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Mensagem por Garota Cavalo Sex Nov 10, 2023 2:55 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Pegando na Espada
Estrelando: a vampirinha
— Ano/Estação: 840 DG / Inverno
— Pessoas envolvidas: Seraphine Sinclair, Ego Sword Nameless e Blood Mary
— Localidade: Reino de Amani, Satar
— Descrição: Após 6 meses agindo sozinha como uma Deadman, Seraphine encontra uma nova parceira.
— Tipo de aventura: Auto narrada e depois Narrada
— Aviso: Segs  
「R」


Última edição por Garota Cavalo em Ter Jan 30, 2024 10:50 pm, editado 3 vez(es)
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Mensagem por Furry Seg Nov 13, 2023 10:28 am





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5

-  ……. - Que tipo de reação era aquela? Me via elevada sobre a cabeça daquela vampirinha enquanto ela expressava de forma tão desinteressada a minha existência. -  Isso… Isso, mim ser espada que fala e você ser? - Obviamente estava lidando com um espécime raro e primitivo e logo percebi que devia adequar meu linguajar para promover uma melhor comunicação com tal limitado intelecto.

Doravante para minha infinita surpresa, tal ser não era realmente tão privada de capacidades intelectuais, ou ao menos seu vocábulo poder-se-ia considerar como meramente completo, ao menos no nivel esperado para conversação de uma criança. HOHOHOHO.

-  Aquela desg… Digo. Aquela maravilhosa e abençoada Deusa, grande e poderosa Nahida, que abençoada seja em toda sua gloria e esplendor, realmente aparece com certa frequencia para me ench… Digo, para iluminar meu santo caminho com toda sua… toda sua… ahn…. Ahhhhhhhhh, sim ela me assombra com frequencia aquela Pestinha pra pregar suas peripécias.

-  …
-  …
-  …
-  …
-  …  Eu falei isso muito alto? - Que Gafe… Mas as vezes ela me deixa no limite, talvez seja isso que chamam de TPN? Tensão Provocada por Nahida?

Ouvia então a proposta da vampirinha, e mediante tal afortunada oferta voltava minha percepção para o barril, e depois para ela, barril, vampirinha, vampirinha, barril. -  Hnnmmmmmmmmm. - Ponderava com todo meu ser, qual daquelas duas opções era melhor. Um barril cheio de lixo que se dizem ser espadas ou uma vampirinha trazida até mim por Nahida, aquela pestinha? -  Eu sou uma espada amaldiçoada sabe? MUAHAHAHA, se você me portar talvez… - Deixei minhas palavras morrerem para dar um certo efeito. -   Tenha que adotar um gato. - Bom, decidi que era melhor andar por ai do que ficar no barril. -  E me comprar uma bainha, estou cansada de andar pelada por ai. Ahhhh, certo. O gordo ai ta me devendo 10 pratas. Faça ele pagar antes de irmos.


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Mensagem por Garota Cavalo Seg Nov 13, 2023 1:38 pm

For Gwynevere
Seraphine Sinclair — Respondeu quando teve seu nome perguntado, aquela era uma conversa estranha, o fato das palavras serem enviadas diretamente em sua mente teoricamente deveriam fazer Sera se distrair menos e prestar atenção, mas algumas palavras da espada não eram processadas  enquanto a vampira parecia ocupada demais observando a aparência da lâmina.

Você é bem bonit… digo, não tem problema, eu sou abençoada… — Sera argumentava contra os malefícios de carregar a lâmina, embora não fizesse muito sentido… e ela estivesse pensando em outro assunto no começo — Adotar um gatinho, será que ele não iria acabar se perdendo? Eu viajo bastante.

O importante é que ambas pareciam concordar nos termos! Seraphine balançava a cabeça negativamente quando a bainha era citada — Não precisa, eu posso… Uhn? — A vampira tentava transmutar a espada para absorvê-la em seus circuitos mágicos, mas nada acontecia.

Estranho, eu não consigo te desmaterializar. Que inconveniente, fazer o que… Espera, você anda pelada? — Sera ficava um pouco desconcertada, embora não demonstrasse isso, não tinha muita certeza onde e como deveria tocar na espada, e respeitosamente a colocava em cima do balcão.

Era incômodo para alguém que só andava com as roupas do corpo ter que levar bagagem, mas Seraphine logo dava de ombros e esquecia o assunto como o bom peixinho dourado que ela é — Senhor, eu vou levar esta espada, e me venda uma bainha bonita.

Note que Seraphine dizia “levar” para a espada e “comprar” para a bainha, pois o vendedor percebia isso, e juntando sua coragem pra impedir aquela mulher maluca de simplesmente andar com seu produto, ele colocava seu preço — São… são quinze moedas de prata pela espada e duas moedas pela bainha — Um roubo! duas moedas numa bainha e quinze numa espada amaldiçoada? Qualquer pessoa com senso comum começaria uma grande disputa de valores, mas o processo de pensamento de Seraphine era um pouco diferente.


Mas por que eu compraria a Senhora Espada se ela simplesmente quer ir comigo? Você não pode mantê-la aqui contra a própria vontade.

