Will Potimas

Spoiler:

Estatura média, corpo magro cheio de cicatrizes. Cabelos longos e loiro.

Willian tem uma personalidade mais puxada para a correta. Mas também está bem acostumado às maldades do mundo. Assim o mundo acabou se transformando naqueles que são importantes para ele e naqueles que não são. Isso não quer dizer que ele fará mal aos outros por prazer, mas sim, simplesmente que não irá colocar em risco quem lhe importa por alguém que ele mal conhece, a não ser que essa também seja a vontade daqueles com quem ele se importa.

Ele é alguém que aceita as coisas, sabe que há pessoas ruins, que outras são boas, que alguém odeia alguém, essas são coisas da vida e isso é estar vivo. É como o tempo, alguns lugares chovem, outros não, alguns são quentes e outros frios cabe aos humanos aceitar essa característica da vida. Sendo assim, ele não é nenhum moralista que visa querer dizer como os outros devem viver ou o que devem fazer, afinal ele mesmo se guia por seu desejo.

Porém há algumas boas maneiras que vieram de sua criação, que inconscientemente ele prega em seu modo de viver. Tratar bem as mulheres, sua mãe lhe ensinou, ser educado e gentil, procure não mentir porque é errado, a não ser que dizer a verdade possa causar um mal ainda pior. A vida é dura, mas se for possível ajude os outros, o que você faz de bem volta para você.

Também aprendeu algumas coisas com os caçadores da fazenda, ainda quando pequeno. Não caçar as fêmeas, pois isso pode prejudicar a caça para o amanhã, tudo que você caçar que seja para comer, não há prazer em matar indiscriminadamente animais selvagens. Assim, embora ele não vá dar sermão nos outros ele acaba esperando que as pessoas as quais ele se aproximou mantenham pelo menos esses valores.

Tirando isso, embora seu passado difícil, é alguém bem humorado, embora um tanto quieto, perseverante e otimista, acredita que enquanto manter sua cabeça no lugar poderá seguir em frente e ver o amanhã. É modesto, não gostando muito de inventar ou exagerar seus feitos, ficando inclusive um tanto sem graça, é inicialmente tímido, demorando um pouco a se soltar, mas possui um grande fogo dentro de si, pronto para queimar, como uma tempestade que só está a esperar de varrer os campos após um dia ensolarado. Assim é bastante espontâneo com seus próximos, sendo capaz de deixar a timidez de lado.

Assim como o tempo, seus sentimentos também são um tanto imprevisíveis, geralmente calmo e gentil, mas muitas vezes basta um estímulo para torná-lo impetuoso. Talvez fosse mais simples dizer que Willian é quase um humano normal

Sua infância de extrema escassez lhe deu um sonho, uma devoção a qual ele deseja seguir, mas não vê problema em fazer desvios em seu caminho, afinal a vida não é uma linha reta e o que importa não é o final, mas sim a jornada e as marcas que ela deixa em você. Orgulhasse de cada cicatriz em seu corpo, de cada atitude que tomou, de cada ação que fez, pois considera que o dia em que tiver algum arrependimento é o dia em que deixou de viver corretamente.

Em um mundo onde tantas raças são mais fortes que os humanos, estes ainda encontram tempo para escravizar uns aos outros. Bom, talvez isso fosse culpa do pai de Willian, que acabou pegando dinheiro emprestado com o Senhor da fazendo e quando não teve como pagar apenas fugiu, assim sua mãe acabou sendo levada como empregada para a casa. Quando foi levada, sua mãe estava grávida e assim Will nasceu escravo. Sua vida, desde os tenros dias de sua infância não foi nada além de trabalho duro, todavia o amor de sua mão o manteve firme por todos esses anos.

Quando criança, por mais que o trabalho fosse duro, Will ainda encontrava tempo para brincar, principalmente nos dias de inverno e durante as tempestades. Era estranho, mas Will adorava esses dias ao ponto de já não saber se os adorava pela tempestade ou porque nesses dias conseguia tempo para brincar já que o trabalho no campo era basicamente impossível nesses momentos. O clima sempre pouco o incomodou, pois como sua mão, ele também era fiel ao Deus Gihu, e sob sua benção, esses dias atípicos eram os melhores.

Enquanto sua mãe era mantida como empregada, ele logo teve que sair para trabalhar nos campos, arando a terra, cuidando dos animais, levando carga entre outras tarefas. Nessa época Will trabalhava como os demais escravos, não demonstrava corpo mole, mas também não buscava ir além, afinal não havia quaisquer perspectivas de se tornar livre.

