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Hora do Rango - Parte 2

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Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 Empty Hora do Rango - Parte 2

Mensagem por Furry Ter Set 10, 2024 5:52 pm

Relembrando a primeira mensagem :

Hora do Rango!
Primeiro Prato!
— Ano/Estação: 841 DG / Primavera
— Pessoas envolvidas: Will Potimas, Bloody Mary e Vega Venator
— Localidade: Vale Sussurrante
— Descrição: Entramos na guilda de Aventureiros, fizemos o teste e agora estamos em castigo devido aos danos causados no prédio.
— Tipo de aventura: Auto narrada e depois Narrada
— Aviso: Vou atualizando com oq for rolando, se a Alip não narrar deve ficar tudo na inocência
「R」

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Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 Empty Re: Hora do Rango - Parte 2

Mensagem por Lilith Qua Set 18, 2024 4:33 am

Ninguém mexe com a minha comida.03


— Onde a Veve foi? — Mary se perguntava, confusa ela coçava a cabeça olhando para os lados procurando pela loira, até sentir as mãos lhe empurrando. — Huuh? Como você foi parar aí embaixo!? — Perguntava preocupada com Vega que estava sendo involuntariamente sufocada, Mary então foi colocada ao lado.

Os tapinhas a lembraram que ela estava brava. — Vou dar na cara dele. Hunf! Hunf! — Mary cerrava os punhos e levantava a guarda. — Sorte a dele que não desperdiçou nenhuma gotinha do seu sangue, se não ele ia ver só. — Mary cruzou os braços e fechou o semblante, numa expressão de braveza mas iria deixar passar dessa vez. Quando Vega parava com os tapinhas, Mary pegava no pulso dela e reproduzia os afagos em si mesma.

Mary colocava o dedo indicador sobre o queixo enquanto encarava na direção de Will. — Será que o Popô tem sangue vegano? — A vampira via aquele monte de vinhas e se sentia intrigada a respeito do sabor.

Quando Bey chegou trazendo as más notícias. — Waah!! Não vale! Logo agora que eu consegui o uniforme de mordomo…— Mary ficava bem depressiva, se agachando e abraçando os joelhos, ela também desenhava círculos no chão com a ponta do dedo.

Coisas estranhas aconteceram, Mary sentadinha a mesa estava mentalmente esgotada. — Foi…Cansativo… — Mal tinha forças para falar ou pensar direito depois de testemunhar Abigail alcoolizada.

Quando o mais forte se aproximou Mary o farejou antes da comida, ela estendeu o braço em frente a Vega e se colocou entre a loira e Bryon. — Grrr!! — A vampira rosnava rangendo os dentes, mas parecia uma filhote inofensiva tentando ser assustadora.

Mary só relaxou mais ou menos quando percebeu as porções de comida. — Não quero. Eu venho de uma raça de predadores naturais, como que eu vou encarar o tio Drácula se aceitar a caça de outra pesso… — A vampira que parecia irredutivel com sua decisão, foi surpreendida com a caneca cheia de sangue de wyvern.

— Ooohh… — Ela baixava o rosto farejando o topo da caneca, saliva se acumulava na boca de Mary até pingar na mesa, a vampira passou o restante da conversa inteira em um dilema moral se deveria ou não beber.

Quando Bryon se levantava, Mary apanhou a caneca com as duas mãos e bebeu todo o sangue de uma vez em goladas longas. BAM! Batia com o fundo na da caneca na mesa. — Obrigada pela refeição. — Disse Mary limpando o canto da boca com as costas da mão. — Tio do wyvern, você vai ver só, vou caçar o meu próprio dragãozão, um vermelho bem grande e malvado, que bate as asas voa e até cospe fogo! Vou mesmo. — Mary falava com os olhinhos vermelhos brilhando em determinação.

O salão ficava em silêncio por alguns instantes, a vampira sem noção falando todas aquelas coisas absurdas com tanto ímpeto, principalmente após ver o estado do aventureiro mais forte depois de enfrentar um dragão real, muitos ali se lembraram de como era no começo, onde tudo que existia eram os sonhos e ambição pela aventura. — …só preciso achar um primeiro. — Disse cheia de presunção, o que acabou fazendo alguns aventureiros baterem a cabeça no chão com a quebra de expectativa, a vampira que tinha falas tão grandiosas mas não sabia nem por onde começar.

