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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
3 participantes
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Greenleaf :: Urco
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[Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
Relembrando a primeira mensagem :
「R」
November Rain, Bright and Briar
Bright and Briar
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Lyora Stardust, Haruka Futaba
— Localidade: Urco
— Descrição: Lyora está em busca da Dead Garden que deve acompanhar na missão em Urco, uma moça conhecida como Haruka, está a sua procura para fazer a missão que vem a seguir.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Álcool, violência, linguagem Explícita.
— Pessoas envolvidas: Lyora Stardust, Haruka Futaba
— Localidade: Urco
— Descrição: Lyora está em busca da Dead Garden que deve acompanhar na missão em Urco, uma moça conhecida como Haruka, está a sua procura para fazer a missão que vem a seguir.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Álcool, violência, linguagem Explícita.
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LyoraStardust- Créditos : 0
Mensagens : 21
Data de inscrição : 17/08/2024
Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
FANTASMA
Falas de Noneco Poneco, o Magnífico: Azul
Falas de Yahya Aruhade: Roxo
Falas de Bahram Aruhade: Marrom
Galanteios a parte, algo confuso bateu-lhe a cabeça. Capitão? Nunca havia sido tão hierarquizado assim na vida a não ser ter que dobrar joelhos por conveniência para o brucutu do Shan-na-Shah ou pro tosse-tosse do Grão Vizir, e as vezes pra Imperatriz se ela estava presente. Soava estranho, de alguma forma.
– Honda? Capitão? – Murmurou, inclinando a cabeça para um lado, igual um cão curioso. – Isso aí parece uma daquelas histórias pra boi dormir do velho Corocoto pra criançada. Se bem que os arquivos dizem que ele realmente era um terror para os mercantes... er, como você conhece elas? São mais antigas que...
Tudo era tão rápido naquilo que não sabia o que comentar antes e organizar seus pensamentos apesar de ter cabeça feita em Zhili. Um artefato voador saía do meio da barulheira do fundo, algo que com o canto do olho soava com aquela nação distante de engenhoqueiros à oeste? Não sabia o que havia visto, só que a garota gato quase bateu com seu “belo par de colossais frutos maduros do amor” – como ele mesmo classificava falar de seios, pois bem... gostar é pouco né? Amava. – E aquilo foi rápido demais, para reagir correndo para o abraço.
Ela começou a falar coisas de tempos atrás? Até que foi pausada pelo furdunço escalonando no local. Não deu nem para ver seus camaradas de viagem, só ouvir as movimentações e as vozes quando foi puxado por ela. Sentiu-a sobre ele, seu peso bem leve, o calor e a maciez do corpo. Tinha uma fragrância peculiar, um tanto familiar. Não sabia explicar porque. Naquilo não sabia o que fazer, parecia algo instintivo que havia ocorrido, não conseguia se aproveitar da situação como de costume. Aos poucos sentiu seu corpo se mover acima dele, seus próprios pelos ouriçavam e o coração batia de forma mais acelerada, mas não muito. Segurou o ar por um tempo.
Enfim aquela situação havia se desmanchado. O ar frio passava por suas próprias orelhas desfazendo o calor ao notar o momento onde estavam. Assentiu com a cabeça para ela, depois de se levantar com sua gentil ajuda, achou seu próprio sabre ao chão.
– Tudo bem, estou curioso para saber porque a Dead Garden sabe detalhes e tem interesse em falar. Além de ser uma agente bem bonita, temos tempo. – Estava recomposto. Deu uma piscadela um tanto quanto tentando ser charmosa para a agente em questão. – Talvez com um bom vinho, afinal, parece que temos coisas em comum!
Er, uma princesa, ali mesmo? Aquilo já não fazia sentido tanto com a transformação da delicio... Taliesin, não atrapalhe o narrador! Transformação da agente em uma gatinha. Gata mesmo. Não sou o Taliesin falando da aparência bonita dela!
Olhou para o céu, notando a questão da engenhoca alienígena. Parecia algo que faria um Sacerdote do Templo do Fogo de Helia dobrar o joelho. Um anjo do fogo solar? Via a segunda volta do Avatar de Helia logo acima? Tentou não ficar de boca aberta pois havia problemas piores com barulhos seja de grunhidos, rugidos e grandes pisadas à distância, poeira subindo, essas coisas.
– Taliesin, fodeu! Praquele lado! Rápido, rápido! – Ouviu a voz de Noneco, o Magnífico, aparentemente nervoso exclamando e apontando uma rota de fuga de uma possível colisão com qualquer que fosse a gigante criatura se aproximando ou os próprios orcs.
Assentiu com a cabeça, vendo o gnomo sair na encolha rapidamente, por outro lado trocou olhares com Bahram e seu filho Yahya correndo na mesma direção qual Noneco apontara antes, mas por outra rota segura, teriam de se separar naquele momento, pois Taliesin foi puxado pela agente bem ao meio no levantar da poeira.
Não via mais sinal do escravagista capturado nem o Orc roxo calvo.
Correu na direção onde a agente se encontrava, batendo de olho com a piloto da engenhoca, vendo de canto realmente uma mistura de anjo de Helia com uma aventureira bem afiada. Provavelmente não gostaria nada do pedido que se seguiria.
– Oi oi senhorita radiante tal qual a Mãe Sol! Vou precisar da sua ajuda para sair daqui... espero que não se importe! – Exclamou à ruiva. Notava que possuía belas curvas, porque estava notando isso justo agora?! Concentra, Taliesin! Mas... a Dead Garden estava mais bem na fita que qualquer outra organização, um jardim mais florido que o da Imperatriz! Não, seja focado, raios! – N-Não temos tempo! – Subiu meio desajeitado na garupa tentando se equilibrar para uma saída brusca dali. – P-Perdão pelo vacilo.
Era engraçado que já haviam se separado da tripulação do navio naufragado para garantir a segurança na caça dos inimigos da Companhia Velada, seu lobo cinzento e guardião juramentado, Sparrie, estava sumida fazia um bom tempo. Agora estava se separando ainda mais, mas não tinha jeito.
- Dados Gerais:
- Ficha do Personagem
Raça: Kitsune (Aparência de Meio-Elfo)
Profissão: Sorcerer e Artista
Alinhamento Moral: Caótico Bom
HP: 110/110
Energia: 90/90
Mana*: 405/405
Perícias: Diplomacia, Enganação, Estratégia, Percepção, Furtividade e Sobrevivência
Vantagens: Ligação Espiritual, Viagem Interplanar, Metamorfose, Transmogrifação, Ataque Espiritual, Acima da Média, Intuição, Arte do Improviso, Temperamento Calmo, Mana Extra*, Boa Aparência e Familiar
Desvantagens: Códigos do Caçador e do Herói, Curioso, Midargo, Raridade, Preconceito, Encucado, Arrogante e Fadiga Mental
Número de Posts: 3
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Ganhos: Nenhum
Amauta- Mensagens : 66
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
The Rising Sun
A felina era enigmática, eu não fazia ideia do que “Estilo Praticidade” significava… Talvez essa fosse uma gíria da juventude atual, a qual eu certamente não tive contato ainda, além do mais esse é meu primeiro contato com alguém com idade mental próxima da minha desde que acordei. Então não tenho base para afirmar se aquilo era uma gíria ou se aquele tom indicava alguma ironia. No fim, apenas sorri meio sem graça enquanto via ela brincando com meus brincos. Na verdade, toda essa conversa se desenrolou em uma montanha-russa de emoções tanto para ela pelo que pude pescar com minhas capacidades analíticas, ela era também volátil, talvez por motivos muito diferentes.
Quanto ao Orc… Ele fez o esperado, quebrou, mugiu, se recusou a elaborar e continuou o show dele até eu ir embora. Enfim... Não consigo mesmo suportar esses comportamentos aleatórios que ele demonstrou, a falta de diálogo como se até mesmo fosse incapaz de comunicar-se me deu nos nervos. Sinceramente, não era nada difícil dialogar, mas eles não tinham essa habilidade, tampouco estavam com vontade de aprender. Respirei profundamente antes de deixar o local, para o já dito ambiente.
Minha saída foi como esperado, apenas vi a felina tentando agarrar o Eagle, mas sem sucesso, em outro momento eu até pararia para ela subir, mas não queria que ela se prendesse a moto antes de resolver o que quer que fosse. Então apenas escolhi ficar lá fora, aproveitando a sensação de calor que se passava em meu corpo. Com minha moto parada ao sol, ergui meus dois braços em forma de arco, fechando meus olhos e recebendo a luz solar.
Com aquela sensação calorosa por todo meu corpo, eu me sentia envolvida nos braços de Helia, podia sentir seu amor pelos mortais, a luz que penetrava minha pele me revigorava, me livrando dos empecilhos que encontrei hoje. Dessa vez não era uma cura física que eu precisava, aquilo era para aquecer minha alma.
Penetrada pela belíssima luz, me livrei dos medos, das dúvidas, das incertezas, me livrei da dor da solidão, e senti a companhia divina, que me permitia canalizar suas forças em seu nome. E por isso não deixei de iniciar uma oração assim como aprendi.-Helia, lhe peço que abençoe minha jornada, para que eu possa triunfar contra as trevas, limpe a escuridão em meu coração, para que eu possa seguir o juramento que fiz. - Respirei aliviada, sentindo meu corpo se preencher de força, esperança, sendo guiada mais uma vez para um futuro glorioso.
E por isso, refiz meu juramento, mais uma vez, apenas entre mim e ela, reafirmando minha fé, meus desejos e minha honra como uma cavaleira.-Um cavaleiro jura bravura, seu coração só tem virtudes, sua espada defende o oprimido, seu poder apoia os fracos, sua palavra fala só a verdade, sua fúria destrói a maldade!- Agora pude sentir todo o vigor que tinha me deixado retomar meu corpo, me lembrando que sempre estive em uma luta por uma causa maior.
Eu havia completado aquilo quando vi a pequena felina saltar em meu colo, aquela era a Haruka, era tão fofinha, pequenina, realmente parecia um pequeno animal de estimação, a acolhi em meu colo deixando ela firme sobre ele, fiz um pequeno carinho em sua cabeça, não resisti, afagando de leve o topo, e comecei a me preparar.-Caminhos longos não existem para Eagle, mas podemos explorar a floresta enquanto você descansa e só depois ir para lá. Não cruzo essas terras aqui há anos, vai ser algo positivo.-Estava pronta para começar a acelerar agora com a felina próxima.
Mas uma figura que desconheço se aproximou de nós, aparentemente um elfo. O vi perto dela antes de sair, então imagino que não seja exatamente um inimigo, mas isso não era suficiente. Ele falou e já foi montando, o que me fez acelerar de leve deixando ele para trás antes dele subir.-Opa opa opa, acalme-se senhor elfo. Além disso, agradeço seu elogio, mas a beleza da mãe sol não tem precedentes, é inimaginável. Não nego que você é um rapaz bonito, mas isso não é apresentação o suficiente. Para começar quem é você?- Disse o impedindo de subir em um primeiro momento, afinal aquela figura era totalmente desconhecida para mim, além de saber que era uma figura conhecida da felina no meu colo.
E minhas perguntas não pararam por aqui, afinal existiam mais informações que precisava, o cara acabou de me bombardear que quer sair daqui? Isso era suspeito, para onde exatamente? E nós nem vamos sair daqui de Greenleaf por enquanto.-Além de tudo, a natureza do meu trabalho exige cautela dessa vez e não pressa, estamos em uma busca e investigação prolongada, que pode acabar hoje ou durar dias, se tem pressa, infelizmente não posso lhe ajudar, já que estamos tentando salvar milhares de vidas.-Disse com seriedade olhando ele nos olhos, com uma face impassível, não demonstrava qualquer hostilidade a ele, ou algo similar, mas deixava meu posicionamento claro com uma voz firme. Eu tinha minhas razões para tomar tais atitudes.
Nem era apenas uma questão de conhecer ele ou não, mas também de que seus objetivos não pareciam se alinhar com os meus, nem mesmo com a da causa que viemos aqui para resolver, afinal, estamos aqui para conseguir evitar uma possível catástrofe que pode transformar Urco em uma distopia.-E ainda mais Senhor Elfo. Não posso arriscar a vida de outra pessoa na minha cruzada, sem saber se ela está tão determinada quanto eu a trabalhar pelo bem maior.-Não se tratava apenas de querer estar lá, mas de saber que a morte poderia nos aguardar em cada curva que fizermos.
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
Bem... O suposto Taliesin não havia confirmado ou dado uma resposta sólida de que ele era ou apenas um aproveitador. Ok, minha culpa, totalmente. Havia dado nome e informações suficientes para que um qualquer pudesse querer passar-se de raposa para poder receber qualquer regalia de uma aventureira que o buscava há anos. Parecia um galanteador barato, ainda a quis comprar com vinho (o que não era exatamente uma má ideia), mas toda sua fala e movimentação era rasa, não do tipo misterioso e sim, como alguém que fala o que os outros querem ouvir e esconde sua essência, o que fazia ser suspeito, no mínimo. Quem era essa homem?
Ao saltar no colo de Lyora, a mesma se espantou em ver a transformação, mas não fora contra, inclusive, pude sentir a ponta de seus dedos tocando no topo de minha cabeça e sem ao menos perceber, comecei a ronronar. Era melhor fechar os olhos para aproveitar melhor.
Seu "cavalo de aço" era magnífico e chamativo, era isso que ela tinha em mãos e o transformou em um pingente? A versatilidade daquele artefato era simplesmente incrível. Era impossível não se maravilhar e ter uma curiosidade em como mais poderia espantar os demais. Ele criava asas e agarrava-se ao vento, sendo arma e montaria ao mesmo tempo. Nunca antes houvera visto algo desse tipo, no máximo, tendo visto algo semelhante e muito mais primitivo quando fora para Aço-Áureo. Sentia que queria andar por ali e explorá-lo em sua pequena forma felina, pois assim teria mais território à percorrer antes que acabasse.
Meu corpo estava totalmente relaxado sobre as pernas da princesa, mas subitamente ela arrancou e me assustei, dando um salto e tentando cravar as garras em seu corpo, para me segurar, abraçando seu tronco em minha forma pequena, fazendo um pequeno som de protesto para que pudesse entender o que ocorria, pois em minha mente, imaginava que o suposto Taliesin iria se apresentar e então iríamos seguir em viagem até o próximo ponto.
Alguém pegou o mapa? Lyora estava anteriormente na casa do chefe, mas eu estava encarregada de achá-lo e pedir pelo papel. Ela houvera pego? Talvez eu devesse descer e ir procurar enquanto eles se entendem.
Saltei do colo da mulher e sacudi um pouco o corpo, para tirar o excesso de terra. Olhei para trás e a vi, séria e montada na "Eagle". Sua pose fazia jus à sua posição na realeza, ou mais que isso, exalava uma imponência que quase me fazia querer ajoelhar-me diante dela e proferir palavras de lealdade, pois saberia que enquanto estivéssemos juntas, ela me protegeria com toda a força que uma estrela tem. Olhei para minhas patinhas enfaixadas (e aproveitei e lambi meu pelo) e me perguntei o que ela via quando olhava para mim. Uma garota seminua toda machucada, trajando apenas cintos de couro, um cachecol e faixas, concordava que isso não demonstrava habilidade ou segurança. Me espreguicei um pouco, erguendo toda a extensão enquanto ficava na ponta das patas, arqueando a coluna e mostrando as garras, dei um salto na direção dela, ficando mais uma vez em seu colo, mas não aninhada e sim, sentada, olhando-a (e quebrando sua pose legal) e me intrometendo em seu interrogatório para com o elfo.
- Não pegou o mapa, né? Orcs são estranhos, mas... Fique aqui, eu já volto. Não devemos nos perder. - Ergui a patinha e encostei em seu ventre (era para ser no rosto, como um "já volto", mas nossa diferença de tamanho era algo que poderia ser remediado, mas assim eu consumia menos espaço em uma veículo de apenas duas rodas, temendo que meu peso a fizesse perder o equilíbrio, preferindo ficar pequena o suficiente para não atrapalhá-la, tendo total confiança em suas capacidades, mesmo que nunca a houvera visto, só o fato dela ser da Dead Garden já me dizia muito, tanto de sua índole, quanto de suas habilidades. - Você me esperará? - Só falei para provocá-la mesmo, afinal, mesmo ela sendo uma orgulhosa nobre, eu era o que chamam de uma apex e tinha também minha pequena carga de soberba, mesmo que seja mais uma birra.
