[AutoNarrada/+18/Fechada] Chamado dos Espíritos Ancestrais: A Odisseia do Druida Invocador

O nome da capitã era revelado com rapidez, assim como o valor necessário para realizar aquela viagem.

— Um preço justo por todo perigo. — Bradava de maneira tranquila — Me chamo Cedric, é um prazer. — A cordialidade era algo recorrente em minha personalidade, mesmo que em determinados momentos poderia parecer sumir dos meus bons modos.

O início da viagem pareceu ocorrer com certa dificuldade, no entanto, com maestria a Capitã comandava os tripulantes para que gerassem todas as ações necessárias para subjugar a própria natureza, algo que me soava um tanto quanto interessante.

— Pretendo criar um vilarejo próximo a costa de Greenleaf. — Comentava de maneira direta — Meu intuito é formar um lugar onde aqueles que necessitam encontrem o conforto, um ambiente para que todos possam viver independente da raça ou casta. — Me deixava vaguear pelos próprios pensamentos, mas a presença de Sapeixao trazia-me a realidade novamente — Pode parecer um tanto quanto utópico, mas é o que busco. — Finalizava observando minha própria invocação.

Sapeixao carregava comportamentos distintos, hora se assemelhava a um cão, outrora a um gato. Seus olhos pareciam fixados em cada detalhe daquela embarcação, era como se estivesse desvendando um mundo novo — É fascinante como um ser tão etéreo pode manifestar características tão reais. — Deixava escapar o pensamento em voz alta.

A conversa fluía, e o homem se adiantava para compartilhar os objetivos da equipe que também ia em direção ao continente verde. O monstro chamado Valete era o foco de suas buscas, uma criatura com uma descrição minimamente intrigante e um desenho que dava forma à “ameaça” que enfrentam.

— Isso é mesmo um monstro? — Ele parecia tão… fofinho? Bem, talvez fosse meu lado “druida” falando mais alto — Ele é realmente um perigo? — Questionava em alto e bom-tom — Ele parece meio inofensivo, não? — Não queria ser rude, no entanto, não podia deixar de expor minha opinião. Era o correto? Sinceramente não sabia ao certo, talvez deflagrasse o fim daquele princípio de amizade.

Mimoseava o pequeno Sapeixao mais uma vez, reforçando positivamente a eficiência das suas ações, liberando-o logo em seguida para continuar seu trabalho. Minha atenção? Estava voltada para as respostas do grupo, para o qual buscava deixar clara as minhas intenções naquele exato momento.

— Espero que não tenha soado rude, não era minha intenção. — Reafirmava com extrema clareza.

OBJETIVOS
• 01/20 Posts.
   
FERIMENTOS
 
• N/A

GANHOS
• N/A
   
PERDAS
• N/a

RIQUEZAS
• 23PP

INVENTÁRIO
• N/a

ARMAS
• N/A

CABEÇA
• N/A
   
TRONCO
• N/a

BRAÇOS
• N/a

CINTURA
• N/a

PERNAS
• N/a

ATRIBUTOS
• Capacidade Física 102 (Finesse 10.200kg)
• Poder Mágico  1  (Telecinese 100kg)
• Precisão 30
• Defesa 10
• Vigor 35
• Circuitos Mágicos 2

ATRIBUTOS SECUNDARIOS
• HP 660
• Energia 2.400
• Mana 960
• Iniciativa 40
• Resiliência Física 18
• Resiliência Mágica 9
• Dano Físico 102
• Dano Mágico 1
• Dano Híbrido 103

Vantagens
• Boa aparência
• Energia Extra
• Benção (Olhos de Zegar)
• Visão Noturna
• Visão Aguçada
• Regeneração Acelerada
• Durabilidade Aumentada
• Telecinese
• Capacidade de Evolução

Desvantagens
• Código do Caçador
• Compulsivo
• Amnésia
• Má Fama (O Indigo Corrompido)
• Sede de Sangue
• Desprivilegiado

Pericias
• Acrobacia
• Intuição
• Conhecimento Arcano
• Intuição

RELAÇÕES
• N/A

Historico

Após as apresentações, o druída revelava as suas intenções em Greenleaf e a ideia de criar um vilarejo por aquelas bandas selvagens e formar um local de paz, tranquilidade e que seja um porto-seguro para quem desejar ir para aquele continente e que com certeza surpreendia quem não estava imaginando aquilo de um humano/meio anão (que é alto). - Bom, é surpreendente, no mínimo... – Respondia o homem ao comentário em voz alta de Cedric.

