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[Evento Dinamico] A sinfonia dos condenados.

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Mensagem por Furry Sáb Nov 09, 2024 5:05 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Rasputin Strogonoff
Halloween 2024
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas:
https://darkdungeonrpg.forumeiros.com/t997-fp-comic-sans#7527

— Localidade: A Margem - Tekkionia - Continente de Satar.

— Descrição: O habilidoso Necromancer Rasputin Strogonoff acordou de seu longo sono de beleza com uma irresistível vontade de dançar! Com seu violino nos ombros, começou a tocar uma melodia que acordou os mortos de suas tumbas e eles todos começaram a dançar em direção a cidade de x. Esqueletos e corpos de entes queridos agora se encontravam em situação estranha ao dançarem todos juntos ao necromancer. A polícia local não tem sangue frio nem força para acabar com a situação e impedir seus amados de outrora de dançarem, por isso chamaram você!
— Tipo de aventura: Autonarrada - Evento Dinâmico.
— Aviso:
「R」
[/quote]

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[Evento Dinamico] A sinfonia dos condenados. - Página 2 Empty Re: [Evento Dinamico] A sinfonia dos condenados.

Mensagem por Furry Sáb Nov 09, 2024 5:08 pm


Luz e Escuridão



A praça parecia mergulhada em um crepúsculo eterno, onde a névoa pairava como um véu espectral e a melodia sinistra de Rasputin reverbera nas pedras desgastadas. As sombras ao redor pareciam se encolher e se torcer, como se elas próprias temessem o espetáculo fúnebre do necromante. Cada nota que ele extraia de seu violino transformava-se em uma onda de energia negra, impregnando o ar com um peso quase palpável, sufocando qualquer resquício de vida e esperança.


Comic observava Rasputin com um sorriso insolente, tirando lentamente sua máscara para revelar o brilho frio de suas cavidades oculares. A luz azulada que emanava de seu crânio zombava da escuridão ao redor, mas Rasputin não se deixava intimidar — não à princípio. Seus lábios se contraíram em um sorriso cruel, e sua mão segurou o arco com mais força, o orgulho ferido flamejando em seus olhos.


Você ousa zombar de mim? Um esqueleto patético, fora do meu comando! — vociferou, tremendo de raiva. – Transformei dezenas como você em marionetes; quem você pensa que é para quebrar o encanto da minha obra?!


Comic riu, cruzando os braços com despreocupação fingida, enquanto a tensão entre eles vibrava como a corda de um arco prestes a romper.


- Parece que o maestro perdeu o compasso, — respondeu Comic, inclinando a cabeça, sua voz carregada de provocação. - Ou está com medo de ser superado por um de seus próprios “instrumentos”? Talvez seja hora de mudar de espetáculo, não acha?


Antes que Rasputin pudesse responder, Maeralyn apareceu, movendo-se com a cautela de uma sombra, a voz firme: - As pessoas estão seguras. O palco é nosso. - Tal comentário em momento tão oportuno fez Comic se deliciar internamente com o trocadilho.


A face de Rasputin se contorceu em ódio, e ele ergueu o violino, preenchendo a praça com uma nova sinfonia de trevas. – QUEM VOCÊS PENSÃO QUE SÃO? ESSE PALCO É MEUUUUU. - As notas intensificaram-se, ecoando com uma malevolência que parecia esmagar o ar, e, como uma resposta à sua melodia macabra, esqueletos elegantemente trajados começaram a dançar, surgindo como figuras grotescas na névoa. Era a “Valsa dos Mortos”, uma marcha hipnótica que desafiava o mundo dos vivos.


Os esqueletos dançavam ao som sombrio, movendo-se com uma precisão letal, cada passo calculado como uma ameaça. Maeralyn ergueu seu escudo e se posicionou ao lado de Comic, bloqueando os primeiros ataques, mas a energia maligna emanada da música parecia aumentar a cada instante.


- Cuidado, Comic! — gritou ela, a voz oscilando sob o peso da melodia que parecia querer invadir sua mente. Comic também sentia o peso da “Melodia Incansável” se arrastando por seus ossos, intensificado pelos sussurros persistentes de Nix em sua mente, incentivando-o a desistir. O riso fantasmagórico de Rasputin ecoava pela praça, e seus olhos brilhavam de deleite a cada fôlego pesado de Comic e a cada golpe que atravessava as defesas de Maeralyn.



Ah, então também possuem suas fraquezas! Que prazer vê-los se rendendo ao inevitável! — gritou Rasputin, exultante. – Quando tudo acabar, prometo que serei generoso. Deixarei vocês dois juntos, para sempre, como parte da minha Valsa Macabra. Vocês dançarão, bonecos desobedientes, sob o comando do meu arco, até que se reduzam a pó!


As palavras dele pareciam impregnar-se no ar como uma sentença maldita. Rasputin sorria com um deleite insano, enquanto um último movimento de seu violino desencadeava uma cascata de ossos caindo do céu, uma chuva mortal que parecia consumir o espaço ao redor de Comic e Maeralyn. Ela ergueu as barreiras para protegê-los, mas ainda assim, fragmentos atravessavam, arrancando faíscas e ferindo os dois, o riso frenético de Rasputin crescendo com cada golpe bem-sucedido.


No entanto, mesmo ferido e exausto, Comic não cedeu. Ele abriu um sorriso torto, ignorando o peso em seus ossos e a voz venenosa de Nix em sua mente. Sua mão esquelética começou a erguer-se, tremendo, mas segura, canalizando uma força necromântica que parecia reunir cada partícula de escuridão na praça.