Bati com a cauda nela, como um bom aviso que sairia dali e saltei de seu colo (lhe devolvendo a dignidade de parecer legal com o veículo) e passando por baixo das pernas do elfo, corri para dentro da vila dos orcs, vendo a bagunça que aquilo era, algo que em períodos comuns, não era possível se perceber sem que estivesse dessa forma, completamente abandonada. A destruição que eles causavam em si mesmos, parecia que havia uma raiva que os fazia usar força bruta em tudo pelo simples motivo de que não havia outra forma. Como as cabanas tinham falhas e eram preenchidas com um toco, osso ou qualquer coisa que pudesse segurar por mais um tempo; O solo, que sim, é feito para ser pisoteado, mas é realmente preciso deixar marcas ao andar? Duvidava que cada uma daquelas criaturas pesassem mais que uma tonelada para que fosse visível as pegadas em terra sólida; As armas descartadas, talvez lembradas de serem afiadas ou reutilizadas para formular uma nova, sendo muito mais trabalho, mas mais fácil de se afiar do que ter que cuidar delicadamente da lâmina e dos grossos cabos de madeira, muitas vezes esmagados por tamanha potência herculana que eram seguradas. Dei apenas uma olhada naquele tonel d'água que eles bebiam o dia todo e senti um frio na espinha, me imaginando dentro daquilo e voltando em minha corrida, mas agora, não como antes, alargando minhas passadas quase que em saltos e sim, juntando as patinhas para um galope mais controlado e assustado.
Adentrei na cabana do líder e subi na mesa, olhei minha própria bagunça e nem ao menos me preocupei em arrumar, pois tinha gente me esperando. Estranhamente, os papéis estavam todos no chão e o mapa jogado em um canto, todo amassado. Por Apatti e todo o panteão, o que tinha ocorrido ali? Meus batimentos deram uma acelerada e eu sabia que não era por correr e sim, por uma preocupação com a minha companheira. Bati com a cabeça num ponto do mapa e assim que ele pegou peso, enrolá-lo fora fácil logo em seguida, mesmo que os amassados, de vez em quando, ficassem duros e difíceis de malear. Me sentei e fiquei olhando-o por um momento enquanto pensava, abanando a cauda. Não deve ter dado vinte segundos quando me posicionei e o coloquei abaixo do meu cinto que circundava o corpo, pressionando o papel contra a pelagem e me sentindo, anormalmente suja por nenhum motivo aparente. Ia para fora sem mais me deter ali dentro, mas dei uma olhada nas frutas caídas e pensei um pouco: "se comemos uma goiaba que cai da árvore, que diferença faz?". Não parecia exatamente higiênico, mas a vida de viajante às vezes exige um pouco de sobrevivência. Mordi a casca de uma maçã e tentei correr, mas aquele mapa, que era maior que meu tamanho, me retirava um pouco do equilíbrio, mas mais, da aerodinâmica e minha noção de espaço ia-se junto. Soltei e preferi pegar uma banana (por ser mais leve) e corri.
Enchi o peito e corri com toda minha energia de volta, vindo como um pequeno risco branco-acinzentado e dando um pulo errôneo, pois a areia era fina em meus pés e muito fora perdido na inércia, me fazendo chocar contra a coxa de Lyora. Nada que tenha machucado qualquer uma de nós, mas se fosse outra pessoa, talvez tivesse ficado envergonhada, mas eu estava mais focada em retornar para seu colo e sentir o calor de suas palmas que me tocavam como um tímido e intrusivo raio solar numa tarde preguiçosa. Dessa vez, sabendo já do campo que estava, me ajeitei e até simulei um salto, não realmente o fazendo por três vezes até que enfim, o fiz, indo direto para cima de suas coxas e rodopiando, para tirar a areia, dando tapas com as almofadinhas para limpá-la. Olhei-a e dei um miado impensado, sem soltar das presas o fruto.
Acredito que herdei isso de meus parentes felidae, mas essa preocupação em saber se os outros são predadores que possam caçar ou, no mínimo, encontrar comida, era algo que me consumia, quando em companhia de outros que não fossem Ban'nin, o negligenciando um pouco (na dúvida, sabia que ele me esfolaria ou a si para saciar, não apenas sua ansiedade e mau humor do dia). Larguei a banana em seu colo, ainda bem protegida pela casca e falei com certo receio, ritmando a cauda atrás de mim, mas sem erguê-la, mostrando que temia invadir o espaço da humana. Aproveitei e baixei as orelhas para ter uma aparência menor.
- Eu não sei se chegou a comer. A cabana estava uma bagunça e... - Não desviei o olhar, mas a fiquei encarando, piscando e esperando que ela entendesse sem que eu tivesse que me sujeitar a humilhação que estava preocupada com sua alimentação. - Está machucada? Eu não sou boa com curas, mas posso enfaixá-la. Ah, eu trouxe uma banana... Estava no chão, mas acho que ainda está boa. Se for pouca, eu tenho... Um... É estranho e difícil explicar, mas eu posso fazê-la ser mais satisfatória.
Voltava minha atenção então para Taliesin. Ambos haviam se entendido? Ainda estavam brigando? Talvez longe dos outros, ele tivesse um pouco mais de coragem para se abrir e explicar seu passado, se fosse o verdadeiro mesmo. Talvez não houvera aberto o jogo ainda por simplesmente estar agindo sob um disfarce, afinal, raposas eram conhecidas por serem tão traiçoeiras que fariam cobras ter uma boa reputação no Palácio de Prata. Movi a cabeça para o lado e olhei novamente para Lyora, agora a cauda quase não se movia e me encolhia mais.
- Talvez sinta nojo... Minha habilidade vem da saliva ou do sangue... Você teria nojo da minha boca? - Talvez como uma gata, ela tivesse, afinal, eu poderia ser vista como um animal e não como uma pessoa, então preferi voltar a ser quem normalmente era. Posso ter uma experiência em fugas e combate, mas socializar é algo meio estranho para mim, ainda mais quando me sinto tão possuída por meus instintos animalescos.
Se antes era uma pequena gata sentada em seu colo, agora era uma mulher sentada sobre suas coxas, apoiando os pés na maquinaria do veículo. Estava a encarando, portanto, simplesmente aparecia em sua frente, nossos narizes quase se chocando e para lhe dar o mínimo de espaço pessoal, em um movimento meio desajeitado, me joguei para trás e me recostei no painel. As mãos dela, provavelmente estariam segurando para que não capotasse e tentando ajudar (para não atrapalhar mais), coloquei minhas palmas sobre as dela, o que, em minha cabeça, eu estaria fazendo o trabalho de manter o equilíbrio para si. Estar com a barriga tão à mostra assim, na forma anterior, era confortável, mas agora, me sentia totalmente indefesa e nem ao menos ousava olhar para Taliesin, usando uma velha estratégia militar, de que se eu posso vê-los, eles podem me ver, então era melhor nem ao menos enxergar os arredores, focando totalmente no desenho dos olhos de Lyora e me esforçando um pouco para manter a pose.
Obviamente, dependendo de sua resposta, eu nem ao menos iria me transformar de volta, apenas me aquietaria e deixaria que ela jogasse o fruto fora. Lembrava dela recusando inicialmente comer, talvez já houvesse comido, mas não vi e se eu houvera mordiscado antes, após uma viagem a noite inteira e dormido forçado, muito provavelmente ela tinha passado por mais ou menos o mesmo. Era um jogo de chances e por enquanto, ia me preocupar com o bem-estar da princesa para que pudéssemos fazer uma viagem longa até o outro ponto.
Se o mapa não houvera sido retirado de minhas costas, ele ainda estaria amarrado contra os cintos do meu braço. Não era desconfortável e o sentimento de sujeira não era mais presentes, conseguiria ignorá-lo por enquanto.
Ao saltar no colo de Lyora, a mesma se espantou em ver a transformação, mas não fora contra, inclusive, pude sentir a ponta de seus dedos tocando no topo de minha cabeça e sem ao menos perceber, comecei a ronronar. Era melhor fechar os olhos para aproveitar melhor.
Seu "cavalo de aço" era magnífico e chamativo, era isso que ela tinha em mãos e o transformou em um pingente? A versatilidade daquele artefato era simplesmente incrível. Era impossível não se maravilhar e ter uma curiosidade em como mais poderia espantar os demais. Ele criava asas e agarrava-se ao vento, sendo arma e montaria ao mesmo tempo. Nunca antes houvera visto algo desse tipo, no máximo, tendo visto algo semelhante e muito mais primitivo quando fora para Aço-Áureo. Sentia que queria andar por ali e explorá-lo em sua pequena forma felina, pois assim teria mais território à percorrer antes que acabasse.
Meu corpo estava totalmente relaxado sobre as pernas da princesa, mas subitamente ela arrancou e me assustei, dando um salto e tentando cravar as garras em seu corpo, para me segurar, abraçando seu tronco em minha forma pequena, fazendo um pequeno som de protesto para que pudesse entender o que ocorria, pois em minha mente, imaginava que o suposto Taliesin iria se apresentar e então iríamos seguir em viagem até o próximo ponto.
Alguém pegou o mapa? Lyora estava anteriormente na casa do chefe, mas eu estava encarregada de achá-lo e pedir pelo papel. Ela houvera pego? Talvez eu devesse descer e ir procurar enquanto eles se entendem.
Saltei do colo da mulher e sacudi um pouco o corpo, para tirar o excesso de terra. Olhei para trás e a vi, séria e montada na "Eagle". Sua pose fazia jus à sua posição na realeza, ou mais que isso, exalava uma imponência que quase me fazia querer ajoelhar-me diante dela e proferir palavras de lealdade, pois saberia que enquanto estivéssemos juntas, ela me protegeria com toda a força que uma estrela tem. Olhei para minhas patinhas enfaixadas (e aproveitei e lambi meu pelo) e me perguntei o que ela via quando olhava para mim. Uma garota seminua toda machucada, trajando apenas cintos de couro, um cachecol e faixas, concordava que isso não demonstrava habilidade ou segurança. Me espreguicei um pouco, erguendo toda a extensão enquanto ficava na ponta das patas, arqueando a coluna e mostrando as garras, dei um salto na direção dela, ficando mais uma vez em seu colo, mas não aninhada e sim, sentada, olhando-a (e quebrando sua pose legal) e me intrometendo em seu interrogatório para com o elfo.
- Não pegou o mapa, né? Orcs são estranhos, mas... Fique aqui, eu já volto. Não devemos nos perder. - Ergui a patinha e encostei em seu ventre (era para ser no rosto, como um "já volto", mas nossa diferença de tamanho era algo que poderia ser remediado, mas assim eu consumia menos espaço em uma veículo de apenas duas rodas, temendo que meu peso a fizesse perder o equilíbrio, preferindo ficar pequena o suficiente para não atrapalhá-la, tendo total confiança em suas capacidades, mesmo que nunca a houvera visto, só o fato dela ser da Dead Garden já me dizia muito, tanto de sua índole, quanto de suas habilidades. - Você me esperará? - Só falei para provocá-la mesmo, afinal, mesmo ela sendo uma orgulhosa nobre, eu era o que chamam de uma apex e tinha também minha pequena carga de soberba, mesmo que seja mais uma birra.
Bati com a cauda nela, como um bom aviso que sairia dali e saltei de seu colo (lhe devolvendo a dignidade de parecer legal com o veículo) e passando por baixo das pernas do elfo, corri para dentro da vila dos orcs, vendo a bagunça que aquilo era, algo que em períodos comuns, não era possível se perceber sem que estivesse dessa forma, completamente abandonada. A destruição que eles causavam em si mesmos, parecia que havia uma raiva que os fazia usar força bruta em tudo pelo simples motivo de que não havia outra forma. Como as cabanas tinham falhas e eram preenchidas com um toco, osso ou qualquer coisa que pudesse segurar por mais um tempo; O solo, que sim, é feito para ser pisoteado, mas é realmente preciso deixar marcas ao andar? Duvidava que cada uma daquelas criaturas pesassem mais que uma tonelada para que fosse visível as pegadas em terra sólida; As armas descartadas, talvez lembradas de serem afiadas ou reutilizadas para formular uma nova, sendo muito mais trabalho, mas mais fácil de se afiar do que ter que cuidar delicadamente da lâmina e dos grossos cabos de madeira, muitas vezes esmagados por tamanha potência herculana que eram seguradas. Dei apenas uma olhada naquele tonel d'água que eles bebiam o dia todo e senti um frio na espinha, me imaginando dentro daquilo e voltando em minha corrida, mas agora, não como antes, alargando minhas passadas quase que em saltos e sim, juntando as patinhas para um galope mais controlado e assustado.
Adentrei na cabana do líder e subi na mesa, olhei minha própria bagunça e nem ao menos me preocupei em arrumar, pois tinha gente me esperando. Estranhamente, os papéis estavam todos no chão e o mapa jogado em um canto, todo amassado. Por Apatti e todo o panteão, o que tinha ocorrido ali? Meus batimentos deram uma acelerada e eu sabia que não era por correr e sim, por uma preocupação com a minha companheira. Bati com a cabeça num ponto do mapa e assim que ele pegou peso, enrolá-lo fora fácil logo em seguida, mesmo que os amassados, de vez em quando, ficassem duros e difíceis de malear. Me sentei e fiquei olhando-o por um momento enquanto pensava, abanando a cauda. Não deve ter dado vinte segundos quando me posicionei e o coloquei abaixo do meu cinto que circundava o corpo, pressionando o papel contra a pelagem e me sentindo, anormalmente suja por nenhum motivo aparente. Ia para fora sem mais me deter ali dentro, mas dei uma olhada nas frutas caídas e pensei um pouco: "se comemos uma goiaba que cai da árvore, que diferença faz?". Não parecia exatamente higiênico, mas a vida de viajante às vezes exige um pouco de sobrevivência. Mordi a casca de uma maçã e tentei correr, mas aquele mapa, que era maior que meu tamanho, me retirava um pouco do equilíbrio, mas mais, da aerodinâmica e minha noção de espaço ia-se junto. Soltei e preferi pegar uma banana (por ser mais leve) e corri.
Enchi o peito e corri com toda minha energia de volta, vindo como um pequeno risco branco-acinzentado e dando um pulo errôneo, pois a areia era fina em meus pés e muito fora perdido na inércia, me fazendo chocar contra a coxa de Lyora. Nada que tenha machucado qualquer uma de nós, mas se fosse outra pessoa, talvez tivesse ficado envergonhada, mas eu estava mais focada em retornar para seu colo e sentir o calor de suas palmas que me tocavam como um tímido e intrusivo raio solar numa tarde preguiçosa. Dessa vez, sabendo já do campo que estava, me ajeitei e até simulei um salto, não realmente o fazendo por três vezes até que enfim, o fiz, indo direto para cima de suas coxas e rodopiando, para tirar a areia, dando tapas com as almofadinhas para limpá-la. Olhei-a e dei um miado impensado, sem soltar das presas o fruto.
Acredito que herdei isso de meus parentes felidae, mas essa preocupação em saber se os outros são predadores que possam caçar ou, no mínimo, encontrar comida, era algo que me consumia, quando em companhia de outros que não fossem Ban'nin, o negligenciando um pouco (na dúvida, sabia que ele me esfolaria ou a si para saciar, não apenas sua ansiedade e mau humor do dia). Larguei a banana em seu colo, ainda bem protegida pela casca e falei com certo receio, ritmando a cauda atrás de mim, mas sem erguê-la, mostrando que temia invadir o espaço da humana. Aproveitei e baixei as orelhas para ter uma aparência menor.
- Eu não sei se chegou a comer. A cabana estava uma bagunça e... - Não desviei o olhar, mas a fiquei encarando, piscando e esperando que ela entendesse sem que eu tivesse que me sujeitar a humilhação que estava preocupada com sua alimentação. - Está machucada? Eu não sou boa com curas, mas posso enfaixá-la. Ah, eu trouxe uma banana... Estava no chão, mas acho que ainda está boa. Se for pouca, eu tenho... Um... É estranho e difícil explicar, mas eu posso fazê-la ser mais satisfatória.
Voltava minha atenção então para Taliesin. Ambos haviam se entendido? Ainda estavam brigando? Talvez longe dos outros, ele tivesse um pouco mais de coragem para se abrir e explicar seu passado, se fosse o verdadeiro mesmo. Talvez não houvera aberto o jogo ainda por simplesmente estar agindo sob um disfarce, afinal, raposas eram conhecidas por serem tão traiçoeiras que fariam cobras ter uma boa reputação no Palácio de Prata. Movi a cabeça para o lado e olhei novamente para Lyora, agora a cauda quase não se movia e me encolhia mais.
- Talvez sinta nojo... Minha habilidade vem da saliva ou do sangue... Você teria nojo da minha boca? - Talvez como uma gata, ela tivesse, afinal, eu poderia ser vista como um animal e não como uma pessoa, então preferi voltar a ser quem normalmente era. Posso ter uma experiência em fugas e combate, mas socializar é algo meio estranho para mim, ainda mais quando me sinto tão possuída por meus instintos animalescos.
Se antes era uma pequena gata sentada em seu colo, agora era uma mulher sentada sobre suas coxas, apoiando os pés na maquinaria do veículo. Estava a encarando, portanto, simplesmente aparecia em sua frente, nossos narizes quase se chocando e para lhe dar o mínimo de espaço pessoal, em um movimento meio desajeitado, me joguei para trás e me recostei no painel. As mãos dela, provavelmente estariam segurando para que não capotasse e tentando ajudar (para não atrapalhar mais), coloquei minhas palmas sobre as dela, o que, em minha cabeça, eu estaria fazendo o trabalho de manter o equilíbrio para si. Estar com a barriga tão à mostra assim, na forma anterior, era confortável, mas agora, me sentia totalmente indefesa e nem ao menos ousava olhar para Taliesin, usando uma velha estratégia militar, de que se eu posso vê-los, eles podem me ver, então era melhor nem ao menos enxergar os arredores, focando totalmente no desenho dos olhos de Lyora e me esforçando um pouco para manter a pose.
