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[Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
2 participantes
Dark Dungeon World :: Mundo :: Continentes :: Continente de Skraev :: Vanaheim :: Brynjadarg
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[Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
Relembrando a primeira mensagem :
「R」
1.5
Snow and Blood
Snow and Blood
Goblin bom é goblin morto
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: NPC Ethan Wilhelm Blackclaw
— Localidade: Skraev - Vanaheim - Brynjadarg
— Descrição: A invasão dos goblins ao marquesado de Elenathria causava uma confusão dos lado dos elfos, porém do lado dos lobisomens, o pior ainda estava por vir...
Tipo de aventura: Narrada/Aberta
Aviso: N/A
— Pessoas envolvidas: NPC Ethan Wilhelm Blackclaw
— Localidade: Skraev - Vanaheim - Brynjadarg
— Descrição: A invasão dos goblins ao marquesado de Elenathria causava uma confusão dos lado dos elfos, porém do lado dos lobisomens, o pior ainda estava por vir...
Tipo de aventura: Narrada/Aberta
Aviso: N/A
Tomita- Créditos : 27
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Re: [Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
1.5
Snow and Blood
Beware, beware, be skeptical of their smiles, their smiles of plated gold.
Deceit so natural but a wolf in sheep's clothing is more than a warning!
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Se eu disser que a caverna era confortável eu estaria mentindo, mas era o que eu tinha para hoje. Entrei no local, farejando o ar. Parecia segura, por enquanto. As estalactites e as rochas pontiagudas eram um problema pequeno, evitei ficar muito próximo a elas enquanto me abrigava, afinal não queria virar um espeto.
A criatura verde começava a gritar um pouco. Colocava meu indicador direito sobre meus lábios em um sinal para ele falar mais baixo.- Se você continuar gritando, pode ter certeza que os elfos serão seu menor problema. - Ele estava amarrado e bem preso, não conseguiria escapar dali, afinal a nevasca começava a ficar cada vez mais forte. A criatura continuava a falar e francamente, eu não estava muito inclinado a conversar, porém as circunstâncias do momento não me traziam nada mais a mente.
- Você já se deu mal né, eu ainda tenho uma chance. Aqueles elfos são tudo bilu tetéia, mas pelo menos eles pagam bem o valor em ouro para cobaias novas. - Dava de ombros enquanto me sentava sobre o chão, encostando na parede, relaxando um pouco. Precisava descansar.
Aos poucos, senti o silêncio tomando conta e pude finalmente ter um pouco da merecida paz. A nevasca continuava, fenômeno estranho para o começo da estação primaveril, porém dado as circunstâncias de mudanças de temperamento do deus das tempestades, eu continuava ali com aquela criatura diminuta até o mesmo abrir a boca novamente. Uma pergunta quase filosófica vinha à tona. ‘’O que eu queria da minha vida.’’ Mas peraí, porque raios um goblin estava pensando aquilo, será que subestimei suas mentes capazes de refletir e pensar criticamente em algo? Para mim os goblins eram similares a animais, burros e movidos apenas por instinto, não imaginava que eles tinham algo tão mais ‘’humano’’ como sonhos, desejos e por aí vai.
- Para ser sincero, não sei o que esperar da vida. Vivo de momentos, cada um de cada vez, sem me planejar muito. Eu vejo a oportunidade e a abraço, especialmente aquelas em que eu me dê menos mal, porque se dar bem hoje em dia é só pra quem é rico, o pobre ta fudido de qualquer jeito. - Levava a mão até o bolso, procurando um cigarro, se o achasse, o acenderia. Olharia para o goblin, se arrastando como uma minhoca e daria uma risada interna de leve, era uma cena engraçada.
- Bardo? É uma boa profissão, tu toca algum instrumento ou canta é? - Perguntei de curiosidade. - Não sabia nem que vocês goblins eram capazes de tal feito, mas vendo que alguns de vocês tem tecnologia avançada, talvez eu esteja enganado um pouco a respeito de vocês. - Admiti, não havia nada de errado em mudar de perspectivas quanto ao conhecimento de novas raças, culturas e pessoas. - Os goblins que vemos nos livros são bem mais… Primitivos, por assim dizer, bárbaros que destroem vilas, moram em cavernas, sequestram mulheres e comem carne humana. - Daria uma tragada no cigarro.
