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[Narrada/Aberta] - 1.5 Snow and Blood

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Mensagem por Tomita Qua Mar 20, 2024 7:53 am

Relembrando a primeira mensagem :

1.5
Snow and Blood
Goblin bom é goblin morto
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: NPC Ethan Wilhelm Blackclaw
— Localidade: Skraev - Vanaheim - Brynjadarg
— Descrição:  A invasão dos goblins ao marquesado de Elenathria causava uma confusão dos lado dos elfos, porém do lado dos lobisomens, o pior ainda  estava por vir...
Tipo de aventura: Narrada/Aberta
Aviso: N/A
「R」
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Mensagem por Tomita Ter Abr 02, 2024 12:17 pm

1.5
Snow and Blood


Beware, beware, be skeptical of their smiles, their smiles of plated gold.
Deceit so natural but a wolf in sheep's clothing is more than a warning!


Estávamos confiantes de que aquilo tudo seria moleza, pois bem o excesso de confiança era de algum modo um dos meus maiores defeitos. O corpo do jovem lobo caiu sobre a neve, seu sangue manchou tudo ao redor de vermelho. Eu estava em choque, com a boca semi aberta e os olhos fixados naquele cena. Desgraçados… Por um segundo pude sentir meus ossos vacilarem e meus pelos se arrepiarem todos. Poderia ter sido eu ali… Será? Acho que não. Mas o fato de que o mais novo do grupo havia sido abatido como um animal e seu corpo era um prêmio para aqueles bastardos, isso me deixava com raiva, muita raiva.

Infelizmente neste mundo de cão come cão apenas os mais fortes sobreviviam longe da proteção de sua alcateia. Eu era o filho mais velho de minha falecida família, infelizmente eu sabia da dor que era perder um irmão mais novo para o destino. Aquela morte não era em vão e agora se tornava ainda mais pessoal.

O gosto do sangue goblin é horrível, é pior que mijo de rato, não me perguntem como sei o gosto dessa desgraça. Sentia aquele gosto amargo em minha boca após destroçar aquele arqueiro maldito entre meus dentes. De certo modo, embora houvesse o desprazer em seu sangue, havia a satisfação de matar a criatura que assassinou o jovem lobo. Era tudo muito rápido, muito caótico.

Nós não éramos uma alcatéia, éramos apenas uma matilha pequena, sem entrosamento e sinergia ainda, por isso um dos lobos decidiu fugir. - Covarde…- Disse para mim mesmo antes de me voltar a aqueles goblins. O guarda logo soltava sua voz, ele avisava que o inimigo tinha prata. Ora ora que coincidência… Isso significava que aqueles goblins estavam ali já preparados para enfrentar lycans, não eram simplesmente goblin forasteiros caçando. - Merda isso vai dar mais trabalho do que pensei… - reclamei quando o goblin mais alto e mais forte apareceu.

Eu teria de lidar com ele, mas a segurança dos outros lobos me transtornava também, não podia perder mais ninguém naquela campanha suicida. - Vocês, comigo. - Diria para eles se aproximarem, fechando um cerco com eles atrás de mim. - Cubram uns aos outros, eu cuido do grandão… - Diria a eles antes de avançar sobre o goblin mais forte do machado. Tentaria me aproximar dele fazendo com que usasse seu machado sobre a neve, tomando cuidado para não encostar seu fio de prata sobre mim. Embora a neve ainda fosse um problema, minhas patas peludas me ajudavam a correr sobre a mesma com mais facilidade e velocidade que os outros lobos. Esperaria o goblin usar aquele machado e em seguida miraria em sua mão que o empunhava, saltando para morder a mesma.

A força de minha mandíbula seria para arrancar o machado da mão dele, nem que pra isso sua carne viesse comigo. Em um piscar de olhos, me transformaria em minha forma híbrida novamente, tendo as mãos para empunhar o machado e amassar o crânio daquele goblin com ele em um movimento de corte vertical. - Desgraçado, morra! - Diria ao goblin enquanto o acertava. Se eu o matasse após aquele golpe, me voltaria aos outros. Mostrando os dentes afiados aos outros goblins, adotando uma postura ameaçadora com aquele machado. - Quem é o próximo a morrer heim? Seus desgraçados... Isso é pelo novato! - Diria aos outros enquanto sentia o sangue do goblin escorrer pela minha boca junto a minha saliva, claramente me divertindo com aquilo.

Avançaria sobre qualquer goblin que estivesse perto de outro lobo, usando o machado eles, cortando os goblins que entrassem na minha frente, tomando cuidado para não acertar algum de meus companheiros de viagem. Tentando protegê-los o máximo que eu podia, até mesmo com meu próprio corpo se fosse preciso. Não podia, não queria perder mais ninguém em meio aquela neve.

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Mensagem por King Qui Abr 04, 2024 11:30 am





Domingo a noite


Não há forma melhor para descrever a situação do que tensa. Um lobo havia morrido, outro fugido e a ameaça dos goblins só estava começando, afinal, por algum motivo as criaturas de inteligência limitada tinham acesso à armas perfeitas para lutar contra lobisomens. Ou Ethan estava com um azar danado ou havia algo a mais naquela história, como foi observado pelo guarda, como diabos um bando de goblins surgia pelas florestas de Brynjadarg? A cidade ficava no interior do reino, cercada pelas demais... E ainda tinha a questão dos lobos que estavam fugindo com pressa da cidade. Bom, Ethan tinha que torcer para que vivesse o suficiente para entender o que estava por trás daquilo.