Bryon quebrou o silêncio gargalhando alto. — Veio ao lugar certo. Os Campeões Gourmet não teriam esse nome se não fossemos um bando de lunáticos pela caçada. — Ele acenava com as costas da mão dando as boas vindas ao trio.


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Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 Empty Re: Hora do Rango - Parte 2

Mensagem por Furry Qua Set 18, 2024 12:55 pm



Abigail Specials


Lá estava Abigail, a recepcionista impecável, agora em cima do balcão. A sua postura rígida e educada de antes desaparecera por completo. Ela segurava uma enorme caneca de cerveja em uma mão e o olhar que lançava para os aventureiros era puro desafio e diversão.

- É isso mesmo que vocês querem? ela gritou, com um sorriso largo no rosto. - SIMMMM! - Gritaram os aventureiros mais abaixo dela, todos erguendo seu copos prontos para o que estava por vim. - Vamos mostrar para os novatos então.

A plateia explodiu em aplausos, já antecipando o que estava por vir. Will olhou para seus amigos confuso.

Abigail levantou a caneca, tomou um longo gole e, em seguida, estufou o peito e começou a cantar, uma voz firme e poderosa escapando de seus lábios. Mas não era uma canção qualquer – era o hino secreto da guilda, um verso épico e completamente absurdo, cheio de palavrões, piadas internas, e metáforas ridículas sobre dragões e cogumelos. As letras se espalhavam em frases sem sentido, algo que só poderia ser entendido por aqueles que viviam ali, naquela loucura cotidiana.

"Ó, sagrada coxa de grifo assado,
Que nos guia pelos céus enevoados!
Erga o chifre do minotauro destemido,
Enquanto brindamos com o goblin adormecido!"


Os aventureiros mais antigos começaram a cantar junto, vozes roucas e descoordenadas se misturando à de Abigail, que já dançava em cima do balcão, jogando a cabeça para trás de tanto rir. Alguns copos foram chutados, cerveja banhando os aventureiros abaixo que só faziam mais gargalhar.

- Ela faz isso sempre? - Perguntou Will a alguém proximo.

- Ah, vocês ainda não viram nada. - respondeu um lagarto ao lado, com um sorriso cúmplice. - Daqui a pouco ela começa a distribuir as Abigail Specials. Confia em mim, é isso que faz todo mundo voltar pra guilda. E olha... a dor de cabeça amanhã vai ser digna de uma missão épica.

Abigail fazia uma pausa, após a primeira canção, tendo sumido na cozinha dando a Byron tempo para servir o jantar. Vega e Mary recebiam cada qual sua parte, mas Will sequer prestava atenção nisso, dividido entre o medo sobre os Abigail Specials e sua deliciosa refeição. Obviamente a refeição venceu e enquanto Vega e Mary trocavam palavras com Byron Will preocupou-se apenas em comer.

A refeição serviu para fortalecer o espírito que eles haviam perdido durante a apresentação de Abigail, bem a tempo para a segunda parte.

Como que por sinal, Abigail saltou para o balcão e dele para o chão, erguendo uma bandeja cheia de bebidas coloridas e misteriosas em frascos finos e compridos. E AGORA PESSOAL, CHEGOU A HORA DO VERDADEIRO DESAFIO! Quem é corajoso o suficiente para provar? Essa é uma receita nova, hehehe, deve ser duas vezes mais potente.

Os olhares se voltaram para o novo grupo, e a multidão começou a bater na mesa em ritmo, instigando-os a aceitar o desafio. Abigail, com um sorriso de pura diversão, foi até a mesa do grupo e oferecia os frascos de uma substância brilhante e que borbulhava perigosamente.

- Vamos ver do que são feitos os heróis de hoje? Ou vão me dizer que lhes falta coragem? - ela provocou, os olhos brilhando de expectativa.

E naquele momento, ficou claro para o trio que a guilda não era só um lugar de aventuras, mas de caos, loucura e uma diversão que só podia ser encontrada nas noites regadas a canções e Abigail Specials.

Cada bebida um pouco diferente, uma amarela, uma vermelha e uma verde. Quase parecia que Abigail havia as pensada para o grupo. Will esticou a mão desconfiadamente tomando para si a bebida verde borbulhante. - Eu não vou virar uma árvore não é? - perguntou auspiciosamente, o que só fez arrancar risadas do grupo de aventureiros. - Não vai matar ninguém… só talvez roubar um pedaço da alma por uns minutos! disse, rindo alto.

