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[Auto Narrada/Fechada] A Rosa e o Dragão

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Mensagem por Seiji Hidetaka Seg Nov 11, 2024 5:46 pm

Relembrando a primeira mensagem :

A Rosa e o Dragão

— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas:   @Tomate @Seiji Hidetaka
— Localidade: Porto Maralto
— Descrição: Próximo de sua hospedagem em Satar, Seiji decide visitar Porto Maralto em busca de itens para fazer sua forja portátil e mágica. Em meio ao caminho conhece Siegfried, um ruivo que lhe encantou peloa sua beleza.
— Tipo de aventura: Auto Narrada
— Aviso: Violência. Nudez. Morte de NPC. Sexo.
「R」

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[Auto Narrada/Fechada]  A Rosa e o Dragão - Página 2 Empty Re: [Auto Narrada/Fechada] A Rosa e o Dragão

Mensagem por Seiji Hidetaka Seg Nov 11, 2024 9:26 pm

5



Bom…. Nem eu. — Disse dando de ombros, sendo sincero, afinal ele também era um forasteiro de terras muito distantes, um oceano inteiro pela frente.

Ele ergueu levemente o olhar para cima, avaliando o tempo, ponderando que horas eram. Ainda era de manhã, será que deveria beber a essa hora? Estava de fato inclinado a aceitar bebida do outro, ou algumas… Pelo menos, não era por se parecer com algum nobre. Esperava que não fosse mais confundido, principalmente em um taberna, deseja no fundo que o nobre não fosse um religioso fanático que não bebia. Se não… Com toda certeza a fama deles iria de água abaixo com Seiji por ali. Ainda bem que Riki não estava com eles.

Nem poderia o chamar para viajarem juntos, Riki certamente agradeceria naquele exato momento. Ele tinha a própria jornada. Seiji novamente sentia o tempo fluir normalmente, olhou para o outro e deu um sorriso maroto.

Depois não diga que não neguei sua gratidão. — Disse com certa animação, puxando o próprio caderno com cuidado, se lembrando do mapa e desenhando com cuidado, ainda fresco na memória. — Bom, pelo mapa, você deveria ter passado pela floricultura e seguido um pouco mais, dali fica tudo mais confuso. E pelos telhados, acredito que era o telhado com a chaminé que saía mais fumaça. — Murmurou baixo, fechando o livro com velocidade e se voltando para ele. — Essa mulher que deu esse mapa para você definitivamente queria te dificultar. — Comentou dando de ombros — Enfim, acredito que vai estar mais ao meio. Vamos ir perguntando no caminho.

Esperou com paciência ele se ajeitar para começarem a andar, ele olhava ao redor com calma, sentindo-o próximo de si. Outro curioso? Talvez. Estava sendo divertido conhecer aquele rapaz, ele realmente parecia mais novo. Seria melhor só deixar ele com a tal mestre nova, estaria em segurança. Seguiram com calma pelo mercado.

Você não parece que saí muito. — Comentou com calma. — De onde você é? — Questionou, escutando logo em seguida a pergunta do ruivo. — Alguns materiais para forjar alguns protótipos que fiz. — Respondeu, seu olhar percorrendo com cuidado pelo comércio. — Sou artificer. — Complementou a resposta, parando lentamente em uma barraca com itens variados, pareciam autômatos, engrenagens. Ficou pensativo, não precisaria daquilo agora e tinha pouco dinheiro, tinha que ser assertivo naquele momento, mas era bom saber que havia uma loja daquele tipo ali. — Você disse que estava indo ver sua nova mestre, está treinando o quê?



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Mensagem por Tomate Seg Nov 11, 2024 11:56 pm




O Dragão e a Rosa — 05




A gargalhada suave que saia de meus lábios com o comentário do homem era de um tom encantador. — Ora é o mínimo! — Andava de maneira tranquila ao lado dele, segurando minha mochila em meus ombros com a destra. Não demorou muito para que o Sr. Seiji abrisse seu caderno de desenhos e começasse a rabiscar um pouco do caminho do mapa anterior. Eu olhei admirado com aquelas páginas, haviam várias coisas ali, mas eu não comentei para não incomodar o homem, ele parecia bem focado.

— Hmm entendi… É eu deveria ter pedido informação antes… Mas não achei nenhum passarinho disposto a falar comigo por aqui. — Dei de ombros.  — Então tentei por conta própria… Acho que não me sai tão mal não é? Eu achei a floricultura! — Disse de maneira animada, quase orgulhosa de meu feito, mesmo ele sendo simples e até bobo.

As palavras do loiro fizeram meus lábios abrirem um pouco. Encarando sua feição rústica e madura, suspirei. — A-Ahh… Quanto a isso, b-bem… Ela não era muito amigável mesmo, quase todas elas não são. — Revirei os olhos verdes que brilhavam junto a luz do sol como duas gemas raras.

— Fazer o que se não seguir em frente não é? — Perguntei antes de levar os braços até meu pescoço, alongando os mesmos. Estava totalmente vestido, não deixando sequer uma parte de meu corpo exposto senão o rosto. As roupas leves mas não comuns me caiam bem. Eu continuava ao seu lado, um pouco distraído com meus arredores, observando as pessoas e os comércios.

O cheiro da cidade grande, especialmente do porto não me era muito agradável, e meu nariz vira e mexe se torcia um pouco para os lados por conta disso.  — Ah é? Poxa eu sabia que tinha cara de caipira mas não pensei que fosse tão aparente assim. — Dei uma risada suave antes de olhar para ele.

