[Narrada/Fechada/+18] A Espada do Destino Sombrio

— Não acredito que você veio até aqui sem uma arma. — Resmungou a figura de estatura média — Não sei porque deixo os detalhes com você, Fran. — Concluiu o pequeno Jorge.

— Porque eu sou a líder desse grupo. — Respondeu a mulher com firmeza, direcionando seu olhar a imensidão a sua frente — Eu lhe disse para ficar em Foz, é capaz de você atrasar essa incursão mais que o desejado. — Continuou sem tirar os olhos daquela floresta, apertando levemente o pingente que repousada sobre seu peito.

— Ele está falando? — Indagou Jorge com um olhar preocupado em sua face, sabia o que aquela relíquia causava na garota.

— Não… por enquanto não. — Respondeu a mulher sem toda aquela firmeza de antes — Finalmente se acalmou. — Disse mostrando toda fragilidade existente em seu âmago, algo que apenas tal aliado conseguia ver. O meio-anão se aproximou, direcionando sua mão ao braço da mulher, entretanto, parou no meio do caminho ao se lembrar ao Deus que servia, infelizmente, não lhe cabia o toque físico.

— O que faremos por aqui? Irá encontrar alguém? Precisamos de uma arma, na verdade, algumas armas. Será que conseguiremos encontrar algum vilarejo? Sei que existem elfos por aqui, com certeza serão amigáveis comigo! — O vocabulário do híbrido parecia não ter fim, certamente iria irritar qualquer outro, exceto Fran, ela já o conhecia.

— Por enquanto, vamos apenas segui-los e ajudar na caçado Valete. — Bradou a mulher de maneira tranquila, observando o estranho trio. As informações sobre a incursão daquele trio foram dadas pelos mesmos durante a viagem, bem, não parecia o intuito de Fran caçar em grupo, mas, ela parecia "bem" com aquilo.

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E estamos de volta, senhoras e senhores! Agora com uma transformação enorme que é digna de um usuário de Horu Horu no Mi capaz de transformar nosso pequeno Formiga em uma mulher. Ali estava a nossa coadjuvante e o protagonista, Jorge.

Como em dejavu, a nossa aventura voltava momentos antes para fins de melhor adaptação, ali estavam o agora quinteto tendo atravessado o rio. – Elfos por aqui? Eu pensei que era uma ilha deserta! – Perguntava o líder daquele grupo do qual nome o narrador não lembra. O homem mostrava surpreso já que por mais desafios que a ilha pudesse proporcionar, acreditava que qualquer civilização era simplesmente impossível de existir por ali.

O valete, ainda tinha suas pegadas no chão e como já fazia algum tempo desde que ele tinha saído em fuga após a caça do herbívoro, o grupo perseguia eles. Para um meio-anão, desconfiar de que os elfos não gostariam de sua presença era aceitável. – Não acho que ele está muito longe, o sangue parece ter sido estacando para esconder alguns de seus rastros, porém as pegadas é clara. – Continuava seguindo o ladino, enquanto que o loiro (acho que tinha um loiro) ficava pela primeira vez em muito tempo, calado.

Conforme eles iam seguindo, a capivara parecia cada vez mais próxima até que eles se encontravam em uma área mais fechada da mata. Do outro lado, eles conseguiam espreitar pequenos ninhos de animais, aparentemente, Valete estava por ali. A área era bem grande com árvores gigantescas e os ninhos bem construídos pelos animais, aparentemente, não conseguiam ver nenhum.

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— Isso com certeza é o ninho. — Jorge constatou o óbvio enquanto permanecia carregado de orgulho.

— Sim, você é um gênio por descobrir isso. — Comentou a mulher de madeixas longas, observando o ambiente como um todo em busca do temível inimigo —Se existem Elfos por aí, com certeza tem mais caroço nesse angu. — Deixou escapar de maneira sucinta, entretanto, sem perder o foco.

Jorge tomou um tempo para observar a geografia do terreno, levando uma das mãos ao queixo enquanto fazia a maior “pose de pensador” que sua mente conseguia imaginar — Se eu tivesse aquelas armaduras dos Ars, já iria com tudo de peito aberto. — Bradava com uma certa inveja em suas palavras.

— Você ainda não forjou uma? Te ouço reclamar sobre isso já faz um tempo. — Vociferou a mulher.