- Vamos, heróis, não me digam que vão recusar o desafio! - Ela entregou um frasco para cada um. - Não tem como vencer monstros lá fora se não tiverem coragem pra enfrentar um gole de Abigail Special aqui dentro!


- Acho que isso não é nada que uma boa colheita e um bom descanso não curem... - Will murmurou, tentando racionalizar a situação.


A multidão começou a bater nas mesas, incentivando-os com gritos, enquanto a pressão aumentava.


O fazendeiro deu de ombros, pegando o copo e girando o líquido brilhante, pensativo. - Ah, qual é, já tomei coisa pior... e sobrevivi. - Sem mais esperar e apenas lançando um olhar de lado para Vega e Mary, Will virou toda a substancia.


- Isso... tem gosto de solo fértil misturado com pimenta e... ah, sei lá o quê! - Ele sacudiu a cabeça, tentando afastar a ardência da bebida. Cada uma das bebidas teria um gosto próprio.


Para Vega seria como beber... o vento de uma tempestade idiota, já para Mary parecia com gosto de sol líquido…


Caso Vega houvesse bebido uma vontade quase irresistível de gargalhar tomaria conta dela. Já Mary poderia sentir seu corpo molinho, meio incontrolável e bem, quanto a Will… Bem Will de repente, começou a contar uma história sem sentido sobre abóboras gigantes e colheitas falantes, para o divertimento de todos.

E assim, os três novos aventureiros, de maneiras completamente diferentes, tornaram-se parte da lenda da guilda, enquanto a multidão ria, batia palmas e celebrava junto deles.

>>Apagão de memória<<

Os primeiros raios de sol penetravam pelas janelas da taverna, iluminando os restos de uma noite agitada. O chão estava coberto de copos virados, pratos vazios e alguns heróis ainda apagados em cantos aleatórios. Em meio a esse caos, Will, Vega e Mary dormiam profundamente, espalhados pelo local. Will estava deitado sobre uma mesa, com um braço pendurado; Vega, encostada em um canto, suas feições de aço suavizadas pelo sono; e Mary, em sua forma gelatinosa, se esparramava atrás do balcão, ronronando baixo.

De repente, um jato de água fria os atingiu sem cerimônia.

Will deu um salto, sua cabeça latejando enquanto tentava entender o que estava acontecendo. - O que... argh, minha cabeça! Ele esfregou os olhos, ainda meio atordoado.

Abigail, agora de volta à sua postura séria, colocou o balde de lado, com um pequeno sorriso. - Bom dia, heróis. Parece que vocês curtiram um pouco demais o Abigail Special. Agora, levantem-se. Temos coisas a discutir.

Will, ainda meio grogue, se levantou lentamente. - Acho que bebi mais do que devia... O que você quer dizer com 'discutir'?

Abigail balançou a cabeça, divertida, mas logo retomou sua expressão profissional. - Não. Vocês têm uma missão. Uma muito importante, especialmente para você, Vega.

Há um legado que precisa ser recuperado, algo que pertence ao antigo fundador desta guilda, - Abigail começou a explicar, enquanto olhava para os três. - O nome dele era Thormar Venator, um lendário aventureiro e chef que fundou a guilda com o objetivo de criar o prato perfeito, capaz de transcender as barreiras da realidade. Ele também, como descobrimos recentemente, era um ancestral muito distante seu, Vega. - Após esperar alguma reação Abigail continuou.

- Ele deixou para trás um legado poderoso: uma receita incompleta, escrita com símbolos antigos que apenas o sangue da sua linhagem pode decifrar. Essa receita é, supostamente, o segredo para criar o prato perfeito. No entanto, ela está selada em um local perigoso: o antigo covil do Devourer, uma criatura que se alimenta não só de carne, mas de almas, magia... e memórias.




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Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 Empty Re: Hora do Rango - Parte 2

Mensagem por Garota Cavalo Qui Set 19, 2024 9:15 pm

You're not my Specialz 04

O apagão de memória era real, Vega só se lembrava de poucas coisas da noite anterior, Abigail cantando, a deliciosa carne de Wyvern, sua breve conversa com Byron e a chegada de três bebidas especiais. Após isso era tudo confuso, apenas breve sensações como gargalhadas, irritação, um sentimento turbulento e sons abafados como se a garota estivesse no meio de uma tempestade.