— Eu sou de Vila D’água, fica um pouco longe daqui… Não sei se conhece, tem várias cachoeiras e cavernas, além de uma base da Ordem. E de fato, eu não podia sair sempre para ir a cidade, e a Vila é bem menos agitada que aqui…  — Eu disse com uma pitada de orgulho em minha voz, estava animado com a conversa. — E você? — Eu perguntei com entusiasmo e alegria.

Nossos passos avançaram mais e logo ouvi que ele era um Artificer. Algo não muito raro da onde eu vinha. — Oooh que legal! Então você constrói todo o tipo de coisas né? Do que mais gosta? —Perguntei curioso enquanto o seguia. Nosso andar nos levou até uma das barracas, cheias de objetos brilhantes e metálicos. Eu não sabia o seu propósito, mas o loiro com certeza sabia, pois seus olhos estavam fixos e atentos a aquelas peças. Eu o observava com o rabo do olho, não o encarando demais para não constrangê-lo, ele estava entretido e isso era até bonito de se reparar Logo vi uma pequena pecinha em formato espiral com a cabeça achatada.

Peguei o objeto com as duas mãos, cuidadosamente a analisando enquanto falava. — Vou começar meu treinamento oficial para me tornar um cavaleiro da Ordem das Rosas. — Disse com um tom a mais de animação. Não demorou muito para que minhas palavras se fizessem notar e dona da barraca vir nos cumprimentar.

— Bom dia rapazes, em que posso ajudar? — Ela perguntou com sua voz aguda mas forte, uma tauren com o dobro de nosso tamanho. Eu sorri para ela e logo apontei para os objetos.

— Boa tarde senhora, para que servem todas essas coisas? — Perguntei de maneira inocente, quase juvenil.

— Ora rapaz, para construir diversas coisas, desde pequenos relógios que contam o tempo até armas de potente calibre, máquinas de todos os tipos, só depende de sua criatividade. — Ela disse cruzando os braços e logo abaixando a cabeça para tentar ver o meu rosto por debaixo do capuz.

— A-Ah entendo… — Em um reflexo quase que instintivo, coloquei o objeto de volta na mesa e me movi levemente para trás do corpo de Seiji, abaixando a cabeça para que ela não me visse.


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Mensagem por Seiji Hidetaka Ter Nov 12, 2024 10:37 am

6.



Esperava que ele não se arrependesse das cervejas que iriam tomar, ou só ele iria tomar? Tomara que o garoto fosse resistente a álcool, ou que pelo menos, não acompanhasse nas suas doses e rodadas. Será que estaria abusando da sorte? Qualé, era a primeira pessoa que tratava normalmente sem achar que era um nobre ou qualquer outra coisa, podia dar um desconto ao ruivo.

Como assim passarinho? Quer dizer, era figurado que ele estava falando, não é? Ficou quieto por um tempo, tentando processar aquela frase, afinal ele tinha tentado conversar e pedir informações, o que mais as pessoas queriam eram conversar com ele e o tocar. As pessoas não eram passarinhos? Eram passarinhos de verdade?

Passarinhos? — Questionou baixo e curioso, o fitando com intensidade, o que ele queria dizer com passarinhos?

Ele ficou quieto esperando o outro falar sobre a cavaleira, era uma ordem de cavaleiros e havia uma que não gostava dele, mas ele disse elas. Então era uma ordem de mulheres cavaleiras? Ou todas as mulheres da ordem dos cavaleiros eram más com ele? Quer dizer, ele dava inveja em muitos homens e atraia sua atenção. Mas mulheres não eram cegas. Que vida esquisita essa do ruivo. E ele não estava mentindo.

Ele o observou com atenção, mesmo que parecesse mais atento aos produtos e lojas, do que ao ruivo. O olhando vez ou outra de forma discreta querendo entender a dinâmica dele como um todo. Observando suas feições, será que tinha falado algo errado? Era só uma expressão dele, pode ter sido algum pensamento ou viu algo desagradável no caminho que estavam seguindo.

Pobre? Eu diria o contrário. — Falou para ele dando de ombros. — Você tem cara de nobreza, roupa, cabelo, pose, tudo. — falou com calma para ele.

Deixou ele falar sobre sua origem, nunca tinha escutado falar. Quer dizer, parecia uma cidade pequena, e se ele mal saia lá, como mandaram ele para cá sozinho? Esse povo o queria morto? Pelo visto não eram só as mulheres que não gostavam dele na ordem.

Hn…? Eu? — Ele ficou quieto por um momento, ponderou na resposta dele e olhou de canto para o outro. — Arquipélago dos Dragões. — Falou com calma para ele. — Um oceano de distância. Um pouco longe eu diria. — Deu um breve riso, dando de ombros. — Armas. Eu busco desenvolver a melhor arma para cada técnica que existe, para isso eu treino também a técnica como base para entender o funcionamento da arma e como melhor adequar para o usuário — Comentou, levando a mão ao queixo, pensativo, observando o material que estava ali. — Mas eu também faço outras coisas. Atualmente estou procurando itens para montar uma forja móvel, resistente o suficiente para aguentar as viagens e o calor do fogo, mas leve o suficiente para poder ser transportada. Talvez vou ter que usar um pouco de magia nisso. — Relatou um tanto pensativo, piscando longamente como se lembrasse de algo. Ele ergueu o punho levemente para cima e bateu contra a palma de sua mão. — É isso.

