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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar

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Mensagem por LyoraStardust Ter Ago 20, 2024 7:32 pm

November Rain, Bright and Briar
Bright and Briar
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Lyora Stardust, Haruka Futaba
— Localidade: Urco
— Descrição: Lyora está em busca da Dead Garden que deve acompanhar na missão em Urco, uma moça conhecida como Haruka, está a sua procura para fazer a missão que vem a seguir.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Álcool, violência, linguagem Explícita.
「R」



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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar Empty Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar

Mensagem por LyoraStardust Ter Ago 20, 2024 9:20 pm

Born To Be Wild



Eu havia acordado inspirada, depois de uns séculos sem sair, meus ossos não estavam no melhor dos climas, ainda sentia aquela sensação de ferrugem nas juntas, mesmo que já tivesse voltado aos treinos. Ainda não havia tido uma batalha real, então, não conseguia me situar em tudo. E a única coisa que ainda estava antes da missão era a mulher gatinha. Por isso era hora de colocar os motores para fazer barulho.

Saí para fora da cabana que estava, percebi que minha parceira voadora não estava ali, ela teria que me achar, não deve ser difícil pra ela, já que ela voa. O clima do lado de fora era quente e úmido, as nuvens cobriam o céu, deixando que pouca iluminação passasse, era provável que a chuva viesse a me molhar em breve. Ainda assim, eu tinha que encontrar ela, então, não era uma chuvinha que ia me parar.

Aquela sensação quente e úmida, se estendia ao vento, conforme montei na moto, senti aquele calor que batia sobre minha pele, coloquei os óculos escuros, e então fiquei firme sobre o banco dizendo.-Eagle, pneus de terra por favor, com reforço para terrenos difíceis e esburacados.- E assim aquele barulhinho gostoso que era o dos metais se modificando, um pequeno rangido, que substitui os pneus anteriores que eram para areia.

Então girei o punho do acelerador avançando floresta adentro, ainda não estava em Urco, por isso tinha de me apressar. Atravessei a floresta adentro em meio às folhagens e raízes, sentia a moto vibrar, muitas vezes saltando entre os barrancos e buracos. Eu poderia escolher uma abordagem diferente, como voo. Mas, se eu tivesse feito isso não teria graça, o gostoso era a sensação de percorrer um terreno difícil como aquele.

Toda a viagem era sensacional para mim, o barulho do motor, aquele vento no rosto que levantava meus cabelos para o ar. Aquela sensação libertadora me dominava. Era como se carregasse minha bateria. Entretanto, após cruzar muitos metros, finalmente avistei Urco. Pude ver as construções orquicas, algo que eu não via, desde meus 15 anos quando deixei Solrune.

Era um ambiente tribal, dava para perceber pelos totens, e até mesmo pelos símbolos rúnicos antigos que estavam desenhados por ali. Uma ideia bastante xamanística, adentrei aquele vilarejo, enquanto parava a moto, tocando em seu painel, fazia ela voltar a forma de uma caixa dourada que eu carregava nas costas, ajustando as alças para que ela ficasse confortável de carregar. Poderia colocar na forma de pingente, mas desejei usar a caixa dourada desta vez, a razão? Despertar a curiosidade e facilitar minha interação, fosse hostil ou positiva.

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Me aproximando do vilarejo me aproximei da figura que estava fazendo a guarnição, um orc vermelho que provavelmente media em torno dos seus dois metros e meio de altura, portando uma lança igualmente enorme. Pela sua musculatura imaginava que ele foi escolhido para função por habilidades combativas, afinal, ele parecia uma muralha de tanquinho.

Olhando para ele dei um sorriso sincero, começando a questionar de forma cordial, queria saber algo, mas nem por isso deveria me apressar com as palavras, não dá pra economizar quando queremos algo da pessoa.-Bom dia. Eu gostaria de saber se você viu minha parceira por aqui, se trata de uma garota de cabelos grisalhos, e com orelhas de felino, também cauda. Seus olhos são vermelhos. Ela está com um cachecol vermelho.-Completei olhando para aquela criatura esperando que talvez fosse obter respostas de forma fácil. Mas era apenas uma esperança vazia de minha parte, que buscava.

Ele não parecia estar incomodado com a minha presença, talvez tivesse sido avisado da chegada de mais pessoas estranhas pela região, de qualquer forma, se ele não soubesse, bem… Eu teria que começar a procurar mais opções pra conseguir informações, então esse era apenas o primeiro passo em uma grande jornada que teria de fazer até a primeira grande missão.

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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar Empty Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar

Mensagem por Calamity Harbinger Qua Ago 21, 2024 2:30 pm

A parte boa de Urco é que maior parte do terreno é descampado, se tornando um lugar fácil de se caminhar e ver o que está além. Muito da geografia do lugar é terra seca por conta das inúmeras batalhas entre tribos ou pequenas rinhas que haviam entre grupos e até clãs, afinal, os orcs gostavam de uma boa batalha e haviam opiniões fortes sobre o envelhecer. Algum dia, perguntaria o que acham dos elfos, não que não soubesse, mas em particular, sua capacidade de avançar na idade sem realmente perder seu prime.

Olhava para cima e via Ban'nin planando nos ventos quentes do ambiente desmatado. Parei um momento e assoviei para ele, que me ignorou de prontidão, então suspirei pela teimosia do pequeno corvídeo coloquei dois dedos na boca e chamei sua atenção uma segunda vez, essa com mais pulmão e menos paciência. Ele parecia desperto agora.

Dando um pequeno giro no céu e descendo em uma rasante pesada, recebê-lo no ombro era como se jogassem um saco de terra que certamente me tirava o equilíbrio e tinha que reforçar a base para aguentá-lo (agradecia por ele ainda abanar suas asas para que eu não tivesse que aguentar um animal que pesava mais que uma vaca me esmagando). Mas a pior parte é que ele gostava de cravar as unhas, então antes que pudesse olhá-lo, agora, mais próximo, ele começava a me bicar, pegando pequenos pedaços de pele para petiscar. Acho que melhor eu do que ele, então mesmo que doesse, deixava que fizesse os seus filetes em minha pele, depois colocaria uma bandagem e minha recuperação faria o resto do trabalho.

- Ban'nin, preciso que você encontre Lyora e a avise de meu paradeiro, pois como essa missão é minha, eu acredito que ela chegará amanhã. Ela é rápida e inteligente, não deve ser um problema assim tão grande, além de que... - Abri os braços para o ambiente descampado. - ...Sou um alvo fácil, qualquer um me verá em quilômetros.

O corvo não era exatamente a ave mais agradável de se ter do lado, ainda mais por não ouvir uma única palavra que era dita, mas ele compreendia ao ver meus lábios, assim como tinha uma boa memória dos membros da Dead Garden, ou pelo menos, dos que faziam parte do meu rank, o que era uma façanha, pois Deadwomen era a coisa que mais tinha, a pirâmide se afinava ao topo e... Um dia, talvez.

Ele bateu asas mais fortemente e usou meu corpo para impulsionar-se para cima (a sensação era como se alguém me usasse de trampolim) e ele saiu dali, não rapidamente como era de se esperar, mas pesado, dando batidas fortes contra o ar e pegando altitude, provavelmente queria vê-la de cima o mais longínquo que conseguisse. Esse trabalho era dele e não iria questionar seus métodos, então simplesmente me detive por um momento com a cabeça erguida, não observando-o mais, mas sim, as estrelas.

As noites em Urco, quando não pintadas de laranja por conta das chamas, os gritos de pilhagens ou mesmo, o som do metal em uma guerra noturna, somadas ao fato de haver espaços vazios entre uma tribo e outra, uma sensação de paz percorria o corpo ao ver aquele mar negro com pequenos pontinhos luminosos, me permiti sorrir por um momento, fechando os olhos e sentindo todo o cansaço que me apossuía.

Infelizmente, tive que abrir os olhos e ficar em alerta, pois o período em que nada via, meu coração disparou e olhei ao redor, procurando algo ou alguém. Achitya? Orcs rondando as terras? Havia algo na noite. Alguma coisa urgente que queria meu corpo, minha carne e meus ossos, em específico. Não via nada e era isso que me deixava mais incomodada. Seriam os fantasmas do meu passado, mais uma vez vindo me perturbar? Começava a perder o fôlego e nunca desejei tanto a presença de Ban'nin por perto. As mãos trêmulas foram fechadas, prontas para o combate, mas nada vinha e ficar parada no meio do nada, como um alvo fácil para arqueiros era como pedir que viessem me pegar sem uma luta.

Então disparei em direção à tribo que a Dead Garden me designou, eu precisava urgentemente chegar lá e estar rodeada de orcs grandes, fortes e psicóticos para me sentir segura, não que eles fossem as criaturas mais educadas com estrangeiros, mas sim, que vendo-os, saberia como dar um bom soco no queixo, mas quando não se vê o inimigo, só me resta pensar que é paranoia ou uma real ameaça, algo indistinguível e que nada me acalmava, pois quando imaginava que era algo da minha cabeça e baixava a guarda, aí sim que me sentia uma ovelha ignorando o fato do lobo estar ali, feliz em saber que desisti.

Corri um bom pedaço do restante da noite. A fome dava sinais, a sede já era uma velha amiga, mas o que mais perturbava era o corpo cansado. Minhas privações de sono e depois, quando finalmente dormia e tinha os pesadelos, era uma loteria saber se poderia descansar em paz ou iria lembrar e ver coisas perturbadores, obviamente, tendo mais chances do pior do que para o melhor, podendo contar nos dedos quantas vezes consegui dormir sem preocupações naquele ano.

Suada, me aproximei dos portões da tribo em passos pesados, diminuindo minha corrida para o andar, simplesmente para que não achassem que estava fazendo um ataque contra suas defesas de ossos e madeira. Prontamente recebi as boas vindas típicas da raça, sempre alerta, tochas foram erguidas para me ver melhor, afinal, o astro rei ainda não dava às caras, mas já se pronunciava no horizonte.

- Quem é você e o que quer aqui? - Sem esperar uma resposta, um dos guardas já vociferava, mas todos ali pareciam os mesmos, sem armadura e com apenas uma arma em mãos, difícil dizer quem era o líder, se é que havia um. - Vá embora, a menos que queira ser morta!

Não iria me intimidar com apenas isso, já havia visto achityas o suficiente para que o mundano já me fosse apenas uma pequena dose de adrenalina. Me aproximei mais da murada, sem dizer coisa alguma, queria que eles vissem o meu broche com o símbolo da Dead Garden.

A parte estranha é que eles não soaram nenhum alarme, já havia um pequeno esquadrão ali, mas não iria julgá-los, eram uma raça guerreira e deveriam estar preparados para um combate em qualquer momento. Outra parte, igualmente estranha, é que os portões foram abertos na medida em que me aproximava e ao meu encontro vinham os orcs, martelos e machados nas mãos, eles não pareciam gostar da arma mais comum de Erwood, que eram espadas, talvez por ter uma lâmina comprida, não dá muita chance ao erro de acertar o cabo e prolongar o combate. Ri por dentro, mas por fora, mantinha a seriedade.

Continuei avançando e eles faziam o mesmo, a diferença é que eles enrijeciam os músculos, respiravam pesado e ficavam mais inquietos na medida em que me aproximava, prontos para me decepar no primeiro movimento brusco.

