[Narrada/Aberta/18] - As Desventuras de Rapina

Após um fenômeno místico na qual rendeu um ovo desconhecido para Sammy, a marquesa buscava uma forma de chocar aquela casca grossa e incomum em uma coloração mista na qual se compunha em sua primeira camada o tom esverdeado bem escuro que por sua vez era adornado por partículas douradas como se estivessem queimando a casca e exibindo aos poucos a segunda camada em um forte tom roxo.


O grande problema, era que desde que recebeu tal presente, o mesmo permanecia daquela forma por dias sem qualquer nova alteração. O que estava acontecendo? Seria seu tamanho? Afinal, tinha cerca de 1 metro de comprimento e meio de diâmetro.

No momento, a jovem Rapina só tinha pensamentos para outras coisas, saciar seu íntimo pervertido e buscar por novas experiências. Procurou por um servo para saber sobre, mas o que ouviria não lhe agradaria.

— Perdoe-me marquesa, mas sou apenas uma serva qualquer que cuida do jardim e das plantas internas. Mas talvez a sua assistente pessoal possa saber melhor. — Disse educadamente mantendo sua cabeça baixa.

Embora não tivesse resposta alguma, já tinha em mente o que poderia fazer. A assistente costumava ficar no escritório de burocracias quando não estava lhe acompanhando.

Considerações

Suuupriiiiise!

Welcomida a sua aventura, Sammy.

Primeiramente, sobre seu ovo. Ele ainda não começou a chocar. Será uma das mini quests a se resolver até o fim da aventura. Nada complicado, obviamente. Só precisará descobrir como chocar esse ovo grandão.

Segundo, bem, não tem segundo : ) Mentira, tem sim.

O npc "Assistente", você mesma pode se quiser, dar um nome, escolher a imagem e o gênero, afinal é uma função importante no seu castelo e constantemente poderá estar fazendo interações com este npc, então acredito que gostaria de poder ter esse direito de escolha. Caso contrário, eu decido tudo, okay? Basta me informar sua decisão via Discord.

Ao sentir o toque de Sammy, a jardineira sentiu um arrepio correndo por seu corpo. Um sentimento involuntário e incomum para a garota que estava ali a pouco e tempo e somente ouvia falar das casualidades que a sua marquesa aprontava. Não sabia a real influência que ela podia ter, mas naquele curto período de tempo, pôde finalmente compreender porque tantos homens se gabavam de trabalhar para a senhorita de Rapina.

Para sua sorte ou tristeza, durou pouco tempo. A garota disse algumas palavras a jovem. Em resposta, a garota foi contundente.

— Perdoa-me desconhecer sua história, marquesa. Somos instruídas a ser corteses e submissas a vossa excelência.

Mais uma reverência antes de poder ver o sensual sorriso da mulher que lhe consumia com os olhos. Quem sabe fosse uma presa para outra hora? A jardineira não saberia até chegar sua vez.

A porta entre aberta do escritório resguardavam três pessoas dentro. Uma delas, a pessoa substituta da marquesa que administrava todo seu território quando a líder do território precisasse estar ausente.

A mesma se manteve analisando diversos papeis jogados em uma mesa. Sua atenção parecia além do comum ao ponto de nem mesmo notar a presença da patroa quando ela dizia algumas palavras. Em contra partida, os outros dois rapazes percebiam a jovem senhorita no recinto e, em une solo recebiam Rapina.

— Seja bem vinda grandiosa marquesa. A que devemos a honra?

Palavras soavam no ar. Os dois homens, um com seus 42 anos e o outro mais jovem com 18, claramente um aprendiz do seu tutor mais velho. Usavam roupas claras e em bom estado para aquele dia mais quente. A luz solar atravessava pela janela formando um foco de luz na parede que atingia Rapina e a esquentava por dentro. O ambiente úmido devido a região estar envolvida em diversas rotas aquáticas, deixavam todos na cidade confortáveis por não serem degradados com a secura que atingiam outros territórios.