Mas nosso amigo canino sabia que naquele momento o importante era sobreviver e só conseguiria se lidasse com o bando de goblins adiante. Sem hesitar, comandou a alcateia improvisada para que ficassem atrás dele, os jovens não questionaram a decisão, e o guarda, com certos receios, também o fez. – FICA MAIS FÁCIL PRA GENTE! HAHAHA! – O goblin falastrão debochava da formação tática. Apesar de Ethan não ser o comandante ali, era certamente o mais forte: Ninguém naquela área tinha a mesma capacidade de se tornar um lobo completo. O lupino avançou contra seu alvo, tão pequeno quanto os outros, mas que se provava muito mais corajoso e forte. O bárbaro não queria ficar para trás e com um sorriso sádico nos lábios acompanhava a investida de Ethan com um grande pulo.

Novamente, ele queria usar de seu machado para dar cabo do lobo num único golpe, mas parece que um golpe não funcionava duas vezes com o mesmo lobo! E se na primeira tentativa já havia falhado, dessa vez Ethan evadia o golpe sem esforço. O machado fincava no chão de novo, dessa vez levando a neve ao ar e causando algumas rachaduras na terra. A oportunidade perfeita para o goblin ser atacado, as presas do lobo dilaceravam o braço esquerdo do inimigo e conseguia sentir seus dentes alcançando os ossos do inimigo.

Mas o desfecho não era como o imaginado.

Um ferimento desses seria insuportável para um goblin comum, ainda mais com Ethan tentando arrancar o machado de suas mãos. Mas o Bárbaro parecia indiferente à dor, apesar do lobo notar que a pegada havia enfraquecido, não pelo sofrimento do goblin, mas sim por que suas presas estavam quase rompendo a ligação entre o pulso e a mão de Fenton. O lobo havia subestimado a resistência de seu oponente e, usando a mão livre, o goblin socava o focinho do lobo fazendo com que largasse seu pulso. Mas aquilo não era tudo, enquanto o restante dos combatentes se digladiavam, isso não significava que aquelas criaturas travessas respeitariam o duelo entre os mais fortes.

Um dos goblins usava sua lança para atacar Ethan desprevenido, e num golpe rápido fincava a lâmina em uma das coxas do lobo. O contato do prata com a carne fez com que o livre se desorientasse um pouco, ainda conseguia transformar-se em híbrido, porém, antes que conseguisse localizar o machado que pretendia roubar, o bárbaro finalmente teve êxito em atingi-lo: Um corte vertical abria uma ferida no peitoral de Ethan, e novamente a prata fazia com que a ferida fosse muito mais dolorosa do que mortífera. De fato, se as presas do lobo não tivessem destroçado um dos punhos do Bárbaro, talvez aquele golpe fosse mortal... Mas nosso protagonista não foi o único a se machucar. Fenton havia sido descuidado e acertou outro de seus companheiros.

– MALDITOS! – O guarda berrava perante a covardia dos goblins e rasgava o estômago do que realizou o golpe baixo em Ethan, sendo esse mesmo goblin o que foi atingido por Fenton, finalizando-o. Seu frenesi fez com que golpeasse outro goblin com um corte na garganta, encerrando sua vida. O Livre foi jogado alguns metros para trás pelo corte e pode notar como o combate se desenrolava: Outros 2 inimigos haviam caído graças aos outros jovens que lutavam ali, mas ainda restavam 5. A alcateia não estava ilesa, os 2 recrutas cortes visíveis pela pelagem, assim como Ethan, e até o guarda possuía feridas expostas. Todos estavam sangrando, mas ao menos conseguiam abater parte dos oponentes e retribuir o dano causado. Nosso querido lobo não poderia ignorar a vantagem numérica dos inimigos ou a natureza do bárbaro novamente, não sem que seja punido pelas táticas baixas das criaturas diabólicas à frente. – LOBO MORRER HOJE, TODOS MORRER HOJE! – Fenton exclamava, seguido por risada de seus companheiros.







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Mensagem por Tomita Seg Abr 08, 2024 12:03 pm

1.5
Snow and Blood


Beware, beware, be skeptical of their smiles, their smiles of plated gold.
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Eu podia sentir o sangue, a carne e os ossos daquela criatura horrenda sobre meus dentes. A sensação de morder um goblin era igual a de morder qualquer outro ser vivo, só que dez vezes pior. Não era atoa que as criaturas eram conhecidas e marginalizadas como uma das piores pragas da terra. Quem em sã consciência se alimenta de uma droga dessa? Eu não com certeza, posso ser um lobo fora da curva para muitos, mas ainda assim havia limites do que eu me submetia também.

A força de minha mandíbula era grande, mas a deslealdade e covardia dos goblins parecia ser maior. Senti a lança ser enfiada em minha coxa. O grunhido baixo que dei fez com que meu ataque cessasse um pouco e aproveitando-se disso, o goblin mais forte me atacou. Senti o fio de prata do machado cortar o meu peito, levando um pouco de pelo dali e deixando o sangue escorrer pela neve. Senti o chão sobre o meu corpo agora caído. Me levantava enquanto meus olhos iam em direção aos outros lobos.

