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[Auto Narrada/Fechada] A Odisseia dos Infortunados
3 participantes
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Darkaria :: Criptonoctum :: Refúgio da Aurora
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[Auto Narrada/Fechada] A Odisseia dos Infortunados
A Odisseia dos Infortunados
O Conto de três Cavaleiros e um destino amaldiçoado
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Renpa Shiragaki - Sordello Della'torre
— Localidade: Refúgio da Aurora
— Descrição: Três cavaleiros receberam uma missão de extrema importância: escoltar um carregamento vital de suprimentos desde o Refúgio da Aurora até uma aldeia remota nas terras distantes de Darkaria. Essa aldeia, isolada e carente, conta desesperadamente com esses suprimentos para sua sobrevivência, pois é constantemente assolada por ataques brutais e pelo surgimento de monstruosidades sinistras que têm impedido qualquer forma de comércio ou contato com forasteiros.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Violência - Gore e afins
— Pessoas envolvidas: Renpa Shiragaki - Sordello Della'torre
— Localidade: Refúgio da Aurora
— Descrição: Três cavaleiros receberam uma missão de extrema importância: escoltar um carregamento vital de suprimentos desde o Refúgio da Aurora até uma aldeia remota nas terras distantes de Darkaria. Essa aldeia, isolada e carente, conta desesperadamente com esses suprimentos para sua sobrevivência, pois é constantemente assolada por ataques brutais e pelo surgimento de monstruosidades sinistras que têm impedido qualquer forma de comércio ou contato com forasteiros.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Violência - Gore e afins
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Re: [Auto Narrada/Fechada] A Odisseia dos Infortunados
.
Última edição por Solomon em Ter maio 14, 2024 11:06 pm, editado 2 vez(es)
Rowena- Créditos : 0
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Re: [Auto Narrada/Fechada] A Odisseia dos Infortunados
| Sordello alfhildr Della'torre |
A noite lançava sombras longas sobre as vielas tortuosas do Refúgio da Aurora. O vilarejo, formado há séculos por fugitivos e desesperados, mantinha seu ar de clandestinidade. As construções eram rústicas, feitas de madeira envelhecida e pedras irregulares, algumas quase em ruínas, refletindo a história tumultuada de seus habitantes. As ruas estreitas estavam cobertas por uma fina camada de poeira e cascalho, criando um cenário desolador.
Sordello corria, atrás dele, uma horda de dez demônios menores o perseguia implacavelmente. Esses demônios, criaturas deformadas e hediondas com olhos vermelhos brilhantes e garras afiadas, emitiam sons guturais que reverberavam pelas vielas. Suas presenças traziam o medo dentre aqueles que presenciavam a caçada.
Os habitantes do Refúgio da Aurora, acostumados a lidar com o perigo, recuavam, observando com olhares assustados e curiosos. Em uma esquina, uma mulher de rosto envelhecido, vestida com trapos, puxava seus filhos para dentro de sua cabana, trancando a porta com pressa. Um grupo de homens visivelmente embriagados que contavam histórias de batalhas que possivelmente nunca lutaram, assistiam de uma taverna, se trancando na mesma logo em seguida.
Sordello virou bruscamente em uma curva apertada, entrando em um beco estreito. As paredes próximas dificultavam a passagem dos demônios, mas ele sabia que isso apenas retardaria o inevitável. Seu coração batia forte, mas sua mente estava focada. Desde sua fuga do inferno, enfrentava perseguições constantes, então não era nenhuma novidade para o homem.
Os demônios, cada vez mais próximos, avançavam com fúria. Um deles, mais rápido que os outros, quase alcançou Sordello, mas foi repelido por um movimento ágil de sua espada longa que o cortou pelo torso, esbanjando o sangue roxo da criatura pelas paredes. O demônio urrou de dor, mas isso apenas incitou ainda mais a fúria de seus companheiros.
No entanto, após cortar o demônio, Sordello abria um sinistro sorriso em seu rosto, como se estivesse se deleitando de prazer ao ver o sofrimento da maldita criatura, de certo modo, se tratava não apenas do prazer de lutar mas também de mais uma vez, desafiar o seu destino e vencer. - Venham! - Vociferou o ex soldado, erguendo sua grande espada ensanguentada a sua frente.
- Roll da maldição:
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Re: [Auto Narrada/Fechada] A Odisseia dos Infortunados
Na imensidão da noite eterna que envolve Darkaria, um continente que há muito submerso nas sombras, uma figura de estatura notável e cabelos flamejantes avançava em passos tranquilos pelas ruas taciturnas da cidade. Seus olhos perscrutam ávidos o horizonte enevoado, ansiando por algo que, entre as construções dilapidadas de madeira e pedra, parece elusivo demais para ser alcançado.
