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[Auto Narrada +18] Castelos de Areia
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Satar :: Reino de Amani :: Foz Dourada
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[Auto Narrada +18] Castelos de Areia
Relembrando a primeira mensagem :
— Ano/Estação: Se passa durante 839/Outono | 840/Verão | 841/Primavera
— Pessoas envolvidas: @Nii Ovonulo
— Localidade: Foz Dourada | Vilarejo de Plumas (próximo a Foz Dourada)
— Descrição: A narrativa conta do duelo de Nii contra as raposas negras. Começando do ponto de estopim da sua historia e indo até o confronto dois anos depois.
Aviso: Violência.「R」
Castelos de Areia.
— Ano/Estação: Se passa durante 839/Outono | 840/Verão | 841/Primavera
— Pessoas envolvidas: @Nii Ovonulo
— Localidade: Foz Dourada | Vilarejo de Plumas (próximo a Foz Dourada)
— Descrição: A narrativa conta do duelo de Nii contra as raposas negras. Começando do ponto de estopim da sua historia e indo até o confronto dois anos depois.
Aviso: Violência.
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Finalmente, ao me posicionar à margem da clareira, avistei minha presa. A raposa negra estava lá, uma figura imponente e sinistra contra a luz pálida da lua. Seus olhos brilhavam com uma luz malévola, refletindo uma astucia cruel que a tornava uma adversária formidável. Ela estava agachada, os músculos tensos, os sentidos alertas, mas ainda não havia percebido minha presença. Eu era uma sombra entre as sombras, uma ameaça invisível à espreita, aguardando o momento perfeito para atacar.
Aproximei-me em um arco amplo, me posicionando estrategicamente para evitar que o vento levasse meu cheiro até ela. Meu corpo estava perfeitamente alinhado com o ambiente, cada fibra minha sintonizada com o entorno. Quando finalmente encontrei a posição ideal, meu corpo inteiro parecia vibrar em antecipação. A Quackblade, pronta para cortar o ar, estava sedenta por sangue, e eu sabia que o primeiro golpe deveria ser certeiro.
De repente, com um impulso explosivo, saltei da cobertura das árvores, disparando em direção à raposa. O tempo parecia desacelerar enquanto o espaço entre nós se fechava rapidamente. A raposa, surpreendida, girou no mesmo instante, suas garras prontas para me atacar. Mas eu já estava preparado. A Quackblade desceu em um arco rápido e preciso, encontrando a lateral do corpo da raposa e abrindo um corte profundo. O grito de dor da criatura ecoou pela clareira, um som agudo que reverberou nas árvores ao redor.
Mas a raposa negra não era um inimigo fácil. Ferida, ela se lançou para trás com uma agilidade surpreendente, seus olhos agora brilhando com uma fúria ainda maior. Ela recuou apenas o suficiente para analisar a situação, para calcular sua próxima ação. Eu podia ver a inteligência em seus olhos, a percepção rápida que tornava cada uma dessas criaturas um desafio mortal. Mas eu também sabia que não poderia dar espaço para ela se recuperar.
Avancei novamente, a Quackblade cintilando na escuridão enquanto eu desferia uma série de golpes rápidos e precisos. A raposa respondia com igual ferocidade, suas garras cortando o ar em contragolpes perigosos. Cada movimento era uma troca de vida e morte, uma dança mortal onde o menor erro poderia ser fatal. O som do metal rasgando a carne e das garras atingindo a terra se misturava ao ritmo acelerado das nossas respirações.
por AN!
Nii Ovonulo- Mensagens : 55
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Em um momento crítico, a raposa encontrou uma abertura e atacou com uma mordida violenta. Seus dentes afiados visavam meu pescoço, mas com um giro rápido, consegui desviar, sentindo o ar deslocado pelo ataque passar a milímetros de mim. No movimento seguinte, girei a Quackblade em um arco lateral, atingindo novamente a raposa, desta vez nas patas dianteiras. Ela soltou um uivo de dor e recuou, mancando, mas seus olhos continuavam fixos em mim, cheios de determinação e ódio.