Tomita- Mensagens : 212
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Re: [Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
Domingo a noite
O tempo passava e a inconveniência duma tempestade, ainda que no começo da primavera, fez com que tanto Ethan, quanto seu refém goblin, não tivessem muito o que fazer além de conversar. Claro, ele até poderia explorar os cantos mais obscuros da caverna, mas depois de um dia agitado, o lobo preferia descansar. Dá pra julgá-lo? Era uma decisão sensata, ao contrário do seu plano de vender o refém para os elfos de Aldmeri. O Goblin ainda se sentia meio intimidado pelo lobo, afinal, ele foi forte o bastante para derrotar Fenton, o bárbaro, mas sentia que, se fosse para Ethan mata-lo, isso já deveria ter acontecido faz tempo, o que lhe deu coragem para questionar a sanidade de seu algoz uma última vez – Ce tá maluco mesmo, vai acabar preso na terra dos elfo também! – Ele realmente não via um desfecho positivo para os planos de Ethan, mas como seu destino já estava traçado, não insistiu.
As indagações do lobo faziam o goblinoide ficar pensativo por um curto período. Ele encarava a nevasca do lado de fora, levava os olhos até si mesmo, amarrado dentro de uma caverna misteriosa, e percebia que talvez fosse o momento certo para desabafar. – Eu faço uns batuque bom no tambor! Sou bom nisso ai. Cê deve ter percebido que nem todos goblins são iguais, né? Fenton era forte e burro, meus amigo tava no meio termo, mas eu só bom mesmo é pra xingar! Né isso que bardo faz? – Abriu um breve sorriso. – Era só arranjar uma bruxa pra mudar minha aparência e eu tava bem, arrumava umas moeda e mulher, num tem vida melhor! Se cê visse os apelido que dei pro seus amigo pulguento, HAHAHA! – As memórias aliviavam um pouco o desânimo do goblin, deixando que sua risada icônica da batalha anterior voltasse a aparecer, por um instante. O peso da realidade logo tomava conta do refém, de novo. – hahaha... – Desolado ao lembrar-se de que no melhor dos casos seu destino seria tornar-se uma cobaia dos elfos, o falastrão havia enfim se calado, sem dar mais respostas a Ethan.
Normalmente, em momentos como esse, o clima teria ficado mais tenso. Apesar do silêncio pairar sobre aquela caverna inóspita e assustadora, com o Goblin encarando o pouco do horizonte que ainda era visível pela nevasca, havia algo reconfortante naquela situação para nosso protagonista. Por mais frio que estivesse, Ethan conseguia sentir uma presença aconchegante próxima a ele. Com cutuques em seu ombro esquerdo, uma garotinha surgia perante a Ethan e, bem, ele podia ter certeza de que não era uma alucinação ou espirito maligno. – Ethan? Ethanzinho? Meu lobinho encrenqueiro, é você mesmo? – Em um momento de descanso, a própria Esperança surgia diante de seu seguidor, sentada ao seu lado, enquanto observava o lobo e o goblin. – Quem é seu amiguinho? Por que você tá no meio do nada? Que lugar escuro e feio! Muito feio! – Nesse momento, a aura ao redor da pequena aumentava, e os dois mortais ali presentes conseguiam notar que a temperatura tornava-se mais agradável, apesar do Goblin não enxergar a deusa e nem a luz vindo de sua presença. Mas antes que qualquer outra coisa acontecesse, ela continuava a indagar seu fiel. – Cadê aquele trequinho que você tava fazendo? E seus amigos lobos? Aquele orelhudo é seu novo amigo? – Ela parecia conhecer Ethan, apesar de não estar inteirada sobre sua situação atual. Seu tom era amigável e de genuína curiosidade, apesar de não ser muito formal, ela queria mesmo entender o que estava acontecendo.