- Merda… Desgraçados! - Disse baixinho enquanto sentia o ar de meus pulmões faltarem. Não, eu não podia morrer ali, havia tantas coisas que eu queria fazer, tantos lugares para ver. Embora a minha vida não fosse das melhores, ela era minha e ninguém poderia tirá-la de mim. Firmei minhas patas sobre a neve, levantando meu corpo enquanto a minha respiração ficava mais ofegante. Sentia a raiva tomar conta de meu corpo, meus pelos se ouriçando, dando a impressão que meu tamanho aumentava  enquanto meus olhos ficavam fixados naqueles goblins. O sangue fervendo em minhas veias, era hora de acabar com aquela palhaçada.

Um sorriso aparecia em minha face canina, mostrando os dentes afiados. - Vou matar todos vocês…Todos...Todos! - Diria antes de acelerar meu corpo em uma corrida disparada, saltando para cima do primeiro goblin que visse. As garras fincando na carne daquelas criaturas enquanto meus dentes iam em direção ao seu pescoço, mordendo-o e estraçalhando a carne como uma criatura completamente feroz e selvagem. Ao sentir que o goblin estivesse morto ou incapaz de reagir, partiria para o próximo, visando sempre em proteger os outros lobos que estavam comigo.

O frenesi da batalha e a raiva de um livre eram mais do que evidentes aos outros. A dor dos ferimentos de prata estavam latentes, o que me deixava cada vez mais zangado. - MORRAM, MORRAM! - Gritei em meio a grunhidos ferozes antes de ir em direção ao mais forte daquele grupo. O goblin já estava ferido devido a minha mordida anterior. Saltaria por cima dele, abrindo a minha boca o máximo possível a ponto de fazer com que seu crânio ou parte de seu rosto coubesse dentro dele.

Tirava a força do ódio, da raiva de ter de lutar com aqueles infelizes, de perder um jovem lobo em meio ao caos. A mordida se fecharia sobre sua face, visando destruir seu crânio em uma mordida poderosa. Caso ele tentasse me atacar, esquivaria para o lado de seu braço ferido e de lá o atacaria. Estava mais consciente do espaço ao meu redor, ficando atento às movimentações de outros goblins que tentassem me impedir. Caso o fizessem, abocanharia a arma ou mesmo a criatura que ousasse e a arremessaria para longe.


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Mensagem por King Qui Abr 11, 2024 7:37 pm





Domingo a noite





A batalha se provara desafiadora. Os inimigos eram goblins, o tipo considerados mais inofensivos entre as bestas de Erwood, ou pelo menos o que era dito na linguagem popular, mas não era razão para subestimá-los. Burros? Sim. Pequeninos? Com toda certeza. Mas sua ferocidade e números não podiam ser subestimados, afinal, quem poderia garantir que não houvessem outros goblins próximos dali? O pior de tudo é que ainda estavam preparados para o confronto. Se Ethan continuasse a enfrentar a ameaça verde, talvez seu paladar até se acostumasse ao gosto pútrido das criaturinhas... Ou fosse a hora de utilizar seus outros atributos caninos? Lembrar-se da podridão – literal – dos goblins poderia servir como motivação para lutar com todas as suas forças e raiva, desde que Ethan continuasse a suportar o gosto.

E o lobo não fez diferente, sua fúria alcançava outro patamar, o que deixava seus inimigos atrevidos calados pela primeira vez desde que a emboscada começou: sua ofensiva destroçava um dos goblins lanceiros em segundos, pronto para atacar o próximo, mas havia algo de diferente. Enquanto tomado por fúria, Ethan notava que o mais forte deles havia momentaneamente desaparecido, mas aquilo não era sua prioridade no momento. O lobo atacou o goblin mais próximo de sua vista e percebia que, assim como o primeiro, não oferecia resistência, ao menos nada que conseguisse se equiparar ao ímpeto do nosso querido protagonista. Dois goblins a menos e a mesma quantidade de lobos... Ethan enfim conseguia virar o jogo a seu favor! 

Ou foi isso que ele havia pensado.

Após a eliminação da dupla, existiam apenas um trio de goblinóides: Fenton, um goblin lanceiro próximo ao bárbaro, mas recuado o suficiente para não acabar vítima do fogo amigo e o falastrão que havia provocado os lobos durante a batalha, devidamente silenciado ao presenciar a maré de azar se virando contra eles. O mais fraco foi mais inteligente que a média e começara a recuar discretamente, Ethan conseguiria alcançá-lo com certa facilidade, mas uma cena nada favorável acontecia no campo de batalha: Aproveitando-se da investida do Livre, o bárbaro partiu para cima do trio de lobos em conjunto com outro goblin lanceiro e a situação não era boa. Apesar de ferido, ele ainda era uma ameaça... Talvez o mesmo poderia ser dito de qualquer bárbaro por ai, não é por que estão feridos que a batalha acabou ou se facilitou. Outro lobo havia sido abatido, enquanto o guarda e outro jovem da guarda improvisada dos lupinos estavam passando sufocos contra Fenton, que agora tinha alguns poucos machucados ao redor de seu corpo. O outro goblin mal havia sido tocado e talvez por sorte, ou um momento de sensatez de Fenton, também não fora atingido pelo aliado.