Entretanto, eram os comentários referente a enorme besta selvagem que despertavam uma certa indignação daqueles aventureiros que não acreditavam que Wolfsbane estava dizendo tamanha blasfemia contra o principal objetivo deles. - Perigo?! Inofensivo?! Você não está vendo esse machado em suas mãos?! – Ele apontava com ênfase no desenho do machado. - Você só pode ser um louco se não vê o real perigo dessa criatura! Desafio você a passar cinco minutos com ele! – O loiro mostrava uma certa raiva e seu rosto ficava vermelho igual um tomate, era claro que ele era explosivo e apenas cessava aquele comportamento enquanto o mais esquisito dos três lhe tocava no ombro.

Cedric se desculpava por seu comportamento, porém o homem de cabelos escuros mostrava uma certa simpatia. - Não tem problema, desculpe o comportamento imbecil de meu companheiro também. – Contornando a situação.

As horas iam se passando em meio a embarcação e nenhum perigo era mostrado em seu trajeto, era até mesmo interessante ver uma vasta dimensão do mar pela amurada da embarcação que balançava com as correntes marítimas.

A brisa ia ficando cada vez mais forte e uma névoa começava a descer dos céus. - Permaneçam atentos, Greenleaf está próxima. – Complementava a capitã. E por mais que eles poderiam ter uma precaução a mais, não fora necessária.

Greenleaf se mostrava com uma enorme montanha a frente dos aventureiros, a névoa se dissipava como uma mágica (como em uma tela de loading) e o sol novamente estava forte no céu com o vento ainda mais poderoso para carregar a embarcação até perto de uma praia cheia de árvores. - Desembarcaremos através de barcos, não arriscarei o casco de minha embarcação. – Visto que as águas ficavam mais rasas, era a escolha óbvia.

Em ordem, eles desciam até o pequeno barco que ficava acoplado na lateral da escuna, aproximando-se aos poucos daquela praia. - Os pagamentos, por favor. – Dizia ela, ainda em alto mar antes de que pudessem desembarcar e as moedas de pratas iam indo até sua mão, sobrando apenas para o jovem pagar.

Ao chegarem na praia, veriam uma imensa floresta que lhes dava boas vindas com alguns sons de pássaros do qual Cedric não reconhecia de imediato e alguns gritos de macaco bem ao fundo. - Se você quiser acompanhar nós nesse começo de aventura, aceitaríamos de bom grado. – Sugeria o homem.

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As reações do homem mostravam a Cedric que talvez, aquela criatura representasse um real perigo. Claro, poderia ser uma informação falsa? Uma série de acontecimentos que acarretaram naquela criação do Valete? Sim, porém, também havia a hipótese de ter seu grau de seriedade. Aquilo gerou no Invocador uma sensação de curiosidade, assim como todo misticismo por trás de Greenleaf.

A viagem ocorreu de maneira tranquila, as horas passaram-se com certa velocidade, enquanto a embarcação cortava o imenso mar de maneira semelhante. Wolfsbane tomou um tempo para pensar, sua mente estava tomada pela ansiedade e anseio de iniciar sua aventura. Um nevoeiro pairou em sua mente, fazendo-o se perguntar se tudo aquilo era correto. Talvez ele devesse ter permanecido com Martha?

— Não, isso tudo é o certo a se fazer. — Verbalizou externando sua determinação, sua mente parecia expulsar a sensação de dúvida, mostrando a resiliência forjada na mais pura dor. Ao fitar o grupo, Cedric percebeu que todo aquele “ar” em volta de Greenleaf atraía aventureiros dispostos a enfrentar o desconhecido, a fim de encontrar a glória naquelas terras.

A chegada não tardou a acontecer, tendo a capitã deixado claro que aquele era o fim da jornada. O Druida mergulhou a mão na bolsa de moedas, retirando o pagamento acordado. De maneira confiante, entregava as moedas à capitã, sabendo que aquele ato selava seu compromisso não apenas com a aventura, mas também com os laços que estava formando com sua nova “companheira”, afinal, era assim que Cedric via a mulher.

— Espero que possamos nos encontrar novamente, caso sua rota vá de encontro com este continente, ficarei feliz em fazer negócios contigo mais uma vez. — Disse de maneira simples e direta, após entregar o dinheiro.

A praia pairava diante da visão de Wolfsbane, dando-lhe uma injeção de motivação que fazia um largo sorriso tomar forma em seu rosto. Finalmente ele estava pisando no lugar onde iria construir o pequeno vilarejo, um lugar com conexão ao restante do mundo e, principalmente, seguro para aqueles que precisassem de um lar.