Simplesmente caminhei até o que fazia a linha de frente e fiquei alguns segundos encarando sua barriga, afinal, todos ali pareciam ter o dobro do meu tamanho. A cabeça baixa era uma técnica usada com animais selvagens, pois não queria olhá-los diretamente nos olhos e demonstrar, erroneamente, que queria invadir e tomar seu território, talvez funcionasse com os orcs. Sentia a respiração pesada e quente batendo contra minhas orelhas, que contra minha vontade, estavam para cima e alerta. O suor escorria da ponta dos fios de cabelo e percebi que pela correria, somada com a presença de tantos orcs prontos para me dilacerar, mesmo que o medo não viesse de imediato, eu temia agora pela minha vida, pois sabia em meu âmago que a missão poderia terminar antes de começar. Meu coração batia tão rapidamente que era sonoro e sufocante, me perguntava se eles também conseguiam ouvir.

Juntei os pulsos em minha frente e me abaixei, colocando um joelho no chão e logo em seguida, outro, sentando sobre meus calcanhares e erguendo as mãos juntas enquanto quase batia a testa no joelho do bruto em minha frente. Os orcs ficaram sem saber o que fazer, mas mesmo que não os olhasse diretamente, percebia que estavam confusos e mais inquietos ainda, discutindo se deveriam esmagar minha cabeça ou me levar de escrava, que era justamente o que parecia que eu estava fazendo, me entregando como oferenda.

Nesses momentos, a gente fantasia com situações fantásticas e milagrosas. Lyora apareceria em seu corcel metálico e me salvaria com um discurso que os deixaria embasbacados e em silêncio. Apatti daria o ar de sua graça e faria chover meteoros que rasgariam o céu com ferocidade, rugindo enquanto caíam e destroçavam aquela vila que eu precisava entrar. A guerra se iniciaria e atrás de mim viriam orcs das redondezas e eu poderia me comunicar com o líder dali. Mas não... A realidade é, por muitas vezes, menos incrível.

Uma única mão era o suficiente para que o orc agarrasse minhas palmas juntas e meus pulsos, pressionando que tanto ele quanto eu sabíamos, que se ele quisesse, ele quebrava ali mesmo, mas que mesmo assim, a força usada para agarrar e erguer meu corpo, me deixando totalmente desarmada e vulnerável, me tirou um gemido de dor que não fiz questão de segurar, me remexendo um pouco pelo desconforto em sentir meus ossos sendo prensados entre si ao ponto da quase quebra.

Me acostumo rápido à dor, então mordi o canto do lábio e mantive a cabeça baixa, os cabelos brancos formando uma barreira a meu olhar, que vezes não podia ser visto mesmo, pois fechava-os em uma reação ao desconforto que sentia nas mãos. Os orcs em silêncio, apenas aproveitando me ver debatendo enquanto soltava um ou outro grito de dor, provocados por mim, em busca de uma posição mais confortável (ou menos dolorosa), ou pelo meu captor, que não apertava mais, mas sim, movia os dedos para que meus músculos estalassem, meu pulso chegasse ao ponto de deslocar-se e retornar ao lugar, dando um choque que me subia o braço. Eles estavam se divertindo com a pequena tortura gratuita e eu só podia permitir que fizessem o que queriam, afinal, era o custo da missão, ou da entrada na vila.

Isso durou meros cinco minutos? Vinte? Uma hora? Sentia já os raios solares queimando minhas costas, que mesmo protegidas pelo manto rasgado, o calor era intenso e me acertava sem chance de me proteger. Eu já estava no meu limite e as lágrimas escorriam pelas bochechas e a cada movimentação da palma do orc me fazia gritar, pois a exaustão cobrava seu preço e estando na mesma posição por tanto tempo, ainda mais suspensa em meu próprio peso me trazia lembranças desagradáveis e a dor prolongada, contínua, eu não estava aguentando e de vez em quando, até desejava um soco no estômago, pelo menos para focar minha mente em alguma outra coisa.

Com o dia amanhecendo, mais orcs vieram ver o motivo dos portões abertos e aquele grupo parado ali e consequentemente, seu líder apareceu, olhando para mim com curiosidade, deixando seu colega continuar a brincar, mas antes de sair, percebeu o símbolo que abotoava meu manto e logo ele dava um soco no que me capturava e caí sentada no chão, erguendo um pouco de poeira. Minhas mãos até metade de meu antebraço estavam roxos, as unhas quebradas e mesmo que eu sentisse, não conseguia mover meus dedos mais que um espasmo. Me inclinei para a frente enquanto recolhia as palmas e abria a boca, sem falar nada, apenas inspirando e chorando de dor, soluçando um pouco e imaginando que Apatti estaria bolando algo para aquela tribo e nada eu poderia fazer para segurar um vulcão que surgiria logo abaixo deles, mas eu precisava deles, ela não poderia aparecer agora, pois sei que ela usava "minha segurança" como desculpa para causar sua destruição.

- Apatti, por favor... Poupe-os... Eu estou a trabalho, eu preciso saber onde está Arundell e ajudar esse povo com o achitya... Eu não preciso da sua bênção agora...! - Eu visualizava a deusa, mas não sabia se era ela realmente ou minha mera imaginação, afinal, nunca falou ou interagiu comigo, mas parecia deixar para outro momento as suas desgraças. Livre da ameaça da deusa (ou assim, me permitia tal ingenuidade), tentei me erguer, mas meu corpo estava extremamente fatigado e não conseguia sair da posição.

Enquanto tudo isso acontecia, os orcs não pareciam ter o mínimo de respeito para com seu líder, pois o que fora soqueado se levantava e ia de encontro com seu líder, empurrando-o, batendo com as palmas contra o forte peito e não que ele fosse fraco, mas o outro era igualmente forte e o fez dar um passo para trás. Tal ato só fez com que recebesse mais um soco no rosto, caindo pesado no chão como um boneco de pano. Ergui o olhar ao ver aquele monstro caindo e o líder era um monstro. Se os outros orcs pareciam ter o dobro da minha altura, esse parecia ter o triplo. As cicatrizes em seu corpo demonstravam que ele era mais velho que os demais e já vira muita guerra, sendo um experiente lutador. Eu não sabia o que fazer, então juntei os pulsos e os ergui mais uma vez, abaixando a cabeça enquanto as lágrimas ainda escorriam e pingavam na terra abaixo.

Ele não era nenhum sádico (naquele momento), mas também não era um nobre delicado. Ele passou a mão pela minha nuca e ombros, me erguendo como se não fosse nada e como um filhote de gato, eu simplesmente parei e aceitei.

- Seus animais nojentos! Ela é da Dead Garden! Veio cuidar de nosso problema para nós! Vocês querem perder mais irmãos e irmãs? Deixe que ela cuide de seus assuntos e vá embora, o que é nosso é nosso! O que é de fora, deixe que eles se resolvam! - Ele me aproximou de seu rosto e ficou quieto, bufando em meu rosto até que eu erguesse o olhar e fitasse o seu, que me sentia estar fazendo contra uma fera e não um animal senciente e inteligente. Tentei juntar algumas palavras, mas ele fora mais rápido, intrusivo e impositivo. - Pare de chorar. Tenho filhos que já perderam a  mão e tudo que quiseram fora sangue de quem as cortou! Enquanto estiver entre nós, seja orc e não essa coisa fofa e frágil. - Levaria o "fofa" como elogio, mesmo sabendo que ele se referia a não ter a musculatura rija como todos ali. Mordi o lábio e tentei parar de chorar, mas aquilo tudo era demais e eu ainda sentia medo, então não consegui, chegando a soltar um leve grito quando me faltou ar ao tentar cessar tudo, mas como tudo era motivo de, o líder me deu um soco no rosto e assim, parei de chorar no que a consciência se esvaiu.

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O orc via Lyora se aproximando mantinha o semblante sério e irritadiço, precisando apenas de um cutucão para que ele gritasse e quebrasse algo. Era abordado com educação e ele ficou quieto como uma estátua, demorando alguns momentos para querer fazer o seu trabalho, olhando para baixo sem mover a cabeça, demonstrando imposição contra a humana.

- Deixa eu verificar... - E assim, nada o fez. Permaneceu parado ali, deixando que Lyora queimasse ao Sol com o peso em suas costas. Não tendo interesse algum de se movimentar pelos próximos quinze minutos, apenas testando a paciência da outra, esperando que ela se irritasse e vendesse uma briga que ele queria comprar ou que fosse embora e o deixasse em paz. Qualquer coisa que ela dissesse, ele iria se manter quieto e só reagiria a incitação de uma briga ou invasão.

Ban'nin surgia dos céus e caía como um pedregulho no chão, olhando para Lyora antes que o orc simplesmente a expulsasse. Ele não conseguia falar, mas ele fazia sinais com as asas, parecendo que estava alisando algo em direção da aldeia. Também não era de seu conhecimento se a mulher sabia código morse, então com suas pesadas patas, ele escreveu "はるか" e se ainda assim ela não entendesse, ele desenharia um gato da maneira que os corvos viam, ou de pelo menos, como ele enxergava sua companheira: fazendo as orelhas de gato sobre o símbolo da Dead Garden e algo que parecia um simples risco, mas que deveria ser a cauda dela.

- O que essa coisa tá fazendo? Isso é magia? - O orc parecia tensionar com a lança em mãos, mas o corvo, obviamente não ouviu, muito focado em o que estava fazendo.

- O que está acontecendo aqui? - Um outro, esse verde e menor que o outro (mas ainda assim, parecendo imenso), carregando um machado de um metro e meio nos ombros veio averiguar o que o colega estava fazendo e a vontade era tamanha de ficar de guarda que ele nem se deu ao trabalho de responder, simplesmente chutando areia pra cima dos desenhos de Ban'nin, que recebeu tudo em suas grossas penas, olhando para o orc como se quisesse aquele olho para si. O outro orc estranhou o que o outro estava tentando esconder.

- Garotinha, você é Lo'rá? Seus cabelos são mesmo como o fogo e seu olhar... - Ele olhava para cima, mas colocava a mão livre sobre a testa, criando sombra e tentando ver o Sol em si. - Har-U Ka está esperando-a. - Ele se aproximava e levava a mão até Lyora para pegá-la pelo pescoço e colocá-la para dentro da vila, ato totalmente intrusivo, mas normal para eles, demonstrando dominância.

A vila, em seu interior, não era diferente de qualquer outra. Arquitetura básica de pedras e ossos, muitos crânios e armas quebradas ou inutilizadas pelo tempo e desgaste, descartadas e fincadas como uma lápide para sua utilidade. O chão era arenoso e fácil de se criar uma cortina de poeira se houvesse correria. Havia num canto da vila, um tambor enorme e descoberto, sendo apenas sua casca, ali ficava um suprimento de água que os orcs vinham, enchiam a mão, bebiam e iam embora, sendo um corpo aquático fedorento e que ficava sem proteção alguma, aquecida quanto mais o tempo passava. O pacote em suas costas chamava muito a atenção dos orcs, que paravam tudo que faziam (seja treinamento quanto trabalho) para se aproximar de Lyora, mas agiam como quem não estavam interessados em falar com ela, ou, os mais ousados e curiosos, não tinham vergonha alguma em mostrar que estavam atraídos pelo item. Um deles se aproximou e sem permissão, agarrou a caixa, pronto para tomar para si de Lyora, mas o guia se virou e os dedos estalaram no cabo do machado e parecia que a briga era mais atrativa que qualquer mochila metálica.