Ele puxou o caderninho novamente, parando aonde estava o protótipo da forja, começando a escrever, o tempo lentamente diminuía, enquanto ele escrevia algo. Certamente, se ele construísse com materiais leves e colocasse um selo mágico para serem resistentes, ele teria uma forja boa o suficiente para pelo menos praticar e montar as próprias armas. Riki agradeceria não ter que ficar parando por dias nas cidades só para pegar uma forja emprestada, pelo menos, não enquanto não tiverem um local fixo que poderia se teleportar ou ir.

Abaixou o livrinho e olhou para o mais novo, por um tempo, enquanto ele lhe respondia sobre o que iria fazer. Cavaleiro da Ordem das Rosas. Então ele deveria ter algum treinamento base, poderia pedir para ele mostrar suas habilidades e aprender as técnicas para poder criar uma arma boa. No canto da folha escreveu: Ordem das Rosas. Siegfried.

Hn… Espadas? Lanças? Arco e Flecha? Ou cada um se especializa em um tipo de arma? Qual o estilo? Tem alguma técnica especial? — questionou rápido, talvez até demais. Vendo por fim que o mais novo tinha pegado em uma peça observando e então a mulher falando com eles.

Seu olhar foi para ela e ficou inexpressivo, enquanto os dois conversavam sobre as peças, dava para fazer muitas coisas mesmo. Seiji já havia desmontado e montado um relógio que foi trazido do exterior que seu pai tinha arranjado, são peças curiosas e certamente um adianto na vida das pessoas. Ela parecia curiosa com o rosto dele e ele se afastou, se escondendo atrás de si, seja por timidez, seja por sua beleza.

Seiji se sentiu alerta com a aproximação dele, mas deu um passo sutil a frente de forma que ele ficasse na visão dela e o outro fora, e de forma que não se encostassem de fato. Ele deu um sorriso para a senhora.

Estamos só olhando, se eu não tivesse já com outros projetos urgentes, levaria algumas peças para montar um protótipo de transporte. — comentou. — Principalmente com as rodas e engrenagens. — Relatou. — Muito obrigado pela atenção, senhora. — Agradeceu e indicou para o garoto ir na frente e seguir com ele, à medida que andavam ele ficou quieto por um tempo e olhou de canto para o outro.


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Mensagem por Tomate Ter Nov 12, 2024 11:37 am




O Dragão e a Rosa — 06




— Sim… Passarinhos… Tipo, os bichinhos mesmo... — Dizia de maneira calma enquanto piscava algumas vezes, sem entender porque ele havia perguntado algo tão óbvio. Ele sabe o que são pássaros, não é? Mas porque era tão estranho ele não saber que eles conversavam? Será que ele não conseguia ouvir o que os pássaros diziam? Especulei um pouco.

Contar sobre minha terra natal era divertido, mas ouvir histórias e sobre lugares as quais nunca vi era mais divertido ainda! — Uau… Então existe mesmo uma terra cheia de dragões, que incrível! — Eu disse de maneira animada. — Um dia espero poder ver esse lugar,  quero conhecer  o mundo todo um dia, como um cavaleiro itinerante! — Disse enquanto o observava, saber mais sobre o homem era algo muito satisfatório já que eu não havia conversado praticamente com ninguém desde que eu havia saído de minha cidade… Digo, ninguém humanoide, já que os bichos da floresta nunca me deixam só. Parece até que eu atraio eles de alguma forma.

— Uma forja móvel! Nossa isso parece ser muito útil. — Eu disse enquanto o observava abrir o caderno, fazendo algumas anotações. — Isso te ajuda a manter as ideias frescas? — Perguntei com um sorriso após vê-lo fechar o caderno, terminando a sua anotação. — É uma boa maneira de não esquecer as coisas. — Eu disse animado e logo após meu comentário sobre a Ordem, ele me questionou sobre os tipos de armas que talvez poderíamos usar, mas fomos interrompidos pela tauren curiosa em nos ver por ali.

Ele era apenas um pouco mais alto que eu, porém minha pose tímida e contraída fazia com que seu corpo cobrisse quase toda a extensão do meu. Observei as suas costas por um momento, sentindo um pouco daquele sentimento de medo que eu tinha ao ser observado muito de perto, mas o passo a frente e o fato do loiro estar ali me fez aliviar a postura, deixando que um suspiro saísse de meus lábios. Eu ouvia as palavras dele, sendo cortês com a tauren, e não demorou para que eu visse ele pedindo para que eu fosse adiante.

— O-Obrigado senhora. — Disse cordialmente e logo andei na direção apontada. O silêncio que se fazia entre nós era tão frio como uma geleira, e olha que eu nem sei o quão frio isso é, mas imagino que seja muito! Eu andava em um ritmo lento, quase parando até ver uma loja de armas não muito distante. Levantei a cabeça, encarando o homem diretamente nos olhos e sorri de maneira graciosa e um tanto animada, quebrando aquele gelo com o mais puro raio de sol.

— Talvez ali tenha o que procura! Quer dar uma olhada? — Eu não estava apressado a ponto de correr para lá, mas apontei o dedo a frente e quase que de uma maneira graciosa andei com leves passos antes de observar o loiro ficando um pouquinho para trás por conta disso. Minha mochila balançava e fazia um barulhinho engraçado de um sininho, havia uma fita vermelha presa a ela.


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Mensagem por Seiji Hidetaka Ter Nov 12, 2024 10:50 pm

7.