As noites podia descansar, e essa era a melhor parte do dia, pois conseguia um pouco de tempo com sua mãe que lhe contava histórias antes de dormir, histórias para distrair a barriga que ia vazia para a cama já que a única refeição era um tipo de papa insossa servida perto do meio dia. Ainda assim, as noites eram as melhores. Deitado dia a dia no colo de sua mãe, o jovem foi capaz de perceber a progressão de sua doença.

Foi então que as coisas mudaram, não havia valia em um escravo doente, então Will trabalhou mais, se esforçou mais, nunca parou. Trabalharia o tanto que fosse necessário para poder manter sua mãe viva. Mas tratar a doença era caro, então Will se esforçou mais. Cuidou das coisas da casa, foi a caça junto de caçadores, arou muito mais campo do que todos os outros escravos. Sua energia não parecia ter fim, assim como sua perseverança.

Jörd então o notou. Will podia não ser um fiel que lhe dedicava orações, mas sua vida seguia os princípios que Jörd pregava e assim ele o abençoou. A bênção no início parecia singela, Will não a entendia, mas logo começou a perceber. Seus campos cresciam muito mais, tudo que ele plantava crescia mais rápido e mais saudável e não foi só ele a perceber, os outros escravos e os patrões também perceberam, mas engana-se aquele que achou que isso teria melhorado a vida de Will.

Seu esforço e seus resultados só fizeram os patrões perceberem que os outros escravos não se esforçaram e que Will podia trabalhar ainda mais para eles ganharem ainda mais. Sua Mãe virou basicamente uma refém usada para forçá-lo. Por outro lado, os outros escravos lhe direcionaram seu ódio, já que não o podiam descontar nos patrões.

Will passou a estar sempre machucado, mas se recusava a desanimar. Um dedo quebrado? Não era nada, só um arranhão. Costelas quebradas? Também não é nada, apenas um hematoma. Estava cuspindo sangue? Apenas havia mordido a língua, sua mãe não precisava se preocupar.

Jörd mais uma vez se compadeceu, percebendo que sua benção havia mais lhe trazido dor do que ajudado o garoto, assim como por milagre fez que pão aparecesse para o jovem.

Era um pão, mas um dos melhores, afinal foi lhe dado por deus. Para qualquer pessoa já seria um ótimo pão, mesmo que comido seco sem condimentos, mas para Will que até então só conhecia aquela papa insossa, pois nem frutas havia podia provar até então, para Will aquilo foi como se o mundo se abrisse a sua frente, foi com uma nova percepção da realidade. Essa descoberta, a descoberta dos sabores mudou o rumo da sua vida. Will comeu aquele pão com lágrimas escorrendo de seus olhos, mas não o comeu inteiro. Guardou metade e correu para casa com o restante escondido para dar à sua mãe.

É claro que foi denunciado por algum dos outros escravos. Foi açoitado, assim como sua mãe, que em sua doença não resistiu e morreu no pau de arara. O mundo de Will havia acabado ali. Naquele dia um enorme furacão varreu a fazenda, tudo foi destruído e nada sobrou. Will foi levado pelos ventos e Jörd acolheu a alma de sua mãe para ficar ao seu lado, ou ao menos foi com isso que Will sonhou aquele dia. Aceitou que havia sido uma revelação pela compaixão de Jörd.

Will não o culpou, ele sempre entendeu que Jörd o apenas estava tentando ajudar. Os culpados eram os homens, não o deus benevolente que só o desejava bem. Will foi grato a Jörd por acolher sua mãe, mas esperava que o deus pudesse entender, que em memória a ela permaneceria fiel a Gihu, afinal, também havia sido Gihu aquele a trazer-lhe o alento da justiça.

Will estava finalmente livre, mas não havia qualquer felicidade naquilo. Por dias enquanto caminhava pela floresta a chuva o acompanhou, ocultando suas lágrimas e também o mantendo a salvo dos animais selvagens, escondendo seu cheiro. Jörd reforçou suas bençãos sobre ele, dando-lhe nova revelação. Agora Will entendia o que era capaz e assim já não mais passou fome. Comeu os frutos que encontrou, conseguia carregar consigo as sementes e fazê-las crescer sempre que precisava, simplesmente cavando um buraco com as mãos.

A chuva lhe dava a água que necessitava, enquanto seu conhecimento como caçador lhe ajudava a se manter seguro. Foi assim que chegou a uma pequena cabana em uma encosta rochosa. Com seus olhos inchados e suas roupas rasgadas após sete dias de peregrinação pela floresta. Ali conheceu Potimas, um aventureiro.