- Você encontrará Har-U dentro daquela casa. - Ele apontava para uma que não se destacava de nenhuma outra além da forja apagada que tinha em sua frente, tendo um grande amolador em sua frente com uma pilha de machados jogados ao lado (que eram alguns feitos de metal, mas a maioria era osso afiado). Ban'nin estava a acompanhando, mas não viu o que o orc estava falando pela diferença de tamanho, então ele olhou para Lyora confuso, movendo a cabeça para os lados. O orc verde então se desvencilhava da companhia da mulher e fazia um movimento brusco com seu machado, girando-o e erguendo poeira, mas o orc que tentou agarrar a caixa não se intimidou e deu um soco em sua barriga e outro em seu rosto, mostrando que a arma era só peso inútil e intimidação. Agora faltava pegar o seu prêmio, barrando o avanço de Lyora ao agarrar sua caixa e puxar para si.

O interior da casa tinha uma cortina pequenos pedacinhos de dentes e vértebras, a gata estava sentada com os cotovelos em uma mesa de madeira com uma vela ao lado, concentrada lendo um pequeno livro de couro enquanto pressionava os olhos com as mãos enfaixadas. Haviam muitos papéis e mapas espalhados e ao ouvir o alvoroço na rua, suas orelhas se ergueram, mas sua concentração estava realmente na leitura, averiguando o que lia com os mapas, colocando pedrinhas sobre pontos e tentando decifrar o que estava ali. Em sua frente, havia um verdadeiro banquete, mas nada muito elaborado, apenas aves, porcos e cachorros assados, mas a felina estava mais interessada era numa bandeja de frutas que tinha ali por perto, faria menos sujeira e não precisava ficar cortando, poderia mastigar sobre os papéis sem grandes riscos de deixar algo cair em uma informação crucial. Havia um copo de leite pela metade ao seu lado esquerdo e do direito, uma maçã verde com três marcas de mordida.

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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar Empty Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar

Mensagem por Amauta Qua Ago 21, 2024 11:25 pm



FANTASMA
Falas de Taliesin Arundell: Verde
Falas de Noneco Poneco, o Magnífico:  Azul
Falas de Yahya Aruhade:  Roxo
Falas de Bahram Aruhade:  Marrom



Os olhos de cores esquisitas de Taliesin estavam fixos no meio-orc pendurado de ponta cabeça por uma corda que o pendia por um galho forte duma das árvores robustas das matas dos ermos. Cutucou com o próprio sabre embainhado, fazendo o sujeito pender dum lado para o outro. Era uma cena estranha no meio da mata. O cara soltando palavrões enquanto o jovem mais novo, filho de Bahram, de nome Yahya, um jovem humano sentado ao fundo, descascava uma maçã que havia pego no acampamento em total tranquilidade. O pai, o alto e parrudo marinheiro Bahram tinha terminado de acender o fumo que ele mesmo havia enrolado como um charuto também sentado, e o gnomo bigodudo de nome Noneco desfrutava de um chá de contato com sua paz interior.

– Desembucha, mané, onde tá teu chefe e o contratante. – Taliesin esboçava um sorriso de canto, tranquilo como de costume, encarando a situação, brincando com aquilo como se estivesse entediado balançando o saco de pancada da Companhia. Noneco por sua vez balançava a cabeça, murmurando que aquilo não daria em nada. – Ele quer que eu apele. – Apontou pro capanga dos bandeirantes escravistas vindo de Satar ali pendurado, mostrando-se levemente indignado para os amigos.

– Ele é inculto e sabe o destino que o aguarda. Sendo das nossas mãos ou do chefe dele. Ou talvez de qualquer batedor orc da região. Não é do tipo que tenha a perder nem que você enfie um espeto no cu dele! – Respondeu Noneco. Yahya sorriu de canto, achando graça.

– O certo seria encontrarmos algum posto de patrulha de aventureiros ou tentarmos a sorte com... Orcs? Isso não parece o que havia marcado no mapa como tribos hostis. – Comentou o velho Bahram em meio a fumaça, soltando uma leve tosse em seguida. – Fumo ruim! Puta merda, onde vocês pegam isso? É bosta de camelo ou de verme ou vocês fumaram o resto do defunto do teu terceiro chefe?!

Taliesin suspirou, virou-se e deu um empurrão de leve com o pé fazendo mais xingos serem escutados. Gesticulou para Bahram não se levantar.

– Foco, ahem. Lembrem-se, o menos hostil significa que com alguma cautela, eles aceitar interagir amigavelmente, da maneira deles. – Noneco deu os ombros. – Você sabe que orcs sabem ser persuasivos com esse tipo de gente... e não adianta nossos métodos.

– Certo. Simplesmente podemos meter o doido, afinal, caçamos indivíduos que capturam escravos na região atacando pequenos assentamentos de orcs não centralizados para vender para... elfos, correto? – Taliesin parou o homem balançando com o pé. Noneco assentiu com a cabeça confirmando as informações que ele havia passado ao grupo lendo os documentos do acampamento ali. Ao ouvir isso o meio-orc xingava que não iriam vende-lo para a morte, parecia temer encontrar uma tribo orc, mesmo sendo um meio orc. – Ah, vou sim e vou me deliciar ouvindo você se fodendo enquanto eu como um javali assado me fungando no tanquinho duma orquisa. – Sorriu maldoso, mas estranhamente sereno. – Aliás, seu merda, já ouviu falar de carne de sol, aquela que deixam maturar bonitinho no sol, conservada no sal no árido... recebendo um belo chupão do amor de Hélia? Cê vai virar um belo presuntão se não abrir a boca. – Voltou a balançar com o pé antes de sair.

– Então... Orcs, camaradas? – Bahram jogou o fumo no chão e pisou. Fez um gesto para Yahya pegar o próprio arco, flechas e mochila.

– É, orcs. E temos outra escolha? – Suspirou Taliesin.




Tempos depois o grupo estava já a mostra, fora da mata, carregando suas coisas e empurrando o prisioneiro. Avistavam uma vila no Ermo. Bahram e Noneco comentavam que pelas marcações do mapa das viagens do Famigerado Viajante, um clássico no Império, esse território era de clãs independentes. Ou seja, continuava nos Ermos.

Pararam a frente de Orcs maiores que Bahram, o maior do grupo, não pareciam nada felizes. Algo como “Porra, é o dia inteiro tendo visita? Isso aqui virou a casa do Gramash Vaqueiro onde esses pentelhos passam a noite comendo mingau aguado?” Uns pareciam ainda mais intrigados de longe com o tamanho diminuto de Noneco, o Magnífico que em resposta fez um joinha, deu uma piscadinha e sorriu. Yahya suspirou sem jeito com a situação.

– Joga o comédia pra frente, Arundell. Vamos deixar isso claro. – Dizia Bahram já com outro charuto na boca, envolto de fumaça. Taliesin concordou com a cabeça, de leve e empurrou o meio-orc pra frente.

– Você sabe alguma saudação órquica? Você é o mais vivido, meu velho. – Perguntou Taliesin à Bahram que em aparência, por ser humano, era o "mais velho do grupo", meio em tom baixo escondendo o movimento da boca com a mão.

– Só porque eu fui marinheiro e sou velho! Pelo colo quente de Helia, tá de sacanagem, Arundell! – Bahram levantou as sobrancelhas e olhou para Noneco, como se clamasse por uma intervenção.

– Pô, guerreiros sabem que capturamos um dos caras que tão passando fogo em vilas atrás de cativos órquicos, cacete. – Respondeu Noneco, Taliesin colocou a mão sob a testa, mas logo deu uma leve reverência para uma jovem orquisa que andava perto dos muros, não mudava nunca.

– E essa é a famigerada Companhia Velada garimpada pelo Grão Vizir... – Murmurou Yahya, sem jeito. O jovem era o único de fora da tal Companhia que estava ajudando o pai por provação própria invés de ficar dando rolê de barqueta na costa de Siraf.

– Olá! Estamos caçando os escravizadores de orcs na região, esse aqui é um deles, procuramos abrigo na nossa caçada contra esses nojentos que metem orcs nas gaiolas dos orelhas de faca de Eldacar, homens que desgraçam o solo e os ancestrais. – Improvisou Taliesin, empurrando o meio-orc para o chão e bateu o punho cerrado no próprio peito, mostrando vigor. Noneco levantou as sobrancelhas notando claramente o amigo usando a mesma saudação que usava para os camaradas da tribo do deserto durante o Grande Rally das Dunas. Isso era... ousado. Só faltava ele soltar o cântico dos guerreiros das dunas, mas não o fez, pelo menos.




Dados Gerais:



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Mensagem por LyoraStardust Qui Ago 22, 2024 5:45 pm

Wild Girl



Diante da situação o sol aparentemente tinha aberto acima de minha cabeça, as nuvens deviam ter se dispersado enquanto ainda estava na floresta. É o que acontece nessas regiões tropicais, de nublado a ensolarado em poucos minutos. Mas isso era um bom sinal, o sol me fazia sentir viva, abri os braços conforme via o sol, fechando os olhos e erguendo a cabeça sentia os raios solares sobre meu corpo, enquanto novamente me aproximei da criatura órquica.

Ele não queria cooperar então disse.-Escuta, eu não quero entrar forçadamente aqui, mas se você não abrir essa porta é isso que vai acontecer, e não vai ter muito que você possa fazer.-Disse com seriedade, com um olhar muito mais sério que da outra vez, ainda estava calma, mas comecei a perder a paciência com essas pessoas, não dava para confiar na palavra dele, e isso me dava uma impressão bastante negativa dessa tribo à primeira vista.

Mas minha paciência foi embora quando vi o corvo, me fora dito que o companheiro dela era exatamente uma ave como aquela, ele no entanto não falava, mas os seus gestos demonstraram que ele sabia de algo, não sou uma leitora tão boa de sinais, mas certamente ele estava com Haruka em algum lugar por aqui. Eu estava pronta pra forçar a minha entrada, acendendo meu punho com chamas, me preparei para realizar um Ougi.

Não foi necessário, antes que meu ataque acontecesse outra figura apareceu. Esse parecia mais esperto, no mínimo mais cordial ele era.-Isso mesmo, Lyora Stardust, ex-princesa de Solrune. Pode me levar a Har-U-Ka por favor.-Disse sorrindo, agora minha irritação tinha ido embora, afinal eu estava finalmente progredindo e conseguindo aquilo que eu queria. Ainda não gosto da demora mas… Bem, não precisar entrar em combate já ajudava.

Lá dentro parecia o meu primeiro dia no campo de treino dos cavaleiros, todo mundo parando pra me olhar, apesar que acho que as razões são diferentes, creio que a caixa que é a protagonista aqui. E não demorou muito pra que isso fosse confirmado, quando um deles tentou pegar a caixa, sendo repreendido pelo homem mais esperto.-Essa caixa não ia servir de nada pra você garoto. Mesmo que a tivesse em mãos ela sempre retorna pra mim.-Disse caminhando cada vez mais profundamente na tribo até, bem finalmente chegarmos a tenda.

Foi uma viagem muito longa, de Skraev a Greenleaf para poder começar essa missão e finalmente estava diante de mim. Mas aquela criatura verde agarrou a caixa me impedindo de avançar, então apenas dei o comando.-Eagle, modo de assalto, entre em estado de alerta, esquenta.-E a caixa se desdobrou ficando com formato de motor com varios canhões de mão em sua composição, enquanto deslizei me virando, forçando ele a soltar com a mudança brusca de tamanho e formato, além de o metal ficar mais liso, deixei os canhões em minhas mãos, mas apenas para que eles repousassem.

