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[Auto Narrada +18] Castelos de Areia
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Satar :: Reino de Amani :: Foz Dourada
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[Auto Narrada +18] Castelos de Areia
Relembrando a primeira mensagem :
— Ano/Estação: Se passa durante 839/Outono | 840/Verão | 841/Primavera
— Pessoas envolvidas: @Nii Ovonulo
— Localidade: Foz Dourada | Vilarejo de Plumas (próximo a Foz Dourada)
— Descrição: A narrativa conta do duelo de Nii contra as raposas negras. Começando do ponto de estopim da sua historia e indo até o confronto dois anos depois.
Aviso: Violência.「R」
Castelos de Areia.
— Ano/Estação: Se passa durante 839/Outono | 840/Verão | 841/Primavera
— Pessoas envolvidas: @Nii Ovonulo
— Localidade: Foz Dourada | Vilarejo de Plumas (próximo a Foz Dourada)
— Descrição: A narrativa conta do duelo de Nii contra as raposas negras. Começando do ponto de estopim da sua historia e indo até o confronto dois anos depois.
Aviso: Violência.
Nii Ovonulo- Créditos : 0
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. As falhas do passado.
A chuva caía incessante sobre o telhado do galinheiro, produzindo um som monótono que, em tempos de paz, teria sido uma melodia reconfortante. Mas, naquela noite, o barulho parecia uma batida constante, como um tambor que ecoava em meu coração agitado. Deitado em minha cama improvisada, feita de palha e penas, eu encontrava um modesto conforto após longos dias de treinamento. Meus olhos permaneciam fechados, numa tentativa vã de escapar das memórias dolorosas que insistiam em me assombrar. Mas, como de costume, a noite trouxe consigo sonhos perturbadores, visões que me obrigavam a reviver os horrores que eu tanto desejava esquecer.
Ao fechar os olhos, fui gradualmente dominado pelo sono, que rapidamente se transformou em um pesadelo familiar. No sonho, o galinheiro estava novamente em ruínas, consumido pelas chamas que refletiam a fúria das raposas negras. As garras das feras rasgavam a madeira e quebravam ossos, e os gritos das galinhas se misturavam ao som das explosões, criando um cenário infernal. Eu me escondia, imóvel e aterrorizado, enquanto o caos se desenrolava diante de mim, com o coração batendo descontroladamente no peito.
O momento mais angustiante sempre era quando eu via minha mãe pata lutando desesperadamente contra as raposas. Seus olhos, carregados de medo e determinação, sua pele manchada de sangue – uma imagem que me assombra até hoje. Eu tentava gritar por ela, mas minha voz não saía. No pesadelo, eu a via sucumbir, sua bravura insuficiente para enfrentar a crueldade das raposas.
Acordava frequentemente com o corpo encharcado de suor frio, o coração acelerado e a mente repleta de imagens horríveis. Noite após noite, o pesadelo se repetia, tornando-se uma parte inevitável do meu descanso. A lembrança daquela noite fatídica era uma sombra constante, um doloroso lembrete do que eu havia perdido e do que ainda precisava fazer.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. as falhas do passado.
Nos últimos meses, o treinamento com Kael havia se tornado minha única forma de escapar dessas visões, de canalizar minha dor e frustração em algo produtivo. O corvo havia me ensinado a usar a escuridão a meu favor, a dominar a Quackblade e a encontrar a força necessária para enfrentar meus próprios demônios. Porém, por mais que eu tentasse, a lembrança daquela noite ainda assombrava meus momentos de descanso.
Kael revelou a verdade sobre a Quackblade e seu significado em minha vida. Explicou que a espada não era apenas uma arma, mas sim um legado, uma extensão da justiça que minha família sempre buscou. Forjada com o poder da Deusa da Vingança, a Quackblade estava ligada ao sangue da minha linhagem, destinada a um defensor que continuaria esse legado.
A Quackblade estava profundamente ligada à minha família, sendo um legado antigo e sagrado. Durante o treinamento, Kael me revelou a história da espada e sua conexão com minha linhagem. Ele explicou que a Quackblade foi criada como uma ferramenta de justiça, imbuída com o poder da Deusa da Vingança, destinada a ser empunhada por alguém que realmente buscasse a justiça. Kael deixou claro que a Quackblade havia sido passada de geração em geração, aguardando o momento certo para ser entregue ao verdadeiro herdeiro. Agora, esse peso e responsabilidade recaíam sobre mim.