Era incrível de se pensar que mesmo que seu corpo fosse imune a venenos ou efeitos negativos de bebidas, a mistura de Abigail era tão potente que sobrepujou sua constituição divina.

Uuuurgh… — Vega acordou com uma dor de cabeça como nunca sentira antes. Estava de cabeça para baixo, flutuando já quase no teto, e abraçada com Moomoozinho, que tinha uma longa trilha de baba gotejando no rosto de um outro aventureiro ainda roncando.

Abigail tinha que pegar alguns canecos e botas que estavam no chão e jogar em Vega para finalmente despertar a garota por completa — Perai perai, eu to descendo… hhhmgh!

Enquanto descia lentamente se espreguiçando, a garota soltava o bisão que continuava a dormir e flutuar lá no alto. Finalmente ao chão, Vega sentiu algo em falso e quase caiu; ao olhar para baixo, viu que estava sem uma de suas pernas, mais especificamente do meio da canela direita para baixo.

Ei… alguém viu minha perna? — Olhou ao redor brevemente, enquanto tentava sentir seu membro a distância, e o olhar de todos que instintivamente procuravam em conjunto acabava por parar na direção de Princy, que estava desmaiado no chão e com um pé na boca — Bléerr… — Vega fazia uma menção de nojo antes de psiquicamente puxar seu pé de voltar e quase arrancar alguns dentes do veterano.

[...]

Os detalhes da missão pouco interessavam a garota, Vega tinha o péssimo hábito de achar estar acima de qualquer possível desafio, de fato, quando Abigail pausava para observar sua reação, a Bárbara estava limpando sujeira debaixo das unhas — Hmmm… nunca ouvir falar dele… — Comentou num tom despretensioso.

Abigail suspirava com tal reação mas continuava, provavelmente Vega só não tinha acordado direito ainda, ouvir de trabalhar antes da primeira xícara de café do dia ninguém merece.

Talvez realmente fosse o sono, mas por um breve instante Vega tinha um lapso de inteligência ao questionar Abigail após sua fala — Então vocês sabem dessa receita, já viram ela porque sabem que tá escrita toda estranha, mas… perderam ela no covil de um bicho?

A balconista ajeitava seus óculos — Precisamente. Nosso mestre atual quando ainda era uma criança observou o fundador pesquisar e escrever a receita. Infelizmente o fundador era uma pouco… excêntrico, e em seu leito de morte disse ter escondido a receita numa jornada mortal, que apenas um verdadeiro campeão gourmet seria capaz de encontrar.

Bwahahahaha! Que cara engraçado. É, parece algo que a minha família faria, e então? — Vega limpava uma lágrima de riso do canto de um dos olhos. Abigail ficava contente por perceber que a garota finalmente estava demonstrando interesse.

Bom, a guilda inteira está buscando pela receita a anos, foi apenas a poucas semanas atrás que descobrimos que um grupo parece ter encontrado uma pista no velho covil do Devorador, mas eles nunca voltaram… Eu estava esperando o Byron retornar para enviá-lo para lá, mas então vocês apareceram com uma descendente direta do fundador, e o Byron voltou machucado…

Entendi, entendi — Vega parecia orgulhosa, triunfante inclusive, uma missão valiosa estava sendo passada para ela ao invés do número um da guilda — Bom pra ser algo do meu nível tem que ser algo com essa importância toda mesmo, BWAAHAHAHAHAHA! Will! Bloo! Bora arrebentar esse covil, e se o Devorador der mole a gente janta ele também!

Abigail segurava um risinho, era bom ver os aventureiros em questão não pareciam pressionados pela missão — Eu lhes desejo sorte — A moça entregava para Will, o único mais ou menos responsável do grupo, um rolo de pergaminho contendo as informações importantes da missão, tal qual localização e perigos para se atentar.

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Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 Empty Re: Hora do Rango - Parte 2

Mensagem por Lilith Sex Set 20, 2024 3:16 am

Especially evil04


Mary sentia a água gelada caindo sobre si, a vampira acordava meio bêbada de soninho, coçando os olhos que eram aberto em um tom preguiçoso de rosa. — Hum… O que aconteceu mesmo? — Ela se perguntava com os cabelos caídos sob o rosto.

Você já olhou pra alguém, e se perguntou, o que se passa na cabeça dela? Início do flashback.

