[Evento Dinâmico] Coração de Jade

Não era de se espantar que a aproximação esquisita tivesse feito o pequeno rapaz temer pela própria segurança, o que na ausência de uma ferramenta apropriada para se defender, retirou um chumaço de trigo o tomando e empunhando como se fosse a própria espada lendária de Excalibur, abaixando as sombrancelhas e mostrando os dentes como se fosse uma besta feroz mas, sejamos honestos? No máximo era algo fofo diante do quase titã armadurado, fosse ele o alvo, não teria tempo nemmesmo de sacar aquilo que seria sua... Arma?

- Ahi égua, vocês deveriam ter explicado de começo! Não se aproxega assim de ninguém não sô! O menino dizia em um tom mais leve, suavizando sua expressão, carregado de um forte sotaque rural bem único, Soren forçou a mão em reação a frente da boca pois havia vindo o instinto de rir pela surpresa, ao qual buscou suprimir o melhor que pôde.

- Uai, é sério? Os leonrato são bão na hora de cobrar as rações mas não arreda o pé pra resolve o probrema? Ah não, Tião não vai gostar disso não. Mais uma vez o rapaz pareceu quase completamente insensível as perguntas voltando a história para que passasse sobre si mesmo e sua humilde vida, obviamente não se esperava que ao estar no território da nobre e grande família que estranhos caminhassem pelas terras responsáveis por seus suprimentos. - Os bichão batuta desse tamanhão aqui? Ele esticou os braços em um tamanho grande.

- Por ai, se não for maior. - Teria dito de forma a não demontrar tanto interesse assim, já que o rapaz era enrolado demais pro meu gosto e dava voltas demais...


- Quase nada, são grandimais, comem igual uns jumento passano fome e tem umas garras que parecem foice de ará arroiz Ele fez o sinal com a mão que lembrava muito um louva-deus mas, certamente não era o caso do bicho real.- Berta boto os caba pra corre da ultima vez, ela vai saber meió que eu, querem falar com a Berta? Ele então apontou por uma pequena trilha que provavelmente levaria a alguma propriedade. - Ah, que modos! Sou Antônio Dimasor! Mas pode me chamar de Tonio, num vem com ideia de anta não !

Reunindo as informações sabia que havia alguém que poderia nos dar direções melhores, talvez fosse a irmã mais velha, mãe sei lá do rapaz? A esta altura eu até mesmo havia pensado que seria mais fácil tacar fogo na floresta a torcer pelo melhor mas, se já havia caminhado até aqui não via problema em seguir um pouco mais. - O que vocês dois acham? Se essa moça for mais direta que o rapaz, capaz até mesmo de encontrarmos um caminho ainda essa semana. Teria dito sem qualquer empatia pelo menino que talvez nem mesmo entenderia completamente as voltas que eu mesma havia tecido.

Fosse qual a escolha do grupo fosse, não iria me opor desde que considerasse uma decisão justa para completar aquela missão afinal, queria arrumar o favor de quem pudesse me dar caminhos para novasmagias, duvidava qu eo matuto iria ter algo de impressionante, do contrário já teria demonstrado.

histórico:

O garoto conversando era típico jovem do interior, não falava direito, por sorte já havia encontrado alguém que falava daquele jeito um tempo atrás Apenas havia pedido para trazer ele para perto do grupo, para nos poupar de ir até lá e com isso, deixava Soren e o garotinho conversarem o que resultou em não muita coisa, apenas um outro nome que poderia nos fornecer mais informações, “Berta”. Se fossemos até essa mulher, levaríamos mais tempo para concluir a missão, mas pelo menos, poderíamos ter mais informações sobre o que estaríamos lidando, além de serem insetos e grandes. Seu nome era Antônio Dimasor, mas ele dizia que podíamos chama-lo de “Tonio”. – Se essa Berta for melhor que esse garoto, as informações podem ser ainda melhores.. Jonas olhava para a pequena trilha aonde o garotinho havia apontado e já se preparava para trilhar aquele caminho. – Desta vez, deixa para o Taliesin fazer a abordagem ou então, a Soren.