Obviamente, dependendo de sua resposta, eu nem ao menos iria me transformar de volta, apenas me aquietaria e deixaria que ela jogasse o fruto fora. Lembrava dela recusando inicialmente comer, talvez já houvesse comido, mas não vi e se eu houvera mordiscado antes, após uma viagem a noite inteira e dormido forçado, muito provavelmente ela tinha passado por mais ou menos o mesmo. Era um jogo de chances e por enquanto, ia me preocupar com o bem-estar da princesa para que pudéssemos fazer uma viagem longa até o outro ponto.
Se o mapa não houvera sido retirado de minhas costas, ele ainda estaria amarrado contra os cintos do meu braço. Não era desconfortável e o sentimento de sujeira não era mais presentes, conseguiria ignorá-lo por enquanto.
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
FANTASMA
Falas de Noneco Poneco, o Magnífico: Azul
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Notou a negativa da mulher portadora da máquina esquisita e suas justificativas. Colocou seus dois olhos de coloração esverdeada encarando-a fixo diante daquilo, se colocou a frente a olhando nos olhos de coloração mais incandescente da mesma, agora com uma visão total. Inclinou-se um pouco a frente.
– Mais um motivo para eu usar tal expressão num elogio exagerado, porque eu realmente posso ver o sopro morno da arte solar emanando! E acredite em mim, eu sei da beleza solar, eu sou um súdito do Imperador de Firdaz. – Respondeu a motoqueira. – Onde estão meus modos, não é mesmo? Sou Taliesin, feiticeiro, bardo, aventureiro, representante comercial, entre outras coisas não tão interessantes... – Esboçou o que seria uma leve piscadela, mequetrefe como era. Claro que escondia todas suas credenciais, mas não faziam diferença naquele momento se sabiam delas ou não – Só acho que sair contigo daqui é uma maneira de primeiramente eu cair fora do meio dessa confusão de merda...
Ela dizia de tarefas ali com uma importância, o que fazia com que ele tivesse que escolher boas palavras para o momento. Gesticulou de leve como se demarcasse uma pausa em qualquer fala seguinte.
– Nem mais nem menos, acha que eu fugiria de uma situação onde o perigo pode se espalhar facilmente pelas redondezas, cara flor incandescente? Agradeço a preocupação, mas... acredito que eu posso ser de utilidade para auxiliar a espalhar tão nobre chama como a sua. – Fez uma leve reverência, discreta. O tempo passava, precisava cair fora dali, tinha alguma coisa vindo. Apesar de que... estaria indo pra outro canto pior? Mas pelo menos era melhor do que ser deixado para se esquivar de orcs e saurídeos. – Claro, nesse momento de necessidade, louvada seja a chama solar e claro, a sapiência.
Seu olhar fixo parecia não notar o fato de que Haruka por um tempo havia dado uma escapulida de leve, e matutava o seguinte na cabeça de vento: “Essa mulher tem tudo o que me faz desviar o atalho e ir pelo caminho duro, gastando energia loucamente... certinha numa missão, aparência forte, madura e feroz. Radiante como o sol, queimando como o fogo no peito. Do jeitinho que eu me meto numa briga a favor dela e saio preso mas sem arrependimentos. Hábitos assim, nunca morrem, Taliesin. A energia, cara, a energia dela.”
Precisava não transparecer o gosto na coisa, mesmo tentando ficar discreto numa mordida no lábio enquanto a encarava.
– É tipo vários coelhinhos numa cajadada só, bela. Eu estou ajudando os indefesos como faço sempre que possível, fazendo controle de pragas e também brandindo espadas com uma beldade. – Era como neurônios não funcionantes de um homem que era conhecido por sua inteligência, cria de Zhili. Coçou o cabelo sem jeito quando notou sua postura.
Após a volta de Haruka não deixou de notar a situação que se desenrolava com as mulheres próximas ali. Levantou as sobrancelhas. Muitos devotos de Zhili adoravam equações como arte, ele mesmo em Firdaz preferia é espiar sacerdotisas de Helia. Não duma forma criminosa, deixando claro.
Até ali manteve uma postura retornando ao sério, despreocupado. Pensava consigo mesmo “O Jardim não é Morto, é bem Florido na real e que fragrância de dama, a Companhia Velada não tem isso.”
– Então aí, ruiva radiante, flor incandescente. Além do mais a colossal peit... nossa amiga em comum de colossal habilidade parece me conhecer bem, acho que devo a ela uma mãozinha para me esclarecer a situação depois. – Sorriu de canto para Haruka, agora já mais calmo com suas matutações de mulherengo que deveriam esperar. Se expressou rapidamente com os dedos deixando fluir de forma não natural as correntes de vento que soltavam linhas esverdeadas da energia etérea dele mesmo sem muita dificuldade. – A não ser que vocês precisem de espaço. Porque convenhamos, pra que embrenhar no mato em dois se pode em três né?
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
Bananas Grandes e Elfos Suspeitos
A fofuxinha que tava no meu colo se levantou saltando, ela era tão amigável naquela forma felina, apesar disso, ela tinha um modo de falar que havia me deixado me perguntando mais uma vez, que tipo de intenções ela tinha? Felinas são realmente misteriosas, ou talvez sejam as pessoas dessa era. A patinha fofinha tocando minha barriga me fazia sorrir toda boboca, acariciando embaixo do queixo dela com o dedo, enquanto deixava ela sair.-Sem dúvidas, senhorita, patas fofinhas!! Estarei esperando aqui.-Dessa vez apenas aceitei a derrota, ela criava um caos na minha mente, gerando múltiplos pensamentos que roubavam minha concentração.
Então observei sua partida, e deixei que saísse enquanto me voltei novamente ao senhor elfo, que aparentemente se explicava de maneira ainda não tão convincente. Seu elogio bem... Era quase blasfemo, e não me ateria a corrigir ele de novo. Então arqueei uma de minhas sobrancelhas ouvindo aquilo, e fui ouvindo ele com uma expressão que evidenciava minhas suspeitas.
Sim, eu tinha um olhar sincero naquele momento, uma face que poderia ser lida como um panfleto, que indicava o que senti quando ele se explicava, e era confusão e dúvidas, isso que ele havia deixado em sua rasa apresentação.-Desculpe-me, mas ainda sinto que nossas ideias estão desalinhadas senhor confuso. Nos não vamos sair daqui, além disso, você é um artista, não é? Porque iria se submeter a trabalhos complicados.- comentei com ele tentando extrair mais alguma coisa dele, aquelas muitas profissões faziam ele ser mais suspeito.
Digo um cara desses não ia querer se envolver em tramoias do tipo que me envolvo, ele tem mais cara de jogos políticos e enganações... Tramoias, e talvez jogos e prostitutas, e não tenho interesse em nada disso, afinal, não me sobrou terra para governar, não sou boa em jogos, e bem... Não sou do tipo que me deitaria com prostitutas... Eu acho... Talvez não esteja tão certa sobre isso.
Enfim, agora sim ele tinha dito um elogio digno, flor incandescente. Isso, sim, me soava como uma alcunha digna, talvez, como nome de cavaleira em apresentação "Lyora Stardust, Princesa das Flores Incandescentes". Dessa eu gostei, mas talvez fique longa demais, devo pensar em algo mais curto, se bem que, deixa para lá, as pessoas que inventam esses nomes e alcunhas, eu vou acabar com algum epíteto chato tipo "A Ruiva" ou "A Cruzado" ou algo assim.
Mas ele não ia me vencer na lábia barata, quer dizer, talvez ele tenha me feito ficar um pouco menos irritada, ainda assim não pude deixar de continuar em meus questionamentos.-Na verdade, você cheira a fuga Senhor Suspeito. A fuga, traição e tramoias. Claro, isso não passa de observações que realizei baseada em meu treinamento militar. Mas não quer dizer que você vá me trocar por uma uva no caminho, só que você não daria sua vida por uma causa. Estou errada, senhor ardiloso?- Esse tipo de afirmação poderia me colocar numa posição difícil, acontece que foi a forma que encontrei de tentar forçar mais informações que o comum. Já que esse papo de brandir espadas com beldades, me parecia papo de bardo.
Enquanto isso, finalmente a felina voltou, e veio direto para o meu colo, mas dessa vez na forma humanoide, ela sentou-se sobre mim, o que me deixou sem ação por alguns segundos, senti a maciez de suas coxas se depositando sobre as minhas, conforme pude apreciar o formato e tamanho de seus quadris, enquanto olhava para as sinuosas curvas, agora vendo ela de muito perto, a tocando.
Instintivamente a segurei com os braços para que ela não caísse da moto, repousando suas costas sobre meu braço direito, enquanto a recostei sobre meu busto, deixando que seu ombro ficasse entre meus seios, enquanto seu antebraço acabaria por tocar minha barriga, mas diferente da patinha daquela hora, ela conseguiria sentir a musculatura do abdômen marcado. Algo cultivado em anos de treinamento e esforço.
De certo modo senti um calor subir pelo meu corpo, soltando um sorriso diferente dos demais até agora, talvez eu devesse me envergonhar da devassidão daquela expressão, que demonstrava o pior de mim, era um sorriso que continha malicia, e um olhar que deixava escapar a libido. Foi momentâneo até eu recobrar minha postura, olhando a banana que ela trouxe para mim, algo que não entendo bem, mas me deixou feliz, ela tinha mesmo se preocupado comigo.-Oh, obrigado Senhorita Coxas macias. Irei gostar de comer uma fruta tropical como esta.-Comentei, começando a descascar a banana enquanto ela falava sobre suas habilidades.
Aquilo era fascinante, fazer as coisas crescerem, não é mesmo, isso me parece muito útil, eu poderia variar entre adagas e claymores em minhas lutas, como luto com todos os tipos de armas marciais isso seria incrível, e sem pensar muito disse.-Que fascinante, Senhorita Quadris Largos, eu gostaria de comer uma banana grande, você pode lamber essa banana para mim? Gostaria de ver como ela cresce quando faz isso.-Disse com um olhar de empolgação, totalmente animada para ver aquilo acontecendo. Era uma habilidade que não poderia dispensar.
Conforme ela ia falando, respondi novamente sem pensar.-Ah nojo? Não, eu não costumo ter nojo das coisas, digo, eu poderia nadar até num lamaçal sem problema algum.- E só após dizer isso percebi que não era uma boa coisa de se falar e que poderia ser levada para um lado ofensivo.-Oh... Não que essa experiencia seja comparável, eu só... Fui treinada, mas não seria algo desagradável, ah, você me entendeu.-terminei me complicando toda.
E por fim, tínhamos de voltar aos assuntos mais sérios e complicados.-Ah, sim, desculpe Senhor elfo, saímos pela tangente, o rapaz aqui disse que você conhece ele, isso é verdade? Ele é alguém importante para suas resoluções?-Já que ele tinha dito que ela era ligada a ele, agora era a hora de tirar a prova, e se esse fosse o caso, aí, sim, poderíamos seguir adiante.
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
Ao me transformar em "humana" novamente, Lyora me agarrava para que não caísse e isso me pegou totalmente desprevenida. Ao estar justa sobre seu colo, por um momento, olhei para a frente, mas não para o rapaz e sim, ao nada, pois não esperava tal reação. Entortei a cabeça para o lado sem entender o motivo dela me segurar, pois não era necessário, já que minhas habilidades felinas me garantem uma boa flexibilidade um reflexo de causar inveja, ao menos, para quedas. Virei o rosto para ela, pisquei duas vezes e a encarei mais uma vez, erguendo as orelhas em confusão, mas baixando-as levemente e ficando com uma expressão mais natural. Ela talvez não tivesse relevado minhas habilidades inatas e sim, em uma preocupação com uma queda. Não iria culpá-la, então encostei a cabeça em seu queixo e me esfreguei até sua bochecha como um agradecimento pelo ato.
O toque em seu corpo era totalmente diferente de quando eu era uma pequena gatinha. O corpo dela era mais rijo, sentia-a como uma lutadora e nunca sua imagem trouxe alguma coisa que não fosse "forte". Eu, com certeza, não tinha exatamente muito tamanho, mas ela só precisava de um braço para aguentar-me em totalidade, além de haver a diferença que faltava para que ficássemos em igualdade, pois sentia seu queixo contra minha franja.
Por um momento, me perdi em pensamentos, imaginando-a sem aquela roupa grossa. Ela teria cicatrizes? Teria um corpo lapidado em pedras? Minha perspectiva era muito mais curiosidade do que o sexual, porém ocasionalmente, tal pensamento veio, pois em que oportunidade teria para ver isso, durante um banho em águas termais em Mu? Enrubesci levemente, erguendo os ombros e abaixando um pouco a cabeça, me encolhendo para esconder dos olhares alheios. Minhas mãos também iam até meus próprios seios, fazendo um "x" sobre os mesmos, pois sentia que tocar em seu abdômen era algo muito íntimo, ao menos, mais que estar no colo dela.
- L-lamber?! - O pedido dela me pega mais desprevenida ainda! Lamber? Eu iria simplesmente deixar um pouco de saliva cair, mas sem cuspir, pois seria nojento. Mas talvez, o escorrer pudesse parecer pior ainda.
Minha reação também não fora muito melhor, pois me remexi em seu colo e balancei a cauda agressivamente, parecendo que a mesma queria fugir e deixar minha coluna para trás, claramente inconformada com o pedido. Ergui a cabeça e olhei-a diretamente nos olhos, buscando a misericórdia que apenas uma princesa poderia dar, mas isso foi inocência de minha parte, pois se ela realmente o fosse, então eu deveria saber que sua palavra era absoluta e não haveria nada que uma mera mortal sem títulos e graça poderia contradizê-la.
Lyora ainda tinha a banana descascada em mãos, logo em minha frente. Olhei-a uma última vez e parecia que ela me oferecia, falando casualmente sobre não ter nojo e de seu treinamento. Eu entendia bem o que ela queria dizer, não precisava de toda aquela explicação, mas era uma graça vê-la se desdobrando em palavras para falar comigo, então não a impedia, além do mais, me ajudava a criar tempo para criar coragem.
Suspirei e encarei o fruto em minha frente, abri a boca e coloquei a língua para fora, pois minha ideia inicial era de deixar a saliva escorrer até tocar na banana e fazê-la crescer, mas à pedido da princesa, eu teria que lamber. Uma única vez era o necessário, então para que meus fios não seguissem o mesmo destino, empurrei com a ponta de dois dedos para trás e fiquei segurando para que a franja não escorresse novamente, deixando meus olhos livres para não encarar mais o fruto e sim, o elfo em minha frente.
Um pouco tímida, não movi o corpo e sim, somente o rosto ao aproximar e encostar a língua no fruto, que com o estímulo da saliva, ele cresceu até preencher minha boca. Não crescia muito, afinal, meu talento para o orgânico era inferior ao inorgânico. Talvez mais uma lambida, aproveitando que estava dentro da boca, passaria a língua mais uma vez, provando para ambos próximos a mim que eu usaria a habilidade mais uma vez, para que a banana ficasse três vezes seu tamanho natural.
Com certo esforço, abri um pouco mais a boca, recuando um pouco a cabeça, mas ainda preenchida, passei a língua na ponta do fruto, circulando o perímetro e permitindo que crescesse uma segunda vez, mas agora, indo além do meu limite e empurrando contra a parte interna da bochecha. Fechei um pouco os olhos pelo esforço de não sufocar e infelizmente, lembrei do combate que havia por perto.
Uma trovoada forte vinha do eletrossauro e o grito de muitos orcs me pegou totalmente desprevenida enquanto estava concentrada, então me joguei para trás, igual uma criança que não quer comer mais, desviando o rosto e respirando pesado enquanto ainda havia um pouco de saliva em meu queixo. Tossi algumas vezes e percebi que tinha engolido em reflexo um pedaço da banana ao arrancá-la com meus dentes no movimento brusco.
Sinceramente, eu não sabia o que fazer em seguida: me limpava ou tentava esconder minha vergonha? Talvez não deixar aquele negócio mordido e cheio de saliva ali na frente de todos, seria nojento? Mesmo que não fosse, eu quem causei seu crescimento e arranquei a ponta, então com o rosto virado, coloquei as mãos rapidamente sobre, afundando a palma numa gosma pálida. Lyora deve ter sentido o calafrio que senti, pois estremeci um pouco o corpo e me arrependendo rapidamente do que fiz.