— Meu mestre não poderia estar mais certo. Este lugar é desprovido de qualquer interesse. — Refletiu em voz alta, entrelaçando os dedos atrás da nuca enquanto avançava pelas vielas sinuosas do vilarejo. A luz tênue das tochas vacilantes, lutando contra a escuridão que as cerca, apenas reforçava a aura sombria que permeia cada recanto do continente — Porém, há algo inegavelmente… sombrio nisto tudo. Alguém deveria trazer luz a este lugar e expulsar as trevas que o dominam. Onde estão os cavaleiros do sol quando se precisava deles? — Indagava-se em voz alta, provocando olhares inquisitivos de transeuntes que passavam por ele.
Seus pensamentos e devaneios foram interrompidos por um tumulto nas proximidades, uma agitação que finalmente despertou sua curiosidade, assim como faria um tesouro escondido. Seus passos se aceleraram, impulsionados pelo ímpeto da descoberta, seu corpo se atiçou com tamanha velocidade que não demorou muito para que chegasse ao epicentro da comoção.
Seus olhos atentos observaram o espanto na face de alguns dos moradores ali presentes, enquanto os mesmos se recolhiam apressadamente para o interior das suas casas, como se fugissem de um monstro iminente. Existiam aqueles que, talvez, não tivessem tanto amor à vida quanto os demais, já que pareciam assistir tudo aquilo como se avistasse uma singela briga de bar.
— Venham? Existe alguém corajoso por aqui. — A voz ecoou à frente, convidativa, parecia-lhe chamar para desvendar o mistério que se desenrolava diante de seus olhos.
Entretanto, antes que pudesse desvendar todo burburinho, seus olhos se deparavam com uma visão inusitada.
— Demônios? — Sua incredulidade era palpável, embora estivesse ciente do ambiente hostil que se resumia o lugar onde estava, a presença aberta de criaturas tão macabras era desconcertante e, ao mesmo tempo, fascinante.
Um sorriso brotou em seus lábios, não de malícia, mas de excitação diante da perspectiva de um confronto iminente, afinal, ele não poderia ficar parado diante do mal. Seus músculos se contraíram em antecipação, enquanto seu corpo se preparava para o embate que se avizinhava. A experiência adquirida ao longo de suas jornadas transformou a dor em resistência, tornando-o mais resiliente do que nunca.
Sua pele, aos poucos, adquiriu mais densidade e um ligeira aspecto queratinizado. Este era claramente um dos dons proporcionados pela sua família, algo que quando colocado na balança, poucos eram aqueles que arriscavam viver de tal maneira.
Com um único golpe, Renpa projetou um dos demônios contra as paredes ásperas e desgastadas de uma casa próxima, celebrando sua vitória momentânea. Contudo, seu triunfo foi interrompido pela visão sinistra de uma figura sombria do outro lado daquele beco. Um arrepio percorreu sua espinha, instintivamente seu corpo parecia reconhecer o ser como um inimigo em potencial. No entanto, uma intuição repentina o levava a reconsiderar, percebendo que, talvez, esse demônio pudesse ser um aliado improvável naquele embate.
— Do lado de cá já foi um. — Balbuciou em direção a estranha figura na contraparte do beco, com o intuito de identificar suas intenções. Entretanto, o cavaleiro não permaneceu parado e sem hesitação, atravessou o espaço que separava-o do corpo sem vida da criatura maligna de outrora, agarrando o demônio caído e lançando-o de encontro aos seus semelhantes com uma força imparável.
O impacto ecoou pelo ar, dispersando alguns dos adversários…
Seus pensamentos e devaneios foram interrompidos por um tumulto nas proximidades, uma agitação que finalmente despertou sua curiosidade, assim como faria um tesouro escondido. Seus passos se aceleraram, impulsionados pelo ímpeto da descoberta, seu corpo se atiçou com tamanha velocidade que não demorou muito para que chegasse ao epicentro da comoção.
Seus olhos atentos observaram o espanto na face de alguns dos moradores ali presentes, enquanto os mesmos se recolhiam apressadamente para o interior das suas casas, como se fugissem de um monstro iminente. Existiam aqueles que, talvez, não tivessem tanto amor à vida quanto os demais, já que pareciam assistir tudo aquilo como se avistasse uma singela briga de bar.
Entretanto, antes que pudesse desvendar todo burburinho, seus olhos se deparavam com uma visão inusitada.