Abel olhava para o armadurado e respondia: – Claro, claro. Se precisar de uma intimidação, eu entro no jogo e encho a pessoa de socos. Jonas dava um tapinha nas costas do humano e se virava para Taliesin e Soren: – Vamos então? Olhava para o meio elfo e depois para a humana e dizia para ambos: – Vamos procurar a tal Berta e então, questionamos ela de forma amigável, deixo com Taliesin ou com você, Soren. Dava espaço para um dos dois irem na frente, mas quando reparava, Abel já estava caminhando pela trilha, em busca da tal Berta, mas sem parar ninguém, apenas seguia o caminho indicado. Depois que Taliesin ou Soren começassem a caminhar, Jonas seguiria logo atrás dele(a)(es).

Histórico:

Status Jonas Núcleo 1:

Status Abel Venator:

Legenda:

A trilha não era  desafiadora, tão pouca longa demais antes que a visão começasse a mudar, notável era que haviam campos que já haviam sido colhidos, enquanto alguns pareciam pisoteados, com marcas irregulares de inseto que mais lembraria uma espécie de besouro ou pulga  enorme pelo tamanho e profundidade que muito pareciam como estocadas ao chão, indicando que apesar de provavelmente o bicho não ser grande demais, certamente era robusto e pesado.

Uma elevação do campo quebrava um pouco a planície, possibilitando assim que o grupo tivesse que seguir por uma pequena estradinha  com degraus  manualmente escavados indicando que o local, para os mais perceptivos fosse visível como se tivesse sido terraplanado de alguma forma com exceção das casas de fazenda, que por sinal poderiam  todos observar que não havia uma única,  indicando o óbvio que muitos precisavam trabalhar para  lidar com aqueles vastos campos.

Talvez fosse o horário? Era uma suposição justa de se fazer já que as casas em geral não pareciam ter ninguém visível por nenhum dos que se encontravam ali no grupo, podendo levar a ideia de que estavam provavelmente trabalhando. Um som no entanto poderia irromper, enquanto Soren  teria dito - Huh, não vejo problema em falar com a pessoa,  só espero que ela seja mais instruída.... Sem delicadeza nenhuma acabei olhando para o menino que simples de tudo, sequer havia entendido o eufemismo que não era nada gentil.

O som se repetiu mais vezes, um som oco que  aqueles que já presenciaram o fenomeno antes poderia identificar facilmente como o barulho de alguém cortando lenha. Poderiam então ao acompanhar o menino que se dirigiu para parte de trás da casa apontando para uma figura Bem jovem e bonita ao qual empunhava um machado simples e quase sem fio,  na verdade poderia se dizer que o partir da madeira se dava muito mais por um golpe contundente do que cortante.

- Ó, BERTA, truxe os aventureiro pra se livra dus piolho. Apruxega aqui! O matuto teria dito em tom alto enquanto a ruiva   tirou do bolso um pedacinho de trigo e colocou na boca para fazer uma pose que demonstrava confiança e talvez até passasse um ar de superioridade, andando a passos lentos até o grupo.

- Bão? - A moça teria dito com um tom que chamava demais a atenção e não era exatamente de uma forma positiva, na verdade agora que ela estava mais perto  poderiam sentir uma presença de alguém que parecia ter pelo menos dois metros a mais, pois  havia ali uma  grande presença.

grande presença:

O semblante da ruiva no entanto era bem calmo,  o que me fez dar um pequeno passo para trás por um momento como reflexo, até que segurando o cajado, coloquei ele levemente a frente, fingi uma tosse enquanto me preparei mentalmente para aquele grande obstáculo... Apesar de não a ver como muito mais alta do que eu,  deviam ser o que? Só trinta centímetros? Era só uma régua de diferença e uma régua eu consigo segurar na mão.

Olhei para cima enquanto me aproximei e levantei uma das mãos propondo um aperto, mantive  a maior firmeza possível para o caso de ela ter respondido e meu pior pesadelo imaginável aconteceu, quando a vi começar a mexer a boca e logo ouvi o barulho seguido do inevitável cuspe  na própria mão enquanto agarrou a minha com uma força que pareceu que quebraria a minha mão se eu não tivesse sido previnida de manter firmeza no aperto .

Em meu pensamento o nojo se misturou a uma coragem desesperadora talvez impulsionada pela raiva? Não sabia dizer mas mantive a expressão séria, até que a garota desatou a rir. - Sério menina qual seu problema?  Hiyahahahahah! A expressão séria se  desfez e então ela perguntou agora botando o cabo do  machado com a lamina apontada para cima, logo   acima do ombro para  distribuir o peso enquanto conversava e diferente do garoto, parecia ser muito mais instruída do que o rapaz.