Com uma mão, limpei meu rosto todo lambuzado, esfregando as bandagens do antebraço como uma manga de camisa. Com a outra, empurrei o fruto para Lyora e ia até falar algo para ela, mas acabei tossindo com o rosto virado, mas ouvi o que ela falava do elfo. Olhei-a e como era encantadora, gostaria que ela me olhasse assim para sempre, mas ao mesmo tempo, gostaria que afagasse minha cabeça e agradecesse por ter feito o que havia sido pedido, ela só o faria se eu virasse uma gatinha novamente? Não queria testar os limites da princesa, ao menos, não nesse primeiro momento. De qualquer forma, sacudi as palmas para limpar qualquer vestígios que havia ali, ou esfregaria em minha barriga (depois viraria uma gatinha e me limparia como normalmente se faz).
Me ajeitei um pouco melhor e para que ela pudesse segurar seu fruto com mais sustento, juntei as mãos sobre seus ombros, entrelaçando meus dedos e fazendo o possível para não forçar seu pescoço, me alavanquei para a frente e acima, quase sentindo o chão sob meus pés enquanto me esticava para alcançar seu ouvido, engoli qualquer acúmulo de saliva ou restos que houvessem presos em minha garganta, fazendo um pequeno estalo no pé da orelha, lambi os lábios e produzindo um som único antes de abrir a boca, mas pegando fôlego antes, parecia que suspirava ar quente contra a pele próxima, finalmente falei, sussurrando para ela, ainda meio sem ar e dando pequenas pausas para pensar, nada muito comprido.
- Meu pai era de uma tripulação de mercenários, lutaram e foram presos e após um erro dele, se dispersaram por aí. Taliesin era amigo do meu velho e eu estou há um tempo procurando essa raposa, mas ele é ardiloso e sabe se camuflar. Ele não quer ser encontrado. - Soltei um pequeno gemido quando não mais aguentei ficar me esticando, mas chutei o ar até encontrar algo para colocar o pé, me impulsionando de volta e me ajeitando, pedindo uma desculpa tão fraca que talvez ela tivesse que traduzir a sonoridade para compreender a fala. - Eu não queria te envolver nas minhas coisas, mas eu precisava falar com ele, coisa importante e rápida. Eu nunca o vi, então seu julgamento é tão bom quanto o meu, minha princesa... - A voz falhou no final, talvez por ter tossido antes e ter arranhado a garganta um pouco, mas quando pronunciei "princesa", o final saiu meio fraco e surdo, como uma canção que se acaba, deixando a última nota se esvair. Fiquei um momento ali, agarrada em seu pescoço e com os lábios próximos de sua orelha, pensando se falaria algo mais, descartando algumas ideias, afinal, não ia contar minha história para ela ali, então preferi deixá-la em paz e talvez, parar de me pendurar sobre si.
A soltei e saltei para a frente, como fiz antes na forma menor, mas agora simplesmente batia os pés na areia de Urco, erguendo os braços. Olhei para trás e a batalha estava ferrenha e não seria mais assim tão seguro a gente ficar por ali, mesmo que acreditasse que os orcs não iriam simplesmente deixar o animal destruir suas casas, porém, também duvidava que eles tinham algum tipo de apreço por suas coisas, pois se dependesse daquela raça, dormiriam no chão até a espera da próxima batalha, para então, saquear e tomar para si a casa dos outros. Nada além de um dia normal.
Voltei minha atenção para o meio-elfo em minha frente, que insistia em dizer quem era, mas não dava provas concretas para isso, inclusive, ainda sugeria que fossem para outro lado, menos turbulento. Em parte, eu até concordava, afinal, o clima cinzento dos raios que caíam próximos eram um perigo que não podia simplesmente ignorar, precisava tirar essa informação aqui e agora com o rapaz.
Sorri para o rapaz em minha frente e sem aviso algum, abri a base em um movimento rápido dos pés, inspirei e fechei os punhos, fazendo um movimento circular e lento, mas logo, com igual agilidade, desferi um soco para a frente enquanto soltava o ar pela boca. O golpe fora direcionado para seu peito, mas não para acertar, apenas para que suas roupas se esvoaçassem com a força aplicada e ele sentisse a minha grande presença misturada com intimidação, talvez uma pitada de meu controle nefasto, apenas para deixar as coisas um pouco mais excêntricas, ativando Shidou (em seu nível mais básico) para que o suposto Taliesin perceba e sinta que há uma entidade por perto, um predador que possa acabar com ele. Olharia-o mais uma vez, com os olhos afiados de felina, mas o que era mostrado além daquela fissura, era apenas o terro e o medo da noite, ou melhor, das profundezas que existem num breu mortal; O sorriso se mantinha, mas nem conseguia imaginar que efeitos minha habilidade poderia causar no rapaz, seria algo normal, mas intimidador? Ou ele me veria desfigurada e monstruosa? Não importava, mas eu tive que falar.
- Se for Taliesin, me responda quem foi Honda. - A voz forte e decisiva, indiretamente falava da morte do pai, pois se estivesse vivo, poderia simplesmente dizer "quem é 'Honda'?". Só pensei nisso depois que já havia dito, o importante agora era ele parar de ser esquivo e perceber que havia perigos por ali e eu não queria saber apenas de si, mas também alertá-lo (seria esse o motivo de estar, por tantos anos, fugindo e se escondendo sob uma máscara?) - Eu não irei lhe dar mais informações do que as que já tenho, mas eu entendo se você não confiar numa estranha que o ameaça, me ver como uma inimiga, pois saiba, que eu estou nessa viagem para alertar de perigos do passado, mas que não sei se são ainda ou já se tornaram apenas história. E-eu... Eu não quero... Eu não quero que aconteça com ninguém... - Enquanto falava, revia em minha mente o tempo em que fiquei pendurada pelas juntas enquanto meu pai, amarrado, assistia até seu último momento, meus irmãos e mãe mortos.
Senti um frio na espinha e logo em seguida, um calor nas orelhas, recolhi o punho e pedi desculpas para Apatti, quase implorando para que ela não fizesse nada. Eu não estava em perigo, ela não precisava fazer destruir nada ao meu redor.
Respirei fundo e mantive os punhos fechados, encarando o meio-elfo com a mesma seriedade de antes, não mais a gatinha tímida, mas agora, uma artista marcial que influenciava o ambiente ao redor com uma aura pesada e destrutiva, que fazia um misto de uma presença ameaçadora de uma caçadora, uma deusa que ama destruir o equilíbrio natural e uma criatura das profundezas do mar inconsciente.
Então relaxei e baixei, tanto os ombros quanto as mãos, movendo os dedos e olhando para Lyora.
- Desculpe por isso. - Ela não havia sido pega por Shidou, então não sentia a presença maligna ao redor, mas possivelmente sentia minha presença e esperava que nenhum dos dois tivessem o mínimo de relação com a deusa. - Era para ser apenas uma intimidação básica e não um fim do mundo. - Dei um soquinho em minha cabeça e botei a língua para fora. Voltei a atenção para o rapaz e endireitei a postura em sua frente, levando a palma até seu peito, onde houvera dado o falso soco. - Apenas me prove que posso confiar em você e que não é apenas um aproveitador, sua vida pode estar em perigo. Ou não. Espero que não. - Olhei para seu rosto, os olhos não mais afiados, mas úmidos e brilhantes. - Mas mais do que isso, ter alguém que já fez parte daquela tripulação, para mim, é como um alívio e... Saber que as coisas estão seguras em casa.
Não queria dizer (diretamente) que o pai houvera morrido, mas ter alguém vivo e que conhecera seu pai, mas mais que isso, fora um companheiro de viagem, era como reencontrar um membro de sua própria família, um fragmento de Honda ali mesmo, em sua frente, que poderia ser abraçado já que o verdadeiro, nunca mais.
Outra coisa que não queria que acontecesse, mas que sim, ocorria, era que minha palma estava trêmula e meu corpo todo dava pequenos espasmos, voltando a ser frágil. Abaixei a cabeça, pois esperava uma resposta negativa do rapaz, que ele confirmasse que não era Taliesin e simplesmente queria ganhar alguma fama ou o que quer que ela trazia junto do aviso (não seria o primeiro, visto que caçar achityas é tão difícil quanto achar uma raposa no mundo). Um aperto no peito e uma vontade forte de chorar de saudade, onde por pura inocência, criei expectativas gigantescas de que simplesmente tropecei em um de meus objetivos, mesmo que as probabilidades fossem mínimas, ele deveria ser só um viajante e eu não queria isso, eu precisava do verdadeiro Taliesin para acalmar minha mente.
O toque em seu corpo era totalmente diferente de quando eu era uma pequena gatinha. O corpo dela era mais rijo, sentia-a como uma lutadora e nunca sua imagem trouxe alguma coisa que não fosse "forte". Eu, com certeza, não tinha exatamente muito tamanho, mas ela só precisava de um braço para aguentar-me em totalidade, além de haver a diferença que faltava para que ficássemos em igualdade, pois sentia seu queixo contra minha franja.
Por um momento, me perdi em pensamentos, imaginando-a sem aquela roupa grossa. Ela teria cicatrizes? Teria um corpo lapidado em pedras? Minha perspectiva era muito mais curiosidade do que o sexual, porém ocasionalmente, tal pensamento veio, pois em que oportunidade teria para ver isso, durante um banho em águas termais em Mu? Enrubesci levemente, erguendo os ombros e abaixando um pouco a cabeça, me encolhendo para esconder dos olhares alheios. Minhas mãos também iam até meus próprios seios, fazendo um "x" sobre os mesmos, pois sentia que tocar em seu abdômen era algo muito íntimo, ao menos, mais que estar no colo dela.
- L-lamber?! - O pedido dela me pega mais desprevenida ainda! Lamber? Eu iria simplesmente deixar um pouco de saliva cair, mas sem cuspir, pois seria nojento. Mas talvez, o escorrer pudesse parecer pior ainda.
Minha reação também não fora muito melhor, pois me remexi em seu colo e balancei a cauda agressivamente, parecendo que a mesma queria fugir e deixar minha coluna para trás, claramente inconformada com o pedido. Ergui a cabeça e olhei-a diretamente nos olhos, buscando a misericórdia que apenas uma princesa poderia dar, mas isso foi inocência de minha parte, pois se ela realmente o fosse, então eu deveria saber que sua palavra era absoluta e não haveria nada que uma mera mortal sem títulos e graça poderia contradizê-la.
Lyora ainda tinha a banana descascada em mãos, logo em minha frente. Olhei-a uma última vez e parecia que ela me oferecia, falando casualmente sobre não ter nojo e de seu treinamento. Eu entendia bem o que ela queria dizer, não precisava de toda aquela explicação, mas era uma graça vê-la se desdobrando em palavras para falar comigo, então não a impedia, além do mais, me ajudava a criar tempo para criar coragem.
Suspirei e encarei o fruto em minha frente, abri a boca e coloquei a língua para fora, pois minha ideia inicial era de deixar a saliva escorrer até tocar na banana e fazê-la crescer, mas à pedido da princesa, eu teria que lamber. Uma única vez era o necessário, então para que meus fios não seguissem o mesmo destino, empurrei com a ponta de dois dedos para trás e fiquei segurando para que a franja não escorresse novamente, deixando meus olhos livres para não encarar mais o fruto e sim, o elfo em minha frente.
Um pouco tímida, não movi o corpo e sim, somente o rosto ao aproximar e encostar a língua no fruto, que com o estímulo da saliva, ele cresceu até preencher minha boca. Não crescia muito, afinal, meu talento para o orgânico era inferior ao inorgânico. Talvez mais uma lambida, aproveitando que estava dentro da boca, passaria a língua mais uma vez, provando para ambos próximos a mim que eu usaria a habilidade mais uma vez, para que a banana ficasse três vezes seu tamanho natural.
Com certo esforço, abri um pouco mais a boca, recuando um pouco a cabeça, mas ainda preenchida, passei a língua na ponta do fruto, circulando o perímetro e permitindo que crescesse uma segunda vez, mas agora, indo além do meu limite e empurrando contra a parte interna da bochecha. Fechei um pouco os olhos pelo esforço de não sufocar e infelizmente, lembrei do combate que havia por perto.
Uma trovoada forte vinha do eletrossauro e o grito de muitos orcs me pegou totalmente desprevenida enquanto estava concentrada, então me joguei para trás, igual uma criança que não quer comer mais, desviando o rosto e respirando pesado enquanto ainda havia um pouco de saliva em meu queixo. Tossi algumas vezes e percebi que tinha engolido em reflexo um pedaço da banana ao arrancá-la com meus dentes no movimento brusco.
Sinceramente, eu não sabia o que fazer em seguida: me limpava ou tentava esconder minha vergonha? Talvez não deixar aquele negócio mordido e cheio de saliva ali na frente de todos, seria nojento? Mesmo que não fosse, eu quem causei seu crescimento e arranquei a ponta, então com o rosto virado, coloquei as mãos rapidamente sobre, afundando a palma numa gosma pálida. Lyora deve ter sentido o calafrio que senti, pois estremeci um pouco o corpo e me arrependendo rapidamente do que fiz.
Com uma mão, limpei meu rosto todo lambuzado, esfregando as bandagens do antebraço como uma manga de camisa. Com a outra, empurrei o fruto para Lyora e ia até falar algo para ela, mas acabei tossindo com o rosto virado, mas ouvi o que ela falava do elfo. Olhei-a e como era encantadora, gostaria que ela me olhasse assim para sempre, mas ao mesmo tempo, gostaria que afagasse minha cabeça e agradecesse por ter feito o que havia sido pedido, ela só o faria se eu virasse uma gatinha novamente? Não queria testar os limites da princesa, ao menos, não nesse primeiro momento. De qualquer forma, sacudi as palmas para limpar qualquer vestígios que havia ali, ou esfregaria em minha barriga (depois viraria uma gatinha e me limparia como normalmente se faz).
Me ajeitei um pouco melhor e para que ela pudesse segurar seu fruto com mais sustento, juntei as mãos sobre seus ombros, entrelaçando meus dedos e fazendo o possível para não forçar seu pescoço, me alavanquei para a frente e acima, quase sentindo o chão sob meus pés enquanto me esticava para alcançar seu ouvido, engoli qualquer acúmulo de saliva ou restos que houvessem presos em minha garganta, fazendo um pequeno estalo no pé da orelha, lambi os lábios e produzindo um som único antes de abrir a boca, mas pegando fôlego antes, parecia que suspirava ar quente contra a pele próxima, finalmente falei, sussurrando para ela, ainda meio sem ar e dando pequenas pausas para pensar, nada muito comprido.
- Meu pai era de uma tripulação de mercenários, lutaram e foram presos e após um erro dele, se dispersaram por aí. Taliesin era amigo do meu velho e eu estou há um tempo procurando essa raposa, mas ele é ardiloso e sabe se camuflar. Ele não quer ser encontrado. - Soltei um pequeno gemido quando não mais aguentei ficar me esticando, mas chutei o ar até encontrar algo para colocar o pé, me impulsionando de volta e me ajeitando, pedindo uma desculpa tão fraca que talvez ela tivesse que traduzir a sonoridade para compreender a fala. - Eu não queria te envolver nas minhas coisas, mas eu precisava falar com ele, coisa importante e rápida. Eu nunca o vi, então seu julgamento é tão bom quanto o meu, minha princesa... - A voz falhou no final, talvez por ter tossido antes e ter arranhado a garganta um pouco, mas quando pronunciei "princesa", o final saiu meio fraco e surdo, como uma canção que se acaba, deixando a última nota se esvair. Fiquei um momento ali, agarrada em seu pescoço e com os lábios próximos de sua orelha, pensando se falaria algo mais, descartando algumas ideias, afinal, não ia contar minha história para ela ali, então preferi deixá-la em paz e talvez, parar de me pendurar sobre si.
A soltei e saltei para a frente, como fiz antes na forma menor, mas agora simplesmente batia os pés na areia de Urco, erguendo os braços. Olhei para trás e a batalha estava ferrenha e não seria mais assim tão seguro a gente ficar por ali, mesmo que acreditasse que os orcs não iriam simplesmente deixar o animal destruir suas casas, porém, também duvidava que eles tinham algum tipo de apreço por suas coisas, pois se dependesse daquela raça, dormiriam no chão até a espera da próxima batalha, para então, saquear e tomar para si a casa dos outros. Nada além de um dia normal.
Voltei minha atenção para o meio-elfo em minha frente, que insistia em dizer quem era, mas não dava provas concretas para isso, inclusive, ainda sugeria que fossem para outro lado, menos turbulento. Em parte, eu até concordava, afinal, o clima cinzento dos raios que caíam próximos eram um perigo que não podia simplesmente ignorar, precisava tirar essa informação aqui e agora com o rapaz.
Sorri para o rapaz em minha frente e sem aviso algum, abri a base em um movimento rápido dos pés, inspirei e fechei os punhos, fazendo um movimento circular e lento, mas logo, com igual agilidade, desferi um soco para a frente enquanto soltava o ar pela boca. O golpe fora direcionado para seu peito, mas não para acertar, apenas para que suas roupas se esvoaçassem com a força aplicada e ele sentisse a minha grande presença misturada com intimidação, talvez uma pitada de meu controle nefasto, apenas para deixar as coisas um pouco mais excêntricas, ativando Shidou (em seu nível mais básico) para que o suposto Taliesin perceba e sinta que há uma entidade por perto, um predador que possa acabar com ele. Olharia-o mais uma vez, com os olhos afiados de felina, mas o que era mostrado além daquela fissura, era apenas o terro e o medo da noite, ou melhor, das profundezas que existem num breu mortal; O sorriso se mantinha, mas nem conseguia imaginar que efeitos minha habilidade poderia causar no rapaz, seria algo normal, mas intimidador? Ou ele me veria desfigurada e monstruosa? Não importava, mas eu tive que falar.