Mas Ethan estava determinado a colocar um fim aquilo e via que Fenton deveria ser parado. Afinal, não havia ameaça maior do que o bárbaro, e a frenesi do lobo deu as criaturas covardes tempo para atacar os mais fracos da guarda. O Livre não pestanejou para saltar em direção ao inimigo mais poderoso, pronto para transformar sua cabeça em um picadinho de carne. O bárbaro conseguia evitar o golpe por pouco, mas não significa que saíra ileso: Talvez o ataque mais feroz do lobo até então triturava parte do rosto do goblin, sua orelha direita havia sido consumida pelo lobo e parte considerável de sua bochecha, testa e queixo estavam agora em carne viva, com as marcas da dentição de Ethan. E é claro, sangrando, também. O que deveria fazer qualquer outro goblin se desesperar não parecia abalar Fenton. Era um ferimento e tanto, mas suas capacidades de Bárbaro faziam-no ignorar a dor... Pelo menos por enquanto. Com a outra parte funcional de sua agora duas-caras, ele sorria.

E Ethan notava que o descuido do goblin não fora em vão.

Enquanto o lobo tratava de desfigurar o oponente, em meio a fúria de um lobo Livre, Fenton aproveitou para fincar o machado fundo no mesmo ferimento de outrora. Um lobo normal estaria agonizando no chão ao ser ferido com prata nessa proporção, mas por sorte a fúria do lobo gentil fizera com que a dor não fosse uma preocupação no momento. Pela aparência do machucado, aquilo poderia se tornar uma grande cicatriz, se não fosse tratado com rapidez. Ethan sangrava enquanto o goblin desfigurado ria, na medida do possível, já que metade de sua boca mal conseguia mexer. – HAHAHA! FÚRIA FAZER VOCÊ BURRO COMO FENTON E FENTON APROVEITAR DISSO! – Por mais que o raciocínio do inimigo fosse limitado, ele estava certo.

Apesar de outro golpe potente, talvez a sorte estivesse rumando a favor de Ethan? O número de inimigos finalmente havia se igualado ao de lobos, e um dos goblins já até partia em retirada. O bárbaro, apesar do deboche, estava visivelmente afetado: Um de seus punhos estava quase se partindo, o rosto em carne viva sangrava até mais que Ethan e seus demais companheiros. Seja lá qual foro resultado do embate, os dois lados sabiam que a conclusão estava próxima... E a fúria do lobo gentil estava longe de acabar.







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Mensagem por Tomita Seg Abr 15, 2024 4:27 pm

1.5
Snow and Blood


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Sinceramente, não havia tantas situações das quais eu me recordava de ter levado uma machadada, especialmente de fio de prata. - DESGRAÇADO! - Rosnei para o goblin antes de cair no chão. Sentia o sangue escorrer sobre o meu pelo, mas isso ficaria para o eu do futuro lidar. Ainda conseguia estar de pé, então eu ainda podia lutar… Não sei ao certo o que me fazia continuar e nunca desistir… Mas o fato é que eu sempre tinha os olhos voltados ao futuro, ao sucesso… Algumas vezes era tolice, mas na maioria das vezes, era apenas o destino se cumprindo.

Dei um pulo para trás enquanto sentia o ar correr pelos meus pulmões, se enchendo de fúria e raiva. Mais um havia perecido. Não, aquele não poderia ser o meu fim, eu me recuso a morrer para esses bastardos! Minha energia fluia através de meu corpo e logo sentiria meus dentes e minhas garras receberem essa energia. A água que rodeava todo nosso entorno, a neve manchado de sangue se moldaria em estacas afiadas de gelo, brilhantes à luz da lua e das estrelas. Elas se entrelaçavam como os dentes de um lobo. Grandes elas eram, o suficiente para atacar os três goblins juntos.

- Minha fúria será a sua ruína, goblin imundo! - Diria antes de abrir as estacas e ‘’morder’’ o goblin que portava aquele machado e dos outros dois menores. Usando toda a força e minha energia para que as estacas de gelo penetrassem a pele daquelas criaturas e as empala-se de vez sobre neve. Se o gelo não fosse o suficiente para matar algum, correria em direção ao desgarrado e morderia seu pescoço, chacoalhando a cabeça para certificar que a criatura horrenda estivesse morta.

Caso algum tentasse me atacar, tentaria me defender com a boca, agarrando o objeto empunhado pelo goblin e o arremessando para longe. Se algum lobo ainda estivesse vivo, correria até o seu lado, assumindo a minha forma híbrida agora, meio humano e meio lobo. - Eai… Conseguem andar? - Diria casualmente antes de andar até as minhas roupas. - Vocês precisam voltar… Isso é uma invasão maior do que poderíamos imaginar… E haverão mais… Avisem a Duquesa… Esses goblins estão armados com fio de prata… Não podemos baixar a guarda em nenhum momento. - Eu sentia o sangue escorrer pelos meus machucados… Começava a doer e com certeza deixaria alguma cicatriz bem grande. - Vão na frente… Eu fico aqui e vigio as ações deles… Só preciso descansar um pouco… - Eu disse enquanto sentava no chão, encostando em uma árvore.