Seiji escutou ele falar sobre passarinhos. Tipo, passarinhos de verdade, dos que tem penas e bicos. Ele não expressou nada. Ficando quieto, deixando os pensamentos fluírem. Então o garoto falava com pássaros? Será que era só pássaros ou animais de forma geral? Já tinha escutado falar sobre essa habilidade, mas nunca tinha visto isso. Quer dizer, além da velha Kaneade de sua cidade, que falava com as árvores, não conhecia ninguém com essa capacidade (não que a velha tivesse realmente essa capacidade).

Sim. Sou um deles, um tipo, se ainda lhe resta alguma dúvida. — disse dando um sorriso breve. — Bom… É bonita as ilhas, quente, tropical e vulcânicas. — Comentou com certa nostalgia, se lembrando de casa, mas não exatamente com saudade, talvez porque ainda não tinha caído na real que estava em uma viagem longa, ou talvez nunca sentiria. E algo lhe dizia que sempre seria assim.

O deus do tempo lhe agraciou até demais em muitos aspectos, talvez não só abençoou, mas como amaldiçoou também, em termos. Escutou o que ele disse sobre a forja móvel e sorriu até mais contente, assentindo com a cabeça. De fato, uma forja móvel é uma boa ideia, o ajudaria em vários momentos, não só para fazer armas. Escutou então sua pergunta e concordou com a cabeça.

É... Algo do tipo. — Murmurou, olhando para o pequeno caderno e guardando com calma. — É bom não esquecer das coisas. — Disse com um sorriso de lado, sabia que no dia seguinte esqueceria o nome daquele garoto e talvez até sua aparência. Bom, ao menos teria o nome dele em seu caderno, caso eles se encontrassem, ele olharia o livrinho e se lembraria.

Sua pergunta acabou não sendo respondida, com a situação com a tauren, não o culpava se tivesse ficado sem jeito. Ele tinha se animado até demais, até que Riki reclamava algumas vezes, não era como se ligasse também. Não iria perguntar novamente. Talvez descobriria mais tarde, eles se afastaram da loja e ficaram em silêncio, caminhando com calma com o mais novo do lado. Escutou o que ele disse, piscando duas vezes e olhando para onde ele estava indo.

Observou o outro indo para a loja se aproximando com cuidado, olhando para a loja com calma. Armas! Ele se aproximou com calma, observando o metal que havia nelas, era apenas um metal comum. Ficou quieto por um tempo, observando, e então se aproximou do vendedor, um homem maior que o próprio Seiji.

— Bem vindos! O senhor parece ter um bom olho para armas. — Seiji ergueu o olhar para ele e sorriu com calma, colocando as mãos na cintura.

Faço o possível. — Disse com um ar maroto.

— Procurando algo em específico?

Sim, eu gostaria de saber o preço das armas. — Disse com calma, apontando para a arma.

— Essa? 1PO — O sorriso de Seiji se alargou.

Oh! Uma pechincha! — Disse o dragão com certa alegria, pegando a arma, sentindo o peso dela e vendo como ficava em seu punho. — Infelizmente não posso pagar por uma arma assim por esse preço, principalmente quando ela é feita de bronze. — Falou com calma, dando de ombros, o sorriso do vendedor ficou torto como se tivesse sido pego no ato. Seiji moveu levemente a lâmina no ar, cortando com cuidado e fazendo sibilar. — Pouco resistente, mais durável, mas com pouco poder para machucar, você poliu muito bem, passou uma camada boa de banho nele para cobrir a cor do cobre. — Ele guardou com cuidado a espada, vendo o homem fechar a cara, Seiji sorriu animado. — Muito obrigada pela sua atenção senhor. — Seiji indicava para Sieg para continuarem seguindo, mas o homem se adiantou.

— Espera! — Seiji parou de andar olhando para o homem por sobre o ombro, sem muito interesse, mas lhe dando atenção. Ele cruzou o braço e o fitou longamente. — Tenho armas de aço inoxidável! — O jovem ergueu sua sobrancelha e cruzou os braços.

Você tem aço inoxidável? — Questionou.

— Sim, senhor!

Quanto?

— 6 Moedas de prata.

Nhã! Obrigado. — Seiji já estava se virando para ir embora.

— 4 Moedas de Prata! — O draconídeo ponderou por um tempo, levando a mão ao queixo pensativo.

Senhor, porque eu acreditaria em você? Já queria me vender uma espada de bronze por uma peça de ouro, como vou saber se não está querendo passar a perna no Aço inoxidável? — Questionou baixo, dando um sorriso leve.

Seiji percebia algumas pessoas parando e observando os dois, o vendedor parecia um tanto acuado, afinal agora sua palavra havia sido manchada pelo loiro, na realidade, ele tinha sido pego no ato por ele. O loiro mantinha o sorriso cordial.

Me desculpe, atrapalhar seu negócio, meu caro, mas infelizmente você faltou com honestidade.

— Esse é o preço!

Depois de uma espada de bronze por uma moeda de ouro, colocou em cheque minha confiança.

O draconídeo sabia que esse era o valor, mas ele não podia deixar de aproveitar aquela situação para ter um pouco de vantagem ali. O outro tentou lhe passar a perna, porque não fazer o mesmo de volta. Ele pode perceber pelo canto de olho algumas pessoas cochichando e seu olhar foi de volta para o mercador que já ia falar algo quando alguém falou.

— Ele não é o nobre da casa do Leão? — Questionou baixo uma senhora. — Ele está sendo extorquido por esse ferreiro larápio?

— Eu sempre soube que um dia a casa dele ia cair. — Falou outro homem próximo dela.