Era uma lógica absurda, afinal de contas era de um objeto que eles estavam falando, ainda assim parecia fazer sentido? — Na-não! Eu paguei por essa espada, se eu entregá-la de graça assim como fica meu orgulho como comerciante?

Hmmm, entendo. Geralmente a Organização não me deixa matar humanos, mas se for um sequestrador talvez… — Seraphine ponderava um pouco antes de suspirar desanimada e estender sua mão, fazendo-a brilhar com magia — Haaaah… Fazer o que.

O homem fazia um guinchado estranho como um porco, colocando os braços na frente do rosto instintivamente — Hyek! Espere, pode levar, pode levá-la de graça… mas pelo menos a bainha, pelo menos leve a bainha por uma moeda de prata! — Era incrível como mesmo com medo ele ainda tentava barganhar.

Quando a mão de Seraphine parava de brilhar, ela havia terminado de materializar dezessete moedas de prata, pretendendo pagar o preço completo — Entendido, o senhor tem uma alma gentil afinal de contas — Recolhendo dezesseis moedas de volta, a vampira entregava em suas mãos uma única prata pela bainha.

Ah, já ia me esquecendo, a senhora espada me disse que você deve a ela dez pratas — Sinclair estendeu sua mão novamente, dessa vez esperando ser paga.

O homem já desanimado com suas escolhas de vida simplesmente tirou o dinheiro do bolso e entregou para ela — Pegue, apenas por favor… vão embora e me deixem em paz, por favor.

A vampira não falava mais com ele, como se sua existência e propósito já não existissem mais — Com licença — respeitosamente pegava a espada pelada e colocava-a em sua nova “roupa”, que tinha um bolsinho para as moedas que Seraphine depositava.

Vamos indo, eu ainda tenho que terminar meu trabalho.


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Mensagem por Furry Seg Nov 13, 2023 6:20 pm





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-  Hnm, podemos deixar o gato pra lá. - Concordava, o pedido havia sido apenas um impulso passageiro devido a lembrança da sua última portadora e de Lolita, a gata caramelo.


-  EI EI EI, QUE QUE VOCÊ PENSA QUE TA FAZENDO? - Reclamei assim que senti aquela energia estranha percorrendo o meu corpo. -  ME DESMATERIALIZAR? SE TA DOIDA? Repete isso de novo que você vai ver. - Era só o que me faltava, uma relés vampira achar que tinha habilidades para me desmaterializar. -  Pode não parecer, mas estou tão ou mais vivo que você. - Bufei irritado.  

-  É uma piada, uma piada, eu sou uma espada… se bem…. Que onde você acha que estava segurando até agora? Ahnn? Tornozelo? Exatamente, era meu tornozelo.

Observei a coragem que beirava a imprudência daquele vendedor, realmente ele era o epítome da esperança, crendo que seria capaz de lucrar com a minha venda. Mais surpresa ainda fiquei com o raciocínio lógico,ou talvez ilógico da vampirinha, pois sua aceitação sobre minha autoconsciência e livre arbítrio eram no mínimo anormais, mas pelo que posso inferir de nossa breve troca de palavras anterior era que a mesma possui algum artefato que talvez esteja se aproximando de minha nobre existência, ainda que brevemente e com toda certeza muito superficialmente.



Infelizmente naquele momento aprendi outra importante lição sobre minha nova portadora… A especificidade! Eu, para tudo que desejasse, ao que parece, deveria ser específica quanto aos meus desejos, para que tais pudessem assim ser atendidos da maneira que mais me aprouvesse.

-  Eu sou uma dama sabia? Bastante nobre e essa é… - Antes que eu terminasse de falar era enfiada a seco naquele pedaço de…. -  Arrrghh! - Aquele pedaço de roupa barata que além de ser de baixa qualidade, feia ainda me pinica. -  Vamos ter que conversar sobre esses seus modos de tratar um cavalheiro. Não posso sair por aí vestindo um traje de tão baixo calão o tempo inteiro, mas por hora irei perdoar sua atitude, pois a culpa em mim recai por esperar algo de tão limitado espécime.


Por fim, deixamos o precário estabelecido sob olhares curiosos de diversos transeuntes, pois a vampirinha estava realmente saindo com uma arma da loja, até então, tida como amaldiçoada. -  Trabalho? Está atrás daquela vampira que o comerciante falou? Ou… talvez aquela vampira seja você? Não me diga que minha deusa me juntou com uma assassina que se banqueteia nas cidades como se fosse um rodízio barato? Esperaria que meu portador ao menos possuísse bom gosto, ingerindo nutrientes refinados e de qualidade e não qualquer porcaria que se encontra por aí. Sim, isso no mínimo. - mas logo após parar pra pensar percebia a falha em minha lógica, pois não seria normal, por mais que a vampirinha não fosse nada normal, perguntar sobre crimes que você mesma cometeu. -  Bom, creio que não seja você, mas mantenho dita minhas palavras, escolha boas refeições, não vai ser saudável pra você sangue com muito colesterol, prefira pessoas saudáveis, virgens seria o ideal. Já vi pesquisas que dizem que sangue de virgem além de alimentar faz bem para a pele e até melhora a visão. -

-  Mas então, qual é o trabalho? Outra vampira? Ou um daqueles monstros?