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Mensagem por King Sáb Abr 20, 2024 9:05 pm





Domingo a noite





A selvageria na batalha parecia não ser exclusividade dos goblinóides. Cada vez que Ethan fora flagelado pelos golpes de prata, sua besta interior estava cada vez mais furiosa. E foi com esse sentimento intenso que tantos goblins já haviam caído, quanto a Fenton, bem, a mesma sensação era a única maneira de explicar como ele ainda estava de pé. Os golpes do lobo foram brutais, mas o mesmo poderia ser dito do outro lado. Depois de berros, ameaças e muito sangue derramado, todos conseguiam sentir que o fim da batalha se aproximava e seria brutal, e decisivo para o futuro de Vanaheim.

Nosso querido protagonista estava ciente disso, e não podia permitir que nenhum outro civil se machucasse no confronto. Oras, parece que nem o guarda esperava tanta dificuldade em enfrentar um pequeno bando de goblins. Apesar do pedido de cautela, Ethan recebeu a resposta que qualquer Lycan verdadeiro, na mesma situação, diria: – Não vamos a lugar algum. Não até que isso seja resolvido. –  Talvez o lobo desejasse força-los a saírem dali, mas não é como se houvesse tempo para discutir. Fenton estava abalado, mas aproveitara a breve fala dos lobos para preparar outra investida contra Ethan, em um piscar de olhos, o machado que parecia extremamente pesado foi levado ao ar e, junto ao corpo do Goblin, desciam sob Ethan. O guarda e o outro lobo mal tiveram chances de avisar, olhando boquiabertos para a velocidade da criatura. – ...! – Aquele golpe era, sem sombra de dúvidas, o fim do combate.

Mas a fúria de Ethan discordou.

Tão selvagem quanto suas mordidas, o Livre preparava um Ougi baseado em sua raiva, por um momento, era como se a natureza ao seu redor estivesse sob seu comando. Talvez fosse o desejo da fauna de Vaneheim se livrar de criaturas diabólicas como os goblins e, motivado a por um fim nessa batalha, Ethan golpeou os três goblins de uma vez, todos perfurados por presas de gelo que surgiram em um súbito. Canalizar aquele golpe fez os pelos de Ethan se arrepiarem, se olhasse aos céus, podia notar que as estrelas brilharam mais forte naquele momento, seja lá por qual motivo. Em contrapartida a cena dos inimigos golpeados... Não era bonita. O falastrão havia sido arremessado, o lanceiro? Morto assim que fora atingido. Mas Fenton se recusava a morrer, apesar das estacas de gelo empalarem seu corpo, ele insistia em tentar se mover. Não para escapar dali ou como resposta a dor. Não, mesmo em seu limite, o goblin bárbaro segurava seu machado para atacar Ethan. Mas até a fúria de um bárbaro tem seus limites, a arma caía ao chão e um objeto mágico vindo do corpo de Fenton a acompanhava. O Bárbaro ainda estava de pé, graças as presas de gelo e a sua teimosia, que se estendia para além da vida.

Os lobos haviam vencido, apesar de não ter sido fácil.

– Isso foi... Impressionante. Você é muito mais forte do que havia imaginado, e agradeço aos deuses por estar aqui no momento certo. – O guarda e o outro lobo se aproximavam, apesar das injúrias, ainda conseguiam andar com poucas dificuldades. – E meu nome é Elliot, obrigado por salvar nossas vidas. Céus... Se eu soubesse que esse era o perigo, jamais teria recrutado civis inexperientes. O mínimo que posso fazer aos dois que faleceram é um enterro digno. – O guarda expressava seu alívio, agora que a situação estava mais calma, mas todos ali sabiam que o assunto não estava encerrado. – Recruta, vamos na frente. Temos que recolher os corpos dos nossos companheiros abatidos. Ethan, estou pedindo muito de você no momento, mas... pode vasculhar o restante desse acampamento? Já se provou como o mais forte daqui. Tenho certeza que é uma tarefa fácil para você. Vamos torcer para que eles tenham sido inteligentes o bastante para manter suprimentos no meio de Vanaheim. – O guarda era direto, como se sua consciência estivesse pesada depois de tudo que ocorrera ali. E enquanto Ethan saboreava a sensação de vitória, conseguia perceber que a fúria de um lobo livre é uma faca de dois gumes: Apesar de ter excedido suas capacidades normais, seus poderes cobravam o preço. Estava cansado e, se precisasse da sua fúria de novo, ela não viria tão cedo. – Sim senhor! – O outro lobo sobrevivente batia uma continência, enquanto eles se preparavam para recolher os corpos dos falecidos.