O convite pegou o mago de surpresa, sinceramente, dada às interações durante a viagem ele não imaginava que teria uma abertura como aquela. Por alguns instantes ponderou todo o convite, de fato, para um aventureiro de primeira viagem, ter algumas mãos extras não era algo ruim.

— Claro, podemos ir juntos. — Disse com simplicidade, observando toda a imensidão verde à sua frente — Pedregulho. — Vociferou de maneira sucinta e de maneira tão simples como seu gesto, foi o surgimento de uma criatura robusta, formada da mais pura rocha —Sapeixao, fique perto. — Ordenava a sua primeira criatura, enquanto a figura rochosa permanecia inerte ao lado de Cedric — Pronto, podemos ir. — Finalizou o Invocador.

Wolfsbane iria seguir o grupo de maneira simples, caminhando no ritmo imposto pelo mesmo, tendo suas invocações tomando o mesmo rumo. O homem mantinha-se atento ao cenário à sua volta, afinal, era um lugar repleto de perigos e um encanto diferente. Estar tão próximo assim da natureza gerava um certo conforto ao rapaz, afinal, como um Druida sempre tivera o contato com a mãe-natureza.

— Vocês sabem caminhar pela densa floresta? — Interrogava em alto e bom-tom, já que o mesmo não dispunha de habilidades de sobrevivência, algo que certamente seria prejudicial a sua saúde.

Histórico:

Cedric começava as suas preparações diante daquela imensa floresta e ao aceitar o pedido do homem, claramente se via um leve sorriso simpático no rosto do líder daquele grupo. O trio se surpreendia mais uma vez vendo o homem de madeixas negras invocando mais um de seus companheiros, Pedregulho, como apelidado. - Certo, vamos. – E o quarteto começava a seguir por uma trilha sinuosa em meio a ela. - Se você desejar, pode guiar o caminho.

Por mais que a permissão fosse dada, o homem mais esguio continuava a frente mantendo uma maior atenção e entendendo por onde aquela trilha se caminhava. O maior problema era que: A trilha não era bem correta, ela fazia curvas inusitadas e as árvores lançavam suas raízes e galhos em meio a ela constantemente, fora isso, a selva cercava os aventureiros sem mostrar grande espaço.

Isso se encaminhou por mais trinta minutos quando encontraram o primeiro obstáculo, a falta de qualquer sinal de trilha. Eles se encontravam parados em um meio a borda de uma clareira que passava um rio. O local era mais aberto que os demais e mostrava uma flora de animais que finalmente conseguiam ver. Alguns herbívoros passavam para tomar um pouco de água enquanto que alguns pássaros voavam por cima deles.

Os animais eram majestosos e maiores do que qualquer um que aqueles quatro já tinham visto, eram girafas de cores diferentes, alguns tamanduás e outras espécies que, com certeza, representaria perigo para os carnívoros mais comuns do Continente de Satar onde Cedric estava recentemente.

Atônitos por alguns segundos encarando eles, conseguiram avistar um certo ser um tanto familiar. Era ele! A capivara de capacete e machado postava-se de forma furtiva em direção aos herbívoros e então fazia seu movimento, com um ataque vertical decepava a cabeça de um veado que parava para tomar uma água. O animal rapidamente pegava o restante do corpo e trazia em seu ombro pequeno, sendo ele, com certeza, maior que o próprio caçador. Porém, aquilo ainda não era o que mais surpreendia.

A água começava a se agitar e o solo tremia, antes que entendessem o que estava acontecendo, um jacaré, um tigre e um cão se aproximavam em uma velocidade absurda, os animais se encaravam para entender onde estava o cheiro de sangue e era o reptiliano achava a cabeça, mordendo-a e trazendo para baixo da água com ele, restando os outros dois carnívoros que se olhavam atentos e então desistiam um do outro, começando a se afastar.

- Ainda acha que a capivara é gentil e fofa? – Comentava o loiro, debochando de Wolfsbane. - Devemos segui-lo, porém cruzar o rio não será fácil por aqui, muito exposto... – Comentava o líder, tentando pensar em algo.

Aos poucos, os animais herbívoros que ainda não tinham tomado água iam voltando, como se tempestade de antes simplesmente fosse um leve ventinho e agora não trouxesse mais perigo imediato.

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Aquele novo continente soava ainda melhor que as histórias e pergaminhos lidos por Cedric ao longo dos anos, de fato, o vívido verde trazia conforto ao homem.