– Ô lobo, tu num peidou não né? – O Goblin quebrava o silêncio, tentando entender por quê o local estava bem mais quente do que antes. Nadezhda ria, pois entendia bem o que estava acontecendo. – Bobo! Bobinho, bobão! Ele não consegue me ver! Hihihi – O espírito infantil dava a língua para o Goblin e dava risadas, sabendo que ele não poderia responder. Enquanto isso, Ethan podia ver que a nevasca continuava do lado de fora, e os cantos obscuros da caverna continuavam do mesmo jeito, talvez menos assustadores, agora que uma Deusa estava de seu lado.
- Ganhos:
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Re: [Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
1.5
Snow and Blood
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Meus olhos corriam por aquela caverna, seu interior não me parecia muito convidativo, mas aquela nevasca toda também não era. Eu ouvia as palavras que saiam daquela criatura diminuta e feiosa. Um semblante de curiosidade junto a uma certa… Pena, talvez surgia em meu âmago. Eu não era uma pessoa totalmente egoísta… Era? Eu fazia o mínimo para sobreviver com dignidade, mesmo que isso custasse um pouco o sangue de mal feitores. Aquele goblin, embora quisesse ter uma vida diferente, não era uma pessoa boa. Não, eles haviam matado outros da pequena matilha. Embora eu mal conhecesse aqueles garotos, havia algo que me ligava aos iguais a mim, talvez algo maior que nossas próprias existências egoístas.
O goblin citou que sua aparência era o que impossibilitava de conseguir o que queria, mas ele estava enganado. Ele era um ser corrompido pela ganância e malícia, assim como todos de sua raça e eu precisava ter isso em mente se quisesse focar em minha missão. - Talvez em outra vida. - Disse de maneira seca, sem muito a acrescentar ao que o goblin dizia. Com o passar dos minutos, o silêncio tomou conta do ar que nos abraçava e a tensão que antes era visível se dissipava. Fechei os olhos por alguns segundos, respirando levemente enquanto tentava descansar os músculos do corpo até sentir um leve toque sobre meu ombro. Levei um pequeno susto, mas sem gritar fininho, lá ele.
Que hora boa para se aparecer não é mesmo. Meus olhos encontraram os dela, a criança imortal, senhora da Esperança. - Claro que sou eu, o lobo mau que come porquinhos no café da manhã, Nadezinha. - Disse de forma descontraída enquanto finalizava o cigarro que estava em meus lábios, jogando a bituca na neve do lado de fora da caverna antes de dar uma risadinha de leve. Essa não era a primeira e com certeza não seria a última vez que eu via e falava com a pequena deusa. Sua companhia era reconfortante e seu jeitinho meigo e infantil era divertido.
- Ele não é meu amigo, minha pequena, é apenas um prisioneiro de guerra… Por assim dizer. - Dei de ombros antes de levar minha destra até sua cabeça pequena, baguncei seus cabelos em um carinho suave como o de um irmão mais velho sobre a sua irmãzinha. - O trequinho? Ah! Ainda não terminei, estou com a grana curta ultimamente, mas se tudo der certo com o goblin ali, logo vai poder ver como ele é. - O brinquedo que eu estava trabalhando a um tempo era, além de um passatempo para minha mente, um presente para a deusa. Eu nem sabia se ela gostava desse tipo de brinquedo e… Pensando bem ela nem precisava de tal, mas eu queria agradá-la à minha maneira, já que eu não era um fiel bom em minhas orações…
O goblin logo perguntou o porque o lugar estava quente, achando que tinha sido uma flatulência. Tosco, right in front of my child? - Claro que não mané, se fosse tu tava era morto agora. - Disse de maneira incisiva. - Porque não fecha os olhinhos e dorme um pouco, aproveita e sonha com sua liberdade. - Disse quase que em um rosnado para aquela criatura.