Então olhando para a criatura curiosa, falei com ele mais uma vez.-Escute com calma rapaz orc. Eu tenho coisas a resolver nessa tenda, não tenho tempo para brincadeiras, eu fui ensinada a preservar a vida, mas também a expurgar aqueles que agirem contra ela. E não vou deixar que isso continue, tenho coisas mais importantes a fazer. Se quiser duelar, me solicite um duelo apropriado em outro momento.- Eu não contava com a inteligência dele para entender as minhas exigências, mas talvez a transformação da caixa pareceu fazer ele ficar um pouco apreensivo. E com isso me virei, mas ainda de olho nele enquanto entrei na tenda.

Não quis também me intrometer no que ocorreu com o outro orc pois, se eu o fizesse poderia ferir o orgulho dele, curar alguém que não deseja tal coisa para guerreiros como eles poderia ser ofensivo, dito isso, se ele me procurasse aí sim eu agiria para com cuidados com tal. Já lá dentro finalmente pude ver a figura que me fizera cruzar o oceano. Eu adentrei fervorosamente, com passos velozes, fechando a porta atrás de mim e finalmente cruzando meus olhos com a figura felina.

Em um primeiro olhar, o que mais dizer? Ela era bonita. Inegavelmente bonita, ela tinha traços selvagens, charmosos, curvas bem desenhadas, esculpida como uma bela obra de arte em mármore, mas carambolas, ela realmente era como as estátuas seminuas. O que me desconcentrou na hora de cumprimentar ela, os pensamentos intrusivos venceram.-Bom dia senhorita seminua. Eim? Digo… Senhorita Haruka… Ah, desculpe foi indelicado.-Disse levemente envergonhada e virando o rosto momentaneamente antes de olhar pra ela de novo.

Mas logo retomei minha fala, me concentrando melhor, agora com o foco inabalável, percebi os detalhes que me faltavam, ela tinha roupa surradas, um cachecol rasgado, que se eu não o consertasse não deverá durar muito, mas o que me preocupava eram os braços enfaixados. As roupas e cachecol não creio que seja algo novo, pela coloração, eu imagino que estão com ela a anos, então não creio que sejam marcas de uma batalha recente, já os ferimentos é uma coisa diferente.

Isso me fazia questionar se… Eu não deveria ter reduzido esse vilarejo a cinzas, será que ela tinha sido atacada? De qualquer forma. Esses pensamentos foram coisas rapidas, que se passaram na minha mente em segundos, enquanto meus olhos transitavam entre os muitos detalhes que deixei passar em uma primeira visão, por conta da… Das curvas…

Com isso logo segui meu raciocinio.-Me chamo Lyora Stardust, sou Ex-princesa de Sorune, e também Ex-Cavaleira de Rank Amentista da Ordem dos Cavaleiros do Sol. Eu estou aqui para lhe acompanhar na busca pelo provável Achitya que devemos reunir informações, fui enviada para urco por conta de muitas atividades estranhas recentes, e acho que eles não tinham outras pessoas que pudessem chegar aqui com a velocidade que eu posso.-Agora sim, me apresentei devidamente. Talvez eu deva parar de fazer apresentações tão longas, e usar só meu nome, afinal “Ex alguma coisa” não deve querer dizer muito mais.

Ainda mais estou enferrujada, estava congelada no tempo, literalmente, e não luto a séculos, literalmente também. Mas ainda tinha mais algo importante para resolver uma cura para a garota enfaixada provavelmente seria propriado.-Me desculpe também a intromissão, se isso for parte de seu estilo, mas você está ferida? Se não for algo que faz parte de seu treinamento, ou de suas habilidades, eu gostaria de tratar de seus ferimentos, não sei quantos Achityas enfrentou mas eu estive em combate com eles antes e são criaturas terríveis seria sábio estarmos em nosso melhor.-Me ofereci para lhe dar tratamento e assim, era algo que porventura facilitaria tudo para nós. Era algo que a meu ver, poderia colocar a situação nivelada finalmentel.

~~

Do lado de fora, outra coisa estava acontecendo, um homem estava agora frente a frente com o Orc vermelho com a lança na mão. Sim, aquele mesmo, o que estava procurando uma confusão outrora. Ele então enfiou o dedo no nariz escutando o que o rapaz tinha a dizer, e a resposta dele foi um tanto similar ao que aconteceu comigo quando tentei fazer alguma coisa ali.-Sei… Entendi, eu vou ver o que posso fazer.-E ficou parado ali mesmo, enquanto o sol ficava sob a cabeça dos três por diversos minutos nada acontecia ali, ele parecia querer comprar briga, e arrumar confusão, mais uma vez.

Entretanto, após algum tempo, outros Orcs vinham à porta, e abriram o portão para ele entrar.-Então vocês são os que estão caçando escravistas? Venham, mas saiba que não tem uma garantia de segurança. Estão por sua conta, no máximo ofereço tenda.-Disse ele ainda mal encarado, mas parecia simpatizar com ele. Tratava-se de um Orc de pele roxa, caolho, com uma barba longa e grisalha, mas sem cabelos no topo da cabeça, a calvice havia levado isso dele, o que o tornava perigoso, depois de perder o cabelo ele não tinha muito mais o que perder.

De qualquer forma, se escolhessem adentrar, veriam orcs treinando, outros comendo e festejando, alguns consertando cabanas, outros afiando suas armas, o barulho de metal era forte ali dentro, um tilintar que certamente martelaria os ouvidos deles por algum tempo. Outro que poderia chamar atenção, no entanto, era um que estava perto da tenda da forja, ele parecia estar tramando alguma coisa de cócoras, olhando para um lugar apoiando as mãos sobre um machado ele estava observando.

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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar Empty Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar

Mensagem por Calamity Harbinger Sex Ago 23, 2024 2:49 am

Os gritos e tumultos da rua já me eram familiares, por isso, não iria parar minha vida por cada turbulência que os orcs encontravam para sanar seu desejo pelo conflito, mas passos rápidos seguidos pela porta da cabana sendo fechada atrás de si, isso com certeza merecia minha atenção. Baixei o livro e olhei de forma afiada para quem chegava, os olhos vermelhos afinando a pupila enquanto me preparava para me defender, mas tão logo vi a imagem de uma mulher, me senti desarmada e antes que notasse, relaxei, jogando-me para trás na cadeira e colocando as mãos nas laterais da cadeira, juntando os ombros enquanto ambas se analisavam.

- "Senhorita"...? - A mulher em minha frente me chamava assim e sua presença era, no mínimo, diferente. Ela seria uma humana normal ou uma semideusa? Seus cabelos de fogo, seu olhar que trazia consigo o próprio astro rei, seus lábios... Hipnotizantes. Ela pedia desculpas ao me chamar de "seminua", corrigindo-se abertamente diante de uma estranha e sendo deveras educada. Seria uma nobre? Eu não tinha títulos ou qualquer coisa, então cruzei as pernas e juntei as palmas sobre as coxas, virando meu corpo para observá-la.

Essa mulher não era comum, de forma alguma. Não conseguia desviar o olhar do dela, pois mesmo que nunca houvera sido uma pessoa vaidosa, agraciava-se com os rubis talhados que eram aqueles olhos. Cada piscada era uma pausa dramática que me tirava o fôlego e me questionava se os veria novamente ou eram apenas efeitos da falta de iluminação do ambiente, que se dava pela silhueta da vela que dançava sobre a mesa.

Só consegui me ver livre de seu olhar quando as palavras saíam de sua boca, pois não era melodiosa ou trabalhada como a de um bardo, mas eram... Na verdade, não sabia dizer, apenas que fora cativada e gostava de ver como os lábios se moviam para formar as palavras. O som de sua voz era bruto como um tambor, mas imponente como de uma rainha, polido, não pode-se dizer que era educada, mas que me prendia. Tentei erguer a mão e parar suas palavras, porém preferi recuar em meio ar e sorrir acolhedoramente, deixar que concluísse sua apresentação. Eu não era merecedora de toda aquela explicação, ela não tinha de reportar para mim, eu, certamente era menos que ela.

- Seja bem-vinda, vossa graça. - Dizia docemente, mesmo que fosse uma brincadeira. O calor que era em Urco, somado com a cabana fechada me fazia suar um pouco, mas ainda bem que sou uma "senhorita seminua", então apenas deixava as gotas escorrer pelo ventre, gostando das cócegas. - Terei que ser sincera com você... - Me levantava, colocando a palma sobre a mesa e a outra, nas costas da cadeira, indo até ela e mostrando que não vestia as botas, pés descalços naquele terreno arenoso, mas igualmente enfaixadas, somados com a minha natureza felina, eram passos ritmados e silenciosos, só provando que eu estava ali por ela me ver. Me aproximava dela, temendo inconscientemente que minhas "asas de cera" derretessem diante da princesa. Eu precisava de reforços, sim, mas não de alguém tão importante. Ela era uma Deadwoman como eu? Enfim, parei em sua frente e vira que havia uma diferença significativa em nossos tamanho, eu precisava erguer o queixo para olhá-la, mas evitaria o máximo que pudesse, afinal, não a conhecia e assim como tratava os orcs com respeito a um predador de não querer me impor, preferi simplesmente erguer o olhar até ela, mas não mirando os captores de estrelas e sim, seus lábios. Coloquei as mãos nas cinturas, e dei um sorriso amigável. - Você fala demais. Eu sou Haruka Futaba, e quem solicitou ajuda. - Olhava para os canhões que ela carregava e ergui a mão, pronta para tocar, mas como uma gata, recuei e ameacei tocar de novo, mudando de ideia rapidamente, mas me restringindo ao que parecia algo assustador e ameaçador. Ouvi o que ela diria em seguida.

Ela notou. Então as estrelas lhe permitiam uma visão apurada. Sorri maliciosamente, como se estivesse pronta a fazer alguma marotagem, mas apenas virei o corpo, batendo com a cauda em sua barriga sem querer e indo até a mesa, não me sentando na cadeira e sim, debruçando sobre o mapa, inicialmente com as palmas sobre o papel, mas logo em seguida, batendo com os cotovelos enquanto deixava as pernas totalmente estendidas e a cauda branca balançando como um pêndulo para os lados. Minhas mãos estavam próxima de meu rosto e olhei como se fosse a primeira vez, mas logo fechando os olhos e meio sem jeito de recusar o pedido de uma futura rainha, falei fracamente enquanto o calor começava a me afetar mais e mais.

- Eu... Eu estou sempre machucada. Isso é normal. Sou uma artista marcial, meus punhos estão machucadas e cá entre nós, Ban'nin tem uma mania nojenta de esfolar a pele... Deixo que ele o faça em mim. Ban'nin é meu corvo, desculpe. - Começava a falar mais rápido, a respiração ofegante no que eu começava a sufocar naquela tenda fechada com uma vela ao meu lado. Preferi mudar de assunto, pois não queria que ela imaginasse o sofrimento que fora meu pagamento para adentrar nessa vila. Abri a boca, mas preferi fechá-la, colocando apenas a ponta da língua para fora, minimamente, lambendo logo em seguida de um extremo a outro dos lábios, sem pressa (uma pequena vingança por cada piscada que ela dava e me privava daquele olhar único), buscando umedecê-los para continuar a falar. - Enfrentar achitya é algo difícil de dizer, pois não estou autorizada a ir em combate direto, mas já vi alguns e caí em mais boatos e rumores do que você possa imaginar.

