[Autonarrada/Fechada/+18] O que é que há, velhinho?

Havia sido um bom tempo, apesar deter na minha cabeça de que melhor teria aproveitado caso pudesse ter “batalhado” por mais um dia ou dois mas, ainda que eu pudesse nos curar, havia ainda todo o vale para cuidar e apesar do povo ser guerreiro, também  não era obrigado a lidar só com todos os obstáculos que poderiam ali haver.

Sendo assim, fui deitar junto a Shi, me sentia litros mais leve e certamente sentia que nunca mais podia me permitir chegar nesse estado, nem que tomasse medidas mais drásticas, ou talvez eu explodiria, sequer gostaria de imaginar o que acontecesse se alguma cria de minha “ mãe”  tivesse me atacado pois eu estaria sem dúvida em péssima situação.

Com o corpo cansado mas, cheio de vigor, teria ficado até mais ou menos umas nove ou dez horas dormindo, se tinha alguém ansioso ali era eu, os demais saberiam esperar melhor. Me ergui então, quase como se esperaria de um morto-vivo levantar,  até mesmo com os braços pra frente, só não tinha vontade alguma de comer cérebros nem nada do tipo, mas, ficaria sentada com o olhar vazio por um minuto ou dois, como se tivesse superando  o trauma de ter acordado.

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Em meio ao meu não usual lento despertar, poderia ver uma figura divina, tal como se descreveriam as musas de uma canção mas, ainda mais encantadora afinal, minha própria musa inspiradora carregava consigo características que eram só suas.

Dos mínimos detalhes, desde a silhueta perfeita de seu corpo ao qual, não tinha grandes curvas como as minhas, tão pouco tanta altura, encontrei no entanto um misto entre a delicadeza e a força, traços que eram agressivos, sem que perdessem o seu charme feminino, quase como observar um belo fio de uma espada ao qual poderia lhe encantar ou fatiar, a depender de que lado estivesse.

Mesmo eu não sendo a pessoa ao qual era capaz de ficar muito tempo em um lugar só, talvez até mesmo pelo resquicio do dia anterior, não consegui deixar de até mesmo me emocionar um pouco, sentindo a bochecha aos poucos ganhar um pouco de cor que se misturou ao meu tom próximo do bronze em uma mistura perfeita, algo que apesar de não levar o pensamento para o nefasto, poderia dizer que a pequena coelha de baixo, já havia se levantado aos céus, muito antes de eu criar coragem e sair da cama, com o detalhe que poderia ser engraçado da mitsuko que apontava para frente lá embaixo.

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A vi se aproximando e não pude evitar colocar um sorriso em meu rosto, radiante estava euc omo o próprio sol, ou talvez até mesmo uma estrela ainda maior, enquanto com palavras doces e um tom calmo teria dito - Bom dia! E com isso teria levado as minhas mãos para a envolve-la em um abraço apertado, após seu beijinho.

Apesar de ser um abraço apertado, não era sufocante, não o teria feito desta forma mas, como um meio de que poderiamos sentir mais a proximidade e o contato uma da outra, ainda que fosse um breve momento. Graças a minha benção, mesmo com tudo que poderia ter me deixado mesmo no momento pós com algum mal odor, afinal, mesmo de manhã, poderia desfrutar de um hálito mentolado, pois nenhum tipo de sujeira ou mal odor se mantinha no meu corpo.

A soltaria um pouco depois, o fato de senti-la mais perto de mim me deixou mais tranquila, ao qual me levou a fechar meus olhos por um momento, enquanto rezei para que a esperança pudesse preencher o meu dia e de todos aqueles que eu tivesse contato, especialmente aqueles que mais precisavam pois, havia planejado poder estar especialmente mais próxima.

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Com a pequena mitsuko apontando em direção a vitória, teria sido como a própria intervenção divina que meus olhos estavam fechados por uns momentos mais, do contrário, sentiria algo ainda pior, provavelmente, o peso da maldição que eu carregava as vezes era difícil, especialmente em momentos mais calmos, me ergui, ajeitei-me na roupa mais confortável que teria, ainda que fosse um pijama e então teria dito, agora apontando para o céu. - Pronta para começar o dia? O que vai ser hoje? Enfrentar um exército de goblins infinitos? Encontrar um novo caminho para a cidade de prata? Teria dito animada, com uma pose esquisita.


Senti então o meu estomago gritando mais alto afinal, parecia que uma aventura culinária teria sido a primeira parada. - Eh, parece que os inimigos vão ser cenouras e bolos, vamos lá, o ataque a cozinha! Apontei em direção a porta enquanto me deixei rir um pouco, sabia o quanto eu poderia representar bem uma segidora de minha deusa mas, na tolice das coisas pequenas é onde melhor se nutria um coração e… Eu esperava que o estômago também, precisava forrar o bucho, os músculos não se mantem só de esperança… Ou mantem? Sei lá, não sou nutricionista.

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Aceitaria o gesto de gentileza de minha pequena, não podendo deixar de notar o quanto suas mãos eram pequenas se comparadas as minhas, de modo que a teria  envolvido com a minha mão, nestes detaalhes algo dentro de mim despertava as vezes, querendo a proteger, ainda que soubesse que ela não precisava nem um pouco.

Estava animada enquando a seguiria, o calor envolvente de sua mão na minha era o suficiente para me deixar toda pimpona mas, o que viria depois era ainda mais legal. Os corredores certamente seriam o mesmo de sempre, entediantes afinal, no mês que eu havia ficado sem poder sair do castelo, lembro de ter contado cada uma das pedras que poderiamc ompor nossa fortaleza e deu um número bem grande… Eu quase sucumbi diante do tédio.

No entanto, com Shi ao meu lado a vida tinha mais cores e mesmo o caminhar mais simples para tomar café, tinha ume spaço feliz em meu coração de que aquele seria um bom dia. Demorou para que chegássemos, não por termos passos lentos mas, pela minha própria percepção ansiosa de coelha quase tudo parecia demorar demais, pois eu estava sempre ligada na eletricidade lunar.

Tendo notado que haveria alguém para nos ajudar eu teria dito com a maior cara de coelha triste que  uma coelha poderia ter enquanto dizia - Já fazem mais de 84 anos que eu não como, por favor prepare um bolo de cenoura pra mim! Eu até mesmo puxava levemente o lábio que tremia quase como se eu fosse chorar mas, não o teria feito. Era um olhar tão puro e sincero que até mesmo meu tom de voz acompanharia, a  percepção de tempo pra quem é ansioso as vezes era uma coisa muito ruim, de modo que eu pensava em quantas vezes eu poderia dar a volta pela fortaleza inteira plantando bananeira enquanto esperava… Me assustava o quanto a minha aritimética  me dava números que pareciam precisos demais pras situações  idiotas que eu projetava.

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