O ferreiro olhou temeroso, Seiji mantinha o sorriso leve para ele e riu levemente.

Bom, vamos embora.

— 2 Moedas de prata!

Oh! Agora estamos conversando. 2 Moedas de prata por aço inoxidável acho justo. — Falou com animação. — Vou querer o suficiente para fazer 4 espadas.

Seiji se endireitou com um sorriso leve, suas mãos indo para as costas e olhando para o homem que rapidamente se moveu indo pegar o material.

Eu vou saber se o aço inoxidável está com liga ou não, ok? — Disse alto com um sorriso, ele olhou para as pessoas em volta e cumprimentou com um aceno de mão, aguardando o outro trazer o material para irem embora.


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Mensagem por Tomate Qua Nov 13, 2024 3:07 pm




O Dragão e a Rosa — 07




A conversa entre nós dois parecia fluir bem até agora, embora em alguns momentos o jeito calado de Seiji imperasse, eu não era o tipo de pessoa que deixava o vento soprar por muito tempo sem carregar um pouco da minha voz. Eu sorria, animado enquanto andava até a nova loja, dessa vez uma com armas! Algo que tanto eu quanto o loiro com certeza gostamos em comum.

— Oooh que armas lindas! — Eu comentei enquanto observava algumas espadas sobre o estande. Olhei para Seiji, mas o loiro se aproximava do vendedor, provavelmente seus olhos habilidosos de ferreiro haviam captado algo especial. É pode-se dizer que sim…

As cenas seguintes do loiro e o vendedor debatendo a respeito das armas vendidas fazia meu último neurônio rodopiar em uma dança de balé. Cobre? Em uma espada por aquele preço? Que absurdo. Eu observava a cena, entretido com o jeito do loiro de lidar com aquela situação, deixando uma gargalhada baixinha sair de meus lábios quando o vendedor ficou encurralado nas palavras de Seiji.

Logo os olhares e atenções caiam sobre nós. Em um movimento quase que instintivo, puxei meu capuz para baixo, tentando esconder mais o meu rosto. Não queria que alguém me visse por ali. Os dois negociavam tão intensamente que eu pude sentir um pouco da raiva do comerciante. Seiji era de fato, muito inteligente.

— Nossa… Isso tudo foi… — Eu estava tentando processar tudo em minha mente, mas se havia uma coisa que agora habitava a minha cabeça, era de que o homem ao meu lado era muito inteligente. Eu olhei para ele, os olhos brilhando em admiração e respeito.

— Você foi incrível! — Disse de maneira entusiasmada, mas contida apenas para o loiro ao meu lado ouvir. — Eu jamais saberia que aquela arma era de cobre só de olhar e tocar nela assim… — Eu sorri para ele, aguardando pacientemente que o vendedor voltasse com o aço.

— O que pretende forjar? Uma espada nova? Talvez uma lança, um escudo… Ah eu vi que você tinha comentado sobre minha arma favorita… Desculpe, havia me perdido por conta daquela Tauren… — Eu dizia enquanto me aproximava de algumas espadas.

— Gosto das espadas, mas tenho um carinho bem grande por lanças, escudos e adagas… bem, tudo o que corta e perfura talvez? Mas não sou muito bom com machados e arcos, algo que tenho que praticar mais. Hehehe — dei uma risadinha suave. — E você, costuma lutar com qual? — perguntei olhando para ele.

— Esse vendedor deveria se envergonhar de tamanha vigarice… Talvez os guardas da cidade queiram saber disso tudo… — meu senso de justiça estava formigando. Eu odiava mentiras e farsas, olhei para Seiji e suspirei. — Você foi honesto e corajoso em desmentir a farsa… Uma boa qualidade para um cavaleiro, sabe? — dei um sorriso encorajador.


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Mensagem por Seiji Hidetaka Qua Nov 13, 2024 3:17 pm

8.



O dragão cruzou os braços esperando o vendedor/forjador voltar com o material que tinha pedido. Tinha dado o remédio certo para esse trapaceiro. Ainda faria questão de verificar peça por peça ali na rua mesmo para ter o material. Ele olhou para o lado vendo Sieg feliz com o que tinha acontecido, o olhando admirado.

Sua expressão ficou estática em frente aquele olhar, mas por dentro estava tão sem jeito que foi difícil até ficar fitando o garoto o tempo tempo. Ele desviou o olhar, colocando a mão na cintura, sua expressão se tornando em algo cômico e leve.

Não foi nada, as pessoas não deviam tentar enganar os outros. — Será que comentaria com ele que também tinha passado a perna no outro? Quer dizer, apenas deu o próprio remédio para aquele homem. Ele ergueu o dedo para cima e começou a gesticular à medida que falava com ele. —   Toda espada tem características próprias e fatores que vão influenciar sua funcionalidade ao ser manuseada. Além de que, bons forjadores conseguem perceber detalhes como acabamentos. Espada de bronze é mais leve que uma espada de prata por exemplo. — Falou pegando duas espadas entregando para ele. —  Veja, as duas se parecem, possuem o mesmo acabamento, mas são de pesos diferente. — Relatou esperando que o outro realmente pudesse sentir o que estava explicando. —   Bronze é mais leve que prata, me dê a de prata e mova no ar. — Esperou ele fazer o que tinha pedido e entregou a de bronze, para ele fazer a mesma coisa. —   Escutou? Por serem de pesos diferentes até o som delas muda. — Relatou, pegando as espadas de volta e guardando com cuidado.