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Mensagem por Garota Cavalo Qua Nov 15, 2023 7:46 pm

For Gwynevere
Que pena — Seraphine comentou quando a ideia de pegar um felino era descartada — eu meio que fiquei empolgada pelo gatinho… — Empolgada? Onde? Era praticamente discernir qualquer emoção vindo daquela mulher com o mesmo olhar de quem não dorme há semanas.

Já fora da loja, enquanto andava nas ruas cheias e movimentadas de uma cidade costeira, Sera ajeitava com constância desconfortável espada em suas costas, enquanto esta parecia tagarelar sem parar, certamente a atitude de Nameless contrastava com Seraphine que não conversava muito, e de certa forma continuava a antiga dinâmica que Sinclair tinha com sua amiga Quán Tían.

Eu não acho que já tenha feito uma virgem sangrar — Quer dizer, não é como se Sera saísse perguntando por aí o histórico de recreação de sua janta, mas concordava mentalmente no fato de pessoas saudáveis terem um sangue mais gostoso. Embora a vampira não tenha precisado caçar desde que entrou na organização — Geralmente eu só bebo o que mordomo me serve, não é muito saboroso…

Sera desviava e esbarrava nas pessoas enquanto parecia andar em direção ao porto, sem nenhum destino em específico, era difícil focar no caminho e prestar atenção no que Nameless dizia, então Seraphine acabava fazendo um trabalho um pouco mal feito em ambas as tarefas.

Eles dizem que é um vampiro mas é uma outra coisa — Respondeu brevemente, Sera se via numa situação um tanto complicada, talvez pela distração da Deusa da Esperança ou pelo fato de seu ouvinte ser uma rara espada falante, mas ela não só havia revelado seu nome como também havia despertado a curiosidade sobre a natureza de seu trabalho.

Hmm… não se preocupe com isso, quando eu encontrá-la você se esconde e eu cuido de tudo — Tentava encerrar o assunto para que não revelasse mais dos Dead Gardens e Achytas — A propósito Senhora Espada, você não me disse o seu nome.

A dupla parava na fachada de um pequeno bistrô bem de frente ao porto, Seraphine colocava Nameless em uma cadeira e então sentava no assento oposto da pequena mesa circular. Enquanto a atendente não chegava, ela observava os navios sendo descarregados enquanto outros mais longes partiam.

Ele parece caçar a noite — Em sua mão, a vampira batia na mesa inconscientemente uma pedrinha de aparência turva no qual olhava para tal periodicamente — Acho que só nos resta esperar.

Um pouco mais distante dali, guardas pareciam se movimentar procurando uma mulher suspeita denunciada não só de roubar mas também de extorquir um vendedor mesquinho e vingativo.


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Mensagem por Lilith Qui Nov 16, 2023 12:18 pm



I promise I won't bite you... Really, really bad!



O carroceiro cansado com um semblante amigável estava bem contente com o bom negócio que havia conseguido realizar, quatro barris de vinhos por quatro moedas de prata, ainda que um dos recipientes fosse mais pesado em comparação aos outros três.

Porém a calmaria do sujeito de avançada idade logo foi quebrada. KRAACK! A tampa de um dos barris estalou ao ser quebrada espalhando lascas de madeira no ar, ele só teve tempo de puxar as rédeas parando o cavalo. – MISERICÓRDIA! Quem foi o… o… o… – As palavras seguintes morreram na boca do velho quando os olhos dele encontraram a garota com cabelos cor de neve emergindo fora do barril.

A garota em questão era Mary que se espreguiçou arqueando as costas levantando um dos braços acima da cabeça e segurando o cotovelo. – Fhhuuuuaaah… – Mary soltou um longo suspiro enquanto coçava os olhos preguiçosos. – Que soninho bom… – Ela ia alongando corpo com os cabelos cobrindo a aparente nudez, tentando compreender essa nova sensação de dormir e acordar. – Ei… Senhorzinho, para onde estamos indo? – Perguntou bem despreocupada ao carroceiro que apertava o peito sentindo o coração palpitar. – Vamos para o escambau, não me vem com essa, sua pentelha, você vai me pagar por esse barril de vinho! – Esbravejou o velho que havia perdido alguns dos poucos anos que lhe restava.

Entretanto a atenção de Mary foi tomada pela presença de outra criatura que tentava passar imperceptível pelas pessoas do outro lado da rua, com um peixão preso na boca lá estava o pequeno larápio. – Ohh! – Surpresa ela ficou boquiaberta e a coragem do idoso murchou quando notou as presas afiadas. – Ooooohhh! – A meia vampira seguia entretida acompanhando os movimentos da criatura quadrúpede, com pêlos alaranjados. – Tem… Bigodes… Orelhinhas… Rabinho… É um GATO! – Apontou ela na direção do felino, o gatão rajado percebeu que foi descoberto e ficou encarando Mary.