O confronto estava longe de terminar. A raposa, mesmo ferida, não desistiria facilmente. E eu também não. Sabia que ela estava se enfraquecendo, mas também estava ciente de que um último golpe desesperado poderia ser o mais perigoso. Mantive minha postura defensiva, aguardando o próximo movimento dela, observando atentamente cada mudança em sua postura, cada sinal de que ela estava prestes a atacar.
E então, como um raio, ela saltou para cima de mim, suas garras estendidas em um ataque final. O movimento foi rápido, quase impossível de acompanhar, mas eu estava preparado. Com uma rotação rápida, desviei do ataque e, em um único movimento fluido, ergui a Quackblade e a desci com toda a força e precisão que possuía. A lâmina cortou o ar e encontrou seu alvo, atravessando o coração da raposa com um impacto seco.
A raposa negra caiu no chão, seu corpo tremendo enquanto a vida se esvaía lentamente. Fiquei ali, parado, observando enquanto ela dava seus últimos suspiros, até que finalmente, seus olhos perderam o brilho e ela ficou imóvel. A batalha estava vencida, mas o custo da vitória sempre me deixava com um gosto amargo na boca. Cada vida que eu tirava era um passo mais próximo da minha vingança, mas também uma lembrança do que eu havia perdido. A cada momento estava sendo mais e mais consumido pela Quackblade.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Respirei fundo, tentando acalmar meu coração acelerado. O sangue da raposa tingia o solo ao meu redor, e o ar estava impregnado com o cheiro da batalha. Eu estava exausto, meus músculos queimando de esforço, mas sabia que não poderia parar. Não agora. Ainda havia mais raposas negras espalhadas pela região, e cada uma delas precisava ser eliminada. Eu estava apenas no começo de minha jornada, e não descansaria até que a última delas estivesse morta.
Deixei o corpo da raposa para trás e continuei meu caminho. A noite ainda era jovem, e a escuridão seria minha aliada enquanto eu caçava os outros membros daquele bando maldito. Meu corpo estava ferido, mas meu espírito estava indomável. Cada nova batalha era um teste de minhas habilidades, de minha resistência, mas também uma reafirmação do meu propósito. Eu não lutava apenas por vingança; lutava para honrar a memória daqueles que foram tirados de mim, para garantir que nenhuma outra vida inocente fosse destruída por aquelas criaturas.
Enquanto avançava pela floresta, meus sentidos estavam aguçados, cada ruído, cada movimento sendo analisado cuidadosamente. As raposas negras eram astutas, mas eu estava determinado a encontrá-las. Minha mente revisava as lições que Kael me ensinara, a importância de usar o ambiente a meu favor, de antecipar os movimentos do inimigo. Cada passo que eu dava era calculado, cada decisão tomada com a frieza e a precisão de um guerreiro que já havia enfrentado a morte inúmeras vezes.
A caminhada me levou a outra área da floresta, onde o terreno era mais acidentado, com rochas e arbustos densos. Ali, eu sabia, poderia haver mais raposas, escondidas nas sombras, esperando por uma oportunidade de atacar. Mas eu não lhes daria essa chance. Eu me moveria como um fantasma, atacando antes que elas tivessem tempo de reagir. A Quackblade estava pronta, e eu também.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Meus pensamentos estavam focados, minha mente um campo de batalha onde cada estratégia era formulada e refinada. O peso da responsabilidade que eu carregava era grande, mas também era uma fonte de força. Eu havia escolhido esse caminho, havia decidido que não haveria descanso até que minha missão estivesse completa.
E assim, com a determinação firme como aço, avancei silenciosamente pelas sombras da floresta, uma figura quase invisível, movendo-me com a precisão letal de um predador que conhece bem seu território. O silêncio da noite era quebrado apenas pelo suave farfalhar das folhas sob minhas patas e pelo sussurro distante do vento entre as árvores. Cada som, por mais tênue que fosse, era registrado pelos meus sentidos aguçados. Eu estava em alerta máximo, preparado para qualquer eventualidade.
