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A Sombra do Corsário de Âmbar Act III

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A Sombra do Corsário de Âmbar Act III Empty A Sombra do Corsário de Âmbar Act III

Mensagem por Ineel Qua Nov 08, 2023 12:24 pm

A Sombra do Corsário de Âmbar Act III
A Confederação Pirata
— Ano/Estação:  - 840 DG / Inverno
— Pessoas envolvidas: Ineel, formiga.
— Localidade: Confederação da Maré negra]
— Descrição: Assuntos diplomáticos da recém fundada confederação pirata.
Tipo de aventura: Narrada.
Aviso: Álcool, +18, violência.
「R」


Última edição por Ineel em Qui Nov 09, 2023 11:43 pm, editado 1 vez(es)

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A Sombra do Corsário de Âmbar Act III Empty Re: A Sombra do Corsário de Âmbar Act III

Mensagem por Ineel Qua Nov 08, 2023 7:37 pm

A SOMBRA DO CORSÁRIO DE ÂMBAR III  Post: 01


| Ineel  Navis O'Malley |

A Sombra do Corsário de Âmbar Act III Oie_oi11
HP: 880| 880
ENG: 2100| 2100
Contador de vícios: 02/15


No compasso do tempo, este diário de bordo em minhas mãos testemunhou o avanço desde o momento em que as marés nos trouxeram a esta ilha até a consolidação de uma confederação pirata, um lar forjado entre a natureza selvagem e os horizontes amplos do oceano.

Os dias riscam estas páginas, registrando o desenvolvimento deste lugar outrora isolado. Os navios, antes solitários, agora preenchem os portos com suas histórias de navegantes, foras da lei e mendigos. Aqui, nas palavras traçadas por mãos salgadas, a ilha se revela como um ponto de convergência entre piratas destemidos e a antiga linhagem dos elfos, formando uma tapeçaria cultural única.

O porto principal da confederação fervilhava com a atividade de marinheiros e piratas, enquanto os navios oscilavam suavemente nas águas inquietas da cidade de tormenta negra. Ineel e Claire, em um momento de descontração, sentavam-se à beira do cais, observando o vai e vem dos barcos sob o céu nublado.

Uma leve geada pairava no ar, fazendo Ineel franzir a testa. Ele fechava seu diário de bordo, e se voltava para Claire, questionando se estavam adentrando o inverno.   - Opa, o inverno chegou? - Dizia o pirata. Claire, com um sorriso irônico, rejeitou a ideia com uma resposta carregada de sarcasmo. - Inverno em uma ilha tropical, meu caro? Creio que nossas peles não teriam o desprazer de sentir tal frieza aqui. - Retrucava a vampira, aproximando seu rosto lentamente dos lábios de Ineel de forma sedutora. - Além do mais, sabes que prefiro o calor, me sinto mais viva... E excitada! - Concluía ela, tocando os lábios do marujo com a ponta dos dedos, enquanto suas presas vampíricas se exibiam de maneira sutil, prontas para serem cravadas no pescoço do homem.

A tensão entre Ineel e Claire atingia seu ápice, prometendo um momento de paixão no porto movimentado. Justo quando a vampira estava prestes a se lançar sobre o pirata, um intruso inusitado entrou em cena: o filhotinho de dragão.

O pequeno ser alado pousou entre o casal, interrompendo a cena romântica de maneira abrupta. Claire e Ineel, ambos com expressões de descontentamento, desviaram o olhar do outro para encarar a criaturinha. Em vez de serem pegos pelo fogo da paixão, ou necessidade para alguns, encontraram-se em um impasse cómico.

O filhotinho de dragão, com um choramingo adorável, parecia expressar sua própria necessidade: estava faminto e, ao que parecia, queria que seus "pais" providenciassem algo para comer. - Está bem, se acalme! - Pedia Ineel, em uma tentativa de acalmar a criança que nada adiantava. O Pirata então, o pegava nos braços e com carícias e cuidados conseguia fazer com que o choro cessasse.