Era igual as figuras que viu e batia com a descrição dos livros, mas foi a primeira vez que ela se encontrou pessoalmente com tal criatura misteriosa. – É um gato de verdade! Whhuuuaaaaahhhh! Tão bonitinho. – A boca dela se abriu num enorme sorriso fofo expondo as presas para quem estivesse olhando.

Agindo por puro instinto inocente, o corpo dela se desmanchou num feixe avermelhado de sangue, fluindo no ar como um rio estreito até cair no chão se expandindo numa poça vermelha e se remodelando no formato de um gatinho feito de sangue avançando na direção do felino. SKREEEESSH! O gato rajado se apavorou eriçando todos os pelos, aparentando aumentar de tamanho e danou a correr. – Hahahaha! Fez VRRRRUUuummm! Mas ei! Espera! – Ela se divertiu com a reação exagerada da criaturinha e começou a perseguir o gatinho pelo porto, passando por becos, pulando paredes, escorregando por baixo da saia de algumas donzelas, até o coitado do gato ser encurralado num beco estreito e sem saída.

GRRRRR!!! NHRYAWWGRR! Sem alternativa só restou tentar enfrentar a vampira na forma de gata vermelha, ainda que o pobre do animalzinho estivesse mais apavorado do que tudo. – Aqui bobão! Você deixou sua caça cair. – O peixão preso no rabo rabo fluído da gata-vampira era solto na frente do felino laranja, o gato demorou um tempo para entender que Mary não queria machucá-lo, mas na primeira chance abocanhou o peixe e sumiu no território do porto.

– Sniff.. Sniff.. – Erguia o focinho tentando encontrar o cheiro que havia chamado a atenção dela durante a corrida no porto. – Que estranho…Aquele cheiro me lembra de… Cheiro de eu. – Tentáculos se expandiram de seu corpo, ampliando o alcance do olfato, Mary se concentrou e. – Achei! – Celebrou momentaneamente e foi correndinho seguindo o rastro do aroma intrigante e de certa forma, familiar.


histórico:



Última edição por Lilith em Qui Nov 16, 2023 1:20 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Furry Qui Nov 16, 2023 1:17 pm





...

7



- Ficou? - Olhava para a cara dela, sem qualquer friso, ruga, ou brilho. - Sim, tô vendo, é claro que ficou. Você ia chamar o gatinho do que? Reserva de Emergência? Nugts? Buchinho?

Saímos. Já fazia mais de uma semana que não sentia o sol me banhar, de certa forma isso é diferente quando se é uma espada, mas ainda assim é de algum jeito, agradável. - Hnmm. Parece que teu mordomo não se importa muito com você… Quando chegarmos lá me dê 10 minutos com ele, fala pra ele limpar minha lâmina ou qualquer outra desculpa e garanto que os próximos lotes serão muito melhores, de reservas premiadas e envelhecidos adequadamente. - o que estou fazendo? Droga, vivo pensando em não me apegar, e aqui estou já querendo cuidar dessa desgraça de vampirinha que mal conheço, me preocupando com seu bem estar e boa alimentação. - Na verdade, quer saber? Esquece. - Meu humor se azedava. - Não é como se eu estivesse preocupada se você tá bem de saúde, se alimentando direito ou mesmo descansando adequadamente. Não, tenha certeza que não me preocupo nadinha de nada de nadica de pitibiribas com com você. - Aprendi essa magnífica frase de efeito com a garotinha que sempre dizia isso pro seu pai quando questionada sobre os motivos de ter largado seus sonhos para cuidar dele. Imagino que ela achava que enganava com tamanha bobagem. Obviamente quando usada por um mestre como eu a frase se torna muito mais eficiente e verídica.

- Outra coisa é? Parece que você já sabe bem o que procura, faz tempo que você o persegue?


Continuei a observar as pessoas, tanto pelos sentidos de Sera, quanto por minha percepção mágica a fim de ter certeza de que ninguém olhava com malícia para a vampirinha. Já me bastava o que aconteceu com o Cleitinho.

- Não o tenho. De acordo com os deuses, apenas quando eu me tornar digno receberei meu nome novamente, até então estou preso a essa forma. Mas cada um dos meus portadores cedeu ao seu próprio capricho chamando-me pelo que mais lhe agradava. - Alguns nomes que prefiro até esquecer que possui.

"Sentada" na cadeira enquanto sentia o cheiro da comida no ar, acabei por me distrair. Quanto tempo… bons 50 anos ou mais. - Ei, ei vampirinha, você também come comida normal né? Porque não pede um doce? - Embora eu não possuísse sentidos, nesse momento era capaz de me vincular ao paladar dela, algo que obviamente eu não fazia com qualquer pessoa, mas se for por um doce apetitoso….

- Eu pago. - Insistiria caso ela parecesse a recusar. - Um bolo de chocolate, com granulados… - embora não possuísse boca ou babá sentia como estivesse salivando. Com minha mão espiritual removi uma moeda do bolsinho e a rolei sobre a mesa para a Vampirinha.