Um sorriso brotou em seus lábios, não de malícia, mas de excitação diante da perspectiva de um confronto iminente, afinal, ele não poderia ficar parado diante do mal. Seus músculos se contraíram em antecipação, enquanto seu corpo se preparava para o embate que se avizinhava. A experiência adquirida ao longo de suas jornadas transformou a dor em resistência, tornando-o mais resiliente do que nunca.
Sua pele, aos poucos, adquiriu mais densidade e um ligeira aspecto queratinizado. Este era claramente um dos dons proporcionados pela sua família, algo que quando colocado na balança, poucos eram aqueles que arriscavam viver de tal maneira.
Com um único golpe, Renpa projetou um dos demônios contra as paredes ásperas e desgastadas de uma casa próxima, celebrando sua vitória momentânea. Contudo, seu triunfo foi interrompido pela visão sinistra de uma figura sombria do outro lado daquele beco. Um arrepio percorreu sua espinha, instintivamente seu corpo parecia reconhecer o ser como um inimigo em potencial. No entanto, uma intuição repentina o levava a reconsiderar, percebendo que, talvez, esse demônio pudesse ser um aliado improvável naquele embate.
O impacto ecoou pelo ar, dispersando alguns dos adversários…
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Re: [Auto Narrada/Fechada] A Odisseia dos Infortunados
| Sordello alfhildr Della'torre |
O demônio inferior, mesmo ferido, avançou novamente, seus olhos vermelhos brilhavam com ódio e dor. Sordello, com uma precisão letal, brandiu sua lâmina pesada. Em um arco mortal, a cabeça da criatura foi decepada, rolando lentamente pela vilela, jorrando sangue roxo que se espalhou pelo ar, e novamente manchando as ruas e paredes, criando uma cena grotesca e quase artística sob a luz trêmula das lanternas. Sordello abriu um sorriso quase diabólico ao ver o sangue demoníaco, sentindo uma satisfação sombria com cada gota que caía.
Sem perder tempo, ele se lançou aos gritos contra o restante do grupo. Os demônios, espremidos no beco estreito, tiveram pouco tempo para reagir. Sordello, movendo-se com a destreza e a força de um guerreiro endurecido por séculos de tormento e treinamento físico excessivo, desferiu um corte preciso em forma de meia lua na horizontal, que acertava até quatro alvos de uma vez só, os cortando ao meio em um ato de brutalidade extrema.
Foi então que Sordello percebeu uma presença incomum do outro lado do beco. Antes que pudesse fixar seus olhos no homem desconhecido, um dos demônios foi arremessado pelo ar, atingindo outros dois com um impacto brutal. Sordello ergueu o pescoço, tentando enxergar através da fumaça espessa e do sangue que jorrava para o alto, dificultando sua visão.
A fumaça dos cadáveres demoníacos que se desintegravam ao seu redor formava uma névoa sufocante, ondulando e obscurecendo o beco. O cheiro acre de enxofre e sangue queimado era quase insuportável, e Sordello piscou várias vezes, tentando clarear a visão. Finalmente, ele discerniu uma figura jovem de cabelos vermelhos, de fato não aparentava uma ameaça dada a situação. O espadachim suspirava, relaxando sua guarda momentaneamente.
Nesse instante, dois demônios com os corpos pela metade se arrastavam pelo chão, deixando um rastro de tripas e sangue pelo caminho. Seus olhos ardentes de ódio estavam fixos em Sordello, que se preparava para enfrentar os restantes da horda. Em um último ato desesperado, um dos demônios agarrou Sordello pelos tornozelos, suas garras sujas cravaram na carne do homem. O outro demônio, com suas garras afiadas prontas para atacar, se preparava para golpear as panturrilhas do guerreiro.
Sordello, sentindo o aperto no tornozelo e vendo a ameaça iminente, reagiu instantaneamente. Com um movimento fluido e preciso, ele manejou sua espada, descendo-a rente ao solo em um arco devastador. A lâmina cortou através dos demônios rastejantes, decepando-os imediatamente. Cabeças rolavam e corpos se contorciam em espasmos finais, mas o aperto no tornozelo de Sordello não cedeu.
Um dos corpos sem cabeça ainda o segurava com força, as garras estavam cravadas profundamente. Sem hesitar e sem mostrar um pingo de remorso, Sordello chutou o cadáver para longe, enviando-o voando contra a parede de pedra do beco. O impacto fez o corpo se desintegrar em uma nuvem de cinzas e fumaça negra.
Os últimos demônios menores, agora presos entre Sordello e o jovem desconhecido, olhavam para os lados buscando uma saída, mas já entendiam que nada poderia ser feito mais e apenas aguardavam seus momentos finais. Sordello direcionou um olhar de desconfiança ao jovem de cabelos vermelhos, ele não escondia sua antipatia e falta de vontade de conversar. - Quem é você? - Ele indagou, segurando firmemente sua espada.