Numa reviravolta após a cena interrompida pelo filhotinho de dragão, Ineel percebia um grupo peculiar de comerciantes estrangeiros que acabavam de atracar no porto. Suas vestes exibiam um toque tradicional, e suas expressões carregavam um ar de singularidade, tornando difícil para o pirata identificar precisamente se eram elfos, orcs, humanos ou talvez uma mistura encantadora dos três. Contudo, a presença exótica desses visitantes não passava despercebida.

Movido pela curiosidade, Ineel assobiou para um pirata próximo, lançando-lhe uma indagação. -  Ei, de onde eles são? -   Questionava, de forma sutil.  O outro pirata respondeu em quanto sorria. -  Eles vêm de Satis, acredito ser o único local no continente que realmente tem alguma civilização e harmonia. A maioria dos habitantes lá são resultado de relacionamentos inter-raciais, criando uma comunidade única e diversificada. - Contava o marujo. - Ahhh! Belas mulheres! - Concluía o rapaz, ascendendo um resquício de interesse mútuo em Ineel após fala, que não passava despercebido por Claire, se irritando levemente.  

- Diga para que preparem minha escuna, partirei pelo amanhecer em uma viagem diplomática. - Ordenava Ineel, com o pirata de baixo clero prontamente recebendo suas ordens. Ainda aproveitando-se da situação, o capitão pirata tentava tirar algumas informações adicionais de Satis, se direcionando até os visitantes e se apresentando. - Bem vindos a Confederação da Maré Negra, meus nobres amigos, Me chamo Ineel e sou o atual capitão eleito da confederação, vejo que não são visitantes costumeiros, talvez eu possa oferecer algumas rodadas de Drinks em nossas tavernas para estreitar nossos laços, o quê me dizem? - Diria Ineel, instigando os visitantes a aceitar a oferta, que caso fosse respondido positivamente, os levaria até a taverna mais próxima, os acomodando para uma conversa distraída.

Caso a proposta fosse negada, apenas me voltaria até o casarão central, onde faríamos uma refeição e nos prepararíamos para a viagem ao amanhecer.  

OFF>
Spoiler:






Última edição por Ineel em Qua Nov 15, 2023 6:49 am, editado 3 vez(es)

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Mensagem por Formiga Sáb Nov 11, 2023 12:39 am









A Sombra do Corsário de Âmbar Act III 6BjsSMs



- Acho que já está na hora de ir… - A voz rouca era suprimida pelos barulhos típicos daquele ambiente portuário, onde homens e mulheres subiam e desciam dos navios, assim como outros negociavam em meio à terra firme. Uma figura de pele escura, madeixas amareladas e olhos cor-de-mel destoava do cenário de pirataria, afinal, não era sempre que se via uma figura com o corpo tomado por cicatrizes como aquelas.

O homenzarrão se colocou de pé e não tardou a iniciar uma caminhava tranquila pela região, suas mãos estavam escondidas no bolso daquele calça de tons ávidos, assim como seus ombros representavam seu jeito desleixado e, de certa forma, tranquilo.

- Mas, será que tenho muito tempo até ela voltar? - Deixou escapar enquanto caminhava, de fato, sua vida naquele momento estava imersa no mais puro caos, afinal, duas existências habitavam o mesmo corpo e travavam uma disputa sem fim - Que seja, pensarei nisso outra hora. - Resmungou sem perder o ritmo da sua caminhada.

Seu objetivo? Bem, não parecia tão claro nem mesmo em sua mente. Seus olhos fitavam os navios que atracavam por ali, a curiosidade ficava estampada em sua face ao ver as mais distintas formas e detalhes naquelas estruturas, algo que em sua época quiçá nunca sonhava em ver.

- “Espere, este não é…” - Tal pensamento cortou sua mente ao ver uma figura que esbravejava seu próprio nome e cargo em meio a região, tratava-se da figura que outrora Fran foi temporariamente companheira, em meio ao combate contra uma estranha figura de asas.