Mary segurava o frasco da poção com a ponta dos dedos, tentando tocar o mínimo possível, o recipiente brilhava irradiando nuvens de arco-íris e estrelinhas cintilantes, a vampira bebeu tudo numa golada, se fosse para encarar a morte, pelo menos que seja uma morte rápida, ela acreditava nisso. — Uuhhrrg!! — Mary se contorcia agonizando, enquanto apertava o coração com as duas mãos. O instinto de sobrevivência despertava espasmos severos em seu corpo, fazendo-a se impulsionar para trás batendo nas paredes, no chão, no teto da guilda.

A vampira levitava no ar, a pele dela começava a brilhar emitindo alguns feixes de raios solares que logo iluminaram todo o salão, quando a luz abaixou, a vampira estava no mínimo diferente. — Tem gosto de…Alegria…Fofura…E tudo que há de bom. Eeeww!! — Ela mostrava a língua fazendo careta de nojinho.

Quando os olhos de Mary encontraram as garrafas no armário do balcão, ela pode ver seu reflexo. — Eu…eu…Virei uma fadinha frufru cheia de glitter e purpurina? — Ela estava de queixo caído e olhos arregalados de tão incrédula.

Mary tinha enormes asas de borboleta, seu corpo estava envolto por uma aura luminosa, e a pele toda brilhava toda coberta de glitter cintilante.

Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 TFXovw3

As mãos da vampira tremiam, ela cerrava os punhos acima da cabeça, contraindo os músculos, a mana se comprimia no corpo dela, o excesso extravasava em forma de raios avermelhados ao redor de si. — NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO!!! — Mary liberava toda a sua raiva junto com a mana obscura, feito de sangue um círculo mágico com um pentagrama era desenhado no chão, do pentagrama uma passagem com o hell era aberta liberando energia profana que se misturava com a mana e o sangue da vampira.

Os longos cabelos de Mary esvoaçavam num tom branco opaco. — Eu sou vingança… — As escleras dos olhos totalmente negras e as íris bem vermelhas, dos olhos veias escuras se espalharam por toda a face. — Eu sou a noite…— Padrões de chamas estavam desenhados em sua pele igual tinta preta, garras afiadas eram projetadas de seus dedos, enormes asas espectrais de morcego eram abertas por detrás dos ombros. — Eu sou batma…—

Foi quando a fadiga mental bateu todo de uma vez e Mary caiu dormindo atrás do balcão de volta à aparência normal.  

Fim do flashback.

— Então foi isso… — Mary olhava para cima imaginando balões de pensamentos revivendo suas memórias. — Bom, se eu não lembro, é porque não aconteceu. — De maneira arbitrária a vampira imaginava uma borracha apagando sua versão fadinha das memórias salvas, escolhendo não se lembrar mais.

Mary só voltou a si quando escutou o chamado de Vega. — Se ele sangra, podemos beber. — Respondeu com um sorriso divertido aprovando a ideia de jantar o Devorador.

— Aahh! Eu tenho uma dúvida. — Mary levantou a mão bem alto.

Abigail ajustava os óculos. — Pergunte. — Disse profissionalmente.

— A gente pode voltar pro almoço? — Perguntou sorrindo com um fio de baba escorrendo do canto da boca.

Abigail já esperava por algo assim, mas no fundo a gerente gostaria que fosse algo relacionado a missão, mesmo sendo uma esperança impossível. — Aaarrrff… Só a viagem até o covil deve demorar meio dia por terra, vocês podem levar mantimentos, mas…— Abigail ficou bastante séria, com um brilho intenso nas lentes dos óculos. — Como Campeões Gourmet, vocês deveriam ser capazes de caçar a própria comida, e também vocês seriam considerados café com leite e teriam suas fotos colocadas no mural da vergonha por um mês. —  A gerente falava como alguém que se diverte com o trabalho que tem.

— Entendi. — Mary fazia sim com a cabeça, e ia caminhando na direção de Abigail que tinha voltado a atenção para Vega e Will, a gerente era pega no colo e durante alguns passos foi carregada como uma princesa nos braços de Mary. — Ma-ma-mas que ideia é essa? — Abigail gaguejava com a voz vacilando.

Mary aproximava o rosto tocando a ponta do nariz com Abigail, a boca da vampira perigosamente próxima a da humana, ela sorria estalando a língua expondo os caninos afiados, as pupilas afiadas encarando os olhos da outra por cima das lentes. — To garantido a sobremesa. — Respondia num tom provocativo de diversão.