As colinas de Foz Dourada, com suas curvas sinuosas e vegetação densa, escondiam perigos e segredos. A paisagem ao meu redor era um labirinto natural, onde cada rocha, cada tronco retorcido, podia ocultar um inimigo à espreita. Eu sabia que as raposas negras se adaptavam bem àquele tipo de terreno. Eram predadoras naturais, com sentidos apurados e uma habilidade quase sobrenatural para se camuflar. Mas eu havia aprendido a me adaptar também. Eu não era mais o patinho indefeso que havia visto sua vida desmoronar naquela noite fatídica; agora, eu era um guerreiro, moldado pela dor e pelo desejo de vingança.
Foi então que senti uma mudança no ar, uma sensação quase imperceptível de que algo estava fora do lugar. Parei, meus músculos tensos, a Quackblade firmemente segurada em minha asa. Meus olhos percorreram a paisagem ao redor, procurando por qualquer sinal de movimento. O silêncio, de repente, parecia mais pesado, carregado de tensão. Sabia que não estava mais sozinho.
E então, no canto da minha visão periférica, percebi o movimento furtivo de uma sombra. Era rápida, quase como um borrão contra o fundo escuro da floresta, mas meu treinamento me permitiu captá-la. Era outra raposa negra, sem dúvida, tentando me cercar. Mantive-me imóvel, aguardando que ela cometesse o erro de se aproximar demais.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Minha paciência foi recompensada. A raposa avançou sorrateiramente, acreditando que ainda não havia sido detectada. Esperei até o último segundo, o coração batendo forte em meu peito, e então, num movimento rápido e preciso, saltei em sua direção. A Quackblade cortou o ar com um assobio mortal, mirando a cabeça da criatura.
A raposa, surpreendida pela velocidade do meu ataque, tentou recuar, mas já era tarde demais. A lâmina encontrou seu alvo, atravessando o crânio da criatura com um impacto seco. O corpo da raposa caiu ao chão com um baque surdo, os olhos antes cheios de malícia agora vidrados em morte. Mais uma estava fora do meu caminho.
No entanto, o alívio da vitória foi breve. Mal tive tempo de recuperar o fôlego quando ouvi um rosnado baixo vindo da minha direita. Virei-me a tempo de ver outra raposa negra emergir das sombras, seus olhos ardendo de fúria. Ela avançou com uma rapidez impressionante, suas garras prontas para rasgar minha carne. O ataque foi tão repentino que quase fui pego de surpresa.
Instintivamente, rolei para o lado, sentindo o vento causado pelo golpe passar a milímetros de mim. Levantei-me de volta em posição de combate, respirando pesadamente. A raposa me encarava, suas presas à mostra em um rosnado ameaçador. Era maior e mais robusta que a anterior, e seus movimentos indicavam que era uma guerreira experiente, talvez a líder do grupo.
O confronto que se seguiu foi brutal. A raposa investia com uma série de ataques ferozes, garras e dentes tentando me atingir de todos os ângulos. Cada golpe era desviado com dificuldade, meus reflexos sendo testados ao limite. Eu sabia que um único erro poderia ser fatal. O peso da Quackblade em minha asa era tanto uma segurança quanto um lembrete da responsabilidade que carregava.
Concentrei-me na respiração, mantendo a calma enquanto tentava encontrar uma abertura. Cada movimento meu era calculado para minimizar a exposição e maximizar a eficiência. A raposa, por sua vez, lutava com uma fúria selvagem, uma força da natureza que parecia incontrolável. Mas em algum lugar no meio da batalha, percebi um padrão em seus ataques, uma ligeira hesitação antes de cada golpe.
Decidi arriscar. Esperei até que ela lançasse outro ataque, e então, ao invés de esquivar, avancei em sua direção. A Quackblade, como uma extensão de minha vontade, cortou em um arco ascendente, mirando o pescoço da criatura. A raposa não esperava um contra-ataque tão ousado e, por um breve segundo, hesitou.
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Esse segundo foi tudo o que precisei.