Não tardou para se afastar e apenas observar o desenrolar daquela interação, afinal, era de sua curiosidade ver um pouco mais daquele rapaz que havia se destacado no combate. Talvez ele pudesse ser útil de alguma forma? Bem, era uma das coisas que passavam na mente daquele homem que, até então, não tinha um nome…

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Mensagem por Huntresss Seg Nov 13, 2023 10:51 am

Confederação da maré negra
[840 DG / Inverno] 12° C, manhã

A Sombra do Corsário de Âmbar Act III Piratas-no-novo-mundo

Fran e Ineel:

Enquanto de um lado dos eventos Ineel desfrutava seu momento familiar com a vampira e com a pequena dragão que lhe acompanha, em outra margem Fran, a mulher atormentada ia chegando até aquela nova região que ia construindo-se em meio ao frio do inverno. Não somente ela porém buscava o local em prol dos seus próprios interesses, já que uma corveta consideravelmente bem munida aproximava-se do lugar atracando.

Eles não pareciam hostis, muito pelo contrário. A frente era adornada com as feições de uma garota um tanto infantil, orquisa, com algumas bandeiras enroladas de forma que não é possível ver se há ou não algum tipo de brasão ou gravura. Ineel não sentia receios em aproximar-se, era um local portuário e outro barco não era surpresa.

Quando chegava até ali, abordando as figuras presentes, deparava-se com um Orc de roupas leves e olhos dourados, que pareciam ter um brilho um tanto característico. Era notável que os olhos do homem passeavam pelo homem analisando-o, assim como os seus arredores antes de cumprimentá-lo de volta. - Sou Cofresi Kidd, sou o capitão do "Amanhã". A fala acompanha um gesto em volta de si mostrando o barco, e, por consequência dando uma visão mais ampla ao homem.

Ele podia notar um convés espaçoso e pessoas relativamente relaxadas, exceto pelo próprio capitão e por uma Orquisa com feições mal humoradas, até agressivas, com a pele era cinzenta com tons vermelhos. Havia um homem de menor porte com uma garotinha que as feições lembravam bastante a escupida no casco da embarcação. Além disso, apesar de ainda verde, havia um outro ser cuja aparência destacava-se bastante aos demais, seja pelo seu tamanho diminuto ou seus traços que para maioria das raças seria "feio".

Um breve silêncio se faz antes de o orc cuja aparência até lembra as do próprio pirata confederado voltar a falar. - Por quê não? Viemos aqui para ver o novo local por perto. Não vou usar meias palavras, novas terras, novos perigos. Diz o homem com um sorriso no rosto que não faz parecê-lo com bom humor. O outro homem mais a frente e a criança seguem logo atrás de Cofresi enquanto descem por uma rampa de madeira, permitindo ser guiados.

A taverna naturalmente estava consideravelmente cheia de piratas e visitantes, mal havia espaço para ficarem de pé e ainda menos para sentarem, mesmo sendo de manhã. A garotinha se aninhava ainda mais nos braços do menor entre a dupla. - Alguma sugestão? Não conheço tanto por aqui, manda a boa? O homem indagava, esperando sua resposta e o que ele tinha a dizer.

Fran:

Enquanto isto, na embarcação, a orquisa cinzenta mal se movia, mas, o kappa por outro lado sentia-se inclinado a explorar abaixo, também descendo do navio. Ele não fazia isso sem um intuito porém, caminhando tão rápido que mal poderiam dizer que ele é uma "tartaruga". Talvez o termo certo não seja nem caminhar, já que ele parecia se mover por um nevoeiro ao seu redor e adiante que ia formando-se até que finalmente pudesse alcançar o lugar onde Fran estava.