Quando o coração de Abigail pulou uma batida ela engasgou e começou a bater no peito tentando encontrar algum ar. – Vamos? — Mary perguntava aos outros membros do trio sorrindo serelepe empolgada com o jantar de Devorador.

Me põe no chão, maluca. — Ainda com as bochechas vermelhinhas Abigail se recuperava apertando a ponta do nariz da vampira, que caia de bunda  no chão. A gerente ficava de pé dando tapinhas para ajustar o uniforme e caminhava até Vega e Will, ela mostrava uma caixinha de madeira polida, ao abrir revelava o forro de veludo e três emblemas encaixados em correntes finas. — Além de poder bruto, vocês três parecem ter alguma experiência, então suas dogtags foram atualizadas para o rank de ferro, o Bryon também pensou no mesmo, podem pegar. — Ela oferecia a caixinha aberta para Vega e Will, e a fim de evitar proximidade arremessou a tag de Mary para a vampira que pegava com os dentes.

Abigail então explicava ao trio as funções que as tags atualizadas possuíam e como utilizar.

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Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 Empty Re: Hora do Rango - Parte 2

Mensagem por Furry Sex Set 20, 2024 10:36 pm


Abigail Specials





Will ainda sentia a cabeça pesada enquanto Abigail explicava tudo. Mesmo que a receita despertasse o seus interesses e também o monstro chamado devourer ele não conseguia deixar de sentir a cabeça girar e o estômago roncar.

Vega estava certa, falar de trabalho antes mesmo do café da manhã? Ele havia voltado aos tempos de escravidão e não o tinham avisado?

"Bom… pelo menos o jantar de ontem estava ótimo… " - Will devaneava brevemente perdendo parte da explicação, apenas voltado a si quando Abigail estava lhe entregando o pergaminho com o restante das informações.


Will é claro ficou com uma expressão dura no rosto. Ele estava feliz pela ação de Abigail de confiar nele dentro do grupo, não que precisasse muito se levasse em consideração os outros dois, mas por outro lado ficou constrangido e sem saber como dizer que não sabia ler.

O rosto estava levemente vermelho quando Abigail lhe perguntou se estava tudo certo.

- Will? Tudo certo?

-  Oii, ah? Ah, sim tá tudo bem. Só tava lembrando da música… - um arrepio percorreu a espinha do fazendeiro, um sentimento de que sua morte estava próxima, tal calafrio o fez voltar a sensatez e o impediu de concluir o que estava falando.

- Lembrando do que?


-  Das abóboras, hahaha, grandes abóboras. - Ainda em silêncio Abigail ficou o encarando por alguns segundos para ter certeza de que ele havia entendido.


Depois de pegar as tags o grupo começou a se dirigir para a saída, Will ainda sentindo sua cabeça pesada comentou.

-  Precisamos de um bom café da manhã. - dizia enquanto chegava próximo a porta, de sua mão uma vinha se estendia até o MooMoozinho flutuante que ainda dormia e era levado como um balão.

Antes que pudessem sair pela grande porta da guilda, uma figura surgiu na entrada, bloqueando seu caminho com um sorriso malicioso nos lábios. Era a Ushimimi, de curvas generosas e um ar provocativo, sua pele levemente bronzeada, adornada por cabelos curtos de duas cores. Seus olhos brilhavam com diversão, e suas orelhas de vaca moviam-se sutilmente enquanto caminhava em direção ao grupo.

- Ah, Will… A voz dela era suave e baixa, mas carregava uma provocação evidente. - Que surpresa te encontrar aqui tão cedo... ou devo dizer, tão tarde depois de uma longa noite? - Ela riu baixinho, seus olhos se fixando nele com um brilho cheio de segundas intenções. - Adoooreii sua história de ontem. Mushimushimushimushi. Saber que você gosta de grannndessa abóboras. - concluiu ela abraçando a cintura e fazendo suas abóboras saltarem.

-  Ahh, haha. Foi realmente uma noite e tanto Ushi-san.

- Não, pode me chamar Muuunique.

-  Ah, sim. Munique-sa… - um dedo impediu Will de terminar. A Ushimilf então se aproximou, seu perfume atingiu as narinas de Will, um cheiro bom que o fazia lembrar de um canteiro de flores.