A lâmina encontrou seu alvo com precisão mortal. A raposa soltou um grito de dor, seus olhos arregalados em surpresa enquanto sentia o corte profundo que a separava da vida. O sangue jorrou, tingindo o chão ao nosso redor de vermelho escuro. Ela deu um passo trôpego para trás, tentando lutar contra a inevitabilidade da morte, mas suas forças a abandonaram. Com um último suspiro, ela caiu ao chão, derrotada.
Fiquei ali por um momento, o peito arfando, a Quackblade ainda gotejando sangue. As feridas em meu corpo, embora não fatais, começavam a arder com a dor da realidade. Mas a dor física era um lembrete da minha missão, uma chama que continuava a queimar dentro de mim.
O cansaço começava a pesar em meus membros, mas eu não podia me dar ao luxo de parar. Sabia que havia mais raposas lá fora, e que cada uma delas representava um passo a mais na direção da justiça que eu buscava. Olhei para os corpos ao meu redor, um lembrete sombrio de que a morte era uma companheira constante em minha jornada. Não era apenas sobre vingança; era sobre a necessidade de proteger os outros, de garantir que ninguém mais precisasse sofrer como eu sofri.
Continuei meu caminho, afastando-me da cena da batalha, com a Quackblade firme em minha asa. O vento sussurrava entre as árvores, como se a própria floresta reconhecesse a gravidade do que havia acontecido. Mas eu não me deixaria distrair. Meu objetivo estava à frente, e nada me desviaria dele.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
O terreno à minha frente tornava-se cada vez mais acidentado, as árvores mais densas e as sombras mais profundas. As colinas que margeavam Foz Dourada eram conhecidas por serem traiçoeiras, e eu sabia que estava entrando em território onde as raposas negras se sentiam em casa. Não havia dúvida de que elas estariam preparadas para mim, mas eu também estava preparado para elas. Minhas habilidades, aperfeiçoadas através de incontáveis treinos e combates, seriam testadas novamente, mas eu estava pronto.
O tempo parecia se alongar à medida que eu subia uma colina íngreme, cada passo um esforço consciente. A dor de minhas feridas se intensificava, mas eu a ignorava, focando-me no que estava à frente. Ao alcançar o topo, parei por um momento, ofegante, e olhei para baixo, para o vale que se estendia à minha frente. Ali, entre as sombras das árvores, eu sabia que encontraria mais das raposas que buscava.
Era um terreno difícil, mas eu já havia enfrentado obstáculos piores. Com a mente focada, comecei a descer a colina, movendo-me com cautela entre as pedras e raízes que surgiam como armadilhas naturais. O silêncio era absoluto, quebrado apenas pelo som ocasional de um galho se partindo sob minhas patas. E então, ao me aproximar da base da colina, senti novamente aquela sensação de que estava sendo observado.
Parei, as asas segurando firmemente a Quackblade, e aguardei. Sabia que as raposas não me atacariam diretamente em terreno tão acidentado; elas prefeririam esperar, emboscar-me quando estivesse mais vulnerável. Mas eu também sabia que não poderia me permitir ser encurralado. Teria que agir antes que elas pudessem coordenar um ataque.
Em um movimento calculado, avancei rapidamente para uma formação rochosa que se destacava à frente. Usei as rochas como cobertura, mantendo-me baixo enquanto escaneava o terreno ao redor. Meus olhos, agora acostumados à escuridão, procuravam qualquer sinal de movimento, qualquer indício de onde meus inimigos poderiam estar escondidos.
Foi então que os vi. Duas raposas negras, posicionadas em lados opostos do vale, claramente esperando o momento certo para atacar. Suas peles negras quase indistinguíveis das sombras ao redor, mas não para mim. Seus olhos brilharam por um breve instante, refletindo a luz da lua, e eu soube que elas estavam prestes a agir.