Meus olhos se voltaram para Nadezhda, dessa vez mais baixos e menos brincalhões e animados. - Nad… Sei que não tenho direito de te perguntar isso mas… Sabe me dizer como está Vanaheim? Os amigos daquele ali estavam preparando uma invasão… Muitas pessoas vão sofrer… Você… Pode ajudá-los? - Perguntei a deusa com um tom de voz respeitoso e manos brincalhão. - E-Eu entendo se não… Tiver como fazer nada… Mas estou preocupado, especialmente por aqueles dois que lutaram ao meu lado. - Suspirei. - O que eu to fazendo aqui no meio do nada com esse cara… Eu sou forte, eu podia estar lutando… - Era tarde para mudar de ideia, era tarde para voltar, a culpa começava a me corroer quando eu pensava que centenas de vidas seriam perdidas por minha covardia.
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Re: [Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
Sexta de Noite
Em suas reflexões, Ethan dava por certo de que o destino do Goblin era merecido. Não podemos esquecer que, até pouco tempo, ele se vangloriava em batalha, enquanto meros jovens Lycans eram trucidados por seus colegas. Tendo essa certeza em seu coração optou por dedicar os próximos momentos a deusa da esperança. Curiosa e agitada, o comportamento de Nadezhda era bem conhecido por seus fiéis. Ela adorava se intrometer em suas vidas e Ethan, apesar de perdido enquanto uma invasão acontecia, não era exceção. Se você pensar bem, até faz mais sentido, afinal, são em momentos como esse que mais precisamos de esperança para seguir em frente.
O lobo poderia perceber que o goblinóide ao seu lado lhe olhava com uma expressão de profundo desprezo, pois ao contrário de Ethan, não conseguia ouvir ou sequer ver a deusa. Mas de algo ele tinha certeza, se o lobo estava falando “sozinho”, ele só pode ter enlouquecido de vez. – Merda, o frio tá fazendo esse pulguento delirar! – Bradou, desesperado. Mas com o mesmo ímpeto que a emoção surgia, ela se desfez. Ele encostava no chão e fazia das pedras próximas seu travesseiro, o que não era fácil, por estar amarrado. Com contorços desajeitados, deu as costas a Ethan e resmungava, antes de tentar um cochilo. – Tô fudido memo... –
Enquanto isso, a criança se divertia com as respostas de Ethan, vendo por trás de sua postura marrenta. – Você tem que terminar o trequinho, bobo! Eu quero ver ele pronto da próxima vez, hein! – Provocava o lobo, mas ele sabia que não era uma ameaça. Era uma tentativa de melhorar o humor de seu fiel, pois com a pergunta que lhe havia feito, sobre o paradeiro do reino perante a invasão dos goblins, Nadezhda enfim se aquietava. De repente, começava a andar de um lado para o outro, olhando para baixo. – É difícil! Só queria que todos tivessem bem, pelo menos preciso motivá-los de que dias melhoras virão, não é? – Dessa vez, era a pequena que fazia um cafuné no marmanjo. – Mas não sou a única envolvida... O que vocês lobos fazem por mim é muito legal! Eu me sinto tão forte por aqui... Estou ajudando os outros lobos da melhor forma possível! Mas eu não sou a única, sabe? Por ser uma invasão, é meio que uma guerra também, né? E aonde tem guerra, tem medo e aquela palavra pesada com “M” também... – Seu semblante ficava mais sério, a garotinha não queria dizer, mas deixava claro que eventos importantes como esse estavam sob a vigia de vários deuses. – M-mas tudo vai dar certo no final! Você tem que acreditar, seu lobo bobão! – Ela voltava a sorrir, enquanto dava vários pulinhos ao redor de Ethan. – E os amiguinhos dele? – Apontava para o Goblin, desacordado. – O que aconteceu? Por que eles começaram isso tudo? E os seus amigos, eles não deviam estar com você? Quem sabe eles até gostam de mim também, a gente podia ter feito uma festa! – E com os ânimos restaurados, ela voltava a ser o velho espírito curioso e otimista, bombardeando Ethan com outra saraivada de perguntas sobre o que havia acontecido até então.