- Assim não. Só Muuunique. - repetiu ela em um sussurro bem próximo ao rosto de Will, afastando-se um pouco e deu uma picadinha para ele.


- Sabe, fazendeiro... você pode ser resistente ao trabalho pesado, mas eu duvido que esteja tão resistente assim depois da noitada de ontem. -  Ela piscou, sua voz transbordando insinuações. - Por que não vem comigo e traga seus amigos para um café da manhã no Seio Dourado? Prometo que tenho algo bem... revigorante para oferecer.


-  Eu... aprecio a oferta, Marna, mas acho que precisamos de algo simples. Nada complicado... sabe - Will no entanto foi traído por sua barriga roncando de fome. Ele queria recusar, não por não gostar de Muuunique, mas porque algo lhe dizia instintivamente para fugir. Talvez fosse o sentimento que toda presa tem.


Muunique deu um passo atrás, erguendo as mãos em um gesto de falso desamparo. - Oh, Will, não seja tão rígido. Um café da manhã no Seio Dourado é perfeito para relaxar. Além disso… Ela se inclinou um pouco mais, a voz dela sussurrando de forma sedutora, - ... você sabe o quanto eu gosto de fazendeiros. Sempre tive uma fraqueza por... cuidar do campo.

>><<

Quando percebeu, estavam sentados a mesa. Muuunique havia os deixado ali enquanto saiu para lhe preparar a refeição, junto a promessa de uma agradável surpresa.


Tentando achar outra coisa para pensar Will abriu o pergaminho.

Para sorte de Will havia um mapa com alguns desenhos e marcações.

Uma grande floresta vermelha com vários símbolos marcados aqui e ali, um grande vulcão, o qual tinha uma seta apontada vinda de um círculo que tinha uma cozinha desenhada dentro.

-  Deixa eu ver se entendi... nossa missão é ir até um vulcão, no meio de uma floresta, e procurar uma cozinha? Isso parece um pouco... perigoso. E quente.


Havia mais, porém o texto Will era incapaz de entender, mas era uma descrição do mapa. Ou melhor, um relato de um aventureiro que investigou o local.



A Floresta Rubra, como era conhecida, cercava o imponente Vulcão Ébano como um manto vivo de caos e mistério. Ao longe, o vulcão domina o horizonte, sua silhueta negra rasgando o céu com uma coluna de fumaça constante, como se estivesse sempre à beira de uma erupção. O ar ao redor era pesado, carregado com o cheiro de enxofre e o calor abafado que fazia o próprio solo parecer vibrar sob os pés dos aventureiros.


A floresta que precede o vulcão não é uma típica floresta verde e vibrante; em vez disso, as árvores possuíam cascas escurecidas, como se tivessem sido queimadas há muito tempo, mas de alguma forma continuam a crescer. As folhas tem uma coloração que variava entre o vermelho profundo e o púrpura escuro, criando uma sensação de constante crepúsculo, mesmo em plena luz do dia. O chão está coberto de musgo espesso e úmido, mas em vez de verde, era de um tom esbranquiçado, dando a impressão de que toda a floresta estava doente ou corrompida.


Plantas estranhas, como cogumelos luminosos, emergem das sombras, emitindo luzes tênues que piscavam como vaga-lumes, e algumas árvores tem frutinhas que parecem se mexer, quase como se tivessem vida própria. Os sons ao redor eram abafados, exceto por ocasionais rugidos distantes que ecoavam de dentro do vulcão, como se algo enorme estivesse se movendo em suas profundezas.


À medida que avançamos pela floresta, era possível sentir que a própria natureza estava em constante transformação. Criaturas espreitavam de longe – pequenos animais com olhos que brilhavam no escuro e formas indefinidas, como sombras que ganhavam vida e depois desapareciam em um piscar de olhos.


O vulcão, à medida que nos aproximamos, tornava-se mais ameaçador. Sua base era rodeada por uma espécie de lago de lava cristalizada, com grandes fendas abertas por onde o magma fervia, formando rios incandescentes. O calor era sufocante, e o som borbulhante da lava lembrava o ronco de um monstro adormecido. No entanto, dentro de suas entranhas, não era só fogo e magma. Havia um ecossistema próprio – cavernas repletas de criaturas e vegetação adaptadas ao calor extremo, com plantas que brilhavam em tons de laranja e vermelho, algumas até flutuando no ar, alimentadas pela energia mágica do vulcão.