- Você? O que é? Dizia a estranha criatura olhando-a de baixo para cima pela diferença de alturas. As cores do seu olho eram como um vidro velho e sujo lhe encarando, até um pouco afrontoso. - Sinto energias estranhas em você, conflitantes, opostas... Perigosas.
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Mensagem por Formiga Ter Nov 14, 2023 10:25 pm





A Sombra do Corsário de Âmbar Act III 6BjsSMs



- Perigosas? - Questionou em alto e bom-tom, arqueando uma das sobrancelhas mostrando uma certa desconfiança - Você consegue ver algo mais? - Questionou logo em seguida, curvando ligeiramente os ombros e flexionando os joelhos para que ficasse na mesma altura daquela criatura - Estou possuído? - Lançou-lhe mais um questionamento.

Sinceramente, naquela situação pouco tinha o que fazer, a figura de maior altura manteve-se atenta às falas da tartaruga, mostrando um misto de curiosidade com certa descrença - “O que estou fazendo? Acreditando nas palavras de um (a) estranho.” - O pensamento cortou a mente com tamanha velocidade que reverberou pelo seu corpo, fazendo-o recuar sutilmente míseros centímetros que, por sua vez, poderiam ser percebidos pelo seu mais novo “companheiro”.

Manteve-se de pé esperando as respostas para suas indagações, observando a criatura com certa atenção - Você é daqui? - Perguntou com velocidade, talvez, antes mesmo de obter uma resposta vinda por parte do mesmo.

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Mensagem por Ineel Qua Nov 15, 2023 6:30 am

A SOMBRA DO CORSÁRIO DE ÂMBAR III  Post: 02


| Ineel  Navis O'Malley |

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As apresentações fluíam naturalmente, mas meus olhos, por um momento, fixavam-se na orquisa. Sua aparência peculiar, exótica, destacava-se vividamente entre os visitantes que haviam atracado no porto. No entanto, para minha decepção, ela não se juntava ao grupo, enquanto a criança nos seguia curiosamente.

- Desculpe, se não tiveres a maioridade não irão permitir que entre no bar. - Comunicava, ainda que, no fundo, soubesse que não existia tal regra na ilha. Para compensar, jogava uma moeda de prata na direção da criança. - Pegue uma moeda. Que tal comprar alguns doces enquanto conversamos? - Indagava, deixando escapar um sorriso dócil.


Apesar de minha natureza pirata, mantinha uma presença carismática. Dirigindo-se aos responsáveis pela taverna com uma inclinação de cabeça,  sutilmente indicava que arranjassem uma mesa para seu grupo, a grosso modo aproveitando de de meu destaque como capitão eleito da confederação. Não que alguém ousaria negar lugares para um homem acompanhado por uma vampira e uma criaturinha alada em seus ombros. - Preciso desses lugares, podem nos dar licença ? - Diria em um último caso,  os encarando com o tom mais sério, tentando ganhar uma mesa através da intimidação.

Uma vez acomodados à mesa, com um sorriso cordial, começava o diálogo.   - Bem, capitão Kidd, será um prazer conhecer mais sobre sua terra natal. Conte-me sobre Satis, sua história, suas tradições. E vocês, meus caros companheiros - Apontava para os demais.  

- De onde vêm? Que histórias e costumes trouxeram consigo? - Complementava, com um leve suspiro no final - Ah, mas que grosseria a minha. Amigo por favor, nos traga algo para beber. - Concluiria o pirata, sinalizando com as mãos para qualquer responsável pelo estabelecimento próximo os trouxessem bebidas.

A cada resposta dos estrangeiros, eu assentiria, demonstrando um interesse que mascarava minhas verdadeiras intenções. À medida que o diálogo fluía, uma nova caneca de rum era oferecida, um truque diplomático antigo para afrouxar línguas.  - Vamos, não sejam tímidos! -   Provocava, entregando mais canecas e persuadindo o grupo a compartilhar de si mesmo cada vez mais.

Claire se mantinha inerte e com as expressões imutáveis, como se a conversa transcorresse em um mundo invisível ao seu redor. Não demonstrava o menor interesse em participar embora estivesse prestando atenção, revelando por sua vez uma antipatia notável para socializar com estranhos. Contudo, diante de questionamentos básicos, como seu nome e idade, responderia de maneira direta e objetiva, sem ceder espaço para detalhes adicionais.