— Será meu primeiro item forjado aqui em Greenleaf, com certeza encontrarei alguns minérios interessantes por aqui. Talvez um núcleo interessante? Bem, temos muito a descobrir. — De fato, Jorge tinha razão.

— Vocês tem algum método de caça? — Questionou em direção ao trio, imaginando que o trabalho em equipe que aqueles três tinham era, no mínimo, interessante — Do lado de cá normalmente eu vou e o Jorge fica olhando. — Brincava, fazendo uma expressão “emburrada” tomar conta da face do anão.

— Claro! Você é a líder, não é? — Retrucou o pequeno híbrido com um olhar ardiloso.

De qualquer forma, a jovem Martell estava munida unicamente dos seus punhos, já que não teve a mínima capacidade de adquirir uma arma que lhe fosse útil. Aquilo era um problema? Não muito, já que a Iroboro contava com outros métodos de combate.

— É interessante observar, afinal, não sabemos o que está por vir. Que tipo de monstros tem aqui? E animais? E criaturas humanóides? - Jorge olhava de um lado para o outro como se estivesse procurando uma presa e, ao mesmo tempo, exalando um certo “medo” — Em meio a uma floresta precisamos sobreviver! Encontrar comida, plantas, água… me dê dois gravetos que consigo fazer fogo! — Bradou procurando dois gravetos capazes de realizar o que desejava, sim, Jorge estava se preparando para um verdadeiro Discovery Channel.

— Quieto, Jorge. Assim você irá chamar atenção desnecessária. — Finalizou Fran, mantendo-se inerte de maneira observadora, olhando cada detalhe daquele cenário enquanto esperava notar a presença de alguma criatura. A mulher permitiu que seu Ego Divino trabalhasse, tentando captar algum sentimento advindo de outras criaturas que não fossem as que formavam o quinteto.

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- Nós costumamos deixar o ladino mais quieto, o Loiro pega o seu arco e atira enquanto eu chamo a atenção. Tem funcionado desde então. – Confirmava o líder, chegando a abrir um pequeno riso em seu rosto vendo os dois lançando suas farpas.

A estratégia inicial era entender quais eram os perigos de se permanecer ali, quais eram os problemas que poderiam acontecer e se alguma outra criatura estava por ali, no entanto, nada acontecia. O tempo era quieto e até mesmo tedioso.

Quinze minutos se passaram e apenas o vento cutucava seus cabelos e as mocas se esperneavam de um lado ao outro. Trinta minutos e ainda nada, o líder já estava ficando impaciente batendo o seu pé. - Então… vamos? Acho que não vai acontecer nada. – Era ao dizer isso que o Ego Divino conseguia sentir um sentimento um tanto estranho, não estava longe e vinha diretamente de onde estava olhando.

O homem de cabelo escuros estava pronto para sair do arbusto e quando ele ia dar o primeiro passo para fora, o homem mais esguio, vulgo ladino, impedia que ele fosse. - Espere.

Do fundo do ninho, o temível VALETE aparecia com o seu machado arrastando no chão pendurado em sua cintura com algumas fatias de carne e uns espetos. Ele colocava elas para defumar sobre o sol como se estivesse fazendo um bom trabalho e olhava para os lados.

Dando algumas fungadas no ar, ele sentia algo estranho e então olhava na direção do quinteto rangendo os seus dentes e empunhando o seu machado. Ele tinha percebido através do olfato o cheiro ruim de um deles e a furtividade já podia ter sido dito como “foi pro saco”.

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— Que merda! — Balbuciou Jorge ao ver o temível Valete pronto para o combate — Era melhor ter ido pra cima logo de início. — Continuou o híbrido enquanto permanecia como um observador.

A jovem Martell parecia animada com a situação, um sorriso formou-se em sua face, dando um aspecto sombrio, diferente da beleza jovial de antes. Para os observadores, era possível notar um brilho distinto no colar que a mesma carregava em seu pescoço, era como se o mais genuíno desejo por sangue estivesse aflorando — Fran, cuidado. — Sinalizou o fiel escudeiro, trazendo a mulher de volta a si.

— Obrigada. — Agradeceu de maneira sucinta, agarrando aquela jóia em seu peito com fervor — Ainda estou longe de dominá-lo. Mas, precisarei utilizá-lo de qualquer maneira. — Pontuou enquanto parecia se preparar para uma investida, no entanto, foi parada com o toque pesado em seu ombro — Não posso lhe deixar ir assim. — Disse Jorge mostrando o dedo indicador para a Iroboro, que por sua vez, brilhava em um tom azul-claro.