— Por que não vim aqui antes? — O questionamento era feito de forma mental e tinha toda sua validez, afinal, como um amante da natureza, aquele deveria ter sido o primeiro lugar a cruzar seu destino. Mas bem, tudo ocorria em seu devido tempo e naquele momento o Druida estava contemplando a natureza em seu resplendor, observando cada pequeno animal daquela fauna com atenção, deixando nítida a alegria em estar ali.

Por falar em criaturas, a cena que se decorreu com a presença da figura inimiga pegou o homem de surpresa, de fato, agora ele parecia um verdadeiro perigo aos aventureiros —Não parece tão gentil vendo dessa perspectiva. — Respondia ao “brutamontes”, confirmando seu erro em julgar o livro pela capa.

O rio mostrava-se um empecilho na jornada daquele singelo grupo, onde Wolfsbane tomou alguns segundos para pensar em uma solução. Ele era um mago, no entanto, não tinha em seu arsenal magias capazes de fornecer uma passagem segura, exceto pela sua invocação.

— Vou tentar ver se o grandão aqui consegue atravessar. — Bradava de maneira sucinta, dando em seguida a ordem a Pedregulho. Sua função? Entrar no rio para que Cedric pudesse ter uma noção da sua profundidade, no entanto, não faria sua invocação se perder em meio a natureza — Com calma… — Falava baixinho enquanto observava a criatura rochosa fazer seu papel, caminhando lentamente, passo à passo pelo rio.

— É uma boa formas de vermos se os animais irão atacá-lo. — Verbalizou. De fato, poderia servir como um teste real para tal feito. De qualquer forma, apenas tomava tempo para observar aquela caminhada, percebendo a profundidade do Rio e, se em algum momento notasse que Pedregulho iria afundar, ordenaria com velocidade para que o mesmo parecesse e voltasse até a margem.

— Talvez consiga levá-los até o outro lado, no entanto, preciso de alguns minutos para ponderar toda ideia. — Bradava o homem caso não houvesse sucesso na travessia de Pedregulho, sendo ele atacado por criaturas ou apenas voltado com segurança até a margem, após encontrar o limite de profundidade do Rio.

Histórico:

Com o rio no caminho daqueles aventureiros, mostrava-se um verdadeiro problema. Não apenas no quesito de terem que possivelmente nadar até o outro lado, mas os animais carnívoros que estavam presentes por aquelas bandas. Usando de uma ideia de teste, Pedregulho começava a se locomover em direção ao rio de forma bem lenta.

Seu peso deixava marcas no chão por onde passava pela quantidade de terra úmida que o ambiente mostrava e aos poucos ia pisando no barro cada vez mais perto do rio, ao chegar em sua borda, foi entrando devagarinho e a água gelada, quer dizer, ele nem sente isso, começava a tocá-lo aos poucos.

Quando a água estava na altura de seu peito, ela encontrava o fim, mostrando que o ambiente seria fundo demais para os mais baixos do grupo e que teriam que nadar provavelmente. Entretanto, essa não era a única percepção que tinha em relação ao ambiente. Os herbívoros notavam a presença daquela invocação e iam aos poucos se afastando da figura misteriosa, o instinto de se afastar e fugir era primário.

- Os herbívoros não serão um problema, eles se assustam fácil, não devem atrapalhar. – Comentava o líder. A pertubação na água não gerava nenhuma reação em cadeia, para aqueles que entendem um pouco melhor da lei da selva e dos animais, notariam que naquele momento o sangue foi um dos fatores principais para a presença dos três carnívoros naquela região. - Uma ideia? Bom, somos todos ouvidos, não somos usuários desse tipo de magia. – Concluia, esperando que Wolfsbane tivesse algo a mais do que pensar.

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— De fato, não serão. — Confirmava as palavras do homem de maneira simples e direta, enquanto buscava analisar um método para realizar uma travessia segura.

Para nossa infelicidade não era dotado por alguma magia capaz de realizar aquela translocação de maneira efetiva, situação esta que levantava um sinal de exclamação em minha mente. Eu tinha vindo tão despreparada assim para Greenleaf? O continente se mostrava inicialmente complicado de lidar e, sinceramente, tinha noção que aquele era apenas o começo.

— Irei atravessar vocês de um a um. — Bradava com simplicidade, enquanto observava a parte “área” do lugar, tentando encontrar algum obstáculo palpável por ali — Quem vai ser o primeiro? — Indagava enquanto colocava a bolsa de couro na boca de Sapeixao, deixando-a guardada no interior da invocação.

De maneira simples e direta, transformava-me em uma grande ave, utilizando das habilidades de um Druida para tal feito. Aquela nova forma me proporcionava uma mudança significativa em meus atributos físicos, tornando-me capaz de carregar grandes quantidades de peso.