Ele levou a mão aos próprios fios e deu um breve sorriso, enquanto erguia os braços para cima e se espreguiçando como se aquilo tivesse lhe exigido mais do que o necessário (o que de fato era mentira). Deu um breve riso, olhando para Sieg.

—   Ele só deu azar de me pegar como cliente. — Falou dando uma piscadela para ele. —   Bom, pretendo fazer 4 espadas, irei trabalhar nas minhas espadas e nas do meu amigo.

O jovem continuou esperando pela encomenda e quando ela chegou, pegou com cuidado o saco que ele lhe deu e se abaixou indicando para o outro se abaixar também. O vendedor olhou para aquilo abismado, estava tendo seu nome realmente jogado na lama à medida que Seiji retirava as peças e verificava uma a uma.

—   Veja. Elas não possuem outra cor, aços como esse não, isso significa que ele não tem mais nada em sua composição, além daquela que deve se ter: minério de ferro, carvão e cal. — Relatou com paciência. —   Além disso, o peso delas faz diferença também, com outros materiais ela pode ficar ou mais leve ou mais pesado, não quero que minha espada tenha esse tipo de composição ou erro, então um aço puro é minha procura. — Relatou, separando as peças de volta e se erguendo com cuidado. —   Certo, duas peças de prata pelo material suficiente para duas espadas. — Falou com calma, separando o dinheiro e entregando para ele. — Foi bom fazer negócio com você.

Seiji se ajeitou com calma, guardando as coisas que tinha comprado e olhou para ele com calma, se espreguiçando.

—   Lanças, hn? Eu conheço técnicas com lanças, nunca gostei muito. — Comentou dando de ombros. —   Espadas e arco e flecha. — respondeu com calma.

Ele o observou novamente se sentindo deslocado com o tanto de elogios que o outro estava direcionando para sua pessoa. Coçou a nuca e deu um riso contente, apesar de na realidade estar sem jeito.

 Eu não sirvo para ser cavaleiro, sou um homem livre, sabe? Quer dizer, dragão. — Falou com calma. —   Não me prendo a regras ou deveres, apenas com os meus valores. Bom, ele aprendeu a lição. — Bom, apesar de que se o deus do tempo lhe dissesse para fazer algo, ele iria fazer. Certas coisas não tinha como resolver, não é? —   Vamos continuar, acho que se seguirmos o cheiro de carne vamos achar.  — brincou.

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Mensagem por Tomate Qua Nov 13, 2024 3:26 pm




O Dragão e a Rosa — 08



Todo dia era um novo dia para se aprender algo novo! Embora eu tivesse um treinamento prévio sobre o uso de armas, táticas de batalha, eu havia negligenciado um pouco a parte mais material de tudo isso. Sabia como espadas eram feitas na parte teórica, e era ainda bem superficial, mas a ideia de haver diferentes tipos de materiais e que isso influenciava em muitas coisas, era fascinante.

Segurei ambas as espadas e levemente brandei as mesmas. Levando-as até a altura de meus olhos ao mesmo tempo. Eu podia não ter conhecimento teórico, mas tinha bastante do prático, e isso era notável. A ambidestria com as mãos gerou movimentos precisos de corte idênticos com ambas as mãos. — É… Essa aqui parece ser mais leve mesmo. — Comentei com o homem antes de devolver as espadas para suas mãos. — E ela chia igual a um filhote de rato do campo… — Comentei de maneira inocente e um pouco juvenil.

— Mas é algo que eu não vi antes… Bem, eu treinei com madeira por muito tempo e quando ganhei minha espada, só treinei com ela desde então… — Disse enquanto dava uma leve batidinha na espada embainhada em minha cintura. — Ela é velha, meio surrada e ta precisando de um trato, mas é minha fiel companheira. — Disse de maneira orgulhosa e meiga enquanto acenava com a cabeça para o loiro.

— Não sei se o ferro é mais resistente que o bronze e a prata, ambas são mais valiosas eu presumo, afinal as moedas que temos são feitas desses materiais… — Disse enquanto pensava alto, dando uma risadinha de leve.

— Eu seria um péssimo ferreiro, não vou mentir! — Via o homem se espreguiçar, exibindo levemente o formato de seu corpo. Ele não era tão magro quanto eu, mas era mais robusto com um peitoral mais largo, talvez pelos anos como ferreiro. Estava tudo bem, até seu olho piscar levemente para mim. Senti uma pontada no peito de inquietação e suspirei baixinho antes de desviar o olhar, movendo o corpo todo para o lado oposto.

Senti minhas bochechas levemente mais quentes, a mesma sensação quando eu tinha confiado meu peso nas mãos dele para fugir da multidão. Isso não era normal, era? Essa sensação. Era boa, não vou mentir, mas me deixava sem muito chão. Sem saber o que fazer, apenas voltei em ordem quando o comerciante começava a se aproximar novamente de nós.

A encomenda logo chegou às nossas mãos e junto a Seiji eu abaixei-me para observar o metal ao seu pedido. Minha destra repousava sobre meu queixo, prestando toda a atenção nas palavras dele enquanto observava o metal, pegando uma das barrinhas com a canhota e a analisando, evitando o contato visual com o mais alto devido à situação anterior. — Hmmm. —- Eu confiava mais no julgamento de Seiji do que eu meu próprio naquele assunto a qual eu não tinha conhecimento aprofundado.

Levantei-me em seguida, colocando o ferro de volta no saco e sorrindo por debaixo de meu capuz. A negociação estava finalizada. Via Seiji pagar o comerciante e logo se espreguiçar novamente. Ele estava calmo e eu ainda sentia aquela sensação estranha sobre mim. Meu coração acelerava um pouquinho, mas com algumas respirações mais profundas, consegui me acalmar o suficiente para encará-lo de novo.