O meio-anão pegou a mão de sua companheira, desenhando diversas runas de Gelo e Sopro de Dragão.

— Já sabe como fazer, basta ativá-las. — Disse voltando sua atenção para seu próprio corpo, cravando algumas runas de gelo em seus braços.

Fran assentiu e rapidamente realizou o primeiro movimento, ativando uma das Runas de Gelo para dar vida a uma espada de tamanho médio, feita do próprio material. Ao observar o item notou com celeridade que não era um dos mais resistentes, no entanto, talvez pudesse ser útil naquele embate.

— Farei o primeiro ataque. — Bradou a mulher esticando seu braço, deixando a palma da mão apontada para o monstro e então ativando a runa relacionada ao elemento fogo, disparando uma rajada de chamas em direção ao seu antagonista. Seu intuito? Presenciar um pouco das habilidades daquela estranha figura.

Jorge recuou alguns metros, enquanto continuava a gravar runas de gelo em seu corpo, como se sua própria vida dependesse disso. Fran, por outro lado, manteve-se de pé e atenta, enquanto empunhava a espada com fervor. Seus olhos estavam atentos às movimentações do Valete e, caso encontrasse uma brecha, avançaria com toda sua velocidade em direção ao inimigo, realizando um salto alguns metros antes e caindo de cima para baixo com um ataque pesado.

A cobra tinha noção que a espada pudesse se quebrar no primeiro movimento, no entanto, ela necessitava testar a resistência daquele material. Por pior que fosse, tentaria - logo após ter sido efetiva em seu ataque ou não - disparar uma nova torrente de chamas, ativando a runa uma segunda vez.

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Magias Utilizadas:

A dupla se preparava para o combate de sua maneira com o Jorge usando de seus poderes de Runecrafter para preparar algumas runas em si e em sua companheira enquanto que o trio se preparava de sua maneira com as armas empunhadas e sem magia visível em alguns deles. Fran mostrava-se proativa em ser a vanguarda do ataque, partindo com uma espada de gelo em suas mãos proveniente da runa.

O gelo era duro, porém não tão resistente quanto o aço, mas era bem melhor que uma espada de vidro. Logo, podia se deduzir que após poucos golpes a espada teria se partido com facilidade

A mulher com seu primeiro ataque surpreendia por completo a criatura que não esperava por um ataque de fogo vindo da palma da mulher se esquivando no último momento e sendo pego de raspão por algumas das chamas. A criatura era rápida quando começava a se movimentar, colocando seu machado em sua boca e correndo em quatro patas.

Era o momento que o Ladino tentava dar uma estocada com sua adaga na direção do animal e o saque rápido da fera era tão rápido que a adaga saia voando para o céu cortada ao meio pela lâmina do machado. – CUIDADO! – Gritava o líder ao ver o Valete quase acertando seu companheiro em um golpe pesado com sua arma.

Esse era o momento em que Fran atacava, com sua espada de gelo em mãos em um golpe decidido a acertá-lo e que tinha certa eficaz realizando um corte na lateral do animal que gritava com sua dor e então desferia um contra-ataque antes que a rajada de fogo saísse em sua direção. A espadachim era acertada em um corte no seu tórax sendo jogada para trás com um chute da capivara.

O líder alcançava o combate e o loiro lançava flechas com seu arco na direção da capivara que eram esquivadas com a velocidade assustadoramente do animal que detinha de uma aceleração vantajosa para seu porte físico. Ele gritava e balançava seu machado, irritado com o quinteto. Os golpes ainda não eram tão eficazes, exceto o de Fran que havia feito um corte, porém os números começavam a fazer efeito e forçavam o animal a ir cada vez mais tendo cuidado com o campo de batalha para não ser cercado. Bom, e enquanto isso, Jorge continuava com suas runas.

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Fran estava encabeçando o combate, seu corpo irradiava uma intensa determinação enquanto enfrentava o temível Valete. A espada de gelo em suas mãos parecia uma extensão de sua vontade, enquanto a noção relacionada a sua resistência ficava mais clara que o normal.