- Se for Taliesin, me responda quem foi Honda. - A voz forte e decisiva, indiretamente falava da morte do pai, pois se estivesse vivo, poderia simplesmente dizer "quem é 'Honda'?". Só pensei nisso depois que já havia dito, o importante agora era ele parar de ser esquivo e perceber que havia perigos por ali e eu não queria saber apenas de si, mas também alertá-lo (seria esse o motivo de estar, por tantos anos, fugindo e se escondendo sob uma máscara?) - Eu não irei lhe dar mais informações do que as que já tenho, mas eu entendo se você não confiar numa estranha que o ameaça, me ver como uma inimiga, pois saiba, que eu estou nessa viagem para alertar de perigos do passado, mas que não sei se são ainda ou já se tornaram apenas história. E-eu... Eu não quero... Eu não quero que aconteça com ninguém... - Enquanto falava, revia em minha mente o tempo em que fiquei pendurada pelas juntas enquanto meu pai, amarrado, assistia até seu último momento, meus irmãos e mãe mortos.
Senti um frio na espinha e logo em seguida, um calor nas orelhas, recolhi o punho e pedi desculpas para Apatti, quase implorando para que ela não fizesse nada. Eu não estava em perigo, ela não precisava fazer destruir nada ao meu redor.
Respirei fundo e mantive os punhos fechados, encarando o meio-elfo com a mesma seriedade de antes, não mais a gatinha tímida, mas agora, uma artista marcial que influenciava o ambiente ao redor com uma aura pesada e destrutiva, que fazia um misto de uma presença ameaçadora de uma caçadora, uma deusa que ama destruir o equilíbrio natural e uma criatura das profundezas do mar inconsciente.
Então relaxei e baixei, tanto os ombros quanto as mãos, movendo os dedos e olhando para Lyora.
- Desculpe por isso. - Ela não havia sido pega por Shidou, então não sentia a presença maligna ao redor, mas possivelmente sentia minha presença e esperava que nenhum dos dois tivessem o mínimo de relação com a deusa. - Era para ser apenas uma intimidação básica e não um fim do mundo. - Dei um soquinho em minha cabeça e botei a língua para fora. Voltei a atenção para o rapaz e endireitei a postura em sua frente, levando a palma até seu peito, onde houvera dado o falso soco. - Apenas me prove que posso confiar em você e que não é apenas um aproveitador, sua vida pode estar em perigo. Ou não. Espero que não. - Olhei para seu rosto, os olhos não mais afiados, mas úmidos e brilhantes. - Mas mais do que isso, ter alguém que já fez parte daquela tripulação, para mim, é como um alívio e... Saber que as coisas estão seguras em casa.
Não queria dizer (diretamente) que o pai houvera morrido, mas ter alguém vivo e que conhecera seu pai, mas mais que isso, fora um companheiro de viagem, era como reencontrar um membro de sua própria família, um fragmento de Honda ali mesmo, em sua frente, que poderia ser abraçado já que o verdadeiro, nunca mais.
Outra coisa que não queria que acontecesse, mas que sim, ocorria, era que minha palma estava trêmula e meu corpo todo dava pequenos espasmos, voltando a ser frágil. Abaixei a cabeça, pois esperava uma resposta negativa do rapaz, que ele confirmasse que não era Taliesin e simplesmente queria ganhar alguma fama ou o que quer que ela trazia junto do aviso (não seria o primeiro, visto que caçar achityas é tão difícil quanto achar uma raposa no mundo). Um aperto no peito e uma vontade forte de chorar de saudade, onde por pura inocência, criei expectativas gigantescas de que simplesmente tropecei em um de meus objetivos, mesmo que as probabilidades fossem mínimas, ele deveria ser só um viajante e eu não queria isso, eu precisava do verdadeiro Taliesin para acalmar minha mente.
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
FANTASMA
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Coçou o cabelo acinzentado, suspirando. Ruiva era dureza. Mas do jeitinho que ele gostava de irritar maliciosamente, se não o fato que havia corrido para um lado, seus amigos para outro e haviam orcs enfrentando uma criatura ali atrás e não estava disposto a conhecer o vencedor. Ardiloso, esquivo, mentiroso, ele podia ser em qualquer momento isso, mas naquele gostava de amenizar estava “sendo omisso em detalhes”.
– Eu posso ser bem persuasivo com uma lábia venenosa dependendo do momento e se alguém precisar, senhorita, o que não é o caso, julgando que logo ali atrás eu vou virar petisco. E assim, eu não quero ser arranhado a não ser por damas, principalmente por ruivas. – Dizia, escolhendo as palavras mesmo que falhando em algumas de suas próprias especificidades de comportamento. Se mantendo numa distância segura, sem parar de tentar querer dar uns “ataques de oportunidades” de cantadas na ruiva, meio que pelo perigo da situação parecia bem desafiante. – Em situações comuns, eu lhe chamaria para um vinho, uma boca livre, um banho no lag… er, um festival, minha senhora. A questão é, eu preciso da sua ajudinha agora, e quando eu peço favores eu não sou o escorpião no lombo de um sapo. Ainda mais se o sapo é bem meu tip… é alguém que parece bem confiante em conhecimento da região e com recursos!
Quando a outra jovem estava em cena novamente, podia notar o entrosamento das duas e o mix de adrenalina do perigo e de sabichão querendo se meter no meio daquelas beldades que conflitavam com seu raciocínio mais lógico que o profissional. Havia tido “uma queda profissional” devido sua fraqueza à carne, mas isso havia lhe dado um serviço desgraçado de reconciliação e ali estava. Bem, se não houvesse um sabotador. Poderia estar com os elfos solares planejando tratados e uma exploração às ruínas ligadas a Hélia escondidas por ali em nome do Shah-an-Shah, e por fim, voltar à capital de Hagmatana, pleno e de costas quentes.
– Estou tentando ser preciso o máximo que posso, mas tem que me dar um desconto, amor. – Olhou para Haruka. – Sou Taliesin Arundell, sobrinho adotivo do Professor Martin Arundell, também conhecido como Firouz na Capital, Vulpino Fedido pelos meus camaradas da antiga caravana do Velho Capitão Corocoto, Nori-chan por mamãe, entre outros apelidos bons ou não, senhorita. Ou sei lá, você mesma pode inventar um novo para mim como “meu futuro date perfeito”, essas coisas. – Deu os ombros, meio que metralhando aquelas palavras com naturalidade.
Pausou, colocando em mente o que o Velho Gnomo havia falado a quase boas e gigantescas décadas atrás, antes de ajudá-lo a se estabelecer na cidade, após ser contratado pelo Império.
– Honda pelo que me lembro era alguém de confiança fácil para os companheiros do velho e provavelmente capaz de parar brigas sem precisar levar para o tabefe. Mas pelo que sei ele no fundo se importava muito com coisas do seu próprio passado que pesavam na sua cabeça tal qual uma ferida e eu não sei mais o que falar sobre porque o velho não passava muito disso em suas histórias nos mares. – Completou, esbanjando sinceridade. – Seu interesse na figura dele, é um parente que está procurando? O velho nanico dizia que Honda era Bichano Teimoso e você é… né, er, uma felina?
Suspirou, coçando o cabelo novamente, após terminar o discurso sincero. Era mais fácil mentir para um Kitsune do que convencer sinceramente mas havia se acostumado.
– Eu vim do leste, do Império Solar, Firdaz. Um núcleo de energia djinnica do nada explodiu nosso navio no meio, o qual eu não vi mais detalhes, descobri que havia um rato entre nós só recentemente. O trato era irmos a Eldacar falar com os tais Elfos Solares, e não sei o que é mais difícil, convencer um elfo a abrir a boca em prol dum bem maior ou sair na mata com um facão. – Olhou novamente para a ruiva. – O Império está atrás de relíquias, núcleos relacionados à Mãe Sol que os tais elfos dizem ter em ruínas aqui no continente, de alguma nação perdida para ajudar os Acadêmicos a desenvolver ferramentas contra a escuridão eminente. – Pausou, para então continuar sua fala, após dar os detalhes principais. – Isso é tudo que eu tenho até então a dizer sobre. Estamos perdidos em Greenleaf. E acredito que vocês são pessoas com as quais eu posso contar para algo. Um Firdaziano vê o bem em figuras solares e eu acho que posso confiar em figuras ligadas a velhos camaradas de um de meus pais, como o Honda era do Velho Nanico.
Ficou levemente pensativo, elas estavam esquivas desde o início, pareciam estar numa missão.
– Eu já lhes disse, posso ajudar no que estão atrás pelo favor. – Cruzou os braços, e então olhou para Haruka. – Se você conhece o velho uva-passa, ele deve ter lhe dito que eu sou um feiticeiro primoroso, apesar de que duvido que ele lhe tenha dito do meu charme cativante, último festival em Zhilbahad eu venci o festival de poesia cantada. – Piscou de leve, tentando ser charmoso. O que poderia ser nada do clima.
- Dados Gerais:
- Ficha do Personagem
Raça: Kitsune (Aparência de Meio-Elfo)
Profissão: Sorcerer e Artista
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Vantagens: Ligação Espiritual, Viagem Interplanar, Metamorfose, Transmogrifação, Ataque Espiritual, Acima da Média, Intuição, Arte do Improviso, Temperamento Calmo, Mana Extra*, Boa Aparência e Familiar
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
O Escorpião nas minhas costas.
Taliesin antes do retorno da gatinha, estava se explicando, ele falava que não iria picar minhas costas, mas foi exatamente isso que o escorpião disse para o sapo… De toda forma era melhor ver o que a pequena que acabou de voltar tinha a dizer, conforme ela voltava era aí que a oportunidade se fazia valer para mim, era onde realmente encontraria informações mais precisas que outrora.
Sentir a pequena Haruka me agradecendo de forma carinhosa me arrancava um sorriso, era gostoso sentir ela esfregar sua cabeça contra mim, o que não se tratava apenas do contato físico, mas da sensação de gratidão que aquele ato deixava transparecer. Na minha vida ajudar sem esperar algo em troca foi um ensinamento que recebi a vida toda, mas era tão bom sentir que alguém pudesse retribuir, mesmo que de forma simples aquilo me deixou feliz de verdade, não uma felicidade superficial, me fazia esquecer um pouco de toda dor e ingratidão que enfrentei até ali.
Talvez eu fosse um pouco boba, em penas um ato simples, me fazer deixar de lado anos de interação, ingratidão, medo e dor. Mas sinceramente eu só queria viver aquele momento, e aproveitar ao menos um pouco, só estar, apenas existir naquele lugar, era o bastante por agora. Agradecer pelo simples, pelo pouco, que ironicamente às vezes nos falta tanto. Ainda assim, o modo dela mudou logo em seguida, olhando para a bana que a requisitei que lambesse.
Ela olhou bem fundo nos meus olhos, que mostravam curiosidade e empolgação, ela podia ver aquela luz que estava profunda nas minhas pupilas estreladas. A vontade que me guiava até uma sincera reação de abrir a boca levemente vendo ela repetir as palavras lamber, onde acabei deixando aquele pensamento direto de curiosidade escapar, sem maldades em mente apenas dizia.-Isso mesmo, lamber ela para deixar maior!!- Observei todo o trejeito dela em fazer aquilo, que parecia ter um certo receio.
Eu não sabia bem-dizer o porquê, mas hesitação era fofa, ela me dava uma impressão de inocência, me fazendo levar tudo aquilo para um lado mais bobinho, me deixando ainda mais curiosa, o que tinha passado na mente dela? Talvez... Algo não tão puro quanto minhas intenções? Mas, eu não demorei muito pensando nisso, pois o poder dela puxou totalmente minha atenção, a banana crescia, me fazendo arregalar os olhos, e não foi uma vez só, mais uma vez ela ficava maior, e começava a preencher toda a boca da felina.
Meus olhos passaram de uma curiosidade para um tom diferente, quando ela fechava os olhos, eu via ela aguentando aquilo, preenchê-la, meu íntimo formigou um pouco com aquela cena, não devia ser algo além de uma demonstração, mas, desbloqueou pensamentos que eu estava até então muito distante. Aquele jeitinho, aqueles movimentos, me faziam pensar em uma situação tão mundana quanto eu poderia.-Seu poder é incrível Senhorita Gulosa. Isso vai ser muito útil nas viragens -Disse sem pensar muito antes de proferir aquelas ideias.
Mas antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, a trovoada fez um barulho estremecedor, que despertou a felina que se tremeu toda em meu colo, o que me fez rapidamente a socorrer. Agarrei ela com força, prendi, minhas pernas em Eagle, forçando meus músculos para que eles me mantivessem suspensas como quando combatia em cavalgada, o que a permitiria sentir os músculos de minhas coxas ficando rígidos de uma hora para outra embaixo dela.
Com o braço que eu apoiava suas costas, agarrei bem no ombro, a colocando contra meu corpo, repousando sua cabeça em meu peito, enquanto o resto de seu corpo, ficava colado em meu peitoral, levei a mão até sua cabeça afagando seus cabelos, e instintivamente agi como aprendi em todos os meus anos como cavaleira, com um sorriso no rosto e com a calma que adquiri em tanto tempo de combates e guerras, disse.-Não se preocupe, vai ficar tudo bem, eu estou aqui agora.-E apoiei ela para que conseguisse se livrar da tosse assim que notei que estava engasgada, a posicionei para a frente, para que ficasse no angulo para cuspir.
Então beijei sua testa falando.-Passou, vai dar tudo certo agora.-Era como aprendi a tratar as pessoas em momentos difíceis, esse era um reflexo natural, que vinha bem do fundo do coração, cuidar das pessoas fazia parte de quem me tornei ao longo do tempo, era natural e além dos treinamentos, eu às vezes me desligava de tudo, e me tornava o que as pessoas precisavam, não como uma heroína, mas como uma profissional, pronta a salvar aqueles que estivessem precisando de alguém.
Com a banana em mãos dei duas mordidas, que cada uma engoliu metade do que tinha, me fazendo devorar a banana rapidamente, enquanto observei a felina mudar totalmente, partindo para o que conversamos sobre o elfo. Senti ela se apoiando sobre meus ombros e mantive minha posição firme, para que meu corpo não cedesse pra baixo, deixando ela se ajustar, enquanto sussurrava sobre quem era aquele homem. E foi nesse momento que ela se desprendeu de mim, saltando para longe, o calor dela que estava sobre meu corpo aos poucos me deixou.
Aquele corpo macio e confortável que me aquecia deixou um vazio em meu colo, do qual senti falta, já que por algum tempo senti um carinho e apreço vindo dos poucos movimentos e trejeitos de Haruka. Eu não sabia quanto disso era por ela ser uma felina, e nem quanto se tratava de ter se afeiçoado a mim, acreditei que pouco disso vinha de tal questão, pois, no fundo, nós conhecemos a pouco, ainda assim, fui egoísta em aproveitar esses momentos e tomar-lhes para mim como uma recompensa.
Mas tudo isso foi cortado quando de repente ela atacou o rapaz, sem aviso, com um giro corporal muito bem executado ela simplesmente avançou por atacar mas parou o golpe antes de iniciar uma luta, fazendo as roupas dele se mexerem, e o elfo pareceu ignorar? Aquilo era uma postura que não esperei dele, mas sua fala era coerente com o que ela perguntou, ele parecia não ter todas as informações possíveis, mas parecia no mínimo saber um pouco mais sobre o assunto. Entretanto a felina não aliviava invocando uma presente tensão no ambiente, eu não sabia dizer exatamente o que era…
Uma daquelas sensações parecia natural, era um poder destrutivo desse mundo, uma coisa com a qual eu já estava familiarizada em presenciar, eu não sabia dizer qual o nome, mas era uma energia que vinha de outro tipo de entidade, e não da felina, assim como meus poderes são derivados. Entretanto, tinha algo de estranho, minha percepção me fazia ter dúvidas se aquela energia era totalmente só daqui, como se algo a mais estivesse envolvido, algo não natural, profano, algo que lembrava os Achityas, era a sensação que eu tinha quando olhava um Alfhildr, de que algo não estava certo.
Eu não a temia, mas sentia um presságio, de que eu deveria em algum momento fazer algo a respeito disso, não podia ser agora, mas era como se eu estar ali agora não se tratasse mais só da minha missão primária, talvez Helia tivesse me presenteado com outras coisas pra resolver. Suspirei deixando escapar uma frase tão simples mas que muito dizia sobre minha vida e os deveres.-Fechar os olhos nunca foi mesmo uma opção…- Retornei a seriedade enquanto ouvia as desculpas e as falas que eram proferidas, as quais assenti com a cabeça.