- Aliás... Sente-se, coma algo, só não posso oferecer algo para beber, pois só tem aquele lodo que os orcs babam o dia inteiro... Estou no meio de um trabalho aqui, quebrando minha cabeça em entender o que esses bárbaros fazem. - A voz agora perdia o mel e tornava-se mais preocupada, ainda com os cotovelos sobre o mapa, trocava o peso do corpo de uma perna para o outro e mantinha a cauda seguindo o ritmo da chama da vela em balançar-se com leveza. Olhei para os papéis ao redor enquanto respirava pesado. - Eles não fazem relatórios de combate, de suas guerras... Eles apenas lutam. Mas em seus poucos momentos de estratégia, eles marcam um ponto importante, ou que deve ser atacado, ou sei lá. - Abaixava a mão esquerda e empurrava um papel amarelado para ela, que tinha um desenho semelhante ao do mapa, mas com algumas inscrições e desenhos a mais. - Aqui é onde fica uma outra tribo, consegui traduzir isso. São aliados e rivais... Eles se juntam para derrubar inimigos maiores, mas também disputam o território em que estamos, seja por caça, pesca ou até mesmo, por combates que acontecem aqui. Aqui... - Me levantei e busquei no livro de couro, folheando rapidamente, mas não achando o que queria, então o larguei onde antes estava e peguei alguns papéis que estavam soltos por ali, nada, fiz uma careta e por medo de alguém ter roubado enquanto estava concentrada, olhei para a porta, mas era apenas minha paranoia. Folheei novamente os papéis e peguei o livro e o balancei, esperando que caísse alguma coisa, mas nada. Fiquei tensa e mais confusa. Logo tive uma ideia me abaixei, mas não como uma pessoa normal o faria, e sim como uma gata, ficando de quatro e balançando a cauda mais rapidamente, me tornando predatória com o papel que estava abaixo da cadeira, achando minha presa e a pegando em um pulo de milímetros, apenas um bote. Levantei e o coloquei sobrepondo o mapa e mostrando um ponto um pouco mais ao sul, mas não batendo corretamente, me obrigando a rever o duas vezes até acertar o ponto. - Aqui. Aqui é onde o suposto achitya trouxe problemas para os orcs. Eles não conseguiram combater, sua capacidade gravitacional é de repelir, então flechas não o afetam. - Me joguei na cadeira, derrotada pelo calor, arfando enquanto fechava os olhos por um momento. - Olha, eu já lutei contra muitas coisas que pareciam, mas não eram. Um mago de vento? Um draconídeo que tem escamas duras? Muita coisa pode se tornar imune a flechas, mas a curiosidade é: o que dá problema, não para um, mas vários orcs?

Abria os olhos por um momento, apenas vendo se Lyora ainda estava ali e tentava vê-la, me envergonhando de minha postura e logo saltando da cadeira e indo na ponta dos pés até a porta e a abrindo, deixando uma brisa morna entrar. Sorri, aliviada, balançando um pouco a cabeça para tirar o suor que deixava meu cabelo úmido. Retornei e peguei a minha maçã, mordendo-a e a segurando com os dentes, me ajoelhei e coloquei minhas botas, olhei para trás e dei uma risadinha fraca e sem jeito enquanto me direcionava para a porta, parando e segurando o fruto sem realmente ter retirado um pedaço (quão indelicado isso seria com a realeza?).

- Acho que também falo demais, não é, princesa? - Fechei os olhos e sorri da boba que eu era. - Mas eu precisava deixá-la a par desse inferno que são os arquivos orcs e nossa missão. Aliás, gostaria de pedir desculpas por ter vindo até aqui, pois acho que teremos que ir para aquela outra vila que te mostrei... Irei pedir ao líder para levar o mapa, não se incomode, fique comendo e descansando, sairemos em breve.

De certa forma, animada por ter uma companheira de viagem que pudesse espantar meus fantasmas e pensamentos paranoicos, que me contasse de suas aventuras e conhecimentos, resolvi sair dali rapidamente, mas não dei dois passos e além dos orcs brigando, vi um grupo de viajantes e dentre eles, um gnomo que me lembrou de meu pai. Parei por um momento e havia algo que não havia contado para ela. Parte de minha vinda a Urco fora para encontrar uma raposa, em teoria, o último membro de sua tripulação. Não poderia simplesmente abordar cada um da raça e questionar se conheciam meu genitor, mas seus companheiros, pareciam tão familiares, ou pelo menos, quais as chances de encontrar algo além de orcs quando se procura uma pessoa que pode estar nessas terras? Me detive por um momento, ao invés de procurar o líder, fui caminhando na direção deles, correndo logo em seguida, movendo todo o corpo em passos largos, encurtando a distância o máximo que podia, ansiosa em tirar suas dúvidas.

Não era uma boa ideia correr próxima a orcs brigando, pois movimentos abruptos contra guerreiros praticando sua arte, era um alerta para seus reflexos, então antes que pudesse reagir, um porrete a acertava me acertava no rosto e comprometeu meu avanço. Caí para trás com o nariz sangrando, franzindo a testa enquanto levava a mão até o líquido carmesim, estancando rapidamente com a quantia exagerada de bandagens que carregava, me levantando meio zonza e vendo a maçã que fora explodida em meu rosto, destroçada na areia, uma pena. Assim que consegui firmar o pé no chão, segui correndo até o grupo.

Me espremi entre o orc vermelho e o roxo, tentando fazer minha presença notada pelo grupo, o que eles possivelmente veriam algum movimento de pelagem branca entre os brutamontes, mas eles realmente eram como paredes, totalmente imóveis, então procurei outra rota, não podia deixar que eles fossem enxotados dali. Tentei ir para um lado, mas me vi bloqueada por um grande braço vermelho, corri para o outro lado e havia uma brecha, onde consegui estufar o peito e prender a respiração (não que fosse necessária) e passa pela lateral do púrpura, quase saltando sobre os homens.

Olhei-os e fiquei com o rosto um pouco vermelho, afinal, o que uma criatura não grande e ameaçadora queria com tanta urgência. Poderia ser vista como uma inimiga, mas eu precisava falar com o gnomo, nem que fosse.

O humano mais velho parecia que partilhava alguma descendência órquica, pois também tinha sua dose de testosterona elevada, agora, o mais novo, só era intimidador pela sua beleza. O calor parecia não afetá-lo, seu jeito descontraído era quase provocativo, então o ignoraria por hora.

- Hmm... Olá, me desculpe a aparição surpresa, eu... Eu preciso tirar uma dúvida com você. - Não queria parecer desrespeitosa, então me abaixei, abraçando meu estômago e colocando os joelhos contra o chão para ficar o máximo mais próximo de encarar o gnomo. O movimento fazia meus cabelos irem para a frente e recuarem contra meu rosto, onde usei uma mão para retirar as mexas com um dedo, empurrando para trás da orelha, mesmo que ainda ficasse uns invasores no canto da boca. Fui começar a falar, mas senti um comichão e fiz uma pequena careta, balançando a cabeça enquanto a abaixava, envergonhada de ainda ter fios ali, usando ambas as mãos para limpar o rosto, empurrando a franja para o lado e em um movimento sincronizado, empurrava qualquer cabelo que ainda existisse para trás das orelhas, mas não parava aí, mantinha segurando, mostrando a face um pouco envergonhada e sorridente, mas tímida pela abordagem abrupta dos desconhecidos, olhando o gnomo nos olhos, para o chão e voltando para ele, detalhando seu bigode com o olhar. - Eu estou a procura de um homem...Uma raposa... Você conheceria "Taliesin Arundell"? Eu... O procuro há anos. - Aquela posição era meio incômoda, então sentava sobre os calcanhares e deixava a coluna ereta, retirava uma das mãos e permitia que o branco invadisse sua visão lateral, oferecendo logo em seguida a palma enfaixada para o menor daquela trupe de viajantes, mas não havia nada ali, como uma moeda ou coisa assim, então fechou o punho e levou ao peito. - Eu preciso dele. - Precisava avisá-lo do grupo de mercenários que procuravam vingança, temia por sua segurança e também, encontrá-lo daria um fim para sua epopeia de anos, mas falando daquele jeito, aquela escolha dúbia de palavras a deixava um pouco mais vermelha e a mão que antes estava no peito, agora subia até a boca e a escondia com três dedos, negando que falasse mais besteiras, assim como não mais conseguia encará-lo, voltando a visão para o lado enquanto esperava uma resposta do gnomo ou de seu grupo.

Um orc maior que todos os outros, retornava para sua cabana agarrando diversos javalis pela cauda, vendo que havia uma intrusa em sua casa e um de seus subalternos nas proximidades, possivelmente tentando ouvir algo que era dito e com isso, ele jogou os suínos no intrometido, fazendo-o cair para trás. Mas não houve tempo para protestos, pois o monstro adentrava em sua própria moradia e de maneira brusca, os músculos saltados para parecer maior (do que já era), anunciava em meio à rosnados.

- Quem é você?! Quem a permitiu em meus aposentos?! - Ele era tão assertivo no que dizia e fazia que pouco se importava que era onde morava, ele queria era causar medo na clériga de Helia e com isso, ele parcialmente destruía a porta, deixando-a suspensa do lado de fora, arrebentada; A cortina de ossos e dentes agora ia ao chão, fazendo bastante barulho para parecer ameaçador.

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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar Empty Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar

Mensagem por Amauta Sex Ago 23, 2024 4:38 am



FANTASMA
Falas de Taliesin Arundell: Verde
Falas de Noneco Poneco, o Magnífico:  Azul
Falas de Yahya Aruhade:  Roxo
Falas de Bahram Aruhade:  Marrom



Havia demorado um tanto para serem colocados pra dentro por um orc com o telhado bem castigado pelo tempo. Após darem de cara com uma figura bem mais hostil, parecia até mais “acessível” que os demais. Mesmo assim podiam notar uma apreensão naquele lugar, que não parecia uma vila órquica padrão para os relatos de viagens e gravuras do clássico na Biblioteca da Capital. Parecia um acampamento de guerreiros, isso não era associado a tal clã centralizado próximo dali qual ele esqueceu o nome naquele momento? Yahya por outro lado, sinalizava para ficarem de olhos bem abertos, utilizando uma gesticulada e uma expressão discreta, rápida.

Não era infundada a preocupação do mais jovem do grupo, o olhar despreocupado de Taliesin notava os orcs que não largavam suas armas pesadas, afiando-as, descansando ou treinando e retribuíam seu rápido olhar com caras fechadas.

– Estavam comentando que havia mais forasteiros visitando o território de vocês, é? – Taliesin tentou puxar assunto interessado em tal questão, porque né, podiam ser os amigos do canalha escravista que, em seguida resmungou, sendo respondido por Arundell com uma pontada do cabo de seu sabre na coluna do mesmo.

Algo lhe dizia que não deram lá muita sorte em contar com os orcs para algo. Se saíssem dali intactos, já era lucro. Então era sábio ficar na cola do velho destelhado e de pele roxa. Caminharam sob o olhar quente de Hélia, como diriam em sua terra natal, por alguns minutos, chegando numa zona mais concentrada entre as cabanas aparentemente improvisadas.

– Oi... sim, que? Perdão? – Ouviu a voz de Noneco sair de forma estranha parecendo que havia sido abordado por algo de fora. Não deu atenção no primeiro instante, mas notado que haviam parado num instante com o caminho obstruído por alguns orcs treinando. O gnomo franziu o cenho, subiu uma sobrancelha, ao mesmo tempo que Yahya encarava a figura que interagia com o gnomo. Diante do gestual da figura alienígena no meio dos orcs, o gnomo respondeu quase que murmurnado.  – Eita! Eu não esperava... c-calma aí, ele não te deve pen... ele tá...