Com o grupo já minimamente sob o efeito do álcool e acomodado na situação, começaria a introduzir questionamentos mais sérios, aproveitando o momento estratégico.  - Então, me diga, como é a liderança de seu povo? Dirias que são abertos a alianças e acordos comerciais? - Indagava de forma sutil, oferecendo mais bebida como uma cortesia.  - Creio que seja natural toda nação ter inimigos, o continente mesmo daqui me parece ser grande... Vocês possuem algum inimigo ou preocupações do tipo? - Continuava, enredando o grupo em uma conversa estratégica enquanto os induzia a falar mais sob a influência crescente do álcool.






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Mensagem por Empresss Qua Nov 15, 2023 9:52 am

Confederação da maré negra
[840 DG / Inverno] 12° C, manhã

A Sombra do Corsário de Âmbar Act III Piratas-no-novo-mundo

Fran:

O pequeno Kappa continuava olhando com desconfiança e receio durante as primeiras palavras da jovem, ajeitando o casco com um das suas mãos. Ao menos até a terceira daquelas perguntas. - Ou isso ou você é todas elas... Há algo divino e algo profano aí, e, eu não acho que goste de nenhum dos dois, principalmente quando também há algo terreno no centro disso tudo... Não devemos trazer coisas que não entendemos para esse mundo...

Os passos em recuo naturalmente eram notados, e, acima disso uma agitação nas contrapartes do que energeticamente parecia uma criança em sua visão, aprendendo. Vindo daquele navio, ele naturalmente cogitava se devia reportar a presença de algo como o que encontrou por ali, afinal, era pra isso que estavam ali. Observar se aquele lugar era perigoso para Satis. Bem, mais hostis do que normalmente já são os lugares.

Os olhos se arqueiam até um pouco irritados após a última pergunta, pensando se ela era uma mentira. - Eu sou de Satis, mas você já sabe disso. Ele conseguiu sentir a presença daqueles seis olhos sobre si do barco, não havia como ele não saber, não é? Ou a criatura terrena era a mais desinformada? Em conflito ele abre as mãos com uma névoa se formando, envolvendo Fran, dançando ao seu redor, tomando conta de seu corpo com uma sensação desconfortável.

Ineel:

Passos adiante antes de entrar no bar Ineel parecia criar uma nova regra de repente, ainda que os visitante não soubessem sobre ser nova. - Não vou beber, só quero ir com o papai. A criança retruca, apesar de pegar com alguma dificuldade se libertando do aperto do homem atrás dela. Cofresi por outro lado intervinha tranquilizando-a. - Tá tudo bem filha. Por quê a gente não se encontra depois e dão uma olhada por ai? As últimas palavras pareciam mais ao homem com ela em si do que com a garota.

Entre alguns resmungos alguns homens davam licença e eles sentavam-se. Um sorriso com certo sarcasmo surgia em uma arfada, ele mesmo não havia mencionado Satis vez alguma, mas, não era também muito surpreendente que mesmo com as bandeiras tampadas saberiam de onde eram. Era mais estranho quando o homem apontava em volta, já que depois da criança e quem cuidava dela saírem, só havia sobrado ele. Um beberrão lá no fundo até apontava para si mesmo. Eu?

- Acho que as bebidas já tinham começado sem mim. O homem brinca com bom humor. - O que eu poderia dizer que você já não sabe? Estamos cientes que nossas terras tem muitos espiões, é o preço de abrigar quem precisa, abre oportunidades... O homem apoia os cotovelos na mesa. - Bem, vamos fazer os desentendidos. Somos um povo construído ao redor de um templo e recebemos gente de muitos lugares, o que nos deixa sem algum costume muito dominante, tampouco alguma fé dominante... Somos um agregado de povos tentando o melhor pra viver... Para não ter que voltar a só sobreviver.