Então mais uma vez acabei por responder ambos de maneira pragmática e direta sobre o que ouvi até ali.-Tudo bem Senhorita Surpresas e Senhor Trapaceiro, vamos aos negócios, acho que podemos chegar a um ponto em comum.-Me deitei sobre Eagle, recostando meu cotovelo onde seria o seu guidão, e ficando de lado coloquei a cabeça repousada sobre a mão ficando deitada olhando para os dois enquanto flutuava, fazendo eagle se mover lentamente indo dar a volta ao redor deles.
O Eletrossauro causava explosões que deixava aquilo mais dramático, já que os relâmpagos piscavam e mudavam aos poucos os tons de iluminação quando eram convocados.-Primeiro de tudo, me interessa esse tal Império Solar, você disse sobre relíquias não é? Eu vou lhe ajudar a ir para onde quiser, mas veja bem. Quero ouvir toda essa história mais completa num momento oportuno. Certo Senhor Historia Interessante?-Então me levantaria novamente sentando no ponto para dar a partida, era hora de começar a exploração.
Mas antes disso diria algumas coisas para Haruka, algo que talvez satisfizesse ela sobre o tal homem que ela buscava.-Além de tudo isso, Senhorita Catástrofe, no caminho podemos descobrir mais sobre ele e se é mesmo quem procuras, além disso, também desejo descobrir muito sobre esse tal Império Solar, me interessa também saber mais sobre a Senhorita, então, acho que não devemos perder mais tempo aqui, deixemos os pormenores para depois..-Dei dois tapinhas no meu colo para que ela subisse em mim, deixando claro que queria que ela viesse na frente como havia se proposto anteriormente, independente se como gatinha ou humanoide, não importava. Queria ela por ali.
Quando ao elfo deixei a moto parada para que ele subisse na traseira, e se colocasse pronto para a partida. Quando ele subisse, aceleraria, deixando que o núcleo ressoasse completamente, e então iria fazer uma partida tranquila.-Vamos, se preparem que vou fazer um tour pelos arredores. Vou tirar a gente desse fosso.- E assim que estivessem preparados, iria disparar em uma velocidade agradável, enquanto voava entre as árvores, aproveitava todo o movimento deixando que Eagle desse uma ronda completa no local. Aquilo me deixava mais calma e tranquila, sentia o vento passar entre os meus cabelos, e aquele cheirinho de folhas que a floresta me permitia experimentar, era muito mais saboroso que o cheiro de Orcs suados que tinha naquele acampamento.
Toda a movimentação nos fazia atravessar rios e lagos e contemplar diversas criaturas na passagem, desde animais pequenos como esquilos, até criaturas completamente enormes e majestosas como uma Cobra Kai, passaram no nosso caminho, viajar era delicioso, mesmo que agora eu tivesse dois passageiros me questionava, afinal, era bom não estar novamente sozinha não é? Pude ver um lago parado conforme avancei, o que seria muito bom antes de progredirmos.
- Descrição:
- Nome: Cobra Kai
Porte: Médio
Comportamento: Tem um comportamento neutro, não costumam atacar outros seres vivos exceto pra se alimentar, ou quando são atacados, comem ratos e pequenos mamíferos de preferência, mas não desperdiçam uma boa carne.
Descrição: Também chamada por alguns de cobra elefante, ou apenas Kai, é um animal raro que vive pacificamente. Sendo naturais do continente de Mu, esses animais se espalharam pelo globo. Possuem uma velocidade terrestre assustadora, e sua força de esmagamento, quando ela consegue envolver sua cauda em alguém, é tão poderosa quanto a de um dragão e daí vem o seu nome. Elas são solitárias e nunca andam em grupo exceto mães e filhotes é claro. São pouco populosas e espalhadas, e tendem a medir entre 10 a 20 metros de comprimento, variando muito o tamanho da cauda e sua estrutura física. Apesar de terem inclusive patas, elas conseguem ficar de pé apenas sobre a cauda e mover-se também serpenteando, usando tais patas para combate.
Vantagens e Desvantagens:- Veneno Poderoso: As Kai, possuem um veneno extremamente potente, que fica na sua boca, esse veneno é na verdade uma soma de ação bacteriana e peçonha de fato. Ela causa a degradação das proteínas, ou seja, tem uma ação proteolítica. O veneno degrada a pessoa até a morte de maneira extremamente rápida máxima de 8 horas com uma única mordida.
- Garras Poderosas: As garras do Kai, são muito potentes elas conseguem rasgar uma armadura de couro batido como rasgam pano. Não conseguem cortar aço em uma primeira batida no entanto.
- Shot de Veneno: A Kai possuem um segundo tipo de veneno e esse é corrosivo, elas são capazes de lançar esse veneno, geralmente mirando os olhos do inimigo para o cegar. O Ácido não é tão potente, no entanto degrada a pele humana com certa facilidade.
- Amineto Roxo: Uma fruta que vem de uma árvore não tão comum, seu líquido pode diminuir a força do aperto de uma Kai, desde que ele seja derramado no seu focinho.
- Sangue Frio: Por serem animais de sangue frio, as baixas temperaturas, diminuem a velocidade de um desses animais, podendo tornar uma fuga ou luta mais facil.
Região: Naturais de Mu, mas espalhados por aí.
Status: Manter em vazio por enquanto. - Veneno Poderoso: As Kai, possuem um veneno extremamente potente, que fica na sua boca, esse veneno é na verdade uma soma de ação bacteriana e peçonha de fato. Ela causa a degradação das proteínas, ou seja, tem uma ação proteolítica. O veneno degrada a pessoa até a morte de maneira extremamente rápida máxima de 8 horas com uma única mordida.
Fui reduzindo a velocidade e parando pouco a pouco mais perto do ambiente aquoso, e disse.-Irei coletar água para meu cantil, e para meu banho, se desejarem fazer algo nos arredores devemos aproveitar o momento.- Quanto ao ambiente, ele era bonito, vegetação rasteira sobre o solo que rodeava o lago, seguido de plantas de muitos metros que mal dava para ver suas copas, era um clássico de Greenleaf. Deixaria eles dois descerem e então o faria em seguida, conforme alcancei o chão sem pensar tanto me aproximei da região com água, e iria coletar um pouco para meu cantil, e mais um pouco para armazenar no Eagle, para um banho mais tarde.
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LyoraStardust- Créditos : 0
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
"Senhorita Gulosa". Lyora já estava indo longe demais com esses adjetivos. Queria muito protestar quanto a essa última forme de me chamar, mas estava em uma posição que não me permitia discutir contra. Além disso, o que ela quis dizer com isso? Era pela habilidade poder esbanjar mais do que poderíamos comer? Ou alguma coisa um pouco mais maliciosa? Se já não estivesse de testa franzida ou tivesse minhas garras afiadas, certamente ela sentiria minha objeção quanto ao comentário/apelido.
Após a trovoada que me assustou, a princesa parecia mais séria, me ajeitando em seu colo, de certa forma, me socorrendo. Mesmo que não estivesse em minha forma mais felina, me sentia pequena ao ser envolvida naquele abraço. Ela era quente e forte, se o eletrossauro se aproximasse, duvidaria que ele conseguiria me retirar dali e se eu não estivesse suja por conta da banana babada, certamente iria retribuir o abraço ou evitá-la para que não se sujasse comigo (afinal, ela não deixava de ser membra da realeza). Recostei a cabeça em seu peito e uma sensação estranha veio ao meu próprio, me fazendo, ao invés de encolher e parecer mais frágil, mas erguer a cabeça e preencher a curva de seu pescoço com a minha franja. Mas não somente isso, ela me reposicionava, como se eu fosse uma espécie de boneca de pano e isso, feriu um pouco meu orgulho, porém o ajuste era feito para que a posição em que me encontrava não favorecesse um engasgo mais fatal (mesmo que minha opção fosse engolir ao invés de tossir um pedaço de fruto na frente de todos, me limitaria a bolas de pelo).
Ela parecia outra pessoa agora, pois olhando-a com olhos grandes e curiosos debaixo para cima, fechei-os em uma reação desnecessária, pois não havia sinais de violência em sua movimentação, que beijava a testa. Não soube lidar com essa reação, mas certamente, eu não começava a gostar apenas do superficial, pois sim, seus olhos eram extremamente chamativos e belos, mas a maneira preocupada e protetora... Nunca antes tive isso, por mais pejorativo que seja o pensamento, isso é coisa de gatas domésticas. Sentia que meu coração não sabia lidar tanto quanto eu, pois ficava um pouco apertado, havendo receios de que Apatti viesse fazer algo contra ela de alguma forma dramática e épica, que era uma combinação de caprichos que odiava na deusa e mesmo que nunca quisesse o mal de qualquer pessoa, estava era acostumada a relações mais superficiais, sem um real cuidado. Não tinha o que dizer, então apenas coloquei a palma sobre a mão dela, apertando um pouco como um agradecimento silencioso ou o que ela quisesse interpretar, mas quis deixar claro que apesar do orgulho ferido em ter o corpo movido para lá e para cá ao que seus bel desejos, não desgostava do que era feito.
Fiz meu ataque e intimidação, cansando de respostas dúbias e esquivas, porém mesmo que o clima se desfizesse e a habilidade usada fosse em seu nível mais básico, ainda assim, o "Senhor Raposo" era totalmente imutável em seus sentimentos, não demonstrando medo da perturbação das profundezas (o que me fez questionar se era melhor eu utilizar Hentou-tai no Kassei-ka para forçá-lo a fala e mostrar que eu não estava mais com paciência para desvirtuações), mas algo o motivou a falar sem tantos floreios.
Inicialmente, não compreendia direito, tinha alguma memória, mas já fazia tanto tempo que alguns nomes eram estranhos e a maneira com que ele falava, acabava por me fazer perder. A menção do capitão Corocoto me fez ficar sem fôlego, pois era exatamente isso que eu queria. Apesar da indiferença em bater de ombros e falar naturalmente quando combinei o cenário com uma possível agressão, a minha mão em seu peito se fechou e logo fora recolhida. Eu estava genuinamente feliz com aquilo, pois eu finalmente houvera completado minha missão, pois encontrei a última pessoa me perigo. Deixei a franja esconder os olhos (como dava, pois não era assim tão comprida) e sorri. Resolvi falar, mas havia mais história, então apenas insinuei erguendo o olhar para ele e abrindo a boca, mas recuei, permitindo que ele terminasse sua história sem interrupções.
Vê-lo falando de Honda era algo que me pegou de guarda completamente baixa, mesmo que houvera todo um preparo para isso, as dúvidas que se acumularam em não achar que ele era o verdadeiro Taliesin, agora cobravam seu preço por desacreditá-lo.
Ouvir que ele era alguém diplomático não combinavam com as histórias exageradas que lembrava, em que o velho pai era um herói que fazia as coisas mais loucas e que davam certo. Concordava que eram absurdas demais para ser verdade, tanto eu quanto meus irmãos sabíamos, mas ouvir uma outra pessoa falando dele era algo que dava um aperto no peito e acabava por relembrar de tempos em que ele estava vivo, brincando ou sentado no sofá contando as estrelas com a mãe. Enchi um pouco de ar as bochechas e ergui os ombros um pouco, a face ficando vermelha enquanto a nostalgia e a saudade começavam a me contaminar, fechei os punhos para manter meus sentimentos sob controle.
Ele continuou sua história, agora esclarecendo quaisquer maus entendidos e entregando um pouco mais de si enquanto em minha mente, tentava prestar atenção no que era dito, mas havia pouco interesse em relíquias ou no reino de Firdaz, ou qualquer coisa relacionada a deuses. Queria falar algo, mas não conseguia, as palavras ainda entaladas na garganta, era melhor me acalmar um pouco.
E quem me permitiu respirar fora justamente Lyora. Sua voz forte e incisiva como uma verdadeira rainha, me virei para vê-la e não fora preciso, pois ela usava seu cavalo de metal planar em nossa direção, circundando sem receio. Sua pose relaxada me faria rir em situações comuns, mas agora, eu apenas suspirava e abria um sorriso com a situação, fechando os olhos e pressionando as lágrimas que estavam custosas a cair, escorrendo um pouco discretas, molhando as bochechas redondas enquanto meu nariz ainda encontrava-se avermelhado.
Lyora era persuasiva e poderosa, deixando claro que tinha os meios, mas não faria de graça e queria uma compensação à par (talvez o Sol não vivesse apenas em seus olhos). Ser chamada de "Senhorita Catástrofe" fora como um soco no estômago e logo, a ousada princesa dava tapinhas em seu próprio colo, me chamando para lá. Olhei para Taliesin com os últimos vestígios de desconfiança, como algo que não deveria ser descartado assim tão facilmente, mas persistir no erro por mera birra e teimosia era algo que só traria problemas, então dei as costas para ele e com um olhar de soslaio por cima do ombro, ergui timidamente dois dedos e sinalizei para que ele viesse junto.
- Ele é quem eu procurava. Ninguém mais saberia de Corocoto ou lembranças que batem com a de... Honda. - Ia falar "meu pai", mas preferi deixar essa parte de fora enquanto sentia um engasgo. Ia na direção dela com um olhar desafiador, ofendida por ser tratada como uma gata para deitar naquele colo gostoso enquanto sentia ventos na pelagem e o calor do banho solar me arrastando até o mundo dos sonhos, porém não conseguia simplesmente ir contra suas palavras, pois isso era deveras sedutor (queria me fazer de difícil um pouco). Algo que me pegou totalmente desprevenida e não poderia simplesmente deixar essa curiosidade me martelando a mente, era que ela tinha interesse em me conhecer. O que tinha a se dizer além de que fazia parte da Dead Garden? Aproximei-me dela em seu veículo mágico e coloquei as mãos em sua coxa, como se fosse me alavancar para deitar ali, mas antes, simplesmente a olharia e falaria mais fracamente, não que quisesse abafar e que ninguém ouvisse, mas simplesmente por demonstrar minha confusão e calma. - Acho que a convivência fará com que nos conheçamos melhor, princesa, mas não veja isso como uma fuga, me pergunte o que quiser saber e eu obedecerei suas ordens como uma leal serva... Mas agora, gostaria de pedir que não me chamasse novamente de "Senhorita Catástrofe", Apatti não é muito uma presença que me orgulha, apesar de que, pela nossa viagem segura, eu não me importaria em brigar com a velha loba. Que tal voltarmos para a "Senhorita Patinhas Fofinhas"? - Não estava brigando com ela, então sorri e falei calmamente sobre o que me incomodava, ela não tinha culpa por sem querer me ofender enquanto apenas estava sendo quem era e seria legal termos essa transparência se formos passar um período juntas durante essa missão.
Realmente me alavanquei, mas sem pensar em seu corpo, logo me transformei em uma pequena gatinha branca e tentando fazer jus ao apelido, ficaria sentada em seu colo com as patas traseiras, me jogando contra sua barriga e batendo as patas dianteiras um pouco mais acima. Não era um abraço, era mais como se tentasse escalar, mas sem a intenção propriamente dita, encostando meu corpo e por não ter o sustento que deveria ter de subir até seu ombro, joguei-me de lado e esfreguei a lateral nela, sem querer ronronando com o ato. Esperei alguma espécie de carinho, mas não iria realmente aguardar qualquer reação, pois me enrolaria em seu colo, circundando o corpo com a cauda que balançava muito sutilmente.
A disparada fora gradativa, mas rápida, Lyora tinha domínio completo da máquina e de fato, seu corpo quente combinado com os ventos que nos acometiam eram muito agradáveis, e mesmo que confiasse que ela não iria me derrubar, ainda assim algo gritava no fundo de minha mente para que tivesse cuidado. A paranoia me consumia até nos momentos mais agradáveis e por mais que dormisse pouco e preferisse a parte do dia para fazê-lo, não consegui realmente fechar os olhos por mais que um momento, se tornando algo incômodo permanecer deitada e enrolada. Altura nunca fora um problema para mim, então mesmo em movimento, virei o rosto para encarar a princesa (para ver se estava concentrada no percurso, uma curiosidade boba) e em um salto totalmente calculado, usei da inércia para me agarrar em seu ombro. Os ventos fortes faziam o cabelo dela se espalhar pelo céu como uma brasa que rasgava o azul, chamando toda a atenção para si e foi aí que vi uma oportunidade. Cravando as garras levemente em sua roupa para ter um tanto de equilíbrio, fui para trás de sua nuca e as patas dianteiras no outro ombro, repousando o corpo ali, mas ainda usando um pouco das garras (tomando todo cuidado para não feri-la ou causar algum dano em suas vestes) para me manter segura. As madeixas que me recobriam me davam uma sensação de segurança e agora, estava tão próxima do rosto dela, que levaria o nariz até o brinco dela (algo que queria há muito brincar), mas naquela situação, não era assim tão atrativo quanto Urco em si.