Próximo ao cadáver de Fenton havia um núcleo de poder, talvez Ethan pudesse tirar proveito daquilo de alguma maneira, um pagamento extra ou entender melhor o que estava enfrentando? Mas aquilo não era tudo. O bárbaro estava morto, o lanceiro também. Mas o falastrão parecia... Se mover sorrateiramente? Não demorou para que os lobos notassem sua movimentação. – MELECA! – Ele exclamou dando um pulo e levantando as mãos para cima, apesar de estar ferido por conta do golpe de Ethan, ele havia sobrevivido. Porém não parecia ser uma ameaça, estava amedrontado e não havia nada por perto que servisse como arma. – NÃO ME MATA, NÃO ME MATA! E-EU POSSO CONTAR TUDO PRO CÊS, ISSO NUM É COISA DE GOBLIN NORMAL, NUM É? – Sua manobra estúpida lhe deu tempo o suficiente para falar, antes que os lobos decidissem seu destino. Com lágrimas nos olhos e as mãos trêmulas, o falastrão fazia sua especialidade: – A gente... A gente foi contratado pra isso! É isso memo! Goblins de outro lugar, outra floresta, reino, sei lá! Eles queriam um jeito de entrar no reino do cês e em troca a gente ganhava muita carne e armas! Essas arma especial ai que machuca vocês pra dedeu! – Apesar de desarmado, ele ainda tinha carregava um pertence. Colocando a mão em um saco amarrado na cintura, uma esfera peculiar era revelada: Qualquer um conseguia perceber que era extravagante demais para ser obra de um goblin, ao menos os  de Erwood: – Isso aqui ó! Eles queria que a gente achasse um lugar bom pra colocar isso, e quando a gente falar que tá pronto, eles aparecia aqui! Pediram pra gente e pra outros goblin por ai, eles ia surgir no reino todo de vocês! – Ele estava ciente de que, naquele cenário, talvez os lobos não acreditassem, então, desesperado, partiu para uma demonstração.

Ao acionar um botão, as linhas da esfera se energizavam e um holograma surgia em frente aos lobos. As figuras estranhas se assemelhavam aos goblins que acabaram de enfrentar, mas eram diferentes. Mais altos, elegantes e até mesmo diabólicos. Falando em uma língua incompreensível. E enfim o clima misterioso começava a ser solucionado: Quem quer que sejam esses goblins, eles estavam mesmo planejando uma invasão a Vanaheim, mas não era uma guerra formal. Se o falastrão estivesse correto e esses portais se abrissem por todo o reino, o caos seria instaurado. Os lobos eram fortes e disciplinados, mas mesmo em um cenário assim, até que se inteirassem da situação... O caos tomaria conta de tudo.

Ethan podia notar que os demais lobos estavam espantados. Quem poderia imaginar que a situação escalaria nesse nível? – Isso é ruim, precisamos informar os superiores antes que seja tarde demais! – Elliot se apressava, apesar dos ferimentos, carregava o corpo do primeiro lobo abatido com toda a força que lhe restava. – Não perca muito tempo por aqui Ethan, decida o destino desse imundo. Ele pode ser uma peça importante para entendermos o inimigo... Mas não me importaria se morresse também. Eu e o recruta vamos voltar para a cidade o mais rápido possível, te encontramos no caminho. – Os dois começavam a correr de volta para Brynjadarg. Agora Ethan e o falastrão estavam sozinhos.

– NÃO ME MATA BÁRBARO EU VO TE AJUDAR, JURO QUE VO! – O goblin esperneava pela própria vida. Mesmo que o lobo ainda não tivesse feito nada, o medo tomava conta da criatura a sua frente. – TEM UMAS POÇÃO E SUPRIMENTO NOS SACOS DO ACAMPAMENTO, EU ACHO PRO CÊ! CURA, COMIDA, TEM TUDO AQUI! POR FAVOR NÃO ME MATA! – Mesmo se fossem mentiras, pelos ferimentos que tinha e a gravidade da situação a seguir, Ethan deveria ao menos considerar a proposta... Ou não? Estar sozinho no meio da floresta era o álibi perfeito para fugir do problemão que se aproximava do reino, afinal, quando a invasão começaria... Se é que já não começou? A decisão cabia ao lobo e a mais ninguém.








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Mensagem por Tomita Ter Abr 23, 2024 12:09 pm

1.5
Snow and Blood


Beware, beware, be skeptical of their smiles, their smiles of plated gold.
Deceit so natural but a wolf in sheep's clothing is more than a warning!


O sangue quente da ferida sobre meu peito escorria sobre os meus pelos. Aquele corte daria uam boa cicatriz e com ela mais histórias para contar. Minha respiração estava ofegante, sentia o cansaço tomar conta de meus músculos enquanto meu corpo caia no chão, sentado sobre o gelo. O guarda e o outro se aproximavam. Eu sorri para eles de canto de maneira acolhedora. - Ahm? Elliot? Como assim, você é o Cleitinho! - Eu disse de maneira animada em uma risada baixa, até sentir meus músculos doerem por conta do mesmo. - Ai ai ai, porra. - Levei a destra até o meu peito. Fio de prata era uma merda.

Eu olhei para trás, observando os corpos dos dois lobos que não foram capazes de sobreviver a aquele encontro. Um sentimento de culpa me abatia pelo mais jovem, talvez se eu tivesse sido mais cauteloso, o rapaz ainda estivesse aqui… Ou não, ele era muito inexperiente, se não fosse a flecha, morreria pelo fio da navalha de algum goblin, o fato é que eu me sentia mal por ele. Poderia ter sido eu a uns anos atrás. - Goblins covardes, não perdoam nem mesmo os filhotes… Raça maldita. - Disse enquanto me levantava do chão. Meus músculos doíam, mas eu não podia ficar parado. - Ta suave… Vou dar uma olhada. - Disse se maneira dolorida entre um suspiro e outro.