— A-Ah… Entendo. Eu não sou muito bom de mira. — Disse dando de ombros levemente. — Por isso prefiro as lanças… — Dei uma gargalhadinha suave antes de acenar com a cabeça para ele, prestando atenção em suas palavras a respeito dos cavaleiros.

— Ah existe mais de uma ordem nesse mundo, cada um com suas particularidades… Talvez você fosse gostar da Ordem dos Cavaleiros do Vento, já que… É tão livre quando o mesmo. — Disse dando um sorriso suave, voltando-me a olhar para o rosto dele, acenei com a cabeça. — Oh! Cheiro de carne hehehe, só de pensar sinto um pouco de fome. — Meus passos logo andavam no ritmo do homem, ambos carregavam certo peso com nossos itens, mas não o suficiente para nos atrasar tanto.

Seguindo em frente, não muito mais longe da última loja, avistamos finalmente a Taverna Chifre e Casco. O local era bem grande e o som que saia de lá mostrava quão vívido e animado o clima lá dentro estava. Parei no pé da escada, olhando para cima a grande estrutura de pedra e madeira. Engoli a seco, me sentindo um pouco apreensivo… Eu teria de encontrar a minha mestra, ou melhor dizendo, a cavaleira que iria me testar para ver o quão digno eu era de receber o nome da Ordem.

Embora eu tenha crescido lá dentro, minha promoção não foi facilitada como as Helenas antes de mim tiveram. Eu precisava passar pelo básico e seguir em frente para sim cumprir com a missão dela… Mas eu não vou negar que certo medo e angústia pesava em meu coração. Minha respiração forte e descompassada vinha à tona. E sentia um aperto muito grande em meu peito, como se estivesse prestes a me afogar, mesmo não havendo água por perto.


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Mensagem por Seiji Hidetaka Qua Nov 13, 2024 3:32 pm

9.



O dragão cruzou os braços esperando o vendedor/forjador voltar com o material que tinha pedido. Tinha dado o remédio certo para esse trapaceiro. Ainda faria questão de verificar peça por peça ali na rua mesmo para ter o material. Ele olhou para o lado vendo Sieg feliz com o que tinha acontecido, o olhando admirado.

Sua expressão ficou estática em frente aquele olhar, mas por dentro estava tão sem jeito que foi difícil até ficar fitando o garoto o tempo tempo. Ele desviou o olhar, colocando a mão na cintura, sua expressão se tornando em algo cômico e leve.

Não foi nada, as pessoas não deviam tentar enganar os outros. — Será que comentaria com ele que também tinha passado a perna no outro? Quer dizer, apenas deu o próprio remédio para aquele homem. Ele ergueu o dedo para cima e começou a gesticular à medida que falava com ele. —   Toda espada tem características próprias e fatores que vão influenciar sua funcionalidade ao ser manuseada. Além de que, bons forjadores conseguem perceber detalhes como acabamentos. Espada de bronze é mais leve que uma espada de prata por exemplo. — Falou pegando duas espadas entregando para ele. —  Veja, as duas se parecem, possuem o mesmo acabamento, mas são de pesos diferente. — Relatou esperando que o outro realmente pudesse sentir o que estava explicando. —   Bronze é mais leve que prata, me dê a de prata e mova no ar. — Esperou ele fazer o que tinha pedido e entregou a de bronze, para ele fazer a mesma coisa. —   Escutou? Por serem de pesos diferentes até o som delas muda. — Relatou, pegando as espadas de volta e guardando com cuidado.

Ele levou a mão aos próprios fios e deu um breve sorriso, enquanto erguia os braços para cima e se espreguiçando como se aquilo tivesse lhe exigido mais do que o necessário (o que de fato era mentira). Deu um breve riso, olhando para Sieg.

—   Ele só deu azar de me pegar como cliente. — Falou dando uma piscadela para ele. —   Bom, pretendo fazer 4 espadas, irei trabalhar nas minhas espadas e nas do meu amigo.

O jovem continuou esperando pela encomenda e quando ela chegou, pegou com cuidado o saco que ele lhe deu e se abaixou indicando para o outro se abaixar também. O vendedor olhou para aquilo abismado, estava tendo seu nome realmente jogado na lama à medida que Seiji retirava as peças e verificava uma a uma.

—   Veja. Elas não possuem outra cor, aços como esse não, isso significa que ele não tem mais nada em sua composição, além daquela que deve se ter: minério de ferro, carvão e cal. — Relatou com paciência. —   Além disso, o peso delas faz diferença também, com outros materiais ela pode ficar ou mais leve ou mais pesado, não quero que minha espada tenha esse tipo de composição ou erro, então um aço puro é minha procura. — Relatou, separando as peças de volta e se erguendo com cuidado. —   Certo, duas peças de prata pelo material suficiente para duas espadas. — Falou com calma, separando o dinheiro e entregando para ele. — Foi bom fazer negócio com você.

Seiji se ajeitou com calma, guardando as coisas que tinha comprado e olhou para ele com calma, se espreguiçando.

—   Lanças, hn? Eu conheço técnicas com lanças, nunca gostei muito. — Comentou dando de ombros. —   Espadas e arco e flecha. — respondeu com calma.

Ele o observou novamente se sentindo deslocado com o tanto de elogios que o outro estava direcionando para sua pessoa. Coçou a nuca e deu um riso contente, apesar de na realidade estar sem jeito.