Ver Urco de cima era algo... Era diferente. Aquela terra desolada, tão hostil e de aparência pobre de civilizações, agora me eram mostrada por outro ângulo. As árvores magras e abundantes de folhas pareciam grandes ninhos convidativos, os segmentos do solo faziam naturais obras de arte e os animais, coisa que normalmente não se via se não estivessem mortos ou em combate, agora eram algo que dava vida ao ambiente. Havia uma segurança de que não precisávamos nos preocupar com mais nada, permitindo a apreciação. Era irônico, pois em movimento, sentia o desacelerar da vida, pois não precisava pensar em achityas, mortes, desastres e sim, apreciar a viagem e o ambiente. Meu coração bateu mais forte no ombro de Lyora e ronronei, agora, consciente de meu ato.
Aproveitei enquanto durou, pois logo começamos a desacelerar e nossa capitã indicava que iria buscar um pouco de água. Eu realmente não gostava daquilo, mas não quis protestar, só aproveitei a deixa para ficar próxima do veículo enquanto ela fazia suas coisas, não a acompanharia nessa.
Desci em um salto e já voltei para a forma humana, mas antes, pegando o mapa que havia furtado dos orcs. Observei a princesa ir em direção ao corpo d'água, que parecia muito maior e ameaçador do que realmente era e preferi me concentrar na missão, por enquanto. Sentei no chão gramado e coloquei o mapa em minha frente, abanando a cauda que serpenteava no ar, traçando mais ou menos onde estávamos e o quanto faltava para chegarmos na próxima vila, onde provavelmente esse item fora roubado após algum combate. As orelhas erguidas demonstravam a concentração enquanto tentava tirar um pouco de informação daquilo, sem nomes, sem detalhamento algum. Uma mão estava no papel, o mantendo esticado enquanto a outra ia para o queixo ou ia para os desenhos, tentando compreender e imaginar onde o suposto achitya fora visto. Havia algum motivo para uma ameaça não ser colocada num mapa? Isso não é uma questão de estratégia básica? Não entendia orcs e muito menos táticas militares, quem podia ajudá-la seria Lyora, que demonstrou ter um tanto de conhecimento sobre isso.
Uma batida forte de asas e logo um zunido, olhei para cima e um torpedo negro vinha em minha direção. Ergui o braço para me proteger do impacto iminente, mas antes de chocar-se, Ban'nin parava seu próprio movimento com um empurrão do próprio ar, aparando um pouco seu peso, mas que ainda pousava como uma pedregulho. Ele me encarava com a expressão dura de sempre e estendi a mão para acariciá-lo, algo que ele estranhou e sua resposta fora em bicar meus dedos. O que tive em mente em ser carinhosa com esse brutamontes? O encarei e coloquei a cabeça para o lado, ele entendeu que eu esperava algo, então sem cuidado algum, ele rasgava um pedaço do mapa, numa área mais afastada, nos limites de Urco. Estranhei e deixei claro para ele, erguendo as palmas e ele procurou uma pedra ao redor, indo até ela e bicando em código.
Parece que há alguma divergência gravitacional para lá. Isso normalmente é coisa de um achitya, mas ainda assim... Pode ser tantas outras e não batia muito com o que Lyora achava, que era em um ponto mais central de Urco. Talvez buscar reconhecimento em ambos lugares. Precisava de uma opinião de outra pessoa e foi nesse momento, que se Taliesin estivesse por perto, voltando antes que a princesa fizesse ou nunca ter ido, o chamaria pelo nome, a voz inesperadamente animada, pois queria falar algumas coisas com ele, mas ainda assim, estava tentando entender aquela missão e em questão de prioridades, queria se livrar daquilo logo.
- Você falou de relíquias... Sabe se elas tem alguma propriedade especial? - Mostraria o mapa para ele e a ponta rasgada de Ban'nin (que o encarava como se quisesse devorar a alma dele), apontando e logo pensando que sem informação alguma da empreitada em que estávamos, provavelmente não entenderia muito, resolvi dar um resumo enquanto indicava cada lado, esperando que em sua própria peregrinação, ele tivesse algo a somar. - Os orcs estão com um problema que não querem lidar e isso, obviamente, é trabalho da Dead Garden. Não estão errados, mas dependendo do perigo, eles são mais do que capazes, mas fica o questionamento: o que daria medo em um orc? Enfim... Lyora disse que havia um reino aqui na antiguidade e lá pode ter alguma concentração, um chamariz, por assim dizer. Ban'nin diz que tem algo parecido com um achitya num lado totalmente oposto e... E... E EU NÃO CONSIGO ENTENDER ESSE MAPA! - O objetivo era jogá-lo longe em um acesso de raiva, mas por estar aberto e aerodinâmica não ser o forte de um objeto de pouco peso, ele planou e caiu ao chão. Permaneci sentada com as pernas imitando lótus, mas não tão perfeito, as mãos entre e bufando de raiva, delegando a compreensão do estranho rabisco para Taliesin, ou Lyora, se chegasse a tempo da explicação. Nunca mais quero trabalhar com uma raça tão desorganizada e agressiva.
Após a trovoada que me assustou, a princesa parecia mais séria, me ajeitando em seu colo, de certa forma, me socorrendo. Mesmo que não estivesse em minha forma mais felina, me sentia pequena ao ser envolvida naquele abraço. Ela era quente e forte, se o eletrossauro se aproximasse, duvidaria que ele conseguiria me retirar dali e se eu não estivesse suja por conta da banana babada, certamente iria retribuir o abraço ou evitá-la para que não se sujasse comigo (afinal, ela não deixava de ser membra da realeza). Recostei a cabeça em seu peito e uma sensação estranha veio ao meu próprio, me fazendo, ao invés de encolher e parecer mais frágil, mas erguer a cabeça e preencher a curva de seu pescoço com a minha franja. Mas não somente isso, ela me reposicionava, como se eu fosse uma espécie de boneca de pano e isso, feriu um pouco meu orgulho, porém o ajuste era feito para que a posição em que me encontrava não favorecesse um engasgo mais fatal (mesmo que minha opção fosse engolir ao invés de tossir um pedaço de fruto na frente de todos, me limitaria a bolas de pelo).
Ela parecia outra pessoa agora, pois olhando-a com olhos grandes e curiosos debaixo para cima, fechei-os em uma reação desnecessária, pois não havia sinais de violência em sua movimentação, que beijava a testa. Não soube lidar com essa reação, mas certamente, eu não começava a gostar apenas do superficial, pois sim, seus olhos eram extremamente chamativos e belos, mas a maneira preocupada e protetora... Nunca antes tive isso, por mais pejorativo que seja o pensamento, isso é coisa de gatas domésticas. Sentia que meu coração não sabia lidar tanto quanto eu, pois ficava um pouco apertado, havendo receios de que Apatti viesse fazer algo contra ela de alguma forma dramática e épica, que era uma combinação de caprichos que odiava na deusa e mesmo que nunca quisesse o mal de qualquer pessoa, estava era acostumada a relações mais superficiais, sem um real cuidado. Não tinha o que dizer, então apenas coloquei a palma sobre a mão dela, apertando um pouco como um agradecimento silencioso ou o que ela quisesse interpretar, mas quis deixar claro que apesar do orgulho ferido em ter o corpo movido para lá e para cá ao que seus bel desejos, não desgostava do que era feito.
Fiz meu ataque e intimidação, cansando de respostas dúbias e esquivas, porém mesmo que o clima se desfizesse e a habilidade usada fosse em seu nível mais básico, ainda assim, o "Senhor Raposo" era totalmente imutável em seus sentimentos, não demonstrando medo da perturbação das profundezas (o que me fez questionar se era melhor eu utilizar Hentou-tai no Kassei-ka para forçá-lo a fala e mostrar que eu não estava mais com paciência para desvirtuações), mas algo o motivou a falar sem tantos floreios.
Inicialmente, não compreendia direito, tinha alguma memória, mas já fazia tanto tempo que alguns nomes eram estranhos e a maneira com que ele falava, acabava por me fazer perder. A menção do capitão Corocoto me fez ficar sem fôlego, pois era exatamente isso que eu queria. Apesar da indiferença em bater de ombros e falar naturalmente quando combinei o cenário com uma possível agressão, a minha mão em seu peito se fechou e logo fora recolhida. Eu estava genuinamente feliz com aquilo, pois eu finalmente houvera completado minha missão, pois encontrei a última pessoa me perigo. Deixei a franja esconder os olhos (como dava, pois não era assim tão comprida) e sorri. Resolvi falar, mas havia mais história, então apenas insinuei erguendo o olhar para ele e abrindo a boca, mas recuei, permitindo que ele terminasse sua história sem interrupções.
Vê-lo falando de Honda era algo que me pegou de guarda completamente baixa, mesmo que houvera todo um preparo para isso, as dúvidas que se acumularam em não achar que ele era o verdadeiro Taliesin, agora cobravam seu preço por desacreditá-lo.
Ouvir que ele era alguém diplomático não combinavam com as histórias exageradas que lembrava, em que o velho pai era um herói que fazia as coisas mais loucas e que davam certo. Concordava que eram absurdas demais para ser verdade, tanto eu quanto meus irmãos sabíamos, mas ouvir uma outra pessoa falando dele era algo que dava um aperto no peito e acabava por relembrar de tempos em que ele estava vivo, brincando ou sentado no sofá contando as estrelas com a mãe. Enchi um pouco de ar as bochechas e ergui os ombros um pouco, a face ficando vermelha enquanto a nostalgia e a saudade começavam a me contaminar, fechei os punhos para manter meus sentimentos sob controle.
Ele continuou sua história, agora esclarecendo quaisquer maus entendidos e entregando um pouco mais de si enquanto em minha mente, tentava prestar atenção no que era dito, mas havia pouco interesse em relíquias ou no reino de Firdaz, ou qualquer coisa relacionada a deuses. Queria falar algo, mas não conseguia, as palavras ainda entaladas na garganta, era melhor me acalmar um pouco.
E quem me permitiu respirar fora justamente Lyora. Sua voz forte e incisiva como uma verdadeira rainha, me virei para vê-la e não fora preciso, pois ela usava seu cavalo de metal planar em nossa direção, circundando sem receio. Sua pose relaxada me faria rir em situações comuns, mas agora, eu apenas suspirava e abria um sorriso com a situação, fechando os olhos e pressionando as lágrimas que estavam custosas a cair, escorrendo um pouco discretas, molhando as bochechas redondas enquanto meu nariz ainda encontrava-se avermelhado.
Lyora era persuasiva e poderosa, deixando claro que tinha os meios, mas não faria de graça e queria uma compensação à par (talvez o Sol não vivesse apenas em seus olhos). Ser chamada de "Senhorita Catástrofe" fora como um soco no estômago e logo, a ousada princesa dava tapinhas em seu próprio colo, me chamando para lá. Olhei para Taliesin com os últimos vestígios de desconfiança, como algo que não deveria ser descartado assim tão facilmente, mas persistir no erro por mera birra e teimosia era algo que só traria problemas, então dei as costas para ele e com um olhar de soslaio por cima do ombro, ergui timidamente dois dedos e sinalizei para que ele viesse junto.
- Ele é quem eu procurava. Ninguém mais saberia de Corocoto ou lembranças que batem com a de... Honda. - Ia falar "meu pai", mas preferi deixar essa parte de fora enquanto sentia um engasgo. Ia na direção dela com um olhar desafiador, ofendida por ser tratada como uma gata para deitar naquele colo gostoso enquanto sentia ventos na pelagem e o calor do banho solar me arrastando até o mundo dos sonhos, porém não conseguia simplesmente ir contra suas palavras, pois isso era deveras sedutor (queria me fazer de difícil um pouco). Algo que me pegou totalmente desprevenida e não poderia simplesmente deixar essa curiosidade me martelando a mente, era que ela tinha interesse em me conhecer. O que tinha a se dizer além de que fazia parte da Dead Garden? Aproximei-me dela em seu veículo mágico e coloquei as mãos em sua coxa, como se fosse me alavancar para deitar ali, mas antes, simplesmente a olharia e falaria mais fracamente, não que quisesse abafar e que ninguém ouvisse, mas simplesmente por demonstrar minha confusão e calma. - Acho que a convivência fará com que nos conheçamos melhor, princesa, mas não veja isso como uma fuga, me pergunte o que quiser saber e eu obedecerei suas ordens como uma leal serva... Mas agora, gostaria de pedir que não me chamasse novamente de "Senhorita Catástrofe", Apatti não é muito uma presença que me orgulha, apesar de que, pela nossa viagem segura, eu não me importaria em brigar com a velha loba. Que tal voltarmos para a "Senhorita Patinhas Fofinhas"? - Não estava brigando com ela, então sorri e falei calmamente sobre o que me incomodava, ela não tinha culpa por sem querer me ofender enquanto apenas estava sendo quem era e seria legal termos essa transparência se formos passar um período juntas durante essa missão.
Realmente me alavanquei, mas sem pensar em seu corpo, logo me transformei em uma pequena gatinha branca e tentando fazer jus ao apelido, ficaria sentada em seu colo com as patas traseiras, me jogando contra sua barriga e batendo as patas dianteiras um pouco mais acima. Não era um abraço, era mais como se tentasse escalar, mas sem a intenção propriamente dita, encostando meu corpo e por não ter o sustento que deveria ter de subir até seu ombro, joguei-me de lado e esfreguei a lateral nela, sem querer ronronando com o ato. Esperei alguma espécie de carinho, mas não iria realmente aguardar qualquer reação, pois me enrolaria em seu colo, circundando o corpo com a cauda que balançava muito sutilmente.
A disparada fora gradativa, mas rápida, Lyora tinha domínio completo da máquina e de fato, seu corpo quente combinado com os ventos que nos acometiam eram muito agradáveis, e mesmo que confiasse que ela não iria me derrubar, ainda assim algo gritava no fundo de minha mente para que tivesse cuidado. A paranoia me consumia até nos momentos mais agradáveis e por mais que dormisse pouco e preferisse a parte do dia para fazê-lo, não consegui realmente fechar os olhos por mais que um momento, se tornando algo incômodo permanecer deitada e enrolada. Altura nunca fora um problema para mim, então mesmo em movimento, virei o rosto para encarar a princesa (para ver se estava concentrada no percurso, uma curiosidade boba) e em um salto totalmente calculado, usei da inércia para me agarrar em seu ombro. Os ventos fortes faziam o cabelo dela se espalhar pelo céu como uma brasa que rasgava o azul, chamando toda a atenção para si e foi aí que vi uma oportunidade. Cravando as garras levemente em sua roupa para ter um tanto de equilíbrio, fui para trás de sua nuca e as patas dianteiras no outro ombro, repousando o corpo ali, mas ainda usando um pouco das garras (tomando todo cuidado para não feri-la ou causar algum dano em suas vestes) para me manter segura. As madeixas que me recobriam me davam uma sensação de segurança e agora, estava tão próxima do rosto dela, que levaria o nariz até o brinco dela (algo que queria há muito brincar), mas naquela situação, não era assim tão atrativo quanto Urco em si.
Ver Urco de cima era algo... Era diferente. Aquela terra desolada, tão hostil e de aparência pobre de civilizações, agora me eram mostrada por outro ângulo. As árvores magras e abundantes de folhas pareciam grandes ninhos convidativos, os segmentos do solo faziam naturais obras de arte e os animais, coisa que normalmente não se via se não estivessem mortos ou em combate, agora eram algo que dava vida ao ambiente. Havia uma segurança de que não precisávamos nos preocupar com mais nada, permitindo a apreciação. Era irônico, pois em movimento, sentia o desacelerar da vida, pois não precisava pensar em achityas, mortes, desastres e sim, apreciar a viagem e o ambiente. Meu coração bateu mais forte no ombro de Lyora e ronronei, agora, consciente de meu ato.
Aproveitei enquanto durou, pois logo começamos a desacelerar e nossa capitã indicava que iria buscar um pouco de água. Eu realmente não gostava daquilo, mas não quis protestar, só aproveitei a deixa para ficar próxima do veículo enquanto ela fazia suas coisas, não a acompanharia nessa.
Desci em um salto e já voltei para a forma humana, mas antes, pegando o mapa que havia furtado dos orcs. Observei a princesa ir em direção ao corpo d'água, que parecia muito maior e ameaçador do que realmente era e preferi me concentrar na missão, por enquanto. Sentei no chão gramado e coloquei o mapa em minha frente, abanando a cauda que serpenteava no ar, traçando mais ou menos onde estávamos e o quanto faltava para chegarmos na próxima vila, onde provavelmente esse item fora roubado após algum combate. As orelhas erguidas demonstravam a concentração enquanto tentava tirar um pouco de informação daquilo, sem nomes, sem detalhamento algum. Uma mão estava no papel, o mantendo esticado enquanto a outra ia para o queixo ou ia para os desenhos, tentando compreender e imaginar onde o suposto achitya fora visto. Havia algum motivo para uma ameaça não ser colocada num mapa? Isso não é uma questão de estratégia básica? Não entendia orcs e muito menos táticas militares, quem podia ajudá-la seria Lyora, que demonstrou ter um tanto de conhecimento sobre isso.
