[Evento/ Boss Raid] - Noel Corrompido

Era uma noite estrelada, e eu contemplava a tranquilidade do luar no alto da Torre do Ouro Branco juntamente de Fin. Derrepente, fui abruptamente arrastada por uma força sobrenatural, meu cálice de vinho escapava de minhas mãos antes que eu pudesse degustá-lo. Em um piscar de olhos, me vi em um local completamente desconhecido, em uma hora diferente.

O clima era gélido, como nos invernos rígidos de Skraev, o vento cortante passou pelo meu casaco, mantendo-me alerta e um pouco desconfortável. Ao observar ao redor, percebi estar cercada por altas montanhas e neve. Contudo, a presença de uma criatura demoníaca capturou minha atenção, meus olhos imbuídos de propriedades místicas indicavam uma concentração mágica anormal acima.

Uma jovem se aproximou, seus cabelos loiros e a pele brilhante como pérolas chamaram minha atenção. Suas escamas revelavam que não era uma elfa como eu. - Na noro, loth! (Não se aproxime, impura!) -Respondi em uma expressão fria, dando alguns passos para trás, desconfiada da estranha. - Tínon a chengeo a losse Skraevi?! (Como se atreve a falar desta forma com a Imperatriz de Skraev?!) - Conclui, com uma leve tonalidade hostil, denunciando minha surpresa e inquietação perante a liberdade tomada pela desconhecida.

Me virei momentaneamente, a presença daquela sombra maligna sobre a montanha me incomodava, remoía minha mente em busca de respostas para aquele fenômeno, tentei analisá-lo detalhadamente à distância com minha visão aguçada, mas sem sucesso. Apenas deduzia sua distância aproximada, tamanha sua pressão mágica que meus olhos captavam, em torno de 15 metros estava algo que certamente não era amigável, e com isso minhas preocupações deixaram de ser aquela mocinha de outrora.

-Eni na man aníron ú-vellon 19? Poldor! Nínd Fin? (Isso é outro truque dos 19? Escórias! Onde está Fin?!) - Indagava, rangendo os dentes, indignada pelo possível ultraje, imaginando as possibilidades de passar por mais uma ofensa dos ditos ''deuses'' de D minúsculo, que não passavam de lendas pagãs e espíritos menores levadas a sério.  

Com isso não queria ser pega de surpresa por qualquer ação iminente. - ''Hîr mith lin le!'' - Bradaria, sinalizando com meu indicador a frente rumo a neve, soando como uma ordem, fazendo dali surgir um soldado de ouro, através de um circulo dourado ao custo de uma concentração de mana, me preparando para a ocasião.

- ''Hîr mith lin le!'' (O Soldado de ouro me serve!) - (Rank D)

Hîr mith lin le!:

Números:

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A chegada em Luminari foi mais caótica do que o esperado. O pouco que conhecia sobre a cidade não mencionava a aparição de portais dimensionais do absoluto nada. De qualquer forma, a viagem não havia me cansado, e sentia um estranho magnetismo em direção ao portal na minha frente. Havia algo lá dentro, mal e poderoso. A oportunidade perfeita para demonstrar tudo que aprendi até agora. Não pensei duas vezes antes de atravessá-lo para encontrar meu desafio.

Mas foi a aparição do portal uma travessura dos espíritos comigo? Pois ao entrar eu estava num lugar que pouco se distinguia de Luminari ou do meu continente nativo. Gelo, frio, como se estivesse em casa. Com exceção, é claro, das cobranças do velho maldito.  E falando em maldição, próximo a mim havia algo curioso, sem dúvidas era a fonte da presença maligna que me atraiu, com uma aparência um tanto única. Já ouvi contos sobre uma figura parecida, mas a descrição não estava coerente.  De acordo com o que ouvi, tenho certeza de que aquilo deveria ser algo próximo a um “bom velhinho” e não o ser abjeto que estava ali.

E não estava sozinho. Haviam outras pessoas comigo, talvez aventureiros que ousaram atravessar algum portal também, certamente não eram membros da viagem. De qualquer forma, não tive o mesmo mau pressentimento que antes, se não são meus aliados, ao menos não parecem ter intenções malignas. Consegui ouvir um pouco da conversa que tiveram, mas não compreendi nada. Ao menos uma delas soava como se falasse alguma língua peculiar. Mas não há tempo para indagações, a glória me espera. É o momento de testar se o grupo é ajuda ou empecilho.

– Não sei o que estão falando, mas aquela coisa nos quer mortos. – Me aproximei, apontando com o indicador para a criatura acima. – Parem de discutir e vamos acabar com isso. Isso vai ajudar. – Usando meus poderes criomantes, manifestaria 3 espadas de gelo próximas a nós, no intuito de auxilia-los na luta. Eu tenho força o suficiente para lidar com esse problema, mas talvez seria de serventia para algum deles. Também seria uma boa forma de medir suas intenções, fornecendo uma arma de graça, eles poderiam fazer o que bem quiser, e se algum deles tem as mesmas intenções do espírito maligno, bem...

Vou acabar com a ameaça de uma vez.

O brilho das estrelas traziam um encanto diferente para o topo da Torre do Ouro Branco, onde Finn estava a aproveitar um momento agradável com a própria Imperatriz. As falácias dos Elfos traçavam os planos para o futuro de Skraev, que por sua vez, seria reformulado ao ponto que se tornasse digno de uma figura tão grande como Ayrenn.

De maneira súbita uma espécie de portal se abriu, claramente ato de um hábil mago. O membro da família Isil não pensou duas vezes em atravessar aquela icônica estrutura de mana, acompanhado aquela que deveria proteger.  O cenário existente em seus olhos não diferia do anterior, os sopros gélidos deslizavam sobre seus trajes finos, porém, que o protegiam com louvor do denso frio do reino gélido.

—Leithio 'em hon 'waew, 'wethrin na 'weth. (Não sei o que mais me enoja, aquilo ou esses dois.)— Bradou o Elfo naquela língua que, talvez, não fosse de conhecimento das duas existências no ambiente —Ha na vedui na veleth lin, u-'waew hi. Aníron falch, leithio 'wethrin gorgor hain lin, Imperatrix. (Entretanto, para nossa segurança talvez devêssemos usá-los em combate. Outrora erradicar tais espécies da vossa vista, Imperatriz.) — Concluiu o Elfo olhando para sua semelhante.

Finn observou o cenário como um todo e algo chamou-lhe a atenção à poucos metros dali, o mesmo caminhou lentamente em direção ao brilho tímido que tentava respirar em meio a tanta neve. Tateou o chão gélido e não tardou a encontrar um estranho bracelete que, por sua vez, emanava uma energia que lhe parecia familiar.

— Sazonal? — Falou em língua comum permeando sua voz fria como o gelo pelo ambiente — Não dê ordens à Imperatriz. — Deu prosseguimento direcionando um olhar carregado de indiferença para o criador de armas — Séria cabível uma abordagem diferente para tal desrespeito, porém, aquela criatura parece ser o culpado por estarmos aqui. — Era sabido por muitos que Finn não era adepto à outras raças, no entanto, o frio do inverno fazia tons mais sensatos invadirem sua mente, talvez, se estivessem no verão a criatura das armas não tivesse tempo para balbuciar mais uma única fala.

— Estou pronto. — Disse o Elfo mantendo-se em prontidão enquanto observava a criatura de longe, seus dedos dançavam em um ritmo calmo, enquanto a neve ao seu redor seguia os mesmos movimentos.

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