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Não esperei que elas tomassem a iniciativa. Em vez disso, saltei da minha cobertura, avançando em direção à raposa mais próxima com uma velocidade que a surpreendeu. Ela tentou reagir, mas minha lâmina já estava em movimento. A Quackblade cortou o ar com uma precisão mortal, e antes que a raposa pudesse sequer recuar, a lâmina atingiu seu flanco com força implacável. O golpe abriu um corte profundo, e a raposa soltou um uivo agonizante, cambaleando para trás. Seus olhos, que antes brilhavam com malícia e intenção assassina, agora estavam tomados pelo medo e pela dor. Eu não hesitei. Sabia que, se desse qualquer chance à criatura, ela poderia se recuperar e virar o jogo contra mim. Assim, com um movimento fluido, completei o golpe, girando meu corpo para aplicar o corte final.
A raposa caiu, seus olhos vidrados e sem vida, enquanto a última respiração escapava de seus lábios entreabertos. Mas não havia tempo para comemorar ou lamentar. Eu ainda estava no meio de uma batalha, e a segunda raposa não ficaria parada para me dar uma nova chance. Ela já estava em movimento, avançando em minha direção com uma velocidade impressionante. Seu corpo esguio cortava o ar enquanto suas garras se estendiam, prontas para rasgar minha carne.
Rolei para o lado, esquivando-me por um triz, sentindo o ar deslocado pelas garras afiadas da raposa passar rente a mim. Levantei-me rapidamente, girando a Quackblade em um arco defensivo, mantendo a raposa à distância. Ela recuou, os olhos fixos em mim, avaliando, procurando uma nova oportunidade de atacar. Eu sabia que ela não se daria por vencida tão facilmente.
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Respirei fundo, tentando acalmar a adrenalina que pulsava em minhas veias. Precisava manter a cabeça fria, não podia me deixar levar pela urgência do combate. Kael havia me ensinado que, em situações de desvantagem, a paciência era a arma mais letal. Deixei que a raposa pensasse que estava no controle, que acreditasse que eu estava hesitando. E então, no momento exato em que ela avançou novamente, lancei meu ataque.
Movi-me rápido como o vento, a Quackblade girando em um arco ascendente. A raposa, pega de surpresa pela minha mudança repentina de estratégia, tentou recuar, mas seu próprio ímpeto a traiu. A lâmina encontrou seu alvo com um golpe limpo, atravessando o peito da criatura. O impacto foi forte o suficiente para jogá-la de lado, onde ela caiu, rolando na terra. Suas patas se debateram por um breve momento, antes de finalmente ceder à escuridão da morte.
O silêncio caiu sobre a floresta, interrompido apenas pelo som da minha respiração pesada. O cheiro metálico de sangue enchia o ar, misturando-se com o aroma úmido da terra. Olhei ao redor, tentando detectar qualquer outro sinal de perigo, mas não havia mais nada. As raposas negras estavam mortas, e por ora, o perigo havia passado.
Deixei a Quackblade cair ao meu lado, cravando-a no chão para me apoiar enquanto recuperava o fôlego. A batalha havia sido extenuante, e minhas feridas, embora superficiais, agora pareciam latejar com mais intensidade. Cada músculo em meu corpo estava tenso, exausto pelo esforço. Mas a dor era um lembrete de que eu estava vivo, de que havia sobrevivido a mais um confronto em minha jornada.
Olhando para os corpos caídos das raposas, não senti a satisfação que esperava. Havia um vazio ali, uma lembrança de que cada inimigo derrotado me trazia um pouco mais perto do meu objetivo, mas também me afastava mais da paz. A vingança, percebi, não era um caminho que trazia consolo. Era uma chama que queimava sem fim, consumindo tudo em seu caminho.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
V. O Pato da Morte.
Mesmo assim, não havia outro caminho a seguir. Eu estava comprometido com essa jornada, e cada batalha era um passo a mais na direção do fim que eu desejava. Peguei a Quackblade novamente, sentindo seu peso familiar em minha asa, e me preparei para continuar. Sabia que, mesmo que as raposas negras estivessem começando a perceber a ameaça que eu representava, isso não significava que desistiriam tão facilmente. E eu também não desistiria.