- Roll da maldição:
Última edição por Sordello em Qui maio 16, 2024 10:50 am, editado 2 vez(es)
Sordello- Créditos : 0
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Re: [Auto Narrada/Fechada] A Odisseia dos Infortunados
Por mais que os instintos de Renpa procuraram atenuar a presença daquela figura envolta em trajes sombrios, suas ações e semblantes pareciam contradizer tais esforços.
— Brutal. — Proferiu ao testemunhar a cena que se desenrolara diante de seus olhos. Os movimentos fluidos do guerreiro e a calma em suas ações revelavam muito mais do que qualquer interação social, de fato, o garoto estava diante de alguém experiente.
Por um instante, o membro da espiral sentiu a tentação de desafiá-lo— Não, meu mestre me advertiu contra este tipo de imprudência. — Falou consigo mesmo mais uma vez, desta vez no interior de sua própria mente. Externamente balançou a cabeça em uma tentativa física de afastar aquele pensamento insidioso.
E assim o fez, mostrando um dos motivos que lhe fez alcançar o posto de cavaleiro.
— Me chamo Renpa. — Murmurou educadamente em direção à figura, percebendo, em seguida, o odor pútrido que exalava da morte recente daquelas criaturas — E você? — Indagou enquanto avançava em passos lentos na direção dos últimos demônios remanescentes.
Seus passos eram firmes e decididos; sua aura deixava as intenções tão claras quanto um dia ensolarado em Foz Dourada e, sua postura, passava calma.
—Isto é, de fato, curioso. Eles sentem temor? — Ponderou a cada passo adiante, afinal, parecia que aquelas criaturas, de alguma forma, sentiam um resquício de medo — Não lembro de ver isto constatado nas escrituras antigas. — Pontuou.
O avanço se deu e o primeiro inimigo foi eliminado com a facilidade de um golpe rápido e preciso, os dedos do cavaleiro atravessaram a carne podre do adversário como se esta fosse mera manteiga. O segundo, teve sua face brutalmente esmagada entre os punhos firmes de Renpa.
— O que você fez para atrair a atenção deles? — Inquiriu o jovem ao homem no extremo oposto do beco, pois não parecia haver qualquer sinal de ritual ou invocação nas proximidades — Ou por acaso há outro inimigo à espreita? Talvez, você esteja caçando um adorar demoníaco? — Questionou, erguendo o olhar para cima e avistando apenas o céu escuro de Darkaria.
Os curiosos logo se manifestaram, saindo de seus esconderijos e casas assim que perceberam a força dos dois homens. Alguns cochichavam e apontavam na direção deles, enquanto outros apenas os observavam com uma estranha mistura de desconfiança e curiosidade— Este é seu. — Declarou Renpa, empurrando o último demônio na direção do espadachim como se aquela criatura fosse um mero brinquedo em sua posse.
— Acredito que atraímos olhos curiosos, por hora, este não é o melhor caminho dado o trabalho de escolta que irei fazer. — Balbuciou coçando a nuca um tanto quanto sem jeito, seu mestre havia-lhe sinalizado buscar discrição, principalmente dada a ordem que fazia parte.
— Ah! Deus tenha misericórdia!— Exclamou a voz trêmula e levemente arrastada, ecoando pelo ambiente e proveniente de uma senhora cujos cabelos alvos se assemelham a flocos de algodão, e cuja pele enrugada mal deixava vislumbrar seus olhos — Agora que vocês os mataram, mais e mais demônios virão! Como se não bastassem os monstros e ladrões que vagueiam por essas terras… — Sua expressão fatigada contrastava com os andrajos que serviam de vestimenta — Nem mesmo os suprimentos conseguem alcançar os vilarejos mais próximos, e desafiar essa ordem só irá agravar a situação! Vim de tão longe para buscar por um lugar mais seguro, porém, agora vejo que estamos todos fadados à perdição. — O desalento parecia aos poucos dominar sua mente exaurida.
— O que estará se passando por aqui? — Questionou-se , enquanto observava o rebuliço causado pelas palavras da anciã. Alguns concordavam, enquanto outros iriam contra aquelas afirmações e, também, existia o punhado de seres que se mantinham inertes.
Por um instante, o membro da espiral sentiu a tentação de desafiá-lo
E assim o fez, mostrando um dos motivos que lhe fez alcançar o posto de cavaleiro.