Lembro-me claramente da primeira vez que vi a Quackblade. Era uma tarde nublada quando Kael me levou a uma clareira isolada e, com grande reverência, revelou a espada. A Quackblade era uma lâmina negra, emanando uma energia sombria que parecia vir de outro mundo.
— Esta não é uma lâmina comum, Nii — disse Kael, olhando para a espada com profunda intensidade. — Ela foi forjada no calor do seu ódio, feita da mesma matéria que seus pesadelos. Apenas aqueles com uma verdadeira sede de vingança podem empunhá-la.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. as falhas do passado.
As memórias de Kael e minha família eram profundas e complexas. Em um flashback, vi Kael ainda jovem, lutando ao lado de meus pais durante uma era de paz. Havia um respeito mútuo entre eles, uma relação que mostrava a lealdade entre os corvo e os patos. Um vínculo profundo que ele tinha com minha família. Kael havia se tornado um aliado valioso, protegendo a Quackblade e garantindo que ela permanecesse segura até o momento de sua passagem.
Em uma antiga cerimônia, Kael e meu pai discutiam a importância da Quackblade. Conversavam sobre o papel da espada na proteção da nossa linhagem e a responsabilidade de manter seu poder em mãos seguras. Kael havia prometido proteger a espada e, mais importante, garantir que ela fosse passada para o próximo defensor no momento certo.
A cena em que Kael prometeu proteger a Quackblade é uma das mais vívidas. O corvo falou com um tom de urgência, sua voz carregada de um compromisso profundo com a segurança da arma e o legado que ela representava. A Quackblade era um símbolo de justiça, e Kael havia se tornado seu guardião, esperando pacientemente para devolvê-la ao herdeiro legítimo.
As memórias continuavam a revelar o legado da Quackblade. Em uma visão antiga, testemunhei o ritual de consagração da espada. Foi uma cerimônia grandiosa, onde a lâmina foi forjada com o poder da Deusa da Vingança. A espada foi imbuída com uma energia antiga e poderosa, uma extensão da vontade divina que buscava justiça e vingança.
A visão do ritual mostrava os detalhes intrincados da cerimônia, com sacerdotes realizando encantamentos e oferecendo sacrifícios para garantir que a espada carregasse o poder necessário para cumprir seu propósito. Vi o fogo e as chamas que envolviam a espada e senti a energia que emanava da lâmina, uma sensação de poder e destino entrelaçados.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. as falhas do passado.
As memórias da noite do ataque se misturavam com as lições que ele me ensinava. Kael havia me mostrado como usar a escuridão a meu favor, como dominar a Quackblade e como canalizar minha dor e raiva em força. Ele me ensinou a me mover entre as sombras, a antecipar os movimentos do inimigo e a controlar o medo que antes me paralisava.
Cada lição com Kael era uma forma de conectar o passado ao presente, de entender o verdadeiro propósito da Quackblade e a missão que eu carregava. O treinamento não era apenas físico, mas também mental e espiritual. Eu estava me tornando mais do que um simples pato em busca de vingança; eu estava me tornando o defensor de um legado sagrado, um guerreiro com um destino maior.
A chuva que caía sobre o galinheiro, antes opressiva, agora parecia um som distante, quase reconfortante. As memórias do passado, os rostos de meus pais e a determinação de Kael em proteger a Quackblade se misturavam em minha mente, formando uma conexão inabalável entre o que foi e o que está por vir.
Eu compreendia agora que minha vingança não era apenas uma questão pessoal; era parte de um destino maior. A Quackblade era um símbolo da justiça e da proteção que minha família representava, e eu estava destinado a cumprir esse papel. Cada golpe da lâmina, cada movimento que eu fazia, era uma afirmação da minha herança e do propósito maior que eu carregava.
Com essa compreensão, eu estava preparado para enfrentar as raposas negras. A vingança que eu buscava era mais do que um desejo de justiça pessoal; era uma luta para honrar o legado da minha família e proteger o que era sagrado. Com a Quackblade em mãos e o coração cheio de um propósito renovado, eu me preparava para o confronto final.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. as falhas do passado.
As memórias do passado, as lições de Kael e a conexão com a Quackblade me davam a força e a determinação necessárias para enfrentar qualquer desafio que surgisse. Eu estava pronto para enfrentar as raposas negras e reivindicar minha vingança, sabendo que cada passo que eu dava cumpria um destino maior do que eu jamais poderia imaginar.