Levantei-me, limpando o suor e o sangue do bico, e comecei a me mover novamente pela floresta. A escuridão era profunda, e o cansaço tentava me puxar para baixo, mas eu resisti. Não havia lugar para fraqueza na missão que eu havia abraçado. As colinas de Foz Dourada ainda escondiam perigos, mas também escondiam as respostas que eu procurava.
Enquanto caminhava pela floresta, uma nova determinação cresceu dentro de mim. Cada passo que dava era carregado de propósito. Sabia que mais batalhas me aguardavam, e que cada uma delas me levaria mais perto da verdade. Minhas feridas cicatrizariam, meus músculos se fortaleceriam novamente, e quando chegasse a hora, eu estaria pronto para enfrentar qualquer desafio que viesse em meu caminho.
A floresta parecia mais tranquila agora, como se estivesse reconhecendo minha vitória. O vento acariciava as folhas das árvores, e a lua, antes escondida, agora brilhava mais intensamente, iluminando meu caminho. Era um sinal, talvez, de que a natureza estava ao meu lado, guiando-me em minha jornada. Ou talvez fosse apenas uma coincidência, um reflexo de minha própria vontade indomável.
Continuei a caminhar, deixando para trás o campo de batalha e as memórias da luta. Havia ainda muito a ser feito, mas eu estava pronto. Cada ferida, cada cicatriz, era um lembrete de que eu era mais forte do que pensava, mais resiliente do que imaginava. E com a Quackblade ao meu lado, eu sabia que nada poderia me impedir.
O vilarejo de Plumas, que ficava logo além das colinas, seria meu próximo destino. As raposas negras poderiam ter se espalhado, mas eu as encontraria. Não importava onde estivessem, não importava quantas ainda restavam, eu não descansaria até que todas fossem eliminadas. O caminho à minha frente era longo e cheio de perigos, mas eu estava preparado para enfrentá-los.
E assim, com a lua como testemunha, continuei minha jornada pela escuridão da noite, movido pela chama da vingança que ardia em meu peito. A batalha em Foz Dourada havia terminado, mas a guerra estava longe de acabar. E eu, Nii Ovonulo, estava determinado a vencer.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. As falhas do passado.
A chuva caía incessante sobre o telhado do galinheiro, produzindo um som monótono que, em tempos de paz, teria sido uma melodia reconfortante. Mas, naquela noite, o barulho parecia uma batida constante, como um tambor que ecoava em meu coração agitado. Deitado em minha cama improvisada, feita de palha e penas, eu encontrava um modesto conforto após longos dias de treinamento. Meus olhos permaneciam fechados, numa tentativa vã de escapar das memórias dolorosas que insistiam em me assombrar. Mas, como de costume, a noite trouxe consigo sonhos perturbadores, visões que me obrigavam a reviver os horrores que eu tanto desejava esquecer.
Ao fechar os olhos, fui gradualmente dominado pelo sono, que rapidamente se transformou em um pesadelo familiar. No sonho, o galinheiro estava novamente em ruínas, consumido pelas chamas que refletiam a fúria das raposas negras. As garras das feras rasgavam a madeira e quebravam ossos, e os gritos das galinhas se misturavam ao som das explosões, criando um cenário infernal. Eu me escondia, imóvel e aterrorizado, enquanto o caos se desenrolava diante de mim, com o coração batendo descontroladamente no peito.
O momento mais angustiante sempre era quando eu via minha mãe pata lutando desesperadamente contra as raposas. Seus olhos, carregados de medo e determinação, sua pele manchada de sangue – uma imagem que me assombra até hoje. Eu tentava gritar por ela, mas minha voz não saía. No pesadelo, eu a via sucumbir, sua bravura insuficiente para enfrentar a crueldade das raposas.
Acordava frequentemente com o corpo encharcado de suor frio, o coração acelerado e a mente repleta de imagens horríveis. Noite após noite, o pesadelo se repetia, tornando-se uma parte inevitável do meu descanso. A lembrança daquela noite fatídica era uma sombra constante, um doloroso lembrete do que eu havia perdido e do que ainda precisava fazer.
por AN!
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