lábios, os músculos de seu corpo, tudo nele ansiava tão ardentemente pela redenção que eu podia fornecer que era difícil que eu mesma não me empolgasse profundamente. Eu tinha que retribuir aquele desejo.
Ele viu em mim a perfeição e se entregou a ela. Retribuí também o beijo que me deu. Meu rosto ficando mais quente e vermelho, minha língua procurando a dele sedenta por mais. O som das roupas sendo rasgadas me fez sorrir discretamente, respirando fundo para eu mesma me conter. Pousei minha mão no peito nu dele, sentindo sua pele e seus músculos por
Suas mãos deslizando pelo meu corpo, sentindo-as um pouco mais frias que a minha pele, causava-me um arrepio prazeroso. Mordi o lábio quando ele me deu um tapa. Havia muita força nele e eu queria aquela força ao meu dispor.
E novamente a força dele. Me segurava com intensidade, prendendo-me junto ao seu corpo em uma ação quase desesperada. Mordi os lábios mais uma vez, respirando fundo enquanto sentia a dor do cravar de seus dentes em mim. Aquele ardor misturava-se a dor no meu peito. Um calor que tentava me consumir, me destruir, mas que meu próprio corpo abraçava e corrompia. Aquela dor apenas me gerava mais prazer.
Prazer. Sua confissão me deixou inebriada. Concentrada unicamente nas palavras de profissão de fé que fazia ante a mim. Eu sorria ouvindo suas palavras, eu mesma envolta pela aura que ele emitia. Sua entrega era verdadeira. Seus joelhos tocaram o chão, sua submissão deliciosa de se desfrutar ante a minha santidade. Eu me sentia como eu deveria ser. Uma devoção verdadeira para gerar uma divindade verdadeira. Eu sentia poder divino fluindo através de mim.
Ante suas presas, sua língua exposta em um sinal de sua sede. Meu rosto estava ruborizado. Não de vergonha, mas de desejo.
Mordi com força a carne na lateral de minha mão, entre meu polegar e meu pulso. Deixei o sangue banhar a minha boca. Um sangue quente e forte. Ardendo a minha boca como se de fato estivesse fervendo. Expus minha língua sobre a dele, abrindo meus lábios e deixei a saliva misturada ao meu sangue escorrer até a boca dele. Alimentando-o obscenamente.
Quando o servi do meu sangue, ergui a cabeça e agarrei seus cabelos com minha mão direita.
- Você me chamará de Morrigan. Sou sua senhora pela eternidade e você é meu servo. Vou te dar o meu amor divino e te abrigar sob minhas asas. E você me amará com toda a sua existência. Seu corpo e alma são meus, como você me entregou diante do meu altar. Não apenas por essa noite... não. Para sempre. - Sorri com uma satisfação inigualável. Senti como entre minhas pernas eu estava tão úmida que quase podia escorrer. Era assim que os deuses se sentiam quando os fiéis se ajoelhavam, faziam promessas, aceitavam suas bençãos e se devotavam aos dogmas? Sim. Um tesão inigualável me possuía. - Agora, meu amor e meu servo, saboreie a sua benção.
Puxei a cabeça dele em direção a minha pélvis. Eu queria a língua dele entre as minhas pernas. Era hora dele desfrutar da minha glória.
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Re: [OFF Adv +18/ Fechada ] Uma Marca
Infame.
O ar ao meu redor parecia se densificar, como se o próprio ambiente conspirasse para me comprimir sob o peso daquela devoção sufocante. Morrigan era uma presença que despertava em mim tanto desejo quanto temor, e a pressão crescente em meu peito só aumentava à medida que ela me puxava para mais perto, seu magnetismo impossível de resistir. Suas mãos se entrelaçaram em meus cabelos com uma firmeza que exalava posse, guiando minha cabeça com uma autoridade silenciosa que fez cada parte do meu ser estremecer. Sentia meus joelhos vacilarem no chão frio e úmido, mas o desconforto físico se dissipava rapidamente diante do calor emanado por seu corpo, calor esse que parecia consumir todos os meus sentidos.
A proximidade dela era sufocante, quase como um campo gravitacional, e cada movimento meu parecia desacelerar o tempo, transformando centímetros em eternidades. Suas coxas firmes e aveludadas pressionavam minha cabeça, e o contraste entre a suavidade de sua pele e a tensão de seus músculos criava uma sensação tão intensa que meu corpo se entregava sem reservas. Eu tocava sua carne com uma reverência profunda, como se estivesse diante de algo sagrado, meus dedos traçando o contorno das suas pernas como se quisessem memorizar cada curva, cada detalhe.