 Eu não sirvo para ser cavaleiro, sou um homem livre, sabe? Quer dizer, dragão. — Falou com calma. —   Não me prendo a regras ou deveres, apenas com os meus valores. Bom, ele aprendeu a lição. — Bom, apesar de que se o deus do tempo lhe dissesse para fazer algo, ele iria fazer. Certas coisas não tinha como resolver, não é? —   Vamos continuar, acho que se seguirmos o cheiro de carne vamos achar.  — brincou.

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Mensagem por Tomate Qua Nov 13, 2024 3:41 pm




O Dragão e a Rosa — 09




Por um instante, senti como se o chão sobre meus pés fossem feitos de lama. A cada movimento de meus músculos, mais essa lama me puxava para baixo… Quando percebia, estava quase que totalmente engolido por uma angústia e uma dor descomunal, mas que era uma velha conhecida. A dor de ser aquilo que ninguém esperava, uma falha, alguém que se não fosse por uma inconveniência do destino, provavelmente nem estaria vivo…

Senti as mãos pesadas de Seiji sobre meus ombros. Em um movimento rápido, levantei minha cabeça para encará-lo. A touca que antes estava prendendo os fios de meu cabelo se soltou com a tamanha força que ele tinha nas mãos. Não me machucou, era gentil a esse ponto, mas como um vento norte que trazia o verão eu olhava para a safira de sua face. Instintivamente, levei minhas mãos sobre a dele. O segurando com meus dedos finos, mais delicados, mais magros e que tremiam em uma ansiedade sem precedentes.

Meus olhos verdes marejaram um pouco e pude sentir algumas lágrimas lentamente descerem sobre minhas bochechas. Segui o que o homem havia me dito, olhando fixamente para ele, respirando junto com ele… Aos poucos, minhas mãos paravam de tremer tanto e minha respiração começava a se estabilizar.

Me desculpe… — Disse quase em um sussurro para ele, segurando com força as costas de suas mãos, quase puxando-o para mais perto, mas não o fez. O tempo parecia mais rápido, os olhares eram só borrões, tinta espalhada sobre uma tela da onde apenas um pingo azul fazia sentido em meio ao caos. Me segurei sobre essa cor, fiz dela meu refúgio e lentamente, senti a lama que cobria meu corpo se soltar.

Não havia passado nem cinco minutos que estávamos ali, mas depois que senti que minhas forças já não me faltavam e minha respiração se normalizava, desviei o olhar lentamente, olhando para a taverna. — Seiji… Eu… — respirei fundo, levando os dedos das mãos sobre meu rosto, enxugando o resquício das lágrimas anteriormente derramadas.

Eu não consigo entrar lá… Me desculpa… — A voz melancólica e baixa soava como uma súplica. — Me desculpa… E-Eu vou entender se… Você quiser seguir seu caminho e… M-Me deixar aqui… Não quero te atrapalhar. — Disse antes de desviar o olhar dele, segurando meu pulso direito com certa força, escondendo dele a leve dor que eu sentia ali.


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Mensagem por Seiji Hidetaka Qua Nov 13, 2024 3:52 pm

10.




O dragão não sabia o que estava acontecendo, pensou que o outro estava animado com a nova mestre, tanto é que ele tinha pedido sua ajuda para chegar lá. E aqui estavam, mas nada saiu como Seiji tinha planejado e isso era um pouco preocupante; era só para irem beber, deixar o garoto com a mestre e ir embora. Agora ele estava na sua frente com uma crise e sendo contido por si. A pior pessoa para lidar com isso.

Seiji se mantinha parado em frente a ele, se sentindo tenso quando ele o tocou, mas não se moveu, não tirou ele de si, não se afastou, apenas se manteve ali. Sentiu um arrepio ruim na espinha, jogando tudo para debaixo do tapete como sempre fazia, porque era isso que pessoas como ele faziam. Fazia a respiração junto com ele, porque até o dragão estava precisando.

Podia sentir os fios dele roçando sua mão; eles eram sedosos e volumosos. Ele realmente era bonito como um todo.

A mão do outro estava gelada e trêmula contra a sua; ele se mantinha neutro, seus olhos ainda estavam fitando os verdes do outro. Piscando longamente, conseguiu liberar até a própria respiração quando a do outro normalizou. Até ele começar a chorar. Oh! Céus... Não tinha ajudado? Não tinha conseguido acalmar? O que estava acontecendo? Por que ele estava assim? Mas a voz dele quebrou algo dentro de Seiji de uma forma que o fez apertar levemente seu ombro.

Por um momento, algo nele o fez lembrar de uma coisa que há muito tempo havia trancado a sete chaves dentro de seu baú. Ele não queria que o outro visse sua expressão sombria, então, quando ele voltou a falar, Seiji o abraçou com cuidado, sua mão indo para a nuca dele. Tocando com cautela. Por que estava se colocando no lugar dele? Eram situações totalmente diferentes. Mas...

Siegfried, você não tem culpa de nada. — Falou baixo contra seu ouvido. — Está tudo bem, podemos ficar assim até você se acalmar, ok? — Disse, deixando-o contra seu corpo, mesmo que depois fosse descontar na bebida e procurar alguém para simplesmente extravasar o que quer que estivesse quebrado dentro de si. — Eu vou entrar com você, ou podemos só sair; você vem comigo aonde eu estiver hospedado. — Comentou. — Seja o que for, não tem nada que possa te machucar agora.


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