Tendo respondido suas dúvidas ou não, ela claramente estava preocupada com o lobo. – Sabe Ethan, meu lobo bobinho... Você tá precisando descansar! Faz que nem seu amigo e tira uma soneca. Os próximos dias serão difíceis, mas você tem que acreditar! Não chegou até aqui em vão, não é? – Sua presença parecia diminuir, como se a visita ao lobo estivesse prestes a acabar. O goblin parecia ter entrado em um sono pesado e, enquanto isso, a garotinha divina se lembrava de um detalhe importante. – Acredite em mim, bobinho! Essa tempestade por exemplo... Acho que é obra do Gihu! Alguma coisa nessa invasão deve ter deixado ele muito bravo.... Ooops! Acho que falei demais sobre os outros, né? O importante aqui é você, Ethan! Acredita não só em mim, mas em você, bobinho! E conforme sua presença foi se esvaindo, Nadezhda admirava a tempestade no horizonte, antes de olhar uma última vez para seu fiel, com um grande sorriso no rosto.
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Re: [Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
1.5
Snow and Blood
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Finalmente um pouco de paz? Ahh acredito que não. Embora o goblin asqueroso tenha deixado de lado a sua boca grande e piadas a parte. Nadezhda continuava por ali. Ao contrário da criatura verde, a presença de minha deusa era até bem recebida. Eu gostava da animação e entusiasmo dela. Não sei dizer ao certo, mas ela me lembrava muito uma das minhas falecidas irmãzinhas de anos atrás. Eu sempre gostei muito de crianças, talvez um dia isso seja bom quando eu for pai, se é que, tal coisa se realizaria.
- Ta bem, prometo que o verá funcionando. - Respondi com um sorriso singelo no rosto. Recebi o cafuné na minha cabeça com uma expressão naturalmente calma e receptiva. Eu particularmente gostava de carinho na cabeça. Se eu tivesse com minha cauda por ali, com certeza a mesma estaria balançando de um lado a outro enquanto as orelhas se moviam para trás. - Uma guerra… Entendo… Sei que irá ajudar a todos que a seguem, e fico honrado que você esteja aqui por mim, mesmo com tantos lá fora rezando por você neste momento… Obrigado, Nadezinha. - Levei a destra até a pequena cabeça dela, fazendo um carinho singelo sobre seus cabelinhos de ouro branco.
- Eu acredito sim! Pelo menos com você aqui, é difícil não acreditar!! Hahaha. - A risada calorosa e alta era sincera e animada. - Os amiguinhos dele infelizmente não vão participar da festinha, aprontaram muito e agora estão proibidos de entrar! - Não daria detalhes da chacina que havia ocorrido anteriormente a deusa, se ela era sensível para até mesmo citar a Morte e sua divindade… A pouparia de tais assuntos. - Por enquanto é só eu, você e o carinha ali. Mas ele tá cansado demais para dançar na festa. - Sorri para ela enquanto pegava sua pequena mãozinha sobre a minha, dando uma giradinha no corpo da garota, como se estivesse dançando com ela em uma brincadeira divertida. - A festa a gente mesmo faz! Hahaha. - Riria de maneira descontraída até a pequena se cansar da brincadeira.
- Spoiler:
Aos poucos o corpo dela começava a desaparecer. Era estranho. Eu sabia que ela fazia isso todas as vezes, mas ainda assim eu não me acostumava com tal fato. Sua presença era muito quista por mim, embora às vezes inconveniente, como daquela vez que ela apareceu em meio a uma ida ao banheiro e a outra enquanto eu estava em uma situação bem acalentada com uma garota… Que infelizmente nunca mais falou comigo depois daquilo… Apesar disso, ela sempre fora uma boa companhia.
- Espero que não tenha sido em vão… E você está certa, preciso deixar meu corpo se curar melhor… - Embora poções de cura e comida ajudassem, não era a mesma coisa que uma boa noite de sono, até porque a poção não cura a fadiga mental… - Eu sempre acredito em você… E prometo que vou melhorar para acreditar mais em mim. - Disse finalizando antes de calmamente puxar a pequena deusa para um abraço e sentir ela desaparecer completamente após alguns segundos. - Se cuide, Nadezinha…- Disse enquanto sentia meu corpo ficando mais leve e mais a vontade sobre toda aquela situação.