Seus passos eram firmes e decididos; sua aura deixava as intenções tão claras quanto um dia ensolarado em Foz Dourada e, sua postura, passava calma.
O avanço se deu e o primeiro inimigo foi eliminado com a facilidade de um golpe rápido e preciso, os dedos do cavaleiro atravessaram a carne podre do adversário como se esta fosse mera manteiga. O segundo, teve sua face brutalmente esmagada entre os punhos firmes de Renpa.
Os curiosos logo se manifestaram, saindo de seus esconderijos e casas assim que perceberam a força dos dois homens. Alguns cochichavam e apontavam na direção deles, enquanto outros apenas os observavam com uma estranha mistura de desconfiança e curiosidade
— Ah! Deus tenha misericórdia!— Exclamou a voz trêmula e levemente arrastada, ecoando pelo ambiente e proveniente de uma senhora cujos cabelos alvos se assemelham a flocos de algodão, e cuja pele enrugada mal deixava vislumbrar seus olhos — Agora que vocês os mataram, mais e mais demônios virão! Como se não bastassem os monstros e ladrões que vagueiam por essas terras… — Sua expressão fatigada contrastava com os andrajos que serviam de vestimenta — Nem mesmo os suprimentos conseguem alcançar os vilarejos mais próximos, e desafiar essa ordem só irá agravar a situação! Vim de tão longe para buscar por um lugar mais seguro, porém, agora vejo que estamos todos fadados à perdição. — O desalento parecia aos poucos dominar sua mente exaurida.
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Re: [Auto Narrada/Fechada] A Odisseia dos Infortunados
| Sordello alfhildr Della'torre |
Sordello, ainda com os sentidos aguçados pela batalha, observou Renpa de cima a baixo. Ele notou a postura confiante do jovem, a maneira como lutava com familiaridade, e a expressão determinada em seus olhos era respeitável. Com um suspiro tedioso, Sordello finalmente decidiu responder.
- Não é da sua conta. - Disse ele, com a voz baixa e áspera. - E sugiro que fique longe de mim! - A resposta foi bruta, quase como um rosnado, e seus olhos endureceram, transmitindo claramente sua intenção de manter distância do rapaz.
No entanto, dentro de si, Sordello sentia um turbilhão de emoções conflitantes. Em seu consciente, ele se remoía. Fazia tanto tempo que não tinha uma companhia, e por mais que quisesse manter a fachada de indiferença, não podia negar que sentia falta de alguém com quem compartilhar o fardo de sua existência. Mas ele estava terrivelmente consciente dos perigos que sua presença trazia, temendo que, ao permitir que alguém se aproximasse, apenas mais uma vez prejudicaria outra pessoa inocente.
Sordello então começou a caminhar a passos lentos em direção ao demônio que Renpa havia empurrado, ele ergueu sua espada, e com um golpe, desceu a lâmina em um corte vertical, partindo a criatura ao meio. O demônio soltou um último grito antes de se dividir em duas metades grotescas, que caíram ao chão em um amontoado de carne e sangue.
Sem remorso algum, Sordello balançou a espada ao vento, jogando o sangue demoníaco para fora da lâmina. As gotas espessas voaram em um arco antes de se espalharem pelo chão de pedra do beco. Ele não olhou para trás, seus olhos estavam fixos na saída do beco.
Enquanto caminhava em direção à saída, ele passou por Renpa, Sordello diminuiu o passo por um breve instante, o suficiente para que seus olhares se encontrassem. Seus olhos, geralmente duros e impassíveis, mostraram um lampejo de sinceridade. Sem dizer uma palavra, Sordello desejou a Renpa um sincero adeus e boa sorte.
Ao passar por populares que haviam sido atraídos pelo tumulto. Alguns estavam visivelmente assustados, com olhos arregalados e rostos pálidos de medo, enquanto outros observavam com curiosidade, inclinando-se para espiar por trás das portas e janelas semiabertas. A tensão no ar era palpável, e sussurros ansiosos percorriam a multidão.
O medo de que mais demônios surgissem para atacá-los fez com que um murmúrio inquieto se espalhasse entre os espectadores. Sordello, percebendo o pavor nos olhos daquelas pessoas, não pôde conter uma sincera gargalhada. O som ecoou pelas vielas, surpreendendo os populares.
- Não sejam tolos - Vociferou Sordello, sua voz ressoava como um deboche. - Não são vocês que essas coisas querem. - Concluiu, olhando diretamente para alguns dos curiosos, seus olhos penetrantes os assustavam ainda mais, porém Sordello pouco se importava e seguia seu caminho dentre as ruas naquela vasta escuridão eterna de Darkaria.
- Roll da maldição:
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