Potimas, ou melhor, Reinhard Potimas era uma um aventureiro relativamente poderoso, mas que após a perca de sua party em uma excursão acabou por se isolar. Vivia naquela cabana, extremamente escondida dentro de uma floresta longe de qualquer cidade. Ali ele vivia de sua própria subsistência. Uma pequena horta, caça e coleta. Fabricava o que precisava, desde sal a sabão. Seus talentos em sobrevivência eram no mínimo exímios.

Ao encontrar Willian em "suas" terras o mesmo o acolheu. Potimas não falava muito, mas do seu jeito cuidou e ensinou Willian. Um simples comentário, ou pigarejar, um prato a mais na mesa na hora da refeição. William gostou dessa situação. Ainda não estava pronto para se abrir e Potimas não pedia por isso.

"Como seria bom um chá agora após ter comido tanto."

"Ahhhh como estou cansado, e ainda tenho que limpar toda essa louca."

"Nossa, parece que a lenha está acabando."

"Porque será que fiz tanta comida?"

O relacionamento deles começou assim, Willian era como um gato arrisco que não queria se aproximar, mas que desejava um pouco daquele conforto, enquanto Potimas não o impedia, apenas respeitava seu espaço, e dava dicas para o garoto.

A relação deles fluiu assim naturalmente, de completos estranhos a uma boa sincronia funcional. Não falavam ainda de seus passados, mas cooperavam para bem juntos.

"Nunca vi essa horta crescer tão bem em toda minha vida." - Potimas elogiava de forma discreta.

"O sabor desses legumes…. Hnmmmm, está maravilhoso. Será que minhas habilidades na cozinha melhoraram? Não, a esse nível não pode ser."

Ele era grato a Will por seus talentos na horta e cozinhava para os dois. Aos poucos as amarras no coração do jovem foram se soltando. Nunca antes havia comido e vivido tão bem quanto agora. A comida era farta e a vida era tranquila. Havia bastante trabalho a se fazer para apenas se manterem ali isolados, mas não era nem perto ao quanto ele precisava trabalhar como escravo na fazenda.

Aos poucos aprendeu a cozinhar e nisso descobriu um novo talento. Seu paladar pedia por cada vez mais novos sabores, com uma ânsia crescente dentro de si por isso. Potimas durante as noite, divagava sobre suas aventuras, na verdade contanto para Will histórias de sua vida.

Potimas era uma aventureiro, já velho e um cozinheiro experiente. Falava sobre os sabores que havia experimentando, sobre os animais e plantas que havia encontrado, sobre seus amigos agora falecidos. Por outro lado, Will falou de sua mãe, de sua vida de misérias e dificuldades. Potimas não demonstrou muita pena, ou compaixão, apenas seguiu sendo ele mesmo, ao que Will foi grato. Ele não queria ser cuidado ou protegido e sim respeitado e tratado como igual e era exatamente isso que Potimas lhe dava.

Passaram-ae alguns anos, Will e Potimas já não se tratavam como estranhos, mas Potimas já estava ficando velho e sua saúde começava a dar sinais de debilitação. Isso o irritava muito e o tornou um tanto azedo. Will ria daquele comportamento e o chamava de Vovó, mas cuidava de tudo para que Potimas pudesse ter uma boa vida.

Nesse ponto de sua vida, Will já havia aceitado o que iria fazer. Cuidar de Potimas em seu final e depois sair para o mundo. Ele queria viver muitas daquelas aventuras que Potimas lhe havia contado. Durante os anos que passaram juntos ele desenvolveu sua própria forma de lutar, auxiliado por Potimas que dava dicas aqui ou ali, caçando os mais diversos monstros tornou-se forte e teve um gostinho das aventuras que lhe esperavam.

Quando Will fez 19 anos, Potimas faleceu. Will poderia ter usado sua técnica de Cura para fortalece-lo e prolongar sua vida, mas esse não era o desejo de Potimas. Ele queria seguir em frente reencontrar seus velhos companheiros no pos-vida. Assim Will apenas aceitou sua decisão.

Nós anos em que viveram juntos, Potimas deu-lhe seu sobrenome. Algo que não havia recebido de seu pai. Assim Willian, tornou-se Willian Potimas e agora estava pronto para seguir sua própria jornada, como um grande caipira que conhecia o mundo apenas pelas palavras de seu mentor.

Fazendeiro

Cozinheiro

Nome:  Alimentação eficiente
Rank: C
Tipo de Talento: Classe
Descrição: Ao comerem recebem uma capacidade de regeneração de vida, igual seu nível por rodada se em combate. Fora do combate, sua comida recupera toda sua vida e mana em um descanso de ao menos 2 horas.

Mistério de Natal


• Núcleo Rank D Spooky Scary Skeletons

Colar do Cinismo:

<< PETs >>

• Moomoozinho