- Eu vocês. Vocês viram uma jovem de cabelos pretos carregando a espada amaldiçoada da rua Grover? - Pela audição da vampirinha fui capaz de ouvir os guardas perguntando a um transeunte sobre a vampirinha. - Parece que o gordo era mais ganancioso do que esperávamos, ele ainda quer cobrar por mim… Eu sei que sou realmente uma espada fantasticrivel, mas ainda assim… há um limite pra ganância, não há? - Fiquei aborrecida, pois isso potencialmente poderia estragar minha oportunidade de sentir o tão aguardado gostinho do bolo de chocolate. - Você não consegue mudar a cor do… - - Eiii garota, você aí? - um som de apito acompanhava a advertência enquanto o guarda apontava na direção da vampirinha e começava a se aproximar. - Ahhh, droga, meu bolo. EI VAMPIRINHA, MATA ELES. - Meus sentimentos de frustração falavam mais alto naquele momento, abandonando o bom senso e acreditando que no fim, não importa a escolha, tudo daria certo.



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Mensagem por Garota Cavalo Sex Nov 17, 2023 1:07 am

For Gwynevere
Buchinho… Não é tão ruim, mas se ele acabasse magricela seria estranho — Para todos os efeitos, na possibilidade de um gato, era melhor não deixar Seraphine nomeá-lo.

O diálogo que se passava em seguida era mais um monólogo da Espada, Seraphine a princípio tentava prestar atenção em tudo para responder depois, e até fazia a nota mental de entregar Nameless nas mãos do mordomo Jerome, mas junto da súbita mudança de humor do objeto encantado Sinclair já havia entrado em devaneio contando quantos barcos tinham no porto.

Compreendo um pouco a sensação — Dizia em resposta à situação de nome da espada sem nome. Não fazia muito tempo que Seraphine havia despertado neste mundo sem suas memórias, e embora não tivesse vontade de desvendar o próprio passado, mesmo nos dias de hoje ainda se sentia ainda se sentia um pouco perdida e desamparada. Se tivesse que acordar sem o próprio nome, sem a lembrança de Gwynevere, só podia imaginar o desespero.

Espero que você se lembre um dia… do seu nome... — Apesar do tom de voz indiferente, para a espada que parecia ter alguma espécie de vínculo, mesmo que fosse temporário, era fácil notar a genuinidade de sua fala, e como ela se identificava com o assunto.

Sim, eu posso me alimentar como os humanos — Era uma suposição até que fácil, afinal de contas para a mulher não estar gritando enquanto queima até cinzas no sol ela muito possivelmente se tratava de uma casta diferente da nobreza vampírica de Darkaria.

com granulado… — Repetia o pedido de Nameless para a atendente palavra por palavra, embora pretendesse pagar para si mesma sem problemas. Uma pena que o bolo nunca fora apreciado, pois o desejo doce da dupla era interrompido com a chegada dos guardas.

É ela mesma! — Um soldado gritava para os demais que se aproximavam, cercando Seraphine e apontando lanças na direção da vampira — Parada aí! Você é suspeita de roubo e extorsão, identifique-se, não resista e apenas nos acompanhe até o posto da guarda!

Aaa, e faltava tão pouco para o bolo… — Seraphine observava melancólica a atendente com uma fatia de bolo na bandeja e impedida de chegar até a mesa — O meu nome não posso dizer, sou uma simples aventureira levando a vida e gostaria de seguir meu caminho, mas se insistem que eu vá com vocês…

Desmaterializando a pedrinhas e antes, com as duas mãos apoiadas na mesa Seraphine lentamente levantava-se, olhando séria para com dos guardas com uma feição de quem estava pronta para matar, o sol batia nos olhos vermelhos que brilhavam e isso fazia o soldado em questão hesitar e dar um passo para trás, um rápido movimento com as mãos era feito, erguendo-as.

[...]

[...]

[...]

[...]

Então eu me rendo, fazer o que? — Toda a tensão era instantaneamente quebrada, Seraphine era escoltada sem resistir até uma cela isolada, enquanto Nameless acabava separada e guardada num depósito de itens apreendidos — Sinto muito Senhora Espada, eu prometo buscá-la — Dizia antes da separação.


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Mensagem por Lilith Sex Nov 17, 2023 1:03 pm



I promise I won't bite you... Really, really bad!



O cheiro perseguido por ela ficava mais evidente dentre todos os aromas, sendo um indício de estar se aproximando daquilo que buscava, mas quando finalmente encontrou já saindo do porto.

– … – Mary ficou em silêncio observando o grupo de guardas escoltando a moça alta de cabelos escuros, parecia humana, andava igual humana, usava roupas de humana, mas porque não cheirava como humana? Essa dúvida ficou perturbando o consciente dela, era uma figura tão intrigante para ela simplesmente ignorar.

Decidiu que era melhor não interferir por enquanto, os guardas ao redor da moça, no meio de todas as outras pessoas, as vozes diziam que se Mary atacasse eles muita confusão causaria, e não daria para conhecer melhor a mulher por quem se interessou.

Foi acompanhando os guardas até a prisão mais afastada, optando pelas sombras das árvores e das construções durante o caminho, ela já tinha tido sua dose de exposição ao sol e não agradou tanto.