Noneco provavelmente era o único ali que sabia do fato da linhagem real de Taliesin, qual o mesmo evitava comentar e se ela sabia era que alguém ou havia dado com a língua comprida ou realmente conhecia ele, mas também ponderava, se conhecia realmente ele... porque não notou ele ali? Chamou até a atenção do humano de cabelos brancos e tapa-olho, para quem não conhecia o grupo mais afundo, o mais velho ali, Bahram. Tais atos fez o feiticeiro meio aéreo com a peculiaridade do recinto voltar a atenção à mulher.

Abriu levemente a boca, enquanto raciocinava com a passada de olho analítica. Bonitinha, fofinha e com medidas... invejáveis. Abundantes. Depois olhou Noneco sinalizando com a cabeça para ele, fazendo um gesto com o polegar que geralmente ele fazia para “fodeu”. E ele usava aquilo não para coisas padrão de perigo. Sim para rolos citadinos de Taliesin, desde a época que eram foras-da-lei. Bahram mesmo compreendia o gesto e esboçou um sorrisinho de nervoso colocando o charuto novamente a boca para fumar.

O feiticeiro se esgueirou graciosamente, fazendo uma leve reverência, em seguida puxou com delicadeza a mão da jovem, estranhamente enfaixada, depositando um leve beijo.

– Sou Taliesin, encantado em conhecê-la... – Quase completou “minha voluptuosa musa felina, qual poderíamos dividir uma jarra de vinho logo ali”, mas reteve aos impulsos. Era como a recompensas dos céus, sabia que o velho Zhili daria outras coisas também preciosas, então falaria que era o cuidado de mamãe Hélia. Arundell encarou-a diretamente em seu cristalino olhar com interesse, bancava o conquistador barato nessas horas. Em seguida, puxou um lenço de estampa de sua terra natal, vendo que a jovem havia se machucado. Noneco suspirou como se conhecesse os próximos passos, mesmo numa situação dessas.

– Ei... – Cortou Bahram, que moveu a cabeça levemente em direção mais a frente após ouvir uma comoção à frente. Sua expressão era apreensiva, jogou o charuto no chão e pisou.

Noneco e Yahya voltaram um olhar com barulho e gritaria que não parecia um treino.

– Hm? Que? – Taliesin virou o olhar para a direção, notando. Os orcs pareciam ouriçados, notando aquilo também. Suspirou por terem cortado a brisa. – Lá à frente? Céus... bem agora...

Bahram confirmou com a cabeça, cerrando os punhos calejados. Taliesin gesticulou com uma das mãos os dedos movimentando para baixo, como se exigisse calma. Então poderia ser lido pelos velhos camaradas como cautela. Yahya se posicionou meio atrás de seu pai, enquanto Noneco se posicionou ao lado Taliesin e Haruka.

Arundell deu o primeiro passo, devagar em direção, soltando um olhar preocupado para o Orc roxo e careca que parecia o mais sensato ali também agir. Quem estava mais atento podia notar que Taliesin estava com a mão pronta para sacar seu sabre, então preferia cogitar que aquilo só eram dois orcs trepando furiosamente.




Dados Gerais:



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Mensagem por LyoraStardust Sex Ago 23, 2024 10:42 pm

Destiny



Ela estava suada, as gotas de suor escorriam pela pele dela, não pude deixar de perceber isso, eu cresci em Greenleaf até sair com os cavaleiros do sol, e sempre considerei esse calor uma benção, além do mais estive congelada por tanto tempo, que sentir o amor de Helia me deixava até mais empolgada.

Mas nem tudo são flores, apesar da cordialidade inicial, ela acabava por criticar minha apresentação, talvez por ser longa demais, e me estender muito no que disse. Por um breve momento, meu olhar baixou um pouco, algo de uma pequena fração de segundos deixei transparecer alguma insegurança, algo que fiz sumir em seguida.

Era algo bobo, eu não sou dessa era, não conheço os costumes, tampouco, conheço as pequenas ideias e nuances que a comunicação verbal desse mundo possui nos momento atual. Além do mais, se apresentar com suas credenciais era essencial no meu tempo, títulos valiam muito.

Minha palavra valia ouro, se eu falasse que ia fazer, se considerava feito, não apenas eu mas toda a Ordem do sol. E foi nessa hora que percebi, Sorune não quer dizer nada, não faço mais parte da ordem, “Stardust” é um sobrenome apagado, que ficou pra trás em citações históricas de uma destruição gigantesca.

Meu reino não era nada, assim como parentes, amigos, pessoas que conheci, eu estava sozinha, e talvez, fosse ser assim até que eu cumprisse meus objetivos, apenas a fé ao meu lado. Além do mais, ex cavaleira, e ex princesa não querem dizer nada, não há o que governar meio as ruinas.

Às vezes me pergunto quais os propósitos de Helia para mim, a única que ainda está aqui desde que nasci. E odiei ouvir calada que ela parecia abandonar a nós quando vejo seu brilho no céu todos os dias. A ingratidão das pessoas com Helia mexeu comigo, mas jamais iria punir alguém por algo assim, Eu entendo que os tempos são outros, e para além disso preservar a vida e a natureza, proteger os fracos, curar aqueles que precisam de mim, é isso que me faz forte, é isso que me faz ter fé.

Acabei agarrando meu braço em seguida e o apertando com força, para retornar a realidade ignorando qualquer sentimento negativo que passara pela minha cabeça nesse pequeno e ínfimo momento. Não deixaria mais que bobagens interferissem em meu julgamento de mim mesma, e do que tenho que fazer, sozinha, acompanhada, odiada ou amada, nada disso importava, desde que me mantivesse em meu propósito.

E foi ai que a voltei a mim e a vi tentando tocar os canhões sorri novamente e disse.-Pode tocar se quiser, irei desativar o modo de assalto.-Comentei e daria um tempo pra ela tocar se quisesse e depois daria dois tapinhas no canhão agora fazendo a minha moto virar um pingente com corrente que se amarrava ao meu pulso.

Mas meu foco se rompeu rapidamente quando senti a cauda fofinha batendo na minha barriga, senti um desejo de agarrar a cauda para acariciar, e acabei batendo os olhos no traseiro da garota, o que me desconcentrou de novo, eu realmente estava perdendo o foco. Meus olhos seguiam a cauda indo de um lado para o outro enquanto ouvia ela falando, dividindo meu foco em duas coisas acontecendo ao mesmo tempo.

E então ela simplesmente se virou colocando a lingua pra fora por alguns instantes, me fazendo abrir os olhos mais que o normal, focando naquilo de uma vez, e tentando disfarçar o que eu vi em vão, só pensava na lingua e no quanto aquela cauda deveria ser fofinha de se acariciar.-Entendo, senhorita cauda fofinha… Digo… Cof cof… Senhorita Haruka.-Ah não por HELIA OS PENSAMENTOS INTRUSIVOS VENCERAM DENOVO!!!

Nesse ponto talvez ela já me achasse esquisita o suficiente, afinal, meu linguajar, modo de me comportar, postura, movimentos, tudo são etiqueta de séculos ou milênios atrás, não faço ideia.-Compreensível, em teoria também não devo eu adentrar em combates. Não até ser promovida. Contudo irei lutar se precisar, por mais que eu não esteja na minha melhor forma, ainda estou me recuperando de uma inércia profunda.- Eu não sabia se ela queria ser curada ou não, por alguns momentos estava pensando no assunto, mas quer saber, ao não ser direta, acho que não foi um não.

Além do mais não era nada demais, toquei em suas mãos com um toque leve e rápido, tão leve que apenas senti a faixa nela, liberando com agilidade uma cura simples, apenas para remover os machucados gerais por todo o corpo, deixando a energia que saia de mim purificar, reconstruir qualquer ferida que existisse em toda a extensão dela, aquela energia calorosa e acolhedora, talvez tivesse um efeito positivo, algo que poderia fazer ela se sentir bem por alguns instantes. -Desculpe a intromissão, senhorita linguinha… Ah eu já me enrolei toda. Haruka. Como não obtive uma resposta tão direta, escolhi o caminho da prevenção, não se preocupe, essa é a cura mais básica que eu conheço, então não deve atrapalhar seu estilo-Era melhor não mencionar que hoje em dia eu também revivia gente morta com isso, algumas coisas não precisam vazar da minha boca. Assim como essas frases que já me fizeram parecer uma pessoa esquisita, e desnorteada.

Toque do Fluxo Solar!!:

Não que eu não estivesse desnorteada, talvez todo esse tempo congelada, tenha me deixado fraca aos desejos mundanos, apesar disso, ela me ofereceu comida em continuidade, o que recusei por enquanto.-Ainda não sinto fome, então irei recusar, irei comer mais tarde. Mas me sentar certamente é algo que aceito.-Puxei um daqueles troncos que estavam nas laterais e me sentei frente a mesa que ela tinha com o mapa.

Ouvindo o que ela tinha a dizer, enquanto notava a cauda dela acompanhando aquele movimento da chama da vela, seu corpo trocando de peso e posição, enquanto apenas prestei atenção até que ela terminasse dessa vez… Exceto quando de repente ela ficou de quatro sobre o papel. Aquilo me pegou de surpresa!! Me fazendo ir para trás de uma vez e quase cair do tronco que puxei. Mas me recompus mantendo uma postura forte quando me recuperava da quase queda.

Eu não dizia nada, quase como se fingisse que nada tinha acontecido, mas eu sabia que tinha, e não sou boa em posar. Entretanto, me mantive firme ali, a vergonha se foi muito rápido. E com isso, observei todas as curvas que ela mostrou naquela posição reveladora, mas sem deixar de escutar atentamente tudo, e quando ela terminou, tive a decência de responder cada uma daquelas coisas. -Meu pai Augustus Stardust. Conviveu com os Orcs, eu era muito pequena pra lembrar das incursões e tentativas de invasão. Mas me lembro plenamente das palavras dele. “A linguagem Orc é a violência” eles veneram poder e força, e só respeitam isso. Claro que isso não cobre cada Orc como criatura individual, mas mostra um pouco de sua cultura.- comentei dizendo que a princípio ela disse que estava quebrando a cabeça para entender eles, talvez fosse uma luz no caminho disso.

Apesar de eu definitivamente considerar uma atividade acadêmica inútil estudar os Orcs, que possuem uma cultura rica, mas muito simples de se entender, apesar de talvez essa informação já ser datada, dado a época que a recebi, ainda assim valia a pena dizer, se ela soubesse mas, eu também iria aprender.-Mas mesmo assim, eles tem alguns grupos principais, alguns brutamontes, usuários de magia negra, mas certamente o que eu recomendaria é ficar longe dos Murzush, eles são vermelhos, como aquele guarda lá fora, a maioria é insana e são absolutamente crueis, temidos até por outros Orcs, vermelhos como um tomate, é o que meu pai dizia. Sobre o mapa, bem, ta vendo esse buraco bem no meio, onde tem um enorme lago, esse daí era o reino que eu estava, ele é uma representação do poder de destruição do Rei Achitya, eu vi essa coisa uma vez só, e é esse tipo de troço que vamos enfrentar se for um dos mais fortes.-Era sim muita informação, e sim eu já tinha falado demais novamente, mas sinceramente que se dane!! Eu tinha informações e falei.

Por fim iria comentar mai outra coisa importante.-Por fim, não se incomode em buscar um guia em si, mas preciso do mapa de fato, para ter certeza. Entretanto sou versada em Geografia Antiga e Moderna. Posso nos levar a qualquer lugar em um piscar de olhos com o Eagle. De toda forma, estarei ao seu aguardo aqui, até logo senhorita Haruka.-Comentei finalizando tudo que tinha para dizer. Agora sim, lavei minha alma, e poderia descansar enquanto a esperava aqui dentro.