— Suas habilidades estão ainda mais interessantes, Jorge! — Bradou a mulher com um sorriso no rosto, estava nitidamente animada com toda aquela situação — Aqueles demônios não perdem por esperar. — Concluiu apertando a espada com um pouco mais de força, enquanto seus olhos continuavam a permear a determinação que lhe manteve viva por todo este tempo.

O corte em seu peito não parecia representar perigo, a guerreira havia passado por situações de vida e morte ao longo da sua existência, sinceramente, parecia ainda mais animada dada a força do seu inimigo. Suas pernas estavam enrijecidas e prontas para avançar, no entanto, a voz do híbrido cortou o ambiente.

— Venha aqui! — Gritou o Runecraft com um sorriso largo no rosto — Irei te mostrar minha obra prima. — Concluiu erguendo o dedo repleto de mana.

Fran assentiu, saltando com velocidade para trás, no entanto, sem perder o Valete de vista por um único momento.

— Essa é simples, repelir e atrair, conceito básico. — Bradou o meio homem realizando as marcações nas palmas da mão da mulher.

Novamente a jovem Martell sorriu, desta vez parecia ainda mais animada para testar aquela criação do seu companheiro. Empunhando a espada ela se preparou para uma nova rodada de combate.

— Estou indo! — Vociferou em alto e bom-tom, avançando novamente em linha reta como uma verdadeira guerreira orgulhosa. Seu ataque? Bem, não era feito inicialmente. A mulher esperava uma oportunidade entre os ataques dos companheiros para, por fim, investir com todo seu ímpeto em direção ao Valete, desta vez, mirando seus membros inferiores.

Com a lâmina afiada feita do material mágico a mulher desferiu cortes na altura da panturrilha, traseira do joelho e também nos calcanhares, aproveitando-se da sua habilidade com o manejo marcial. Seu intuito? Dificultar a movimentação do seu hábil antagonista. Independente da eficiência daquelas ações, a jovem Martell preparava-se mentalmente para utilizar à Runa inserida em sua carne por Jorge e no momento em que fosse alvejada por algum ataque, ativar o “empurrar” existência naquela habilidade, visando mandar o Valete alguns metros para trás.

Se sua espada quebrasse, faria uso da última runa de Gelo existente em seu corpo para, mais uma vez, criar uma lâmina afiada. Se por acaso conseguisse realizar seu movimento, não pouparia tempo em ativar a segunda Runa de “controle”, puxando o Valete em sua direção enquanto avançava com ferocidade, buscando uma estoca limpa e direta na altura da garganta, um confronto real com aquela criatura. Tal  ação seria tomada pela Benção de Nadezhda, o “Improvável”.

O sorriso largo era visto na face da mulher, enquanto o brilho singelo do pingente tornava-se mais forte. A cada momento daquele embate o desejo de Morgoth ficava mais alto, não restava muito para que ele mostrasse suas caras.

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Bençãos, Magias & Ougi’s Utilizados:

A batalha continuava enquanto que a dupla se reunia e era quando o líder era acertado por um poderoso corte do machado de Valete que o forçava a recuar com um grande corte em seu peito enquanto que o Ladino procurava pela sua adaga e o arqueiro se frustava ao errar tantas flechas que sua aljava já estava chegando ao fim.

A dupla era a mais inteira dentro do combate e agora com uma nova marca para testarem e com a pequena oportunidade que surgia em uma esquiva do ladino, tentava acertar as panturrilhas da pequena e valente capivara e tinha êxito em um corte com sua lâmina que quebrava. O ferimento dificultaria a velocidade da temível criatura que grunhia em dor e tentava novamente um contra-ataque com o seu machado, porém era empurrado de forma mágica para longe.

Antes que caísse no chão, Martell já estava pronta para puxá-lo usando uma segunda runa de controle, desferindo um perigoso golpe em seu pescoço que teria acabado a batalha contra oponentes mais fracos. O acerto crítico deixava o valete próximo ao seu fim, mas o espírito Berserker da criatura permanecia.

Ele quebrava a espada de gelo, deixando ela presa em seu pescoço e então se afastava. Seu corpo se envolvia por uma aura roxa e a espada de gelo ia derretendo e o monstro ia se curando. Porém, não era apenas a única coisa que acontecia, um Poder Oculto daquela valente criatura se mostrava e o tamanho dele começava a triplicar ficando por volta de três metros de altura com um corpo esbelto e forte.