Os guardas entraram e saíram do pequeno prédio, mas a senhorita de cabelos escuros não, imaginou que fosse apenas questão de tempo e decidiu esperar, porém.

– Brrrhhmmmm…. Que foooome. – Resmungou mal humorada, a última refeição foi quando estava no continente gelado ao extremo norte. Geralmente não tinha problemas com sua paciência, mas de barriga vazia a situação muda um pouco.

Os tentáculos gelatinosos novamente se expandiram do corpo felino buscando por humanos isolados dos demais, e parecia ter tido sorte, sem muito pensar o corpinho dela disparou a toda velocidade perseguindo o cheiro da caça.

O azarado em questão era um guarda contratado a pouco tempo e estava indo em direção a prisão realizar a troca de turnos. – Mas o que! EI! Pare imediatahhffff! – Ele se assutou quando a criatura disforme de aspecto felino avançou, o guarda rapidamente empunhou a espada realizando um corte de fora a fora no corpo de Mary. – Hihihi! Bobinho.  Essas coisas não funcionam. – A voz parecia dela parecia vir de todos os lados, com fluído avermelhado se dividindo em ramos espessos, envolvendo os membros e pescoço do guarda, diversos furos foram espalhados no corpo do homem, com o sangue vivo que escorria por dentro da armadura.

O guarda tentou lutar e resistir bravamente, mas o que ele poderia ter feito, depois de ficar bem apertadinho e amarrado no corpo quentinho e úmido da vampira feita de sangue. O rapaz soltou seus últimos suspiros e perdeu a consciência, ela o utilizou como marionete escondendo o corpo desacordado no meio de um arbusto, afinal não queria ter a caça roubada por outras criaturas. O guarda estava repleto de perfurações,  visivelmente desidratado e apático após perder mais de um litro de sangue.

– Nnhhhmm! Bem melhor agora. – Disse bem manhosa e contente para si mesma, Mary queria beber tudo que podia, mas sua vontade de encontrar a moça alta era maior.

Retornou à prisão e ficou contornando o prédio atrás do aroma familiar, os olhos intrigados estavam direcionados para uma pequena janela retangular com grades grossas de ferro, e o cheiro que buscava vinha mais forte dali.

Se agachou arcando as costas, e rebolando o bumbum de gatinha calculando a trajetória para conseguir atravessar por entre as grades, e assim saltou. – Achei você! Finalmente. – Disse um tanto empolgada, ainda estando entre as grades com seu corpo em forma de gatinha vermelha, num aspecto mais fluido e translúcido.

Da janela Mary saltou por cima de Seraphine caindo com tudo no chão bem na frente da morena. – SPLASH! – Com o som molhado o corpo dela se desfez ficando espalhado em uma poça irregular. Até que todo aquele sangue no chão começou a novamente se reunir depois emergindo do chão ainda com alguns traços felinos e bastante pele exposta.

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– … – Em silêncio com os grandes olhos rosados Mary encarava a outra, ela foi caminhando devagarinho ficando bem pertinho de Seraphine. – Sniff! Sniff! – De olhos fechados, precisou ficar na ponta dos pés para erguer o nariz arrebitado muito próximo da boca da morena. – Aaaarrhhhfff… O que é você? Seu cheiro se parece com o meu. Sniff..Sniff.. – Seraphine podia sentir na pele da face a respiração bem calma e quentinha, enquanto os olhos cor de rosa iam se abrindo lentamente até a metade.

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Mensagem por Furry Sex Nov 17, 2023 9:47 pm





...

8



-  Sera, Sera, vai Sera. - Comecei a torcer fervorosamente pela Vampirinha dar cabo dos guardas, mas em nenhum momento tirei meus sentidos da torta, quase sem nem prestar atenção nas palavras ditas por eles. -  Não, não, espera, o que tá acontecendo? - Repentinamente me via sendo levada para longe daquele pedaço divino empratado.

-  Eii Vampirinha, o que foi? Era só dar um jeito neles e comer a torta…. - Ouvia a justificativa dela. - Certo… mas… você podia ao menos ter pego a torta e saído correndo não? Ou… pedido pra comer primeiro. - conversava com ela, enquanto era carregada pelo guarda que mesmo sendo ele a me carregar eu não havia me vinculado a ele, pois o mesmo nunca havia tido a intenção de me portar, e sim me confiscar.


>><<

Ouvi a despedida da Vampirinha. - Hunf, até parece. É eu que vou te buscar HOHOHOHO.

O depósito ficava um tanto longe da cela, o guarda continuou me levando, aproveitei este momento para usar minha habilidade roubando dele a chave da cela, envolvendo o molho de chaves. A vantagem era que ao segurar com mana conseguia evitar qualquer barulho, a desvantagem é que se o guarda não fosse tão relapso era facilmente notado, mas creio que ninguém esperaria ser assaltado por uma espada. - Uma espada amaldiçoada. Hahahahah, sério? Aquele vendedor só pode ser doido. Uma espada que é capaz de falar na mente dos outros. EI DONA ESPADA? Ahh? Não vai falar nada? - Um dos guardas fazia chacota para se aparecer para o outro. - Você sabe que o lojista só quer ela de volta por causa do Marquês que adora essas excentricidades, no mínimo ele deve ter prometido uma boa quantidade em prata, ou talvez até ouro. Não é de duvidar que tudo tenha sido só um teatro.

