[Narrada/Fechada +18] - Eu, você, duas lagartixas e um canalha

Aquela criatura podia ser repugnante e sua mera existência ia contra tudo que eu acreditava, mas ainda assim não podia negar que a pesquisa do super soldado havia realmente gerado um resultado… Perigoso. - Essa coisa é ainda mais resistente que o ogro. - Sua habilidade de proteção foi difícil de ultrapassar, mas ainda estava longe de ser indestrutível. - Ehn? - Arqueei uma das sobrancelhas ao ver a criatura abrir suas asas. - É claro que ela voa. - Olhei na direção do humano e balancei a cabeça.

A criatura não parecia se importar em destruir tudo na sala e isso estava lentamente se tornando um problema. - Essas coisas vão acabar nos soterrando aqui. - Minha barreira era o suficiente para impedir os entulhos, mas se todo o prédio desabasse sobre nós poderia ser um problema. No fim o monstrengo ainda conseguiu escapar de nossa investida, além de causar um ferimento no canalha e se esconder entre os escombros como uma barata de verdade. - Espero que não caia só com isso, floco de neve. - Era um ferimento feio, mas não parecia letal.

- Se esconder não vai funcionar. - Com Mana Eyes ativo focava em rastrear a criatura por sua aura arquerosa. Flutuaria rapidamente para próximo de onde o humano estava. - Hora de subir um pouco o nível, fique perto e não seja pego. - Ergui a mão direita na direção que o Mana Eyes indicasse a direção da barata gigante, respirei fundo e com uma das mãos utilizei minha mana divina para criar uma propriedade capaz de criar um espaço vazio, enquanto que com a esquerda infundia meu ki. - Convergence… - E assim que o Ki passa a existir em um espaço onde não há nada uma massa virtual é criada. - Purple! - Então da ponta de meus dedos uma explosão roxa seria disparada, destruindo e desintegrando tudo em seu caminho, baratas, entulhos e o próprio espaço.


Mesmo aquele sendo meu ataque mais poderoso eu sabia que ainda não seria o suficiente para derrubar aquela monstruosidade, afinal de contas meus ataques anteriores sequer o machucaram. - Isso ainda não acabou, inseto! - Me teleportaria cerca de 10 metros para cima e apontaria dois dedos na direção que o Mana Eyes me indicasse sua direção. - Explosion! - Dessa vez dispararia minha mana avermelhada em outra grande explosão, tentando atingir tanto o líder das baratas quanto suas crias.

A essa altura começava a sentir minhas reservas de mana chegando ao fim, mas ainda precisava de mais um último esforço. - Mana, empreste-me sua força mais uma vez... - E assim novamente ergueria os braços liberando o resto de mana que me restava,  agora prepararia novamente meu ataque mais poderoso pegando mana emprestada da divindade a qual havia dedicado tanto tempo em seguir. - Convergence… - Tomaria cuidado com a mira para não atingir o humano e até mesmo conteria o alcance se necessário, então novamente dispararia. - Purple! - O roxo avançaria desintegrando tudo em seu caminho pela segunda vez.

Após os ataques puxaria um pequeno frasco do meu bolso e tomaria o líquido azulado, restaurando assim parte da minha mana. Por fim, sempre que fosse necessário durante o combate não hesitaria em utilizar minha barreira para me proteger, permaneceria atento à movimentação ao meu redor através do Mana Eyes, mesmo com a sensação repugnante que a energia daqueles monstros trazia, ao menos isso tornava mais fácil ainda localizá-los. Minha barreira além de ser utilizada para me defender, também a utilizaria para empurrar qualquer coisa que a tocasse com o intuito de impedir que algo ou alguma coisa se amontuasse em minha posição, em ultimo caso também me teleportaria com o Space Jumo para evitar um trajeto perigoso.  

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Resistente? Sim, eu já tinha dito isso antes, mas aquela criatura estava levando esse termo a um novo patamar. - Isso só pode ser brincadeira… - Murmurei comigo mesmo, mesmo após usar minha habilidade mais poderosa não uma, mas duas vezes, aquela abominação ainda estava firme e forte, seus ferimentos eram praticamente insignificantes perante toda a força que utilizei. - Aqueles idiotas sabiam o que estavam fazendo quando te criaram, ein? - Um sorriso torto se formou no canto dos meus lábios.

Eu não queria admitir mas estava começando a ficar sem opções ali, porém sua resistência não era o único problema, até mesmo a força do seu grito era o suficiente para fazer meu corpo estremecer. - Hrunf… - Aquela sensação misturada a sua energia pútrida foi o suficiente para me fazer cambalear um pouco para os lados. - Eu espero que você esteja escondendo as cartas boas desse baralho. - Olhei na direção do humano. - Não quero fazer alarde, mas estou começando a ficar sem mana, se essa coisa continuar levantando aquele escudo irritante não vamos chegar a lugar nenhum. - Dito isso, meu corpo começava a se regenerar lentamente dos ferimentos através da minha regeneração natural.

Nesse momento ergui a mão direita com dois dedos apontados na direção da super barata. - Vamos de novo então. - Acumulei a mana misturada com o ki e disparei minha explosão avermelhada visando tanto a líder quanto suas crias que estavam perto. - Explosion. - A potência era visivelmente inferior à lançada anteriormente, pois agora sem o auxílio de Mana precisaria gerir melhor a mana que me restava. - Ei, o que você pensa que está fazendo? Nós ainda estamos aqui! - Exclamava ao ver que as criaturas menores estavam se dispersando.