O homem mais velho ouvia suas palavras e, logo lhe respondia. — Ah sim, marquesa. Um instante. — Se virou para o rapaz. — Therin, pegue aquele pergaminho... Rápido! — Ordenou.

Therin anuiu e se virou para o lado, se aproximando da mesa que tinha somente dois pergaminhos enrolados. — Este senhor? — Questionou.

— Exatamente.

O aprendiz pegou e entregou para seu mentor que em um movimento ágil, desenrolou 50 centímetros de papel.

— Hum... Vejamos. — Ele corria os olhos atento ao que importava, mas sabia dos gostos de sua marquesa, portanto, leu tudo que havia. — O verão está no começo, muitos barcos tendem a atracar por aqui entregando mercadorias dos diversos tipos. Visitantes também exploram a cidade e tudo que ela fornece, chegando por meios terrestres ou marítimos. Nativos reclamam da falta de novas oportunidades de trabalho, além de algum evento para animar o público. Alguns crentes desejam templos para seus deuses e acreditam que o bordel da "Kuroi", o "Dark Dungeon" que é um dos mais famosos de Amani — se não do mundo — devia ser banido da cidade por atrair pervertidos de todos os lugares.

Ele foi lendo diversas outras coisas que era bem insignificantes ou sem tanto glamour para ti.

— Alguma outra coisa, Therin?

— Bom... — Disse o garoto olhando para baixo com os dedos no queixo. — Soube que "Lady Hudsona" andou reclamando com o senhor "Galego" dos altos impostos comerciais devido o fato do Marquesado de Rapina ser tão prospera.

O homem fechou a expressão preocupado. O que se passava em sua mente? Sammy notava aquilo e uma sensação enigmática consumia seu coração. Realmente era tão sério aquilo?

Considerações

Os nomes em aspas são de pessoas relevantes.

Enquanto ambos refletiam o problema que girava em torno de Lady Hudsona, eis que Sammy toma a iniciativa, despertando o interessante do homem e seu aprendiz.

— Marcar um horário? Então deseja uma reunião com a senhorita Hudsona.

O rapaz a seu lado lentamente voltava seu olhar para o homem, que como se fosse um espelho, repetia o movimento.

— Therin...

— NÃO! — Bravejou de antemão.

— Você não tem escolha.

— NÃO! IMPOSSÍVEL. DA ÚLTIMA VEZ...

— Não posso fazer nada. É sua obrigação. — Insistia o homem.

O rapaz se encolhia e recuava alguns passos até encostar na parede atrás dele. Seu olhar fixo no chão como se estivesse com a visão perdida e os pensamentos focados em algo.

— Vá logo, ou terei de encontrar outro aprendiz. — Chantageava.

O pupilo encarava o tutor desacreditado.

— Seu velho maldito.

Emburrado, ele deixava seus pertences sobre a mesa e ia se retirando com cara de poucos amigos. Quanto ao outro, ria pelas costas sabendo o que ia acontecer com ele.

Enquanto o garoto saia, o homem se recompunha. Se virava para sua marquesa e voltava a falar com a mesma.

— Perdoe-me por isso, senhorita. É uma longa história. No entanto, não se preocupe que ele foi agilizar os tramites para o encontro com Lady Hudsona.

As nuvens iam transitando no alto do céu e tampando a luz do sol de atravessar pela janela. O ambiente rapidamente perdia iluminação, chamando atenção de Barion que estava tão focado. Seu óculos escorregou um pouco pelo nariz por ficar tanto tempo olhando para baixo e, foi aí que finalmente notou a presença de vossa excelência. Se endireitou com a coluna ereta e com a voz mansa, a recebeu.

— Marquesa Rapina, chegou agora? No que posso ser útil? — Dizia com sua mão sem parar de escrever com uma pena em um papiro.