Kael, com sua sabedoria acumulada ao longo dos anos, havia sido a âncora que me mantinha firme nesse caminho incerto. Seu treinamento não consistia apenas em movimentos físicos; ele incutia em mim um entendimento mais profundo da moralidade, da justiça e da vingança. Ele me alertava repetidamente sobre o perigo de deixar a raiva me consumir completamente, um destino que muitos guerreiros antes de mim haviam enfrentado com consequências desastrosas.
— A vingança pode ser um mestre cruel, Nii — Kael costumava dizer, sua voz carregada de um peso que só a experiência poderia conferir. — Ela oferece poder, mas cobra um preço. A Quackblade é uma ferramenta poderosa, mas se você permitir que a escuridão dentro de si cresça sem controle, a espada consumirá sua alma.
Essas palavras ecoavam em minha mente enquanto praticava os movimentos que Kael me ensinara, a lâmina cortando o ar com precisão. A cada golpe, eu sentia a tensão entre o poder e o controle, entre o desejo de destruir meus inimigos e a necessidade de manter minha patanidade intacta. Kael estava certo: a Quackblade era uma força viva, e eu precisava aprender a dominá-la, sem ser dominado por ela.
Em uma de nossas conversas mais profundas, Kael me contou sobre seus próprios desafios com a vingança. Ele havia perdido entes queridos para as mesmas forças que agora ameaçavam minha vida e minha sanidade. Embora ele nunca tenha revelado os detalhes exatos, pude ver a dor em seus olhos, uma dor que ele carregava há muito tempo.
— O ódio é uma faca de dois gumes — disse Kael, seus olhos negros como a noite fixos nos meus. — Eu sei disso melhor do que ninguém. Quase perdi tudo porque permiti que a vingança me cegasse. Aprendi a duras penas que, para usar a Quackblade corretamente, você precisa ser mais forte que o ódio. É preciso canalizar essa raiva, mas nunca deixá-la dominar você.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. as falhas do passado.
Essas palavras ficaram gravadas em minha memória. Kael não era apenas um mentor; ele era um exemplo vivo do que eu poderia me tornar se não aprendesse a equilibrar minha sede de vingança com a necessidade de justiça. Eu me perguntava se algum dia conseguiria dominar a Quackblade da mesma forma que ele havia dominado sua própria raiva.
Em uma noite particularmente difícil, após um dia exaustivo de treinamento, Kael e eu nos empuleramos ao redor de uma pequena fogueira, o calor das chamas proporcionando algum conforto contra o frio que se insinuava no ar.
— Você está progredindo bem, Nii — Kael disse, quebrando o silêncio que havia pairado entre nós. — Mas ainda há muito que você precisa compreender. A Quackblade é uma arma poderosa, mas ela só será realmente eficaz se seu coração estiver em sintonia com sua mente.
Olhei para Kael, tentando entender o significado de suas palavras. Ele sempre falava em enigmas, me empurrando a pensar além do óbvio, a buscar respostas dentro de mim mesmo. Talvez essa fosse a verdadeira lição, percebi: não se tratava apenas do treinamento físico, mas da jornada interna que eu precisava percorrer.
— O que você quer dizer com isso, Kael? — perguntei, minha voz carregada de uma mistura de frustração e curiosidade.
— dizer que a vingança pode facilmente se transformar em um ciclo sem fim — ele respondeu, sua voz calma, mas firme. — Se você se concentrar apenas no ódio, nunca encontrará paz, mesmo que destrua todas as raposas negras. O verdadeiro desafio é encontrar um equilíbrio, usar sua raiva como força motriz, mas não permitir que ela controle cada aspecto de sua vida.
As palavras de Kael ressoaram em meu coração enquanto ponderava sobre o que ele havia dito. Entendi que essa jornada não se tratava apenas do combate; era entender minha própria natureza e as forças que me impulsionavam. Eu precisava encontrar uma maneira de usar a Quackblade não como uma arma de destruição, mas como um símbolo de justiça, uma extensão do legado da minha família.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. as falhas do passado.
Na manhã seguinte, com essas reflexões ainda frescas em minha mente, Kael me apresentou um novo desafio. Ele me levou a um vale sombrio, onde as sombras das árvores se estendiam como espectros. O ar estava pesado com o cheiro de terra molhada e folhas em decomposição. Havia algo inquietante naquele lugar, uma sensação de que o mal espreitava em cada canto.
— Este é o local onde você enfrentará seu maior teste até agora, Nii — Kael anunciou, sua voz grave. — Aqui, você deve provar que pode dominar a Quackblade e controlar sua raiva. Este vale foi um campo de batalha há muito tempo, e suas sombras ainda carregam as memórias daqueles que caíram. Você precisa aprender a lidar com esses fantasmas.