Não tardava para bater asas e esperar que o primeiro se agarrasse em minhas patas ou simplesmente faria isso eu mesmo, voando com a maestria de um pássaro metros acima do rio, deixando-o do outro lado. Repetiria o processo até que todos estivessem por lá, inclusive a Invocação, enquanto ia acompanhado por Sapeixao naquele momento aéreo, já que o mesmo era tão capaz de voar quanto eu.

Caso meu plano desse certo, voltaria para forma humana após deixar a última figura em um local seguro do outro lado do rio — Primeiro obstáculo concluído. — Comentava com um sorriso confiante no rosto, enquanto observava os arredores com atenção.

Histórico:

Build Pássaro:

Tanto em terra como no ar, não haviam obstáculos visíveis que atrapalhariam a ideia de Cedric que era uma bem inteligente. Sapeixão abria sua boca e a bolsa de couro era colocada em seu interior e então Wolfsbane mostrava mais uma de suas capacidades além das suas invocações, transformando-se em uma ave e rasgando suas vestes em meio a esta.

Era nítido a força que o druída ganhava quando atingia aquela forma e com facilidade ia carregando seus novos companheiros em direção ao outro do lado do rio, a questão que surpreendia eles era que a presença do grande pássaro fazia com que os herbívoros mais uma vez corressem em direções opostas a onde estavam, afastando de qualquer possível sinal de serem caçados pela ave.

Voltando para a sua forma humana com todos seguros e podendo seguir até a capivara, mostrava-se bastante surpreso com seus outros companheiros. - Cara, eu acho que você deveria retirar sua roupa antes de fazer umas transformações assim a não ser que o Sapeixão tenha uma nova muda... – Dizia o líder tentando desviar os olhares do membro exposto de Cedric.

Um olhar atento conseguiria ver que os rastros de onde a capivara de antes tinha arrastado o animal seguia em direção a floresta, um caçador deveria ser capaz de observá-los e rastreá-lo e essa era uma das características do mais esguio do grupo, o homem ladino que mostrava-se interessado naquela caça e chamava todos com um sinal de mão. - Aqui, venham. – E ele começava a adentrar o interior daquela floresta.

Para caso Cedric quisesse parar e esperar por um ali um pouco, veria os herbívoros mais uma vez voltando para aquela região na tentativa de finalmente tomar seu gole de água, eles eram cautelosos e fugiam no primeiro sinal de ameaça e era por isso que estavam constantemente voltando ali. Era claro que a fauna ia se diversificando e nem sempre os mesmos que fugiam eram os mesmos que voltavam e alguns andavam em bandos.

No interior daquela floresta do outro lado do rio, Wolfs notaria uma maior variedade de árvores com tamanhos variados e copas que deixavam essa área um pouco mais escura do que o restante. Além disso, os barulhos de pássaros eram mais altos e o de macacos era nulo, entretanto, um ainda pior causava um arrepio na espinha dos menos corajosos. - URÚ URÚ! – E o chão tremia mais uma vez.

Saindo da direita em um gigante vulto, Valete passava correndo com uma roupa íntima vermelha em suas mãos e atrás dele um gorila de mais de três metros de altura derrubava algumas árvores atrás do malandro. - Humanos? – O animal parava escorregando e então virava para os aventureiros. Ao primeiro sinal, a voz era doce e feminina, não parecia ter vindo do gorila e então de trás de seu pescoço surgia uma moça alta de vestes brancas manchadas de verde e mechas loiras, suas orelhas pontudas lhe davam um aspecto belo e invejável, a boa aparência da moça também demostrava uma grande imponência. - Digam, o que vieram fazer por aqui? – Com um arco em suas mãos, ela já tinha uma flecha preparada para qualquer sinal hostil.

O líder daquele grupo, do qual nome o narrador ainda não citou, mostrava a iniciativa e se apresentava. - Me chamo Sir Leonard d’la Fonseca! Este é meu companheiro Aesir *Apontava para o loiro* e este é Galliard “O Esguio”. Também temos conosco Cedric. – O olhar da elfa era forte, mostrava determinação e não parecia contente em vê-los por ali. - Acho que estão longe demais de casa. Recomendo que voltem. – Suas palavras alertavam, porém não parecia uma ordem ou determinação. - Se tiverem coragem suficiente, serão mortos iguais tolos, só de terem atravessado o rio mostra o quão burro podem ser. – Confirmava que suas falas traziam um tom de alerta e não restrição.

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