Finalmente me preparei para comer, e com isso fui tranquilamente pegando algumas frutas e comendo, apenas o suficiente para me saciar, sem gula. Fiquei sentada de frente pra porta aguardando, mas quem chegou foi um grandão. É esse era um que certamente fazia amor com o suco pelo corpo que apresentava. Mas segui sentada sem dizer nada até que ele falou. Ele parecia ser o dono da tenda pelo que falou.

Não demorou para que eu fizesse uma associação rápida.-Oh, então você deve ser o esposo da Har-U-Ka como chamam não é? Já que dividem tenda. Eu estou aqui para resolver assuntos com ela, não sabia que ela tinha um cônjuge.- Na verdade lembrei agora que ele podia ser só namorado, me explicaram que nessa era, casamentos ficaram mais raros, e não são necessários para que atos sejam consumados, ou se morar junto.

Talvez eu tivesse dado uma bola fora. Mas que seja. Ele também tava de showzinho quebrando porta, talvez ciúmes? Na verdade, agora, pensando bem. Eu estava pensando em cortejar uma moça comprometida? Eu… Estava desejando a mulher de terceiros? Isso não fazia mesmo meu estilo, o que me fez ter uma surpresa, talvez ela não estivesse sendo solicita ou devassa, só sendo uma felina.-Acho que você deve estar cansado, descanse bem grandão.- e assim levantei avançando pro lado de fora. E isso era independente da resposta dele.

Eu não a conhecia, não se tratava de ela ser ou não comprometida, mas de eu não haver pensado em nada, apenas agido. Não iria ficar me pesando no assunto, afinal erros acontecem, e são parte do que constroi nossa personalidade. Mas sinceramente estou meio exausta desses brigões orcs. Só desejo estar em paz agora, e ter um resto de dia tranquilo.

Sem puxar mais confusão com ele, só queria não ter de pensar muita coisa agora, então comandei o Eagle para que ele me permitisse me locomover mais rapido.-Eagle. Modo voo.- E com isso ele abriu duas asas, cedendo uma cabine para comando, então sobrevoei até onde vi Haruka lhe dando um aviso rapido sobre minha localização.-Vou estar na saída da vila, me encontre lá quando formos para a missão.-Eu preferia não ficar por ali, estava cansada de conflitos, e evitar eles. Eu sentia pena daqueles homens, fadados a dor e violência o resto de suas vidas.

Eu havia percebido a muvuca dos orcs, mas iria investigar isso sobrevoando. Agora voando comecei a ficar em observação do alto, e realmente era algo perigoso, mas que eu não devia precisar me envolver, era um Eletrossauro. Uma criatura fascinante e perigosa, mas espero que os Orcs resolvam isso por si mesmos, uma batalha que não sei se me cabe a participação. Então fiquei sobrevoando para caso alguma coisa acontecesse e eu precisasse agir de forma mais ferrenha. Mas era improvável, além do mais, talvez eles não gostem de uma interferência se sentindo humilhados.

Eletrossauro:


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Energia 2250/2250
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Perdas: N/A

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Mensagem por Calamity Harbinger Dom Ago 25, 2024 2:28 pm

Lyora assentia para que eu pudesse tocar nos canhões, armas tão chamativas que fiquei com medo de explorar com o tato a sua textura. A maneira amigável que ela falava ao perceber minha curiosidade logo trouxe um outro aspecto felino meu, pois me senti ofendida com a generosidade dela, imediatamente me fazendo perder o interesse em colocar os dedos no metal. O que ela fez em seguida, não queria deixar transparecer (apesar das orelhas entregarem), aquelas tão ameaçadoras armas agora se envolviam até virar um pingente que escorria pelo pulso. Num mundo de magia em que muita coisa estranha acontece no dia-a-dia, aquilo poderia ser algo pequeno, mas havia um misto de belo com o rústico que me chamava a atenção e havia uma vontade absurda que subia em meu peito em bater com a ponta da mão, apenas para ver balançar, brincar e me maravilhar.

"Senhorita" mais uma vez. Não pude deixar de franzir o cenho em desaprovação, mas compreendia que isso talvez fosse o jeito dela, afinal, era uma princesa e possivelmente manter essa cordialidade era normal para si. O que se pode fazer? Não poderia repreendê-la e a última coisa que queria fazer era ofender uma pessoa que a recém conheci apenas por conta de seus maneirismos.

Quando estava com as mãos sobre a mesa, ela se aproximou e tocou-as, delicadamente e senti um calor, mas não era como uma cabana abafada e sim, quando se está muito frio e aproxima as palmas de uma fogueira. Minhas dores, que já eram costumeiras, não mais existiam e me senti até leve de não ter que ficar tensa o tempo todo por conta dos ferimentos. Não tinha cicatriz alguma por conta de minha regeneração acelerada, mas os pedaços de pele que ainda estavam faltantes, as unhas quebradas e o inchaço... Tudo sumiu. Olhei para Lyora com curiosidade e balbuciei um "obrigada" sem jeito, que era mais como um suspiro enquanto abaixava as orelhas. O que estragou o momento, foram as palavras dela, que me fizeram rir fracamente com um sorriso, fechando os olhos e erguendo os ombros, colocando a cabeça pro lado.

- Princesa, "meu estilo" é a praticidade. - Erguia a mão e tocava seu rosto, com as mãos restauradas. A diferença de tamanho fazia com que eu realmente tivesse que levantar o braço. Não havia nenhum motivo para encostar em suas bochechas, pois agora, na penumbra da cabana, sob a luz de velas, nós duas tão próximas, eu percebi algo que antes não o tinha feito: seus brincos. Fora muito mais forte que eu, então com a ponta dos dedos, bati duas vezes para vê-lo balançar nas orelhas, fechando os olhos e sorrindo enquanto me satisfazia com o sentimento.

Eu precisava contar a missão para ela, não podia ficar me distraindo com penduricalhos, então bati mais duas vezes para manter o fluxo de movimento e recolhi a palma, voltando para o mapa enquanto Lyora pegava um toco para se sentar e observar enquanto era instruída.

Após toda explicação, sentada e derrotada na cadeira, a princesa começou a explicar sobre seu pai e seu passado. Nunca antes houvera ouvido sobre o lugar que ela veio, mas tinha conhecimentos parcos sobre o Rei Achitya. Não queria demonstrar desinteresse, mesmo com o corpo castigado pelo calor, então me esforcei em ajeitar sobre a cadeira, puxando as pernas e abraçando os joelhos, encostando a cabeça nos mesmos e deixando apenas meus olhos e orelhas atentos à vista, tentando logo em seguida levar as mãos até a borda da mesa e me puxar para mais perto, porém não alcançava e possivelmente a cadeira era muito pesada, então balancei um pouco as mãos em direção da madeira (que poderia ser visto como uma tentativa de ir até o mapa) e desisti, recolhendo as palmas e abraçando as coxas por baixo dos joelhos.

A maneira como ela falava sobre o perigo que passou era assustadora, minha cauda não parava quieta, pois mesmo que estivesse quieta e impassiva, minha extensão demonstrava a ansiedade que sentia. Até agora, não estava levando muito a sério a ameaça em si, pois há tanto anos que ainda fazia parte das enormes fileiras das Deadwomen por não ter tido contato direto com a presença de um achitya, mas se há anos atrás, ali havia uma ameaça tão poderosa, talvez houvesse deixado para trás alguma ruína, artefato ou mesmo, um fragmento de sua energia e isso mudava totalmente minha perspectiva.

Após a entrada do orc líder, Lyora deduziu o vínculo que o mesmo tinha com a felina, imaginando que era uma romântica, já que "viviam" na mesma tenda. O grandalhão não entendeu o que ela quis dizer com isso, mas ao invés de demonstrar ignorância, ele agarrou as mesa com três dedos e a jogou contra a parede, destruindo a peça de madeira e jogando toda a comida no chão. Ele estava irado, mas nem por isso, a clériga de Helia se importava, pois sua paciência para briguinhas que nada tinham a ver consigo era mínima, apenas algum infortúnio de estar ali e ter que lidar com alguém que inventava desculpas, por mínimas que fossem, para usar da violência, dando razão às palavras do pai.

O líder rugiu e estava pronto para agarrá-la e dilacerar seu tronco com as mãos, mas Lyora simplesmente se levantou e saiu dali, dando palavras para ele que o fizeram parar por um momento, lembrando-se das palavras de Haruka que iriam ter visitas, então ele cessou sua fúria (mesmo que aparentemente, não), deixando-a ir e na rua, sendo recoberta pelos raios solares, invocou Eagle para que pudesse sair daquele lugarzinho cheio de conflitos desnecessários.

Eu, por outro lado, ajoelhada (ou melhor, sentada) diante do gnomo, quem me respondia era o rapaz ao seu lado, que pegava minha palma e beijava-a. Olhei-o meio confusa, movendo a cabeça para o lado, pois imaginava que tivesse orelhas como as minhas, talvez um pouco mais espetadas e acompanhado de uma grossa cauda, porém nada disso era presente. Seu jeito galanteador não me era estranho, quando vivia em cidades mais civilizadas, era comum encontrar pessoas com esse tipo de atitude quando precisava dormir em uma estalagem. Ali, com certeza não tinha nenhuma dessas características, o que me fez rir.

Enquanto ria, ele pegou um lenço e passou em meu nariz, limpando o sangue que houvera escorrido do golpe do orc e isso me trouxe uma sensação boa. Talvez fosse parte de seu ato galanteador, mas independente, ele agia com bondade (mesmo que houvessem questionamentos internos se ele faria o mesmo se o nariz do humano estivesse escorrendo, mas preferi deixar que murchassem). Todavia, era uma questão de vida ou morte, que talvez não fosse assim tão urgente, mas igual, rancores passam por gerações.

- Quem era seu capitão e como era a aparência de Honda? - Prontamente o questionava, pois se ele era quem dizia ser, certamente saberia responder isso. Se os demais eram presentes nos séculos atrás, talvez também tivessem o conhecimento necessário para se provarem tão Taliesin quanto ele, mas não se lembrava de ser tão baixo ou de envelhecer como um humano, então havia uma certa credibilidade ali que não exigia que sua aparência se modificasse para provar, palavras seriam o suficiente.

Logo um cavalo com asas passou sobrevoando e ouvi a voz de Lyora anunciando seu novo paradeiro. Olhei para trás, incrédula que ela não mais estava na cabana, mas ao mesmo tempo, não quis perder a oportunidade de saltar em direção da aeronave e tentar apanhá-la, porém não fora com muito esforço, pois sabia o quão distante estava.

De pé agora e quase tendo batido com os peitos no rosto do rapaz, daria um passo para trás, olhando na mesma direção apenas para ter certeza que não esbarraria em nenhum orc (dado o quão relativamente próximo estavam da briga), falaria após ele me mostrar sua credenciais semânticas.

- Eu preciso falar com você... Coisa de anos atrás, talvez nem se lembre, sobre a ordem dos cavaleiros que prendeu a sua tripulação- - Um soar era dado, uma corneta de chifre do orc vermelho que finalmente encontrava o que queria. Toda a comoção cessava por um segundo, este que durou décadas, pois nunca havia realmente silêncio naquele ambiente hostil e antes que pudesse pensar, agir ou falar, como máquinas que viam seu propósito finalmente sendo testado, gritos de guerra e animação foram feitos em coro. Os pés pesados, as armas que não tinham preferência e os grunhidos daqueles porcos humanoides correndo para fora, com risco de atropelar à todos em seu caminho, me vi obrigada a sair de sua frente, pois aquilo era uma força imparável, tal qual um terremoto ou deslizamento.