Olhei ao redor, sentindo a tensão aumentar em meu peito. Kael estava me pedindo para enfrentar não apenas meus inimigos, mas também os demônios dentro de mim. Sabia que este teste seria crucial para meu desenvolvimento, uma chance de provar a mim mesmo que era digno de carregar a Quackblade.
Nos dias que se seguiram, enfrentei desafios que testaram ao máximo minha resistência física e emocional. As sombras do vale pareciam ganhar vida, assumindo formas que refletiam meus medos mais profundos. Lutei contra criaturas feitas da própria escuridão, seus olhos brilhando com uma malícia que me gelava a alma.
Kael observava de longe, nunca interferindo, mas sempre presente, como uma sentinela silenciosa. Sua confiança em mim era um incentivo, mas também uma responsabilidade. Eu sabia que ele esperava que eu superasse esses desafios por conta própria, que provasse ser digno da Quackblade.
Houve momentos em que senti que não conseguiria continuar, que as sombras eram fortes demais, os pesadelos intensos demais. Mas, a cada vez que eu caía, me lembrava das palavras de Kael e da promessa que havia feito a mim mesmo. Eu não podia desistir, não podia deixar que a escuridão me consumisse. Precisava provar que era mais forte que o ódio que sentia.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VI. as falhas do passado.
Finalmente, após o que pareceram ser semanas de luta constante, consegui derrotar as sombras. O vale, antes opressor e carregado de maldade, agora parecia mais claro, como se a própria natureza reconhecesse minha vitória. Sentia a Quackblade em minha mão, pulsando com uma energia renovada, como se estivesse em sintonia com meu próprio espírito.
Quando voltei para onde Kael me esperava, ele me olhou com um sorriso discreto, um raro sinal de aprovação.
— Você fez bem, Nii — ele disse, sua voz carregada de orgulho. —Agora você entende que a verdadeira força não vem do ódio, mas do controle sobre ele. Você está mais perto de se tornar o guerreiro que precisa ser.
Aquelas palavras foram um alívio. Eu sabia que ainda havia muito o que aprender, muitos desafios pela frente, mas também sabia que havia dado um passo importante em minha jornada. Estava mais forte, mais determinado e mais consciente do que realmente significava empunhar a Quackblade.
Nos dias seguintes, o treinamento continuou, mas havia uma nova confiança em meus movimentos, uma nova compreensão do poder que carregava. Kael me ensinou novas técnicas, refinando minha habilidade com a espada, mas sempre enfatizando a importância do equilíbrio. Eu não era apenas um guerreiro; era um guardião de um legado, um defensor da justiça que minha família havia representado por gerações.
Já não existia nuvens de chuva molhando o telhado do galinheiro, mas agora, o sol com raios quentes dançando sobre o céu, uma como uma melodia que acompanhava meu crescimento. As memórias do passado ainda estavam presentes, mas não eram mais um fardo tão pesado. Eu havia encontrado uma maneira de canalizar minha dor em força, de usar meu ódio como combustível para a justiça, não como uma âncora que me puxava para baixo.
Eu estava pronto para enfrentar as raposas negras, não apenas como um pato em busca de vingança, mas como um verdadeiro guerreiro, portador de um legado antigo e poderoso.
Com a Quackblade em mãos e as lições de Kael gravadas em meu coração, eu sabia que estava preparado para qualquer desafio que o futuro trouxesse.
A jornada ainda estava longe de terminar, mas pela primeira vez, sentia que estava no caminho certo. Eu havia encontrado minha força, minha determinação, e acima de tudo, meu propósito. E com isso, estava pronto para enfrentar o destino que me aguardava, sabendo que, não importa o que acontecesse, carregava em mim o espírito de justiça que havia guiado minha família por gerações.
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VII. Penas Douradas.
Enquanto avançava pelas colinas, o ar parecia carregar o peso do destino. Cada passo me aproximava não apenas do confronto final, mas de um retorno ao lugar onde tudo começou. O vento sibilava entre as rochas, carregando consigo um cheiro familiar de cinzas e destruição, como se o passado estivesse se desenrolando novamente à minha frente. As colinas já não eram apenas o cenário de uma batalha, mas o portal para o vilarejo que um dia fora meu lar.
No início da jornada, o caminho pelas colinas foi interrompido por uma série de emboscadas. As raposas negras, implacáveis e astutas, haviam se espalhado por cada ponto estratégico, formando uma barreira de proteção ao redor dos líderes remanescentes das raposas. Elas estavam determinadas a impedir que eu alcançasse o alvo de minha vingança.