Uma batida forte de asas e logo um zunido, olhei para cima e um torpedo negro vinha em minha direção. Ergui o braço para me proteger do impacto iminente, mas antes de chocar-se, Ban'nin parava seu próprio movimento com um empurrão do próprio ar, aparando um pouco seu peso, mas que ainda pousava como uma pedregulho. Ele me encarava com a expressão dura de sempre e estendi a mão para acariciá-lo, algo que ele estranhou e sua resposta fora em bicar meus dedos. O que tive em mente em ser carinhosa com esse brutamontes? O encarei e coloquei a cabeça para o lado, ele entendeu que eu esperava algo, então sem cuidado algum, ele rasgava um pedaço do mapa, numa área mais afastada, nos limites de Urco. Estranhei e deixei claro para ele, erguendo as palmas e ele procurou uma pedra ao redor, indo até ela e bicando em código.
Parece que há alguma divergência gravitacional para lá. Isso normalmente é coisa de um achitya, mas ainda assim... Pode ser tantas outras e não batia muito com o que Lyora achava, que era em um ponto mais central de Urco. Talvez buscar reconhecimento em ambos lugares. Precisava de uma opinião de outra pessoa e foi nesse momento, que se Taliesin estivesse por perto, voltando antes que a princesa fizesse ou nunca ter ido, o chamaria pelo nome, a voz inesperadamente animada, pois queria falar algumas coisas com ele, mas ainda assim, estava tentando entender aquela missão e em questão de prioridades, queria se livrar daquilo logo.
- Você falou de relíquias... Sabe se elas tem alguma propriedade especial? - Mostraria o mapa para ele e a ponta rasgada de Ban'nin (que o encarava como se quisesse devorar a alma dele), apontando e logo pensando que sem informação alguma da empreitada em que estávamos, provavelmente não entenderia muito, resolvi dar um resumo enquanto indicava cada lado, esperando que em sua própria peregrinação, ele tivesse algo a somar. - Os orcs estão com um problema que não querem lidar e isso, obviamente, é trabalho da Dead Garden. Não estão errados, mas dependendo do perigo, eles são mais do que capazes, mas fica o questionamento: o que daria medo em um orc? Enfim... Lyora disse que havia um reino aqui na antiguidade e lá pode ter alguma concentração, um chamariz, por assim dizer. Ban'nin diz que tem algo parecido com um achitya num lado totalmente oposto e... E... E EU NÃO CONSIGO ENTENDER ESSE MAPA! - O objetivo era jogá-lo longe em um acesso de raiva, mas por estar aberto e aerodinâmica não ser o forte de um objeto de pouco peso, ele planou e caiu ao chão. Permaneci sentada com as pernas imitando lótus, mas não tão perfeito, as mãos entre e bufando de raiva, delegando a compreensão do estranho rabisco para Taliesin, ou Lyora, se chegasse a tempo da explicação. Nunca mais quero trabalhar com uma raça tão desorganizada e agressiva.
Calamity Harbinger- Créditos : 0
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
FANTASMA
Falas de Noneco Poneco, o Magnífico: Azul
Falas de Bahram Aruhade: Marrom
Para pessoas desconhecidas era um tanto quanto estranha sua falta de alteração no tom mesmo com algumas emoções mais fortes em jogo. Já havia sido mais passional, mas com um desenvolvimento lento que apelava para uma virada de século para sua raça, somando com as experiências, aquilo havia se tornado algo que ao mesmo tempo que podia ser bom diplomaticamente, com o porém de que ao mesmo tempo em coisas menos formais poderia ser muito irritante e até tediosa para pessoas um pouco mais “incendiárias”.
– Senhor Trapaceiro? Ora, ora, afiada. – Soltou, num tom sereno. O sorriso mequetrefe de canto continuava a esboçar em sua face, fixo nos olhos de teor ensolarado, vibrantes de Lyora. – Me definiu um tico, só um tico mesmo, às vezes é um tanto necessário, para agraciar vossa senhoria com uma pelúcia de um dinossauro, dum pônei chifrudo ou uma garrafa envelhecida de bebida, eu sei um bons truques de trapaça em arquearia de parque de diversões e feiras que olha… você não amar seria uma bela desfeita! – Gesticulava com desenvoltura para ver a reação da ruiva a qual encarava.
Em outro momento, assentiu com a cabeça diante do interesse de Lyora sobre Firdaz, com serenidade aparente. De certa forma, Firdaz era um País bem esquisito para olhos do Oeste, ainda mais sendo tão centrado nas dádivas de Helia desde a rebelião que formou os primórdios do Império. Aquilo o fazia estranhar o tanto que a postura daquela ruiva lembrava a do Shah-an-Shah com o sangue de Helia. A diferença é que o brucutu bronzeado e barbudo do Imperador não era o tipo de pessoa que ele queria que lhe levasse na garupa da moto num date. Preferia muito mais uma “princesa motoqueira num cavalo branco de metal”.
Parecia ter entrado em acordo com as duas. Iria cair fora dali com elas, enquanto esperava que Noneco, Bahram e Spargapis estavam rumando ao mesmo lugar em segurança. Encontraria com eles depois. Sabia que seus amigos sobrevivem a situação desde que não se metesse em encrenca. Eram feitos da mesma matéria. A do pivete de caravana do árido, mal caráter que nem rua, nem o deserto, nem os tóxicos do Grande Verde derrubaram. Cada cicatriz, cada envenenamento, cada jaula. Um aprendizado. Não é à toa que haviam conseguido o uniforme preto da Companhia. Sparrie era meio-warg, tinha casca grossa.
Por enquanto seguiria sua intuição por mais que tivesse suas influências tortas, estava intrigado com Haruka o procurar. Taliesin não era um nome muito procurado por seu passado. Se algo como o passado de Corocoto estava na linha, não estava alinhado com o sumiço de Martin Arundell e muito menos com as intrigas de Hagmatana.
Montou com as duas no veículo de Lyora, levemente se estremecendo na partida, indo ao alto. Era acostumado com alturas mas aquilo havia tido um efeito esquisito ao ponto dele não saber se agarrava a cintura da motoqueira ou mantinha o equilibrio. Lembrava quando havia tido que se agarrar à carona dum grifo, tempos atrás.
Ao pousarem, Taliesin deu alguns passos, vendo a fauna e a flora ao redor. Havia alguma similaridade com o Verdejante de Firdaz e da vizinha Moonbarana. Não iria sentir falta de casa só por causa de um naufrágio e alguns perrengues né? Tinha qualificação de aventureiro, séculos de bagagem e cenas lamentáveis, além do fato que era a fina flor da Companhia Velada.
– Ah, faz sentido. Um banho quente faria milagres se fosse de fácil alcance. – Dizia em resposta à Lyora, enquanto se alongava de forma tímida. Sentia falta de piscinões de água quente luxuosos de Hagmatana e Merv. Tinha que dar um jeito, principalmente de não feder. – Depois de um naufrágio, selva, orcs e criaturas. Eu sinto falta até de massagens quebra-ossos dos piscinões Termais de Merv. O cheiro cítrico e de óleo. – Comentava para Lyora.
Haruka parecia acompanhada de uma criatura com o olhar um tanto ameaçador que para Taliesin lhe dava mais a impressão de “ah, que gracinha, mais alguém querendo me matar”. A felina parecia interessada sobre a história das relíquias solares. Possuía um mapa, mencionava algo da missão e dos problemas da Dead Garden. Hm, o que responder sobre? Talvez devesse explicar uma hora ou outra. Havia tempo.
Seguiu com Lyora. Lhe intrigava a junção de Urco, Devotos de Helia e de uma engenhoca que corria e andava. Não parecia algo padrão no Grande Templo da Chama Sagrada. Uma máquina daquela, aliás, era bem mal vista pela velharada da casta sacerdotal. Era contraditório.
–Então… qual o plano, ruiva? – Se colocou ao lado dela, curioso, notava os trejeitos e a expressão padrão na tarefa, assim como a cor bela e viva de seus olhos que chamavam a atenção, lembrando as chamas da vista de longe de um Templo da Chama Solar num fim de tarde daqueles bem alaranjados. Era caloroso e nostálgico. – Você parece uma pessoa certeira, firme em postura nesse lugar, parece familiarizada. Fiz certo em lhe seguir tempos atrás. – Dizia sem problemas, tentando ler ela no mistério apresentado, se bem que ele sabia que era um mistério não por esconderem muito os fatos, mas sim por falta de familiaridade com a pessoa que acabou de conhecer, o padrão. – Talvez poupe mais tempo cair de cabeça na água fria mesmo de um rio se não tiver perigo apresentado. Como… correnteza forte ou animais, vai saber. Duvido que alguém vai roubar as vestes na margem num lugar desses. Uma vez roubaram as minhas num oásis, tive de fazer a trilha de volta pelado, numa noite. Aí, no outro dia eu peguei um resfriado. Mas é aquilo né, acontece.
Deu os ombros depois daquela história, mantendo uma postura bem humorada. Não tinha problema em ter que andar nu por aí. No fundo o que pesava mais era ter ficado de cama e não do jeito que queria na época. Imprevistos ocorrem.
- Dados Gerais:
- Ficha do Personagem
Raça: Kitsune (Aparência de Meio-Elfo)
Profissão: Sorcerer e Artista
Alinhamento Moral: Caótico Bom
HP: 660/660
Energia: 150/150
Mana*: 2850/2850
Perícias: Diplomacia, Enganação, Estratégia, Percepção, Furtividade, Sobrevivência, Instrumentos Musicais, Canto, Intuição, Lógica e Acrobacia
Vantagens: Ligação Espiritual, Viagem Interplanar, Metamorfose, Transmogrifação, Ataque Espiritual, Acima da Média, Intuição, Arte do Improviso, Temperamento Calmo, Mana Extra*, Boa Aparência e Familiar
Desvantagens: Códigos do Caçador e do Herói, Curioso, Midargo, Raridade, Preconceito, Encucado, Arrogante e Fadiga Mental
Número de Posts: 6
Perdas: Nenhum
Ganhos: Nenhum
Amauta- Créditos : 23
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Re: [Auto Narrada + 18] November Rain, Bright and Briar
Bananas Grandes e Elfos Suspeitos
A felina estava segura, apesar de minha preocupação, ela era habilidosa, não que em qualquer momento minhas ações duvidasse dela, ou dos outros ao meu redor, era apenas a mais pura e simples preocupação, gentileza, era o certo pra mim. Como deveria ser. Era assim que me sentia em relação aquilo. Apesar disso, suas ações não passavam em branco por mim, eu podia sentir seus cabelos conforme ela encaixou sua cabeça, e deitei meu queixo sobre ela deixando que seu ato fosse atendido com carinho e graça, como merecido.
Apesar disso, o desenrolar fora, de testes, ameaças e golpes, o que fez com que tudo aquilo fosse um tanto hostil, o que era no mínimo esperado, afinal, nosso rapaz era um desconhecido, que parecia também ignorar os atos em questão. Talvez ele não se sentisse ameaçado por nós, o que era um erro da parte dele, mas claramente era o melhor cenário para mim, temor gera cautela, era melhor que ele estivesse disposto a cooperar do que ficar desconfiado de pequenos atos e ações.
No fim, a felina me confirmou que aquele era o caso o escorpião era mesmo a pessoa que estava buscando, e eu teria de levar ele, claro, eu tinha meus termos, além disso as tais relíquias solares muito me instigaram em minha decisão, digo… Elas não eram um fator decisivo, mas valia o risco de sua companhia e meus serviços de locomoção. Estava tudo se resolvendo, depois de muita conversa, o que me deixava atenta ao fato de que nosso grupo certamente não era dos mais fáceis de se lidar.
Mas antes que eu pudesse dar a partida a felina que se apoiou em meu colo, tinha certas exigências, sobre não ser chamada de um certo nome, ou coisa parecida. A presença que ela citou me confirmou uma coisa, mas me deixou outra ambiguidade no ar, eu tinha quase certeza que uma força estranha estava cercando ela, que não se tratava de Apatti. O que me fez erguer a sobrancelha e levar a mão até o queixo.
Aquela afirmação me deixou pensativa, não iria eu iniciar um interrogatório agora, para saber dessa outra energia, já não queria perder mais tempo ali, nem mesmo para tirar essa pulga que fincou-se como um carrapato atrás da minha orelha.-Primeiro de tudo, não acho que deva se envergonhar sobre Apatti, ela é assim como Helia parte do ciclo natural deste mundo, tal qual Eluna, Mors, ou mesmo Kerana. A natureza nos dá e nos tira. Mas não a culpo, apenas expressei o que penso, eu sou assim. - disse com firmeza e um olhar calmo, não a repreendendo, ou mesmo tentando lhe forçar uma devoção por algo que não parecia lhe trazer orgulho ou felicidade.
Era meu ponto de vista, como alguém que se afundou aprendendo religião, observando a natureza, e como o ciclo funciona, se dedicando ao clericato e às cruzadas durante toda a vida. Mas havia outra coisa que eu podia falar com bastante certeza, e isso era sobre mim, sobre a relação que estávamos construindo naquele momento, como segui uma tradição militar, não me sentia confortável de ser tratada como uma superior, sem uma patente equivalente para demonstrar isso.-Já quanto “servidão” não entenda errado. Nesse momento divido a mesma patente que você, sendo assim, a Senhorita Pedidos não possui qualquer obrigação para comigo, a menos que deseje assumir para si tais coisas, mas não sou no momento nada além de uma mulher comum.-Eu não iria dizer muito mais que isso se ela desejasse me servir.
Apenas uma questão de esclarecer a situação, se ainda assim ela desejasse, não teria objeções a isso, deixaria que ela subisse e se acomodasse tranquilamente enquanto faria um carinho atrás de usas orelhas, e passando sobre as costas, seguido de um pouco abaixo do queixo, antes de acelerar a moto e partirmos para o destino. Ao qual foi interrompido pela busca de água. Me aproximei daquela pequena fonte, e comecei a coletar, conforme o homem das terras solares se aproximava, fazendo questionamentos pertinentes, sobre o que eu deveria fazer.
Planos? Bem, eu tinha muitos, apesar de que acredito que ele só deseje saber a próxima etapa e não dos milhares de esquemas e emaranhados que foram traçados, alguns a séculos atrás, e outros mais recentes.-Por agora só devemos fazer uma varredura, achar os Achitya e simplesmente eliminar todos eles, em seguida, contatar a organização, e descobrir o próximo paradeiro para o qual a missão vai nos levar. Talvez rastrear mais casos por essas terras, ou simplesmente partir a um novo lugar.-Disse explicando tudo que estava nos planos mais recentes, o que era meramente seguir dizimando essas criaturas, o que se refletia na erradicação delas a longo prazo.
Agora quanto ao banho quente aquilo me fez ficar pensativa, seria de fato produtivo, mas não tinha tempo pra algo assim agora. Mas fontes termais seriam certamente uma das coisas que deixariam meu dia mais leve.-Termas seriam realmente algo tentador, mas só estou armazenando pra mais tarde, meu banho não vai ser exatamente agora. Mas de fato um bom gosto, termas são revigorantes.- E sorri levemente olhando para ele, enquanto guardei ergui os recipientes, voltando para a Eagle.
Ali eu fui organizando os recipientes que ficariam na parte de baixo dele, enquanto escutava os apontamentos da felina, eram perguntas pertinentes, já que o mapa lhe era confuso, e com razão por que definitivamente isso aí era um rascunho, mapa é uma palavra forte pra falar daquilo.-Existe muito sentido na sua preocupação, Senhorita Cauda Agitada, começa com isso aí nem ser um mapa direito… Eu estudei geografia, e se tem algo que posso dizer é que esse negócio é um projeto. - Mas antes que eu terminasse acabei inflando as bochechas e segurando o riso, quando a vi jogar o tal mapa que apenas flutuou e caiu pertinho.
Engoli a gargalhada dando apenas um risinho curto que não fui capaz de esconder, diante da frustração da felina.-Mas não se deve preocupar Senhorita Fúria Fofa, nós podemos investigar todos os lugares rapidamente. Não há por que pensar tanto nesse detalhe, no fim, os Orcs, seus esquemas, seus mapas são… Me desculpe as palavras, duras mas, para o nosso trabalho, uma distração, e posso acrescentar que em partes, perda de tempo. Como você mesmo disse, eles não guardam registros, e não exatamente se importam se eu e você teremos sucesso, talvez melhor pra eles se falharmos. O mapa ainda assim é uma pista, mas não diz o suficiente.-Comentei fechando a parte de baixo de Eagle, deixando os recipientes de água seguros a partir daqui. Me ergui e fiz um carinho na cabeça dela.
Tocando o topo levemente e afagando.-Esses caras que você lidou, são um saco, eu sinto muito que tenha ficado tanto tempo envolvida com eles, mas podemos rastrear e eliminar essa criatura em pouco tempo agora, então em partes valeu a pena, você tem relatos, e mesmo que seja um rabisco feio que chamaram mapa… Ele ainda tem algum valor na busca.-E com isso me sentei na moto, mas não para dirigir, e sim como quem se senta em um banco de praça, eu estava esperando mais opiniões, da própria felina e do elfo.
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