Ajudar a gente não é digno dos corações de gato não? Indagou a moça com desdem, sua voz quando não estava descontraída era quase como um trovão cortando a voz de quem estivesse falando ao mesmo tempo, era como se fosse mais  audível do que até mesmo os próprios pensamentos.

- Não acho que seja comum pra falar a verdade...  já tentei adentrar as regiões próximas.... Com intenções puras claro, cof.... Você que repeliu os alvos? Digo... O motivo pelo qual estamos aqui. Até mesmo havia esquecido o nome da criatura por um tempo talvez pela intimidação? Sei lá. então um sorriso teria vindo da ruiva que diria - Não eram muitos, eu tenho um exemplo pra vocês verem se quiserem, tenho umas anotações também... Mas, e ai eu ganho parte da recompensa se ajudar? Era possível ver que a posição  da garota era quase como um charme terrível naquele momento, pois era difícil dizer não.

O rapaz? Desde que "Berta " Abri a boca, então enfim ela daria atenção pro rapaz - Berta é a senhora sua mãe viu,que porra é essa! Fugiu da escola ? Tem nada haver com Astrid Siegbert ! Ela teria quase queimado o rapaz com os olhos que logo correu antes que sobrasse pra ele.

Vendo a situação teria dito - Soren Estreluna. Teria dito esticando a mão e  fazendo algo que poderiam  qualquer um com noção achar que é suicidio, que era balançar a mão de modo a limpá-las na roupa da ruiva, pouco se importando com o que ela teria feito enquanto dizia - Com licença, é seu cuspe, não deve importar né?  Eu me importo. e o olhar de descrença era tanto que de algum jeito a esperança mais uma vez parecia sorrir para contribuir pros comportamentos quase suicidadas de seus seguidores. e eu não era exceção afinal, as coisas costumam dar certo para nós.


Seu olhar dizia mais de mil palavras, e não fui muito além de  dizer  Estaremos nos livrando do seu problema, ta ai a sua parte. Eu teria dito olhando pra cima  a vendo mexer com os dedos levemente sobre o machado, o que outros teriam a dizer poderia também impactar em suas respostas para além daquela, afinal,  enquanto a cena desenrolou, ainda que eu não prestasse tanta atenção no que os outros haviam dito para registrar em minha memória por aqui e minha própria percepção, poderia ter rolado bem  mais.

histórico:

O grupo seguia a trilha, a mesma não era tão difícil assim de cruzar e o grupo não tinha dificuldade alguma em atravessar aquilo. Alguns campos pareciam colhidos, outros pisoteados e Abel com seus conhecimentos, notava que não eram insetos comuns, de fato eram insetos anormais. O caminho ainda persistia por mais um tempo até que o grupo chegava no destino no qual o garoto tonto, digo, Tonio, havia dito que “Berta” estaria. Por algum lugar um som oco podia ser escutado por Abel e Jonas, o grupo então seguia o garotinho para trás de uma casa e lá, encontrava uma garota. A mesma empunhava um machado, além de ser bela e jovem. *Suponho que ela tenha a mesma idade de Soren ou um pouco mais velha que a mesma..*

Tonio chamava a atenção de Berta sobre o grupo de aventureiros e por algum motivo, a menina puxava um trigo e colocava na boca enquanto se aproximava lentamente até o quarteto. Berta apenas com aquela resposta, parecia crescer momentaneamente, a dupla de armadurado e o humano, apenas ficavam quietos, olhando para Berta e depois para Soren, pois haviam deixado a conversa para a garotinha. Jonas não entendia para que cuspir na mão para apertar a mão de outra pessoa, devia ser um costume de alguém do interior fazer aquilo, risada vinha, conversava começava até que Berta dizia que tinha um exemplo para o grupo, o que deixava Abel animado. No fim, Tonio era tonto, pois Berta parecia queima-lo com os olhos, o nome dela era “Astrid Siegbert” e não “Berta”. A garotinha maga então se apresentava para “Astrid”, Jonas não ficava muito para trás: – Jonas. Em seguida, vinha Abel: – Abel Venator.