- É, faz sentido. Ele pode ter pago alguns cobres para uns otários saírem espalhando isso só pra atrair algum otário maior.

- Shiiii, se te ouvem falando isso do marquês você vai parar na força.

- E quem vai ouvir? Só tem você aqui.

Eu mantinha as chaves levitando acima da cabeça deles, entendendo o que era dito pela minha percepção de mana, avaliando seus lábios e as vibrações. Não era preciso, mas era o suficiente para entender que eles estavam desdenhando de mim.

Quando chegamos ao depósito, deixei-os entrar primeiro, antes de passar a chave e escondê-la em cima de uma prateleira, pouco antes de ser arremessado bruscamente em uma mesa velha vazia junto a uma parede. -  Maldito. Vou me lembrar disso. - Eles logo saíram ainda conversando e fecharam a porta. A qual aparentemente nem trancada era.

Agora que "olhava" em volta, não estava exatamente no arsenal, ou no depósito. Parecia só uma sala qualquer, um arquivo talvez. Devem ter me solto aqui para ficar mais fácil de me devolver para o lojista. -  Porco desgraçado, achou um maníaco que queria me comprar e provavelmente por em uma vitrine. - Ser tratado como objeto me irritava profundamente. -  Nisso a vampirinha é a melhor. - Agora que parava para pensar ela desde o início havia me tratado como um ser vivo em igualdade a ela. - Até que ela é legal mesmo. - Estendi novamente minha comunicação até ela. -  E aí vampirinha, tá tudo certo por aí?


Eu pretendia esperar até mais a noite, quando os guardas estivessem mais desatentos para levitar e com a chave ir até a cela da vampirinha. -  Eu roubei a chave dos guardas, quando escurecer eu vou aí te soltar. - Afirmei cheio de convicção. Ligava meus sentidos novamente ao da vampirinha, bem a tempo de ver algo… no mínimo peculiar. -  UM GATO SLIME VERMELHO? - O ser se aproximava perigosamente da Vampirinha. -  A MALDIÇÃO É DE VERDADE? - Fiquei chocada, realmente íamos adotar um gato?




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Última edição por Furry em Sáb Nov 18, 2023 7:14 am, editado 1 vez(es)

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Mensagem por Garota Cavalo Sáb Nov 18, 2023 1:55 am

For Gwynevere
Seraphine fazia aquele som de supresa que se faz ao puxar o ar, sim, aquele que os estadunidenses chamam de “gasp”, embora sua expressão em si não mudasse muito — Buchinho! — Exclamava num tom calmo ao ver o gatinho pulando pela janela, e imediatamente ficava confusa ao ver que o animal morria numa poça de gosma assim que caía no chão, apenas para reaparecer como uma… garota-slime-gato-vampira?

A mulher, que já estava de pé analisando a estrutura da cela para sair dali, virava-se totalmente para a criatura estranha, materializando a pedra de Gravitite para testar se aquele ser amorfo que parecia procurar Seraphine era um Achyta, não parecia ser o caso, o que de certa forma tranquilizou Sinclair, permitindo que a garota gato se aproximasse.

O encontro curioso das duas vampiras era interrompido momentaneamente pela espada que falava na mente de Seraphine, e igual da outra vez na loja, Sera olhava para um lado, pro outro, embaixo do pé, atrás de Mary, mas nenhuma espada mágica e amaldiçoada estava à vista.

Dona Espada, eu te ouço mas não te vejo — apesar da comunicação telepática, e por mais que já o tivesse feito com Quán Tían, Seraphine não raciocinava bem o meio de comunicação e respondia falando alto, que Nameless tinha que ouvir pela própria audição compartilhada da vampira. Para Mary, parecia que Sinclair discutia com as vozes da sua cabeça, bom… meio que era isso mesmo — Que confusão… A maldição já não era de verdade?

“O que é você” era uma pergunta muito em aberto, Seraphine apenas pensava por alguns instantes, tentando manter seu sigilo — Uma jardineira, digo, uma aventureira… — Ficava difícil se concentrar nas palavras certas com alguém tão próximo a cheirando junto a uma espada falando em sua mente, era coisa demais!

Sera ficava curiosa com aquele ser lhe examinando, e começava a fazer o mesmo consigo, cheirando a própria mão, o braço, na axila, e então se abaixou um pouco para cheirar o pescoço de Mary. Nos sentidos de Seraphine, não havia tanta semelhança em seus cheiros com exceção da leve maresia do porto.

É mesmo? Eu não consigo notar… Você tem cheiro de sangue, muito sangue. Como um banquete… e um pouco doce — Aquele cheirinho de sangue fresco da caça recente de Mary aflorava um pouco os instintos vampíricos de Seraphine, que com a boca aberta lambia uma de suas presas, à vista de Mary.