A bebida chegava e o homem bebia, ficando alguns instantes em silêncio. Quando outra chegava, o ciclo se repetia, quase como se ele não gostasse de falar enquanto bebia. Depois da segunda porém, com ela vazia, retornava a falar. - Mesmo no barco todos viemos de lugares diferentes... Um terceiro copo chegava, mas ficava quieto na mesa. - Nisto aqui parece ser um pouco parecido.

- Wilward... Bem, o lorde certamente seria aberto à acordo comerciais. Assim como você está bebendo com alguém abertamente sondando o lugar, ele jantaria com um espião para garantir condições melhores de vida pras pessoas que vieram ao templo. A parte "aliança" não era respondida, talvez propositalmente, talvez por não ter exatamente um tipo de aliança descrita. Ele estava prestes a voltar a sua bebida silenciosa quando a última pergunta lhe fez engasgar em uma risada, que virou gargalhada com a própria situação bagunçada.

- Desculpe. Caham. Inimigos, hein? Ele diz limpando os lábios. - Eu diria, quem não é? Seria mais estranho para nós realmente confiar em alguém como aliados. Somos mestiços, fugitivos, criminosos recomeçando, órfãos abandonados... O olhar vagueia ao redor, quase como se procurasse ter certeza que os outros não estavam ali no meio daquela frase. - Nossa preocupação é manter nossa fronteira segura, pelo menos, é que acredito que o lorde Satis esteja visando...

Empurrando a caneca pra frente ele encara o homem com aqueles olhos dourados novamente, quase cintilantes. - E você, senhor manda chuva local, me diria que tem inimigos? A pergunta melhor seria, pretende fazer inimigos?

Criança orquisa
Cofresi Kidd
Kappa
Ineel:

Fran:
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Mensagem por Formiga Qui Nov 16, 2023 10:19 am









A Sombra do Corsário de Âmbar Act III 6BjsSMs



O falar daquela pequena criatura gerava uma tremenda interrogação na mente conflitante daquele ser que, até então, parecia saber pouco sobre si mesmo.

- Como saberia? - Questionou em alto e bom-tom, no entanto, algo diferente era perceptível em sua voz que, naquele momento, parecia tomado por um estranho “eco” - Terreno? Profano? Sinceramente, do que você está falando? - Outro questionamento era feito e era notável um tom raivoso em suas palavras, diferente do tom pacífico exalado outrora.

Aquilo seria um estopim para um embate? Não, não era tal sensação que a figura queria passar para o Kappa - Me perdoe, eu não… - A fala fora cortada como se algo quisesse calar a sua boca, assim como seus olhos eram tomados por uma escuridão que colocava o mais fundo abismo no bolso. Por uma ligeira fração de segundos, apenas o silêncio era externado.

- Sei o que está acontecendo. - O restante da frase saia como se nada tivesse ocorrido, como aquele breve lapso no tempo-espaço sequer tivesse existido - E essa dor de cabeça que vai e vem… - Bradava enquanto levava uma das mãos em sua cabeça, como se quisesse apoiar e trazer algum conforto, mesmo que tais ações não mudaram em nada a agonia que estava sentido.

Naquele momento um nome viria à sua cabeça “Morgoth” - Morgoth? - Deixou escapar enquanto buscava nas feições do Kappa uma resposta para sua “perguntar”. Entretanto, não teve muito tempo para ponderar a origem de tal nome, afinal, alguns flashs tomavam conta da sua mente e lembranças surgiam. Como eram tais lembranças? Bem, não eram tão palpáveis quanto o mesmo gostaria, no entanto, era possível para ele se ver empunhando uma espada e enfrentando alguns monstros, no entanto, suas mãos pareciam diferentes, inclusive, a própria voz.

Suas pernas titubearam por alguns instantes, enquanto finalmente pôde notar a névoa ao seu redor. Um brilho avermelhado se tornava visível na altura do seu peito e dava forma a uma espécie de pingente, aquela era a “Sombra de Morgoth”, porém, a armadura não parecia ter força e ou liberdade o bastante para se espalhar pelo corpo como fizera várias outras vezes, destacando ainda mais a estranheza daquele “novo” corpo.