Jonas então fitava Astrid quando a mesma perguntava sobre uma recompensa se ela ajudasse, o que não fazia sentido, pois o grupo já estava no local para resolver a situação e só precisávamos de informações para começar de fato, a caçada. – Eu concordo com Soren. Estamos aqui para acabar com o problema, esta é a sua recompensa, assim como para todos da região. Seus olhos em forma de aura azul fitavam Astrid, o automata estava pronto para caso ela tentasse alguma gracinha para cima do grupo. – Estou mais interessado em ver o exemplo que você tem. Pega lá.

Histórico:

Status Jonas Núcleo 1:

Status Abel Venator:

Legenda:

O lenço me era oferecido, no entanto, falhei em entender qual era a cordialidade, poderia puxar de cabeça a vaga lembrança sobre a leitura do comportamento mas, não havia tempo para que eu fizesse as conexões neurais. - Ah, Obrigada. Peguei o lenço com a ponta dos dedos, o olhei vendo estampas e com pouca se não nenhuma noção, acabei por passar as mãos e após o topo da testa sobre o lenço, provavelmente com isso tirando um pouco do suor ao qual seria natural de se esperar pela caminhada. Segurei o pano em mãos, enquanto conversava e no sinal que me despertasse a noção de devolver, devolveria.

A Ruiva não parecia tão feliz em ver que não eram tão fáceis de enrolar como teria sido o caso dos matutos com quem costumava conviver e então suspirou -Aventura? Hm… É, certamente é um dos trabalhos já criados né. A ruiva era ríspida mas, naquele momento por mais instruída que parecesse em comparação aos demais, o rapaz poderia fisgar que ali, havia semeado uma nova semente de ideias que provavelmente nunca lhe ocorreu, por mais que fosse bem rápida em endurecer a sua expressão.

- Enfim, é por aqui. Ela continuou com o machado em mãos, sendo notável que o segurava com firmeza, ainda que não tivesse pensado em se tornar aventureira, era ummundo cruel e por mais que acompanhada por uma pequena moça, seus encantos a muito teriam se perdido se fosse frágil diante a viajantes desconhecidos ou, provavelmente algo na sua vida a fez pensar assim… Eu? Não poderia me importar menos, não havia sido comigo e provavelmente não a veria mais tão cedo.

Conforme a acompanhamos podiamos notar que lá havia um acabamento de uma qualidade muito grande, dificilmente se acreditaria que era por uma forte condição financeira mas, provavelmente por um trabalho dedicado de muita qualidade de quem deu o acabamento. Não havia um odor ruim, ainda que fosse um acabamento em madeira, os moveis também eram simples e podiam observar que haviam alguns armários ao qual provavelmente tinham pratos, copos, talheres e utensilios do dia a dia. Ao canto havia um fogão de ferro simples mas, que não parecia ter lenha ou nada do tipo, ao invés disso o mais atento que houvesse em relação aos detalhes do grupo poderiam ver que haviam marcas que reconheciveis a um estudante da magia, indicava o elemento fogo.


Havia um corredor com algumas portas ao qual a moça adentrou a primeira, revelava-se um espaço generoso para que todos se acomodassem e bem ao canto havia uma das criaturas ao qual procurávamos, sem vida de fato lembrava muito uma grande pulga e destacou-se o fato de que suas patas já haviam sido arrancadas, a moça adiantou - Tem um valor grande mas muito ruim de vender. ela se adiantou sobre as garras da criatura, apontando então para um caderno e o pegando, mostrando para quem estivesse interessado no grupo.

Nas informações, poderiam ver que eram criaturas de comportamento noturno e que em grupo eram agressivos mas, facilmente dispersos se isolados, algumas anotações da garota mostravam que a barriga era macia e que não era sábio os atacar por cima mas possível o fazer pelas laterais se fosse usar a força.

Além disso, outras anotações indicavam um comportamento de panico em relação as chamas e mostrava como rastrear ninhos, tendo até mesmo um desenho rudimentar feito a mão de como pareciam e para aqueles que estavam mais próximos dos livros de biologia poderiam ver que suas estruturas variavam entre a ideia de um formigueiro exposto ao ar livre e uma colmeia.

Haviam notas também que denotavam que eram seres parasitários e que costumavam inserir diversas larvas em seres vivos pois na infância ainda carregavam traços carnivoros, algo que se perde na vida adulta.

Eu fiquei abismada com o tanto de informações e precisei pensar um pouco em relação a tudo que havia absorvido ali, tenho certeza no entanto que aos rapazes, poderia ser diferente em nível de comunicação.

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