A primeira raposa negra surgiu de entre as rochas com um rosnado feroz, seus olhos brilhando com uma malícia quase palpável. Não era uma adversária qualquer; suas garras afiadas e os dentes expostos demonstravam uma intenção mortal. Eu brandi a Quackblade com firmeza, o peso da lâmina um lembrete constante do que estava em jogo. O primeiro ataque foi rápido e brutal, a raposa tentou me atingir com uma série de garras em um movimento coordenado. Mas, com um golpe preciso, a Quackblade cortou o ar, desviando o ataque e respondendo com um contra-ataque letal. O combate foi breve, mas intenso, e logo a primeira raposa caiu, derrotada e silenciada.
Não tive tempo para descansar, pois outras raposas começaram a aparecer, uma após a outra, cada uma mais feroz e determinada do que a anterior. Elas se moviam com uma coordenação assustadora, como se estivessem esperando por mim. As batalhas seguintes eram um turbilhão de garras e lâminas, o som das feras se misturando ao som da chuva que caía. Cada vitória sobre as raposas menores me aproximava do confronto final, mas também drenava minhas energias. Eu sabia que precisava manter o foco, pois a verdadeira batalha ainda estava por vir.
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VII. Penas Douradas.
O caminho para o topo da colina era um campo de batalha, com cada passo me levando para mais perto do vilarejo que agora estava em ruínas. A última raposa negra que enfrentei era uma líder entre suas semelhantes, sua presença impondo respeito e medo entre as outras. O combate foi brutal e extenuante. Ela parecia antecipar meus movimentos, suas garras rasgando o ar com uma precisão mortal. No entanto, a Quackblade, com sua força e agilidade, conseguiu cortar através da resistência da raposa, finalmente garantindo minha passagem.
Ao alcançar o topo de uma das colinas, o Vilarejo de Plumas se estendia diante de mim, agora um fantasma do que um dia fora. Meu coração acelerou, as memórias se atropelando em minha mente: as chamas que devoraram as casas, os gritos de desespero, o brilho ameaçador dos olhos da raposa negra. Eu sabia que este era o momento decisivo, que precisava confrontar não apenas a Alpha das raposas, mas também os fantasmas do meu passado.
Desci a colina com determinação renovada, cada passo ressoando como um tambor de guerra. O vilarejo estava mergulhado em sombras, as mesmas sombras que haviam paralisado minha asa naquela noite fatídica. As ruínas ainda fumegantes eram agora um altar macabro, onde um líder das raposas realizava um ritual sombrio. O ritual envolvia a convocação de poderes obscuros, uma tentativa de transformação final que desafiava as próprias leis da natureza.
por AN!
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Re: [Auto Narrada +18] Castelos de Areia
VII. Penas Douradas.
O centro da praça, onde antes havia uma fonte que jorrava água cristalina, agora se erguia a figura monstruosa da raposa negra. Sua pele estava coberta de símbolos rúnicos, e seu corpo pulsava com uma energia sombria que parecia distorcer a própria realidade ao seu redor. Ele não era mais apenas uma raposa; era uma abominação, uma criatura que havia sacrificado sua própria essência em troca de um poder inominável.
— Você veio, afinal... — sua voz ecoou por entre as ruínas, carregada de malícia. — Bem a tempo de testemunhar meu renascimento.
O chão ao redor da raposa estava marcado com um círculo de fogo negro, chamas que dançavam em padrões hipnóticos, como serpentes prontas para atacar. Eu sabia que precisava interromper o ritual antes que ele estivesse completo, ou o mal que ele representava se tornaria imensurável. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia o peso da responsabilidade sobre minhas asas. Esta batalha não era apenas por mim, mas por todos que sofreram nas mãos dessa criatura.
— Não permitirei que você conclua isso — declarei, avançando com a Quackblade erguida. — Hoje, você encontrará seu fim.
A raposa riu, um som que reverberava nas paredes destruídas das casas ao redor, um eco de pura maldade. — Você realmente acha que pode me deter, pato? Eu sou a escuridão encarnada. Eu me alimentei do medo e do ódio que você carrega, e agora, sou invencível!
Ele ergueu uma das garras e, com um gesto, as chamas ao redor do círculo se intensificaram, criando uma barreira que me impedia de me aproximar. Mas eu sabia que a Quackblade tinha o poder de romper qualquer feitiço sombrio, desde que eu fosse capaz de canalizar toda a minha determinação através dela.
por AN!
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