Vendo o risco dos viajantes, ainda mais de meu objetivo, tão próximo em minha frente, sendo que ainda tinha tanto a lhe falar, saltei em sua direção, abraçando seu tronco com força. Apenas um pulo não seria o suficiente para tirá-lo da investida dos orcs, então assim que encontramos o chão, usei do próprio movimento de queda para rolar com ele, cegamente, até que encontrássemos uma parede, deixando que meu cachecol nos enrolasse em consequência. Faria questão de estar sobre, protegendo-o de possíveis pisoteamentos ou de pedras que pudessem saltar em nossa direção.

Permaneci parada, abraçada nele e com os olhos fechados enquanto as orelhas anunciavam quando seria seguro sair dali. O tecido vermelho protegia a face da poeira que era levantada e era quase como se estivesse embaixo das cobertas, olhando-o da altura de seu peito, quieta e respirando pesado, pela adrenalina que subitamente adicionada ao sangue. Fiquei um momento assim, porém as mãos abaixo dele, protegidas de esfolarem na terra pelas bandagens, agora começavam a sentir o peso de seu corpo, portanto as puxou e ficou recolhida, sobre o peitoral do outro. Aguardei um momento até ouvir que os brutamontes já se distanciavam e me sentindo segura de levantar, sentei-me sobre o rapaz e tentei erguer o corpo, mas como ele estava sobre o cachecol, meu ato de erguer fora simplesmente para restringir mais, sentindo as fibras de tecido ficando mais tensas, o que freou meu ato de levantar, quase como se tivesse batido a cabeça em algo sólido, fechei os olhos por puro reflexo e as mãos que ajudavam a alavancar o tronco, estas sob os músculos do peito do outro, tremeram e os cotovelos se flexionaram, me abaixando (enquanto as orelhas tentavam não bater no nariz dele, ou o cabelo fazer cócegas em sua boca) e deixando o tecido não atorar em minha nuca. Só via uma forma de sair dali sem que ele levantasse.

Ao invés de me sentar sobre ele com a cabeça tapada e próxima do peito e pescoço, teria que recuar. As palmas deslizaram, ficando abaixo dos braços dele (ou nas laterais, dependendo da posição de sua queda), então comecei a me mover para trás, lentamente, afinal, os cintos que faziam parte de minha vestimenta não protegiam a parte inferior dos seios. Assim fui, descendo pelo tronco, barriga e... Enfim retirava o cachecol e erguia a cabeça, sentada sobre os joelhos dele, mas não forçando, pois colocava os joelhos no solo e me erguia, finalmente de pé, batendo com as palmas em meus ombros e resto do corpo, retirando qualquer excesso de poeira que estava ainda apegado em minha pele.

Estendi a mão para que ele levantasse logo em seguida, vendo-o tão arrumado, com poeira pelo corpo e meu cachecol rasgado enrolado no peito e ombros. De pé, então, sem pedir verbalmente, apenas abri a mão como quem pede dinheiro, mas na verdade, ele saberia que eu queria era meu trapo de volta, algo que se ele demorasse para desenrolar-se ou que se ouvisse um estalo do tecido rasgando, iria com certa urgência de encontro a ele e retiraria o broche com a estampada da Dead Garden, deixando-o mais solto e com isso, enrolaria em meu pescoço logo em seguida.

- Eu preciso falar com você. Há tanto... Ou tão pouco a ser dito. - Diria logo em seguida, estapeando-o levemente na roupa, retirando a poeira como houvera feito comigo mesma anteriormente. - Eu não quero apenas alertá-lo, quero contar a minha história e o motivo de procurá-lo. Você é difícil de ser encontrado, demorei anos, seguindo pequenas pistas à partir do que uma ou outra pessoa me contavam. - Limpei o suor da testa e prendi o símbolo no cachecol novamente, voltando minha atenção para a entrada da vila e lembrando das palavras de Lyora, assim como o rugido de alguma coisa que explodia em raios, que mesmo sendo dia, ainda era brilhante e chamativo. - Mas tenho uma missão a completar com meu grupo. Se não for atrapalhar seus planos, gostaria de nos acompanhar? Ou... Podemos nos encontrar em algum outro lugar, mas por favor, não suma, você é tão esguio e misterioso... Eu não sei se conseguiria achá-lo uma segunda vez e dado como o encontrei, fora pura obra de Kin.

Independente de sua resposta, não queria deixar Lyora me esperando, corri em direção a entrada e procurei pela princesa, colocando dois dedos entre os lábios e assoviando forte e estridente para que ela conseguisse me ouvir e ver, de onde quer que ela estivesse acima de nossas cabeças.

- Princesa, agracie-me com sua visão e banhe-me com seus raios. - Era assim que ela falava? Enfim, abria os braços e enchia o peito, sentindo o calor gostoso "do lado de fora" (e não a sauna que era a cabana do chefe). Vendo-a aterrissar, saltaria na direção dela, como se fosse dar um encontrão, mas em meio ar, me transformando numa pequena gatinha branca, com bandagens em cada pata, cintos de couro enrolados na barriga e peito com um pequeno cachecol vermelho no pescoço. Não sabia o que tinha que fazer, eu precisava sentar atrás dela e cravar as unhas em suas costas? Preferi seguir meus instintos e deitar sobre seu colo, esperando que ela colocasse uma mão sobre mim para garantir minha segurança durante o voo, mas caso não o fizesse de imediato, ergueria uma patinha e a moveria no ar para que ela se aproximasse (mesmo querendo era a palma) e se mesmo assim ela demorasse a entender, bateria em seu corpo até chamar sua atenção. Não queria falar, apenas me deitar e ter sua mão sobre meu corpo enquanto sentia os ventos retirando qualquer calor. Queria aproveitar aquela experiência, então falaria, de tal forma que não precisaria gritar, mas que ela ouvisse como se estivesse falando, reforçando um pouco a voz para isso.

- Tome um caminho mais longo, estou meio cansada, quero aproveitar a viagem. Você se importa, princesa?

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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar Empty Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar

Mensagem por Amauta Dom Ago 25, 2024 6:39 pm



FANTASMA
Falas de Taliesin Arundell: Verde
Falas de Noneco Poneco, o Magnífico:  Azul
Falas de Yahya Aruhade:  Roxo
Falas de Bahram Aruhade:  Marrom


Galanteios a parte, algo confuso bateu-lhe a cabeça. Capitão? Nunca havia sido tão hierarquizado assim na vida a não ser ter que dobrar joelhos por conveniência para o brucutu do Shan-na-Shah ou pro tosse-tosse do Grão Vizir, e as vezes pra Imperatriz se ela estava presente. Soava estranho, de alguma forma.

– Honda? Capitão? – Murmurou, inclinando a cabeça para um lado, igual um cão curioso. – Isso aí parece uma daquelas histórias pra boi dormir do velho Corocoto pra criançada. Se bem que os arquivos dizem que ele realmente era um terror para os mercantes... er, como você conhece elas? São mais antigas que...

Tudo era tão rápido naquilo que não sabia o que comentar antes e organizar seus pensamentos apesar de ter cabeça feita em Zhili. Um artefato voador saía do meio da barulheira do fundo, algo que com o canto do olho soava com aquela nação distante de engenhoqueiros à oeste? Não sabia o que havia visto, só que a garota gato quase bateu com seu “belo par de colossais frutos maduros do amor” – como ele mesmo classificava falar de seios, pois bem... gostar é pouco né? Amava. – E aquilo foi rápido demais, para reagir correndo para o abraço.

Ela começou a falar coisas de tempos atrás? Até que foi pausada pelo furdunço escalonando no local. Não deu nem para ver seus camaradas de viagem, só ouvir as movimentações e as vozes quando foi puxado por ela. Sentiu-a sobre ele, seu peso bem leve, o calor e a maciez do corpo. Tinha uma fragrância peculiar, um tanto familiar. Não sabia explicar porque. Naquilo não sabia o que fazer, parecia algo instintivo que havia ocorrido, não conseguia se aproveitar da situação como de costume. Aos poucos sentiu seu corpo se mover acima dele, seus próprios pelos ouriçavam e o coração batia de forma mais acelerada, mas não muito. Segurou o ar por um tempo.

Enfim aquela situação havia se desmanchado. O ar frio passava por suas próprias orelhas desfazendo o calor ao notar o momento onde estavam. Assentiu com a cabeça para ela, depois de se levantar com sua gentil ajuda, achou seu próprio sabre ao chão.

– Tudo bem, estou curioso para saber porque a Dead Garden sabe detalhes e tem interesse em falar. Além de ser uma agente bem bonita, temos tempo. – Estava recomposto. Deu uma piscadela um tanto quanto tentando ser charmosa para a agente em questão. – Talvez com um bom vinho, afinal, parece que temos coisas em comum!

Er, uma princesa, ali mesmo? Aquilo já não fazia sentido tanto com a transformação da delicio... Taliesin, não atrapalhe o narrador! Transformação da agente em uma gatinha. Gata mesmo. Não sou o Taliesin falando da aparência bonita dela!

Olhou para o céu, notando a questão da engenhoca alienígena. Parecia algo que faria um Sacerdote do Templo do Fogo de Helia dobrar o joelho. Um anjo do fogo solar? Via a segunda volta do Avatar de Helia logo acima? Tentou não ficar de boca aberta pois havia problemas piores com barulhos seja de grunhidos, rugidos e grandes pisadas à distância, poeira subindo, essas coisas.

– Taliesin, fodeu! Praquele lado! Rápido, rápido! – Ouviu a voz de Noneco, o Magnífico, aparentemente nervoso exclamando e apontando uma rota de fuga de uma possível colisão com qualquer que fosse a gigante criatura se aproximando ou os próprios orcs.

Assentiu com a cabeça, vendo o gnomo sair na encolha rapidamente, por outro lado trocou olhares com Bahram e seu filho Yahya correndo na mesma direção qual Noneco apontara antes, mas por outra rota segura, teriam de se separar naquele momento, pois Taliesin foi puxado pela agente bem ao meio no levantar da poeira.

Não via mais sinal do escravagista capturado nem o Orc roxo calvo.

Correu na direção onde a agente se encontrava, batendo de olho com a piloto da engenhoca, vendo de canto realmente uma mistura de anjo de Helia com uma aventureira bem afiada. Provavelmente não gostaria nada do pedido que se seguiria.

– Oi oi senhorita radiante tal qual a Mãe Sol! Vou precisar da sua ajuda para sair daqui... espero que não se importe! – Exclamou à ruiva. Notava que possuía belas curvas, porque estava notando isso justo agora?! Concentra, Taliesin! Mas... a Dead Garden estava mais bem na fita que qualquer outra organização, um jardim mais florido que o da Imperatriz! Não, seja focado, raios!  – N-Não temos tempo! – Subiu meio desajeitado na garupa tentando se equilibrar para uma saída brusca dali. – P-Perdão pelo vacilo.

Era engraçado que já haviam se separado da tripulação do navio naufragado para garantir a segurança na caça dos inimigos da Companhia Velada, seu lobo cinzento e guardião juramentado, Sparrie, estava sumida fazia um bom tempo. Agora estava se separando ainda mais, mas não tinha jeito.


Dados Gerais:



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