Antes que pudesse responder, seu auxiliar intervinha.

— Rapina deseja se encontrar com "aquela" mercadora da cidade.

— Lady Hudsona? Oh, isso é formidável. Mas... Onde ocorrerá esse encontro? Se for aqui devemos fazer os preparativos o quanto antes, como deseja que seja feito? Por outro lado, se a mercadora Hudsona não quiser vir pessoalmente, estará disposta a ir até a lady, minha senhora?

Considerações

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Ah, as curiosidades que sufocam a mente daqueles mais enxeridos e interessados nos assuntos mais distintos. Não seria diferente com Sammy que tinha sua atenção tragada naquela cena entre o mestre e aprendiz.

Assim que o jovem se retirou sob protesto, a marquesa não se conteve, tampouco mascarou suas intenções. O homem ao ouvi-la, lhe fez uma menção pensativa, respondendo-a.

— Não sei se devo contar-lhe-ei a respeito disso, madame. É um assunto muito particular de Therin. — Contudo, o mesmo refletiu rapidamente e por um breve movimento pôde-se notar um sorriso um tanto... Malicioso. — Mas quem se importa, não é mesmo? Haha. Brincadeiras a parte, meu pupilo é um garoto muito sábio e dedicado. Dentre tantos candidatos mais velhos e experiente, ele se sobressaiu aos demais quando buscamos encontrar alguém para nos substituir daqui 20 anos.

Ele se virou, olhando o horizonte através da janela. Por um breve momento ficou em silêncio observando algo no fundo daquela paisagem do castelo.

— Entretanto, Therim é um rapaz muito tímido e inocente. Como seu mentor, eu não posso lhe ensinar os aspectos da vida como um homem, principalmente quando se vai mais a fundo. — Se é que me entende. — Devido a isso, quando houve a primeira oportunidade dele falar com a lady Hudsona, o improvável aconteceu. A lady tentou agarrar ele, kyayakya. — O sujeito ria alegremente como se um filme passasse em sua cabeça. — Nunca imaginei que por trás daquele moleque virjão e sem músculos, houvesse alguém tão hábil e acrobático para se safar das mãos de senhorita mercadora. Todavia, não foi suficiente de evitar uma marca ou outra nele.

O homem voltava seu olhar para Rapina, claramente expressando via linguagem não verbal do que se tratava tais marcas.

— Enfim, é mais ou menos isso. Espero que aquele garoto encontre logo uma mulher que lhe dê algum juízo, caso contrário será problemático toda vez que ele lidar com a lady Hudsona, ou pior, a senhorita Kuroi.

O assunto morria ali, mas não houve tempo para o ambiente se ensurdecer e ficar aquele "clima" estranho de falta do que fazer. Barion iniciava seu dialogo e o assunto decorria conforme a marquesa respondia.

— Muito bem, milady. Iremos providenciar sua visita hoje mesmo. Aguardaremos somente o mensageiro retornar com a confirmação do que já imaginamos. Se meus cálculos estiverem corretos — e estão — seu almoço não será aqui no palácio.

Barion relatava com uma confiança inabalável ao afundar novamente o óculos em seu rosto. Exatamente por isso que ele era o homem de maior confiança do Marquesado de Rapina.

— Visto isso, marquesa. Recomendo que vá se preparar. Já faz um tempo que não sai em público. Terá que escolher o melhor vestido para estar devidamente trajada. Tomar um banho para que o perfume das rosas dos sais de banho exalem quando der cada passo por onde caminhar. Para que assim, sua beleza resplandeça no brilhar dos raios solares que iluminarão sua grandeza diante toda criatura em nossa terra.

Barion de vez enquanto era um verdadeiro "poeteiro", o que surpreendia Rapina por suas indagações extraordinárias e olhar clínico nos assuntos que lhe interessava ou que dependiam de sua pessoa para fluir no rumo da vida.

Considerações

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