Vasculhar aquele acampamento daquelas criaturas nojentas era uma tarefa até fácil. Procuraria algum resquício de comida que pudesse de fato ser comestível por ali além de qualquer tipo de documento ou armas que estivessem em boas condições. Rasgaria um pedaço de tecido de alguma barraca para enfaixar em volta de meu peito, evitando que o sangue sujasse as minhas roupas que, por falar nelas, as recolheria e as vestiria previamente. Meu faro aguçado me ajudaria nessa hora.

Em meio as catanças dos objetos, me deparei com o corpo de Fenton, o goblin bárbaro que fizera aquele estrago no meu lindo pelo. - Hehehe quem tá rindo agora em, filha da puta. - Xinguei com gosto o filho da mãe antes de perceber que junto ao seu corpo estava um objeto redondo e bem suspeito. Eu não era um caçador de monstros nomeado por assim dizer, mas eu sabia que aquilo era um núcleo de poder. - Oooh isso com certeza vai pagar o aluguel desse mês! - Disse de maneira animada enquanto guardava o núcleo em meio as minhas coisas.

Não demorou muito para uma movimentação estranha surgir. Ainda havia um goblin miserável em meio a todo aquele mar de sangue. A criatura começou a gritar, suplicando pela sua vida patética. Por puro instinto, me aproximei dele rapidamente. Os outros já o cercavam e quando percebemos, ele sacava uma esfera estranha. O holograma de dentro daquela bola mostrava para nós outros goblins, esses eram completamente diferentes, me fazendo perguntar se eram goblins mesmo. - Quem são eles? Da onde eles são? - Perguntei à criatura, mas não sabia se o mesmo me daria a resposta.

- Merda… - Resmunguei antes de olhar para Elliot. Embora a situação fosse tensa, meu olhar era frio perante o homem. - Elliot, se quiser chegar a tempo de salvar a cidade, terá de deixar esses corpos para trás. - Sim, era uma ideia difícil e até de mal gosto, mas não deixava de ser verdade. O caminho de volta para Brynjadarg levaria no mínimo meio dia andando, correndo seria menos tempo, e todo tempo era precioso. - Avisar o reino é a prioridade, nossas defesas precisam estar preparadas… Corra com o vento. Eu, não vou conseguir alcançar vocês… Não tão cedo. Ainda temos o risco de mais deles aparecerem. - a fadiga de meus músculos eram claros, eu não estava em uma situação confortável. Pegaria o objeto mágico com a foto dos dois goblins esquisitos e entregaria a Elliot. - Eu sou o mais forte, mas no momento, não sou o mais veloz… Levem isso a duquesa. Eu lhes darei cobertura… Não sabemos quantos mais virão.- Não sabia qual seria a decisão do policial, mas esperava que o mesmo tivesse a sensatez e o sangue frio para colocar as prioridades de toda uma nação à frente de dois camaradas abatidos.

Após a partida deles, voltaria ao goblin. - Então gracinha, é só nós dois agora! - Diria enquanto estalava os dedos das mãos. Levaria a destra até o pescoço do goblin, agarrando-o e o levantando à altura dos meus olhos. - Escute, criaturinha desgraçada. Você e seus amigos me ferraram bastante, então trate de se comportar e me dizer onde estão essas coisas, se não eu vou te dilacerar de uma maneira bem…bem...beeeeem devagar, até você sentir cada fio dos seus músculos se rasgarem e cada osso do seu corpo se quebrar. - Eu dizia aproximando o rosto para perto do goblin, mostrando os dentes afiados de minha boca em um sorriso sinistramente sádico.

Atiraria a criatura no chão antes de pisar em suas costas. - Ohm bárbaro? Que elogio gentil, mas estou apenas sendo um cavalheiro tratando o lixo que você é. - Sentia a pontada da ferida em minha coxa, aquela perfurada da lança não me habilitaria a correr muito. Esperaria o goblin apontar onde estavam os suprimentos antes de me aproximar do local apontado, vasculhando tudo. Caso uma poção de vida ou algo que me ajudasse com os ferimentos fosse achado, usaria sobre meu corpo sem delongas, verificando do que se tratava, afinal, não sou de sair colocando a boca em qualquer lugar!

Meus olhos atentos a criatura verde e diminuta, se percebesse que ele tentava fugir, não o deixaria escapar, pulando em cima dele. Independentemente se a criatura quisesse partir ou não, após me restaurar um pouco procuraria algum tipo de corda para amarrar o goblin. Amarraria suas mãos para trás de suas costas e colocaria um pano em sua boca.  - Assim, bem bonitinho, gosto dos meus bichinhos calados e quietinhos. - Talvez alguém se perguntasse porque manter um goblin vivo naquela situação, a resposta era bem simples em minha mente.

- Você e eu vamos dar um passeio na floresta, pense naquela historinha da chapéuzinho vermelho e do lobo mal. Sabe como acabou? O lobo mal foi até a casa da vovó e entregou  a chapéuzinho para ela… Ou será que não foi assim? - Cocei a cabeça antes de pegar os suprimentos e colocar em minha bolsa.  - De qualquer jeito, as ‘’vovozinhas’’ vão adorar dar uma olhada em você e quem sabe pagar um precinho legal nessa tua cabeça feia. - Levar um goblin vivo até os elfos era uma escolha comercial muito boa. Eu sabia que nosso vizinho odiava lobisomens, mas de certa maneira adoravam criaturas exóticas para sua faculdade estranha. Não era difícil achar alguém que atuava debaixo dos panos  nesse mundo. Amarraria o goblin em minhas costas de maneira que parecesse que ele estivesse montado sobre mim antes de assumir a forma de lobo novamente. Estava escuro e não contava que outros goblins desconfiassem de um dos seus usando uma montaria lupina. Correria na direção oposta a Vanaheim, indo em direção a terra dos elfos.