Estava rendido e sem o mínimo de forças o bastante para resistir a qualquer magia e/ou míseros movimentos vindo do Kappa ou de qualquer outro ali. A expressão de dor era vista em sua face, seus dentes rangiam ao ponto de ser audível a média distância. Suas forças pareciam esvair do seu próprio corpo, como se sua energia estivesse sendo deliberadamente lançada para fora. O que era tudo aquilo? Bem, talvez o Kappa soubesse…

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Mensagem por Ineel Sáb Nov 18, 2023 7:55 pm

A SOMBRA DO CORSÁRIO DE ÂMBAR III  Post: 03


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Encarei o homem à minha frente com uma crescente inquietação. Minha estratégia de embebedá-lo para extrair informações preciosas não estava seguindo o curso esperado. Um traço de desconfiança começou a surgir nos meus olhos perspicazes. O homem diante de mim parecia relutante em se entregar completamente à conversa, e isso acendeu um alerta dentro de mim. A sensação ecoava na minha mente, sugerindo que talvez Satis estivesse tão ciente quanto a Confederação da Maré Negra sobre as artimanhas das conversas de taverna, ou talvez ele fosse apenas um viajante experiente. Essa suspeita, ainda que apenas isso, fez com que eu considerasse a possibilidade de espiões entre nós. Uma ameaça que eu sentia a necessidade de manter ainda mais próxima.

Dando um gole em minha bebida, forcei um sorriso que poderia rivalizar com o brilho de minha lâmina na bainha. Em resposta à pergunta de meus inimigos, soltei uma risada robusta que ecoou pela taverna. .  - Bom, nós somos piratas, estamos em guerra com o mundo! HaHaHaHa - Gargalhou, criando uma atmosfera de camaradagem fictícia.

Então, como quem suaviza uma piada, adicionei com uma expressão mais séria .  - Brincadeiras à parte, vejo semelhanças entre nossos povos, apesar de sermos piratas também somos unidos pela questão racial, embora tenha algumas controvérsias em nossa fundação, a diversidade está presente como pode notar. Gostaria de conhecê-los melhor, por que não nos acompanha até Satis? Partirei em breve pelo amanhecer, e não tenho um guia, por sinal será a primeira vez em que piso no continente. - A oferta, embora aparentemente casual, continha camadas de intenções e observações meticulosas. Aguardava atentamente a resposta do homem, com olhos mais afiados do que um punhal, examinando as nuances nas expressões do estrangeiro e sua forma de falar.

Com uma resposta positiva, eu me levantaria, estendendo um sorriso enquanto oferecia um caloroso aperto de mão ao homem sentado.  - Será magnífico, capitão Kidd! Nos vemos no porto ao amanhecer. - Diria, retirando-me do local ao lado de Claire. Nosso destino era o casarão dos capitães, situado no centro da cidade portuária, passando uma outra vez pelo porto para visualizar o movimento, deveria  me  comunicar a assembleia de nossa viagem, sobretudo a Roberts que teria de assumir a regência.

Mesmo diante de uma resposta negativa, eu me levantaria com um sorriso, agradecendo ao estrangeiro pelo seu tempo e compreensão. Em seguida, sairia da taverna ao lado de Claire, nos dirigindo ao casarão dos capitães. Entretanto, aproveitaria o momento para sussurrar aos responsáveis do local que ficassem de olho em estrangeiros oriundos de Greenleaf orientando-os a relatar e recolher qualquer informação ou rumor de ações suspeitas que cheguem nos bares da ilha. - Diga para que me contem toda e qualquer movimentação suspeita. - Cochicharia aos ouvidos dos homens, escolhendo o momento mais oportuno.