Hummm… — Depois de um certo tempo constrangedor perto demais, Seraphine demonstrava um olhar meio incomodado — Pode me dar licença? É que eu já sou casada — e com as mãos nos ombros de Mary, gentilmente a empurrava para um pouquinho mais longe.

De qualquer forma você é…? — Finalmente a pergunta que não queria calar, mas não muito longe dali ouvia-se o som de passos chegando, atraído pelos gritos de Sera enquanto tentava se comunicar com a espada.

O que é essa barulheira toda? Vou te dar uma surra para aprender a fazer silêncio — Era um daqueles típicos guardas de mau humor.


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Mensagem por Lilith Sáb Nov 18, 2023 3:09 pm



I promise I won't bite you... Really, really bad!



A vampira de cabelos brancos piscou os olhos algumas vezes observando o item feito com minério desconhecido que a morena materializou entre elas. – Amuleto repelente? – Analisando a linguagem corporal da moça alta foi essa a conclusão que vampira slime chegou, mas não teve nenhuma reação.

Mary ficou intrigada quando outra vampira começou a responder coisas a princípio sem sentido, como se conversasse sozinha. – Uhhh? – O olhar bem atento se concentrava em Seraphine aparentando tentar desvendar o que se passava na mente da morena. – Hehe! Que interessante. – Aquilo só lhe gerou mais dúvidas, e Mary adorava desvendar mistérios.

As bochechas da vampira com cabelos de seda se ruborizaram de forma sutil quando a mulher mais alta começou a cheirar seu pescoço. – Hmm… Doce? Deve ser porque acabei de comer. – Respondia com um ar de serenidade em seu semblante adorável, lembrando do lanchinho que escondeu no arbusto. – É que você cheira diferente de humano, mas entendi agora, você é igual eu. – Mary abriu a boca mostrando as presas afiadinhas.

Quando Mary foi empurrada a palma e os dedos de Seraphine afundaram parcialmente nos ombros da vampira menor, a consistência melada se moldava aquecendo a pegada da morena. – Ah é… Isso sempre acontece, é que meu corpo é todinho feito de sangue, é bom usar um pouquinho de mana pra me fazer sentir. – Mary olhava despreocupada as mãos da outra vampira imersas em seus ombros, então recuou um passo corrigindo a pegada enrijecendo o sangue no local. – Eu sou a Bloody Mary, Mary eu também gosto. Moça casada. – Respondeu entendendo que a vampira alta gostaria de ser referida como Casada.

– Aaahh.. Bruhmm… – Resmungou desapontada quando escutou o guarda irritado vindo atrapalhar a conversa. – Vema Casada, vamos, quero conhecer melhor você. – Foi a primeira vez que Mary se identificou com alguém, humana que não é humana, vampira que não é vampira, precisava aprender mais com Seraphine como era viver nesse mundo.

Ela estava com a cabeça atravessando as grades da cela e as mãos futucando a fechadura. – EI EI! Garotinha como você chegou aí!? E o que você pensa que tá fazendo? – Esbravejou o guarda. – Ué. Tô abrindo a porta, cê é bobo? – Mary retrucou o guarda que para ela aquele homem não conseguia entender o óbvio. – Ah sua fedelha metida vou partir sua cabeça no meio! – Brutalmente o guarda golpeou a testa de Mary, mas a espada atravessou o corpo fluído acertando em cheio na grade, causando um ruído alto e irritante de metal tintilando. – Viu… Sempre acontece... – Disse para Seraphine entre suspiros entediados. – Você tá achando que isso é brincadeira!? GRRRRR! – O guarda profundamente irritado empunhou a espada que agora reluzia com uma energia amarela ao redor da lâmina. – E esses machucam… – Antes de ser acertada Mary ergueu a palma esguichando um jato pegajoso de sangue no rosto do guarda. – Aaaarrrhhkrrr… – Ele agonizava com a sangue invadindo os orifícios da face e se espalhando por dentro do rosto, até Mary puxá-lo pelos tornozelos com dois tentáculos que sairam dos pés dela derrubando o guarda com as costas da cabeça no chão e continuar se debatendo.

– Se me lembro bem… No livro do Alibaba… Era só molhar o buraquinho, ir empurrando até achar o sininho e depois girar… – Mary apoiava a palma na fechadura, moldando o sangue no interior dela, depois o enrijecendo até ficar bem firme, começando a girar até encontrar o lado certo. – Click! – Depois de sentir o pequeno estalo a porta da cela se abriu. – Hehe! Deu certo mesmo. – Virou o rosto sorrindo para Seraphine, nunca tinha tentado abrir uma fechadura assim, mas havia aprendido um pouco de tudo na biblioteca da Deusa da Inteligência, e a hemocinese com a capacidade de produzir sangue permitia ela abrir uma simples fechadura.

– Então… Esse aqui no chão logo vai levantar, e tem mais deles vindo, uns… três… Você tem fome? – Ela sorria salivando, os olhos vermelhinhos sedentos pelo banquete fresquinho que vinha até elas. Dava para sentir pelo cheiro e nas auras vivas, mas estavam bem agrupadinhos para confirmar a quantidade.

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