- Precisa de tudo isso para nos derrotar? Que decadente, Rasputin... que desperdício de "talento". - Nesse momento os seis esqueletos que ele havia invocado antes retornaram a praça, enredando-se com os esqueletos invocados por Rasputin dando a Maeralyn espaço para respirar.


Os olhos de Comic brilharam com uma luz inumana enquanto crânios dracônicos esqueléticos emergiram, um a um, ao redor de Rasputin, flutuando como guardiões espectrais e ameaçadores, surgindo de todos os cantos da praça. O brilho pálido e etéreo nos olhos dos crânios parecia observar o necromante, congelando-o em um pavor que ele não conseguia disfarçar. Ele deu um passo para trás, o arco em suas mãos tremendo, percebendo o horror absoluto que pairava ao seu redor.


N-não! Isso não pode ser... meu espetáculo... minha obra-prima! — sua voz fraquejou, e seu rosto foi tomado pelo medo. As palavras de Comic ecoaram pela praça, carregadas de um poder inevitável: - Preparado para uma nova sinfonia, maestro? Um que só toque para você... Times New... Blastin’!


Rasputin tentou erguer o violino mais uma vez, desesperado, os dedos buscando nas cordas alguma resposta, mas sua mana se esgotara. Ele soltou um grito de puro terror, os olhos arregalados enquanto os feixes de energia espectral disparavam dos crânios dracônicos, convergindo sobre ele em uma explosão que iluminou a praça com uma luz destruidora. A figura de Rasputin foi consumida por um clarão intenso, o som de sua última nota silenciando em um lamento eterno, até que apenas o eco de sua derrota restou na fria névoa da noite.




Furry

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Mensagem por Furry Sáb Nov 09, 2024 5:08 pm


Luz e Escuridão


Enquanto a luz da explosão desaparecia, a praça finalmente repousava em um silêncio quase sepulcral. Os ecos da batalha pareciam dissolver-se na névoa, deixando apenas a brisa fria a dançar entre as ruínas e o som de passos lentos sobre as pedras.


Comic, ainda sem a máscara, observava o local ao seu redor. Ao se abaixar, notou o violino de Ossos de Rasputin, milagrosamente intacto, repousando entre os destroços, como se a própria morte tivesse poupado aquele último vestígio do necromante. Ele inclinou a cabeça e pegou o instrumento, um sorriso surgindo em sua expressão vazia.


- E não é que ele sobreviveu? — murmurou, tocando as cordas com o dedo esquelético. - Acho que é minha vez de brilhar no palco. Quem diria que você teria jeito para premonições, Maeralyn? - Ele olhou para ela com um brilho zombeteiro. - Sabe, quando disse que o palco era só nosso... não pensei que teria que fazer o solo também.


Maeralyn suspirou e cruzou os braços, lançando-lhe um olhar exasperado. - Eu já estava preocupada com o espetáculo macabro que ele apresentava. Agora, tenho que me preocupar com o show de horrores que você está prestes a começar.


Comic deu uma risada baixa, sem se intimidar, e posicionou o violino de qualquer jeito, como um músico sem técnica, mas cheio de confiança. Ele ergueu o arco com um ar pomposo, como se estivesse prestes a conduzir uma sinfonia.


- Ora, não seja tão dura comigo. A música é como... um campo de batalha, não? Basta "sentir" o momento, improvisar, e deixar fluir... — Ele fechou os “olhos”, ou melhor, imaginou fechá-los, e começou a tocar uma melodia atroz, um conjunto de notas dissonantes que pareciam rangidos e soluços. Cada arranhada no violino era como um arrastar de unha contra o vidro, um tormento sonoro que fazia Maeralyn estremecer.


Ela cerrou os dentes, e uma mão foi instintivamente ao ouvido, mas tentou se manter calma. - Comic... por Helia, nem mesmo a maldição de Rasputin foi tão cruel quanto isso. Não se ofenda, mas você realmente deveria reconsiderar essa carreira.


Comic apenas riu, cada vez mais animado com o desconforto dela, e continuou a "tocar", arriscando até um passo de dança desengonçado, como se estivesse imerso em sua própria melodia surreal.


- Se acha ruim agora, espere até eu fazer o solo! — anunciou ele, com entusiasmo. - Acho que você é apenas uma crítica severa, Raio de sol. E que pecado, não acha? Esse violino passou pelo inferno e voltou, parece justo que eu o honre... ao meu modo.


Maeralyn fechou os olhos, resignada, e balançou a cabeça lentamente. - Deuses... como eu queria que ele tivesse quebrado na explosão. Esse seria o final apropriado.


Comic deu um último toque desastroso e, finalmente, abaixou o arco com um olhar de triunfo. - Acho que foi uma estreia espetacular, se me permite dizer. — Ele fez uma mesura exagerada, acenando com o violino, e completou: - Talvez, no próximo trabalho, eu toque algo mais melódico. Quem sabe até seja um "dueto", não é?


Ela suspirou, sem conseguir conter o leve sorriso que escapou em meio ao cansaço. - Comic, se isso foi uma estreia, prefiro não ver o segundo ato. Vamos deixar essa “carreira musical” para outra encarnação, o que acha?


Comic encolheu os ombros, dando uma última risada e balançando o violino antes de guardá-lo, como um troféu inesperado, afinal esse negócio de encarnações era com ele mesmo.


Eles começaram a caminhar juntos pela praça destruída, deixando para trás o palco de sombras onde haviam triunfado. A noite, ainda silenciosa, os envolveu novamente, e eles desapareceram na escuridão, prontos para o próximo ato em sua jornada.




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