- Bem, melhor fazer o que ela disse…- Dei de ombros enquanto encontrava um local apropriado na caverna para uma soneca. - Gihu hein… Bem, obrigado pela tempestade, pelo menos, vai me proteger de tudo lá fora… Soltei um pequeno riso enquanto fechava os olhos para finalmente adentrar o mundo dos sonhos.
Tomita- Créditos : 27
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Re: [Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
Sexta de Noite
Ethan aproveitava da companhia da Esperança para relaxar um pouco. Realmente, a situação que ele se encontrava não era fácil, mas sucumbir ao desespero só deixaria tudo pior. Se Nadezhda em pessoa tinha aparecido para acalentar seu coração, por que negar o otimismo da deusa? E então, tão sorrateira quanto havia aparecido, ela deixava a caverna para trás, com um sorriso no rosto. Nadezhda sentia que tinha motivado o lobo, apesar das adversidades que ele havia enfrentado até pouco tempo. Agora restava a Ethan lidar com o mundo real: Ele estava refugiado numa caverna em meio a uma tempestade, e sua única companhia era um goblin falastrão que, pelo menos nas atuais circunstâncias, estava calado – e provavelmente já no seu terceiro sono. – Não havia muito o que fazer além de cochilar. Explorar as profundezas da caverna era uma opção, mas talvez nosso aventureiro já tinha se metido em confusões demais para um dia só. Ao fechar os olhos, Ethan enfim tinha um descanso de verdade após os eventos bizarros que ocupavam seu dia.
E agora meu caro leitor eu descreveria o que se passou na cabeça do jovem lupino enquanto repousava, mas essa informação está além dos meus conhecimentos. Ethan havia passado por poucas e boas no último dia, teria ele enfrentado algum pesadelo macabro, relembrando o embate com o feroz Fenton e a morte de seus inocentes colegas numa missão mórbida? Ou será que as palavras da Esperança haviam tocado seu coração e garantido uma noite tranquila, sonhando que dias melhores viriam no futuro? São informações que somente nosso caro lobo pode proporcioná-los. O que posso dizer é que a noite havia passado e, independente do que acontecia na mente de nosso protagonista, ele acordava são e salvo. Podia notar que a caverna continuava da mesma forma, porém o goblinoide estava acordado, com alguns pequenos arranhões ao redor das cordas em seu corpo. Parecia que ele tinha se debatido, talvez uma tentativa falha de fuga? De qualquer forma, ele ainda estava ali, com seu típico temperamento atrevido domado pela frustração de ser um refém e, possivelmente, almoço.
E para sorte de Ethan, ao olhar para o horizonte, a tempestade havia passado! As montanhas ainda estavam cobertas de neve, é claro. Fazia parte do clima local, mas não havia mais uma nevasca, ele podia ter uma visão ampla da paisagem a sua frente: Uma cadeia de montanhas que delimitava muito bem a divisão física entre o reino dos lobos e Aldmeri Dominion. Talvez a fúria de Gihu havia passado, ou teria sido um puxão de orelha de Nadezhda? Bem, nem tudo era positivo. Do lado lupino, ainda haviam vários portais espalhados, apesar de nenhum goblin estar à vista. Os raios de sol invadiam a caverna e serviam quase como um convite para o lobo começar seu novo dia. Estaria Ethan pronto para continuar sua viagem? O reino élfico era misterioso, e a única certeza que poderia ter naquele momento é que certamente seria melhor do que passar o resto de seus dias preso com o goblin tagarela.