Quando minhas mãos deslizaram para o interior de suas coxas, o calor subiu de forma palpável. A pele ali era ainda mais sensível, e minha respiração tornou-se pesada ao perceber a proximidade de seu núcleo, o epicentro de toda aquela energia. O aroma que exalava dela, denso e embriagante, invadiu meus pulmões, e senti meu corpo reagir instintivamente a esse estímulo, como se fosse chamado por algo primal. Era um misto de desejo carnal e uma devoção que transcendia o físico, como se eu estivesse prestes a cruzar uma fronteira entre o mundo material e algo mais profundo.
Minha boca, hesitante a princípio, abriu-se por impulso, guiada por um instinto maior do que minha própria vontade. Minha língua, quente e ávida, deslizou entre suas pernas, provando o sabor de sua pele pela primeira vez. Era um gosto único, uma mistura de sal e doçura, algo quase primitivo, que desencadeava em mim uma onda de desejo incontrolável, algo que jamais havia experimentado. Meu coração batia com uma intensidade desmedida, pulsando em sincronia com cada nova descoberta daquele corpo que eu venerava.
Meus lábios moviam-se suavemente, primeiro em carícias quase tímidas, e logo, conforme me rendia completamente àquele momento, sugando com uma intensidade crescente. Minha língua explorava com precisão, buscando os pontos que a fariam gemer, que a fariam perceber o quão profundamente eu estava envolvido. O calor da sua pele e o sabor inebriante criavam um coquetel sensorial que incendiava cada célula do meu corpo, alimentando um desejo avassalador, quase insaciável. Eu me perdia nela, tocando-a como se cada movimento fosse uma prece silenciosa, uma oferenda àquela força que me subjugava.
Minhas mãos apertavam suas coxas, puxando-a para mais perto, como se eu pudesse absorver parte de seu poder apenas pelo contato com sua pele. A pressão de suas pernas em minha cabeça, o peso da sua presença, era uma lembrança constante da sua força, do seu controle. E, paradoxalmente, eu me rendia completamente, sem resistência, ao prazer de ser dominado.
Minha língua finalmente encontrou seu clitóris, e o envolvi com meus lábios, primeiro de maneira suave, provocando-a com toques delicados, depois aumentando a intensidade, testando seus limites. O som dos seus gemidos se intensificava, preenchendo o ar pesado ao nosso redor, e isso só me impulsionava a ir mais longe, a entregá-la ao êxtase. Cada toque da minha língua, cada movimento dos meus lábios era calculado para intensificar seu prazer, e eu sabia, no fundo, que aquele ato era tanto para ela quanto para mim. Era um ciclo de entrega e adoração, uma conexão que ia além de simples desejo.
O tempo parecia se distorcer enquanto eu me entregava completamente àquela devoção. Cada segundo parecia infinito, e, ao mesmo tempo, insuficiente. A proximidade dela era intoxicante, e o som de sua respiração pesada, os pequenos gemidos que escapavam de seus lábios, ressoavam em mim como um comando silencioso, que eu não podia ignorar. Minhas mãos, ansiosas por mais contato, exploravam o caminho até seus quadris, segurando-a com firmeza, ancorando-a a mim, como se eu quisesse garantir que ela nunca pudesse escapar daquela união.
E então, finalmente, senti seu corpo começar a tremer sob meus dedos, sua respiração se tornando mais entrecortada. Ela estava perto. A urgência crescia em mim, e minha língua se movia com precisão, guiada por uma necessidade de vê-la perder o controle. Suas coxas apertavam minha cabeça, seus gemidos se tornavam mais altos, e eu sabia que estava à beira de entregá-la ao clímax. A sensação de tê-la tão próxima, de ser o catalisador de seu prazer, era uma experiência quase transcendente.
Quando finalmente senti seu corpo convulsionar com força, guiado pelas ondas de prazer que a tomavam, continuei, sem descanso, intensificando os movimentos, prolongando aquele momento. Meu corpo todo parecia vibrar em sintonia com o dela, como se o êxtase dela fosse também o meu, uma explosão de sensações que nos conectava de forma irreversível. O tempo parou, e, por um breve instante, éramos um só, ligados por algo que ia além do físico, algo que tocava o espiritual.
Quando ela finalmente relaxou, exausta, afastei-me um pouco, ainda ofegante, com o corpo cansado, mas a mente completamente absorta naquela sensação de entrega e devoção. Mantive minha cabeça baixa, esperando, submisso, qualquer novo comando, qualquer novo gesto que ela quisesse me oferecer.
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