Sem perder mais tempo ergui os dois braços formando um arco e atirando minha flecha de ki em sua direção. - Shot! - Logo em seguida ascendia aos céus, voando rapidamente em sua direção. - Lapse… - Estendi o braço direito para frente. - Almighty Push! - Uma forte onda de impacto de mana ecoaria a minha volta com intuito de lançar as criaturas para longe de onde o floco de neve estava, seja lá que ele o mesmo estivesse planejando eu estava apostando que ele tinha um plano, caso contrário estava enganado e toda aquela pompa não passava de cena.

No geral me manteria perto do albino, assim meus ataques não o atingiram e eu poderia lhe proteger com minha barreira também, se a barata avançasse em nossa direção ou tentasse atirar algo em nossa direção ergueria a barreira do Limitless a minha volta para tentar bloquear o ataque, se ataques fossem desferido e o rapaz estivesse por perto me colocaria na frente com a barreira para nos defender, meus movimentos seruiam guiados pelos sentidos e através da leitura da sua mana, a sensação era horrivel mas ainda tornava fácil seu reastreio, contudo diferente do que o humano achava o tempo não estava realmente ao nosso favor naquele momento.

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Em todos esses anos nessa indústria vital vagando por aí, era provavelmente a primeira vez que via uma criatura tão estranha, ela visivelmente não pertencia a esse mundo, sua mera existência podia ser considerado uma mácula na história, ainda assim ela lutava desesperadamente para continuar viva assim como qualquer ser vivo que habitava este mundo. - Essa coisa é realmente uma barata em todos os sentidos. - Um leve sorriso se formou no canto dos meus lábios, colocar minhas técnicas a teste contra oponentes fortes era uma forma de medir o quão distante estava do meu objetivo, e no momento ficava claro que estava bem distante.

Enquanto isso, o humano fazia uma proposta ousada. - Você parece confiar bastante nisso. - Olhei para o cubo misterioso que havia sido conjurado por suas cartas, a energia que ele emanava era realmente única por assim dizer, até um pouco perturbadora. - Vamos com sua ideia então. - Como era ele quem estava oferecendo as poções de mana não havia motivo para recusar, no pior dos casos continuariamos na mesma.

Peguei suas poções de mana como sugerido e recuperei minhas reservas sem fazer alarde. - Então lá vai. - Apontei na direção do cubo com ambas as mãos, canalizando tanto o poder do ki quanto da mana para formar minha técnica mais poderosa, o Purple. Logo em seguida liberei a técnica no interior do artefato como instruído a fazer mesmo tendo minhas dúvidas. Se bem sucedido repetiria o processo novamente, conjurando um segundo Purple no cubo misterioso.

Aguardaria para ver o resultado da estratégia do albino, mas se a barata em algum momento tentasse investir em nossa direção e atrapalhar, estenderia uma das  minhas mãos em sua direção. - Almighty Push! - Expandiria minha barreira para atacar a criatura e mandá-la para longe. Se ainda assim não fosse suficiente para repelir sua investida, convocaria minha barreira divina ao meu redor com intuito de cessar sua investida e empurrá-la para trás. Por fim, se a criatura tentasse interromper ou atacar o humano, utilizaria meu Rugido de Ki em sua direção com objetivo de atordoa-la e fragmentar o seu espirito por um momento.

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Confiança, já faziam quantas décadas que eu não ouvia aquela palavra? Desde que Gier me amaldiçoou esse termo se tornou tão distante que até mesmo esqueci de seu real significado. - Confiar nos que te ajudam? Huhuhuhu. - Um riso sincero e involuntário escapou entre meus lábios, quem diria que após tantos anos ouviria isso justamente de um humano? - Certo, então mostre do que sua confiança pode fazer. - Dei um passo para trás e deixei com que o rapaz fizesse sua magia.

Novamente eu voltava a não ser capaz de entendê-lo, às vezes era apenas um humano medíocre qualquer, outrora um grande entendedor de magia que chegava a me surpreender, de fato um especime curioso. De toda forma, a magia do cubo foi finalmente liberada. - Fogo? - Arqueei uma das sobrancelhas, não, chamar de fogo era simplista demais, era como se a própria mana estivesse queimando a atmosfera a nossa volta. - Impressionante. - Foi a única palavra em que consegui pensar para descrever.

A magia queimou tudo em seu caminho, era até um eufemismo dizer que estava simplesmente queimando. - Tá, admito que você ganhou essa. - Disse em meio a um riso sem graça. - Vamos fingir que esse lugar sempre esteve queimado e destruído desta forma e estamos quites. - Olhando em volta o rastro de destruição era realmente chamativo, talvez houvesse consequências se descobrissem os culpados. - Ou colocamos a culpa nas baratas. - Os pequeninos agora sem seu líder vagavam livremente sem um destino, a essa altura era praticamente impossivel caçar todas que conseguiram escapar das explosões da batalha. - Acho que os aventureiros vão ficar oculpados. - Infelizmente ou felizmente essa tarefa teria de ser delagada a outros no momento.

- Vamos pegar o que tem de valor e dividimos na cidade. - Me aproximei do núcleo da criatura e de alguns objetos que ela deixou cair, estendi a mão e estendi a minha barreira divina para capturá-los em minha barreira como uma especie de mochila. - O soro do super soldado provavelmente não existe mais depois de tudo isso, não que importe, o mundo não precisa de mais aberrações como essa. - Após recolher tudo que havia de valor começaria a caminhar em direção a cidade novamente. - Foi um bom espetáculo por um dia.

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