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A Sombra do Corsário de Âmbar Act III Empty Re: A Sombra do Corsário de Âmbar Act III

Mensagem por Huntresss Seg Nov 27, 2023 9:33 am

Confederação da maré negra
[840 DG / Inverno] 13° C, manhã

A Sombra do Corsário de Âmbar Act III Piratas-no-novo-mundo

Fran:

Os questionamentos de Fran chegavam aos ouvidos "surdos" do kappa, que não o respondia. Por quê havia de falar sobre algo que ele próprio não sabia se não obteria resposta alguma? Em vez disso, aquela névoa persistia, prosseguia rumo ao garoto enquanto a primeira palavra que tirava uma reação da tartaruga era dita. "Morgoth" parecia o nome de algo, ou, alguém que ali estava.

A névoa se espalhava, tocando-o e distorcendo como várias imagens em uma aurora boreal de névoas atrás de si. Se ele se virasse, veria quatro imagens atrás de si, quatro seres humanoides. O primeiro era sombrio, como um ser quase demoníaco, negro, carregando uma grande espada. Outra era como um anjo, igualmente usando espadas e com olhos um tanto característicos, vazios. A terceira era um ser com um grande arco de luz atrás de seu corpo, fitas descendo sobre os ombros e um longo manto, com um olhar gentil e compadecido.

O quarto não era ninguém se não a sua própria imagem atual. Elas não pareciam vivas ou dotadas de formas de fato, mas, por outro lado, era como se expressassem algo. - O que reside aí dentro, quatro almas, um único corpo... E qual deles é realmente você? O cajado é batido no chão e a aurora se move, contorcendo em outros vislumbres. Sangue desce pelos corpos dos dois seres terrenos, enquanto eles ajoelham-se. Imediatamente o ser esperançoso e o demoníaco lutam, e, cada vez que seus golpes se cruzam um esboço de um grito seco é feito pelos prostados. Eventualmente, parece que o divino chora, cede, não querendo mais aquele sofrimento e ambos os seres antes ajoelhados são levitados, transformando-se naquela sombra em trevas.

- No fim, a criatura demoníaca em você é aquela que vence... O kappa concluía em um tom de certa tristeza, reflexivo, quase como se ponderasse consigo mesmo o que deveria fazer. Por cima do ombro do garoto ele sentia o olhar daquele ser mais iluminado, quase como se pedisse para que ele não começasse uma briga com a jovem e confusa criatura em sua frente. - Arg, então, te remete a algo o que viu?

Ineel:

O pirata mais sério era natural pelo rumo da conversa, de forma que o homem não se surpreendia, até apreciava alguns daqueles sorrisos "forçados". Não eram gentis como os do homem que escolheu seguir, sendo mais abertos e espalhafatosos, mas, certamente, carregavam uma falsidade direcionada que muito assemelhavam-se. - Um guia? Bem, isto é difícil por estas terras. Fazemos o possível pra não trombar com monstros maiores e monstros mais inteligentes enquanto passamos por Greenleaf, sem muito mais.

Havia um certo receio e uma clara direção em segurar algumas informações. - Mas, vai ser bom pisar em casa de novo depois de um tempo. Vamos fazer o possível para uma viagem tranquila. O homem bebe um pouco olhando o homem. - A não ser é claro que prefira um pouco de emoção pelo caminho, aí a gente pode procurá-las em vez de evitá-las. O homem diz com uma gargalhada contida.

Os avisos com seus homens que ficariam ali eram feitos sem maiores problemas depois de levantar e deixar o local. Pelo caminho ele inclusive via aqueles dois lá de novo, sentados em um canto enquanto a garota comia alguma coisa. Por outro lado, ao falar com seus homens sobre o movimentos suspeitos o homem em questão ficava meio confuso. - Er, mas senhor, o que seria suspeito? A gente recebe saques, piratas e tals... O homem ficava coçando a cabeça e Ineel entendia bem agora o que o visitante queria dizer. Fronteiras abertas geram uma fiscalização mais complicada.

Criança orquisa
Cofresi Kidd
Kappa
Ineel:

Fran:

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