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Re: [Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
1.5
Snow and Blood
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Quando menos percebi, estava atrás de uma porta, escondido, ouvindo os passos e barulhos das crianças que corriam de uma sala a outra. Algumas delas riam de maneira alta enquanto outras tentavam em vão fazê-las falarem mais baixo. Eu sorria, ria baixinho com os dedos sobre os lábios. Elas eram um pouco mais altas que eu. Meu rabo balançava de um lado a outro de maneira alegre. Meus irmãos, tão felizes, tão jovens… Eu me mantinha no lugar até ouvir passos mais fortes, pesados. Um abafado rosnado pode ser ouvido pelas minhas orelhas pontudas e quando olhei pelo vão da porta, pude ver meu pai. Um lobo grande, imponente como todo alfa era. Mas isso logo mudou… Os gritos, o choro daquelas crianças logo começaram a ecoar pela sala enquanto eu via meu pai rasgar suas pequenas gargantas em mordidas ferozes. O sangue, os corpos… Tudo se repetia. Eu estava imóvel, chocado, sentindo as lágrimas escorrerem de meus olhos.- P-Pa…Pai…? - Eu disse baixinho, porém a criatura monstruosa de olhos vermelhos ouviu a minha voz. Ela se voltou para mim e em um salto rápido sua boca se abriu e pude apenas ver seus dentes se lançarem sobre minha face.
Abri os olhos, repentinamente… A luz do sol já adentrava as paredes daquela caverna. Não muito longe de mim eu via o corpo do goblin tagarela. A sim… Meu refém, ou melhor, minha moeda de troca. Levei os braços para cima em uma espreguiçada boa. Puta merda que dor nas costas, dormir no chão não era nada agradável. Meus olhos estavam pesados e sentia uma leve dor de cabeça. - Malditos pesadelos… - Estava sem meu remédio para dormir, infelizmente não esperava que a missão fosse demorar tanto… Falha minha.
Entre meus pertences estava um pouco de carne. Peguei a mesma e a comi sem pensar duas vezes, deixando um pouco para o meu ref- moeda de troca. Levantei-me e aproximei-me dele. - Ei, coisa feia, acorda. Ta na hora de irmos. - Diria enquanto oferecia a ele o pouco da carne em uma distância segura para que ele a pegasse e não mordesse a minha mão.
- Coma, é a comida de seu acampamento, vai precisar pois temos um caminho longo a frente. - Diria enquanto arrumava as minhas coisas. A nevasca havia sumido e com isso a luz do sol e som dos pássaros cantando podia ser ouvida. Olhei para fora da caverna, parecia tudo calmo se comparado a noite anterior. Me aproximaria do goblin depois dele se alimentar, se é que ele o faria. Amordaçar sua boca novamente e logo o amarraria em minhas costas. - Agora vamos dar um passeio, beleza, se comporte. - Com os pertences em dia e um céu azul à frente, sairia da caverna, correndo em passos largos para meu próximo destino, a cidade dos elfos.
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Re: [Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood
Sexta de Noite
O destino estava traçado, o lupino havia decidido por abandonar Vanaheim no momento em que mais precisavam de grandes soldados como ele, Ethan apostava em um destino melhor nas terras élficas vizinhas, por mais que o goblin falastrão fosse bem pessimista sobre o que poderia acontecer., o que refletia claramente em seu comportamento: Ele aceitava a carne vinda de seu algoz, mas continuava sem respondê-lo, com o olhar fixado ao chão. Claro, o destino do refém já estava selado, mas será o que poderíamos especular sobre o lobo? Teria ele sorte em um novo reino? Será que encontraria com os goblins extra-planares? Quem sabe outra visitinha de sua deusa favorita? Ao menos podia contar com um tempo muito mais calmo naquela manhã, em que nada se comparava com a terrível nevasca de ontem.Nesse novo dia, não havia nada para se queixar além da longa distância a se percorrer e as dores nas costas, resultado de usar um monte de pedras como cama e travesseiro. Claro, poderia entrar em detalhes sobre os terríveis acontecimentos que reviva em seu sonho, mas vamos dar privacidade ao lobo, leitor! Ele já passou por muito em um dia só.
Com a Esperança renovada, o lobo seguiu seu caminho. O que aconteceria dali em diante, você me pergunta, leitor? Isso é história para um outro dia... Por agora, o lobo podia sonhar que dias melhores viriam. Junto de seu refém, eles cruzavam a fronteira montanhosa do reino de Vanaheim para dentro do território élfico.
- Spoiler:
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