O que antes a criatura já era rápida, em seu último movimento no turno ele alcançava o líder e usando do seu machado decepava a cabeça do infeliz aventureiro que tentava entrar em seu domínio. O grito uníssono era evidente por parte do ladino e do arqueiro que não tinham sequer uma reação para tal. - LÍDER! – E agora a criatura se voltava para Jorge, o olhando com seriedade e pronto para acelerar em sua direção com o machado em mãos.

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O combate parecia chegar cada vez mais perto do seu clímax, tendo a transformação do Valete pego a garota de surpresa. Por mais eficiente que tivesse sido seu ataque, tal monstro mostrou-se capaz de superar todas as expectativas, inclusive, ceifando a vida de um dos membros daquele grupo.

— Irá deixá-lo morrer? — Uma voz ecoou apenas na mente da Iroboro, um timbre já conhecido por ela e que há muito tempo a acompanhava. Ela rangeu os dentes em um misto de fúria e desprezo, o vínculo criado com Morgoth era algo que lhe cobrava um preço, mas, naquele ponto da sua vida ela já tinha ciência de qual seria o seu fim.

O brilho no pingente tornou-se mais intenso e passou a se espalhar por todo corpo da garota, com celeridade sua pele e roupas foram cobertas por uma armadura negra como a mais longa noite; seus olhos foram tomados por um brilho avermelhado enquanto eram cobertos pela armadura, que a protegia por completo. Tão rápido quanto a expansão, foi a cura referente ao ferimento recebido anteriormente, Sombra de Morgoth era uma estranha herança que a transformava em uma criatura sanguinária, dependendo unicamente do tempo de uso. Por fim, Fran avançou com velocidade, tendo suas capacidades físicas aumentadas pelo item místico.

Jorge, por outro lado, não era um guerreiro voraz em sua grande maioria das vezes, porém, tinha noção de como lutar para sobreviver. Não era sabido se o mesmo poderia enfrentar o Valete, mas, não parecia ser este o intuito do mesmo. Ao notar aquela monstruosidade vindo em sua direção, o homem esperou com certa paciência, enquanto o suor escorria pela lateral do seu rosto. Ele confiava em sua companheira? Sim e pelo jeito iria apostar sua própria vida naquilo.

Em determinado ponto utilizou as duas runas de Gelo restantes em seu corpo para erguer duas “paredes” alguns metros à sua frente, esperando o momento em que o monstrengo fosse desferir o seu ataque. O olhar de Jorge carregava a determinação para realizar aquele movimento, o mesmo tinha noção que tal magia não iria lhe proteger, afinal, não era uma barreira impenetrável. Enquanto a “barreira” era criada, o mesmo deu um pequeno salto para trás, buscando sair do alcance da arma do Valete, enquanto lançava um turbilhão de chamas em direção a parede de gelo e/ou ao Valete, tudo dependendo das ações do seu antagonista. Naquele exato momento o meio-anão tinha gasto seu último recurso, lançando contra o seu oponente a última runa existente em seu corpo.

Por outro lado, o avanço de Fran era veloz e entrava em sinergia com as ações de Jorge, buscando aproveitar das reações do Valete perante o ataque do meio-anão. Em suas mãos, a última runa de Gelo era utilizada para dar vida a uma espada diferente da anterior, esta carregava proporções mais exacerbadas que a anterior.

Observando as ações do seu antagonista, a jovem cobra iria investir no momento mais oportuno daquele cenário, um avanço veloz que carregava todo o ímpeto. Seu objetivo? Parecia ser o braço que portava aquela arma colossal, o ataque vinha em uma diagonal, de baixo para cima, tentando cortar tal membro. Mas, era apenas isso? Não! Independente do êxito ou falha, a mulher não perderia tempo em apontar uma das mãos em direção ao seu antagonista, ativando a runa de Controle e repelindo-o para longe com brutalidade.

O movimento seguinte seria visando finalizar o combate naquele exato momento, segurando a espada com a mão onde continha a última runa, a mulher ativava novamente a repulsão, lançando a arma com tamanha velocidade que cortaria a distância em um piscar de olhos. Seu intuito? Atravessar o peito do Valete com tal movimento.

— Jorge! — Bradava a mulher e rapidamente o meio-homem entendia — Certo! — Respondia enquanto buscava se afastar daquele cenário - caso estivesse bem ou bem o bastante para fazer isso.

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