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Mensagem por King Dom Abr 28, 2024 1:44 pm





Domingo a noite





– Ainda conseguimos chegar a tempo, mesmo carregando os que caíram. Não posso deixar que os túmulos de nossos irmãos de sangue sejam ao lado dessa... escória. – Apesar da recomendação de Ethan, o guarda se recusava a deixar os companheiros que se foram para trás. Honra de lobo, talvez? Apesar da situação estar consideravelmente menos tensa, ainda havia uma eminente invasão extraplanar a caminho, e o pior: Ela poderia acontecer de qualquer lugar de Vanaheim. Elliot se apressou, levando um dos recrutas em seus braços e o novato fez o mesmo, colocando a esfera misteriosa em um dos poucos bolsos que restavam pós a transformação parcial em lobisomem. Ambos fitaram o Livre por um momento antes de seguirem seu rumo para a cidade das estrelas:  – Se cuide, Ethan. Vamos precisar de lobos como você nesse confronto. – E assim partiram, correndo em suas formas híbridas até desaparecerem em meio a tempestade de neve. Agora Ethan e o falastrão teriam um bom tempo sozinhos.

– E-E-EU AJUDO! NUM ME MATA! – O agora refém se tornava muito mais raquítico do que antes. Proferia uma única frase, desesperada, antes de agir como um completo capacho. Parou de falar e simplesmente concordava com a cabeça e emitia pequenos grunhidos, que Ethan conseguiria distinguir entre afirmações, negações e dúvidas. Era como se o medo tivesse roubado toda a inteligência que restava no goblinoide. Mas de algo o falastrão sabia: Se não seguisse os comandos do Livre, acabaria como seus demais companheiros, então começava a apontar em meio as pilhagens e tralhas no acampamento onde os pertences valiosos poderiam estar: Haviam 2 poções de cura e um punhado de carne ainda não consumido. O lobo foi ligeiro e fez uso de uma das poções logo naquele momento, e já sentia a maldição da prata se tornando mais branda. Ele ainda não estava com suas aptidões físicas e mentais totalmente restauradas, afinal, boa parte desse desgaste acabou sendo auto infligido ao utilizar-se de toda a capacidade de sua fúria. Não havia nada muito valioso além dos pertences anteriores, armas de qualidade rudimentar, não fossem pela pequeno revestimento de prata e algumas ferramentas de utilidade limitada.

Depois de conseguir o que queria, Ethan estava quase satisfeito. Bastava decidir o que faria com seu refém e seu posicionamento quanto a invasão a se seguir. E o lobo escolhia o benefício próprio, afinal, imagine o quanto seus vizinhos elfos não pagariam por uma cobaia goblin? Vanaheim que se exploda, Ethan tinha contas para pagar. Com um punhado de corda e um pano sujo, o falastrão tornava-se um verdadeiro refém e pode apenas se contorcer quando foi colocado sobre as costas do lobo, seu algoz tinha um destino claro em mente: A peculiar Aldmeri Dominion. Apesar da reputação ruim dos lobos por lá, talvez fosse uma chance de recomeçar a vida? Ou garantir sua sobrevivência, visto que os goblins que apareciam em Vanaheim seriam bem piores do que os anteriores.

Mas talvez a tarefa não seria tão fácil quanto o lobo havia imaginado. Ele estava consideravelmente longe de seu destino, visto que corria mas a tempestade de neve, apesar de amenizada, continuava a precipitar. O que o lobo se deparava não eram os elfos, seu faro e audição revelavam que outros goblins estavam por ali. Não só isso, apesar da visão estar em partes obscurecida pela nevasca a noite, ele podia ver que, em diferentes cantos do horizonte, luzes misteriosas estavam surgindo. A forma com que se comportavam era bem similar a projeção da esfera misteriosa. E isso foi o bastante para o falastrão se agitar nas costas de Ethan, apesar do lobo não conseguir distinguir o que estava sendo dito, tudo que podia entender era que o seu refém estava nervoso, e nenhum sinal de Aldmeri no horizonte, apesar de ter corrido por horas. Talvez a invasão estivesse enfim começando.

Por sorte havia uma cadeia de montanhas em seu caminho. Se Ethan precisasse descansar após a maratona, poderia arriscar sua sorte na procura de uma caverna, ou até de alguma alma perdida que estivesse por ali. Só precisaria rezar para que fosse um elfo ou outro lobo, por que no pior dos casos, acabaria se deparando com os goblins alienígenas. Nada impedia que o lobo seguisse seu caminho na tentativa de passar despercebido com o refém, mas a julgar pelo nervosismo do falastrão, o disfarce poderia acabar sendo descoberto com certa facilidade. Talvez um descanso pleno fosse a única forma de recuperar as energias por completo, e se preparar para o que estivesse em seu caminho.








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