O interior do vulcão era uma verdadeira fortaleza de perigos e mistérios. Corredores de pedra natural levavam para dentro das cavernas de lava, onde monstros como salamandras de fogo e elementais guardavam as passagens.


Cada passo adiante era uma luta contra o ambiente, enquanto o calor aumentava e o ar ficava mais rarefeito.


Por várias vezes encontramos runas, mas estas de alguma forma nos pareciam fugir o significado, por fim fomos obrigados a retornar, incapazes de suportar por mais tempo o calor sufocante e comer carne de salamandra.




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Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 Empty Re: Hora do Rango - Parte 2

Mensagem por Lilith Sáb Set 21, 2024 9:19 pm

Coffeetime antes do vulcão.05


— Cês tão pior que zumbi em final de expediente… — Mary olhava para os companheiros de time com menos disposição matinal do que ela, afinal nunca conheceu a sensação de cansaço.

Quando escutou sobre o café da manhã, Mary parou em frente a porta, deu meia volta, e caminhou até o corpo desacordado de Princy o homem com corpo de princesa e rosto de urso (algo assim), levantou-o pelo cangote e o arrastou até a saída. — Ele não é café da manhã…— Disse Abigail num tom monótono.

— Waah!! Você lê mentes? — Surpreendida por ter suas intenções reveladas a vampira se assustou recuando um passo longo para trás ficando de costas contra a parede. Princy que estava começando a acordar, quando foi solto bateu com a lateral da cabeça na quina da cadeira e depois no chão voltando a dormir pesado.

Aaarrff… As vezes é tão fácil te deduzir…— Abigail suspirou com as mãos na cintura. — Aqui, isso é para você. — A gerente tinha em mãos algo que parecia uma sombrinha. — Você encontrou o guarda-chuva. — A vampira alegre ia até o guarda-chuva mas parou antes de tocá-lo. — Heey!! Esse não está amaldiçoado, cadê o guarda-chuva de verdade? — Mary fazia cara feia encarando a gerente. — Aquela coisa era muito perigosa, ainda mais nas suas mãos, quando sua tag for de oricalco a gente conversa. — Abigail repreendia encarando de volta.

— Então não quero, pode ficar. Hunff!! — De pirraça Mary cruzou os braços virando o rosto.
Tem certeza? — Abigail provocou de forma que instigava curiosidade. Vush! Ela girou o cabo e a tela do guarda-chuva abriu.
— Wuoooh!! Legal demais!! Eu quero. É meu. Me dá. — A Mary saltou na direção do objeto, mas Abigail moveu o braço desviando o guarda-chuva, a vampira saltou de novo, de novo, e de novo, parecia um gatinho brincando de pegar a vareta.

Fufufu!! — Abigail abafou a risada com as costas da mão, e depois de se divertir um pouco ela deixou o suposto guarda-chuva ser pego, na verdade era um florete que ao ser guardado na bainha tinha um mecanismo que se abria igual sombrinha.  

— Muahahaha!! E agora sol otário? Você não consegue mais me pegar aqui embaixo. — Durante o caminho até o café Mary soltou uma gargalhada maligna usando a bainha guarda-chuva como um escudo contra os raios solares.

Já no café, a vampira estava sentada com a cara afundada na mesa. — Eu não sei o que fazer, quero muito muito muito ler sobre o vulcão perigoso, mas isso seria tipo levar spoiler… Uuhhrrg!! — Ela choramingava tendo que se decidir entre ceder à curiosidade, ou ser forte e preservar o espírito de aventura. — Nhuumrg! Nhuumrg! Que difiiiiiiicil. — Mary dava fungadinhas soluçando incapaz de se decidir.

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Mensagem por Garota Cavalo Dom Set 22, 2024 12:00 pm

Flashback05

Vega se distraiu com sua dogtag como se fosse um corvo recém descobrindo uma moeda brilhante. Ela olhou, passou entre os dedos, mordeu, onde seus dentes ligaram a função de brilho e a assustou por um segundo, e por fim…

ALOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOU!!!!!!!! TESTANDO!!!! — Era possível sentir o tremor do brado da Bárbara, as dogtags, ligadas umas com as outras ficaram repetindo o som em eco até o barulho morfar num som agudo de interferência infinita.

Não liguem a função de comunicação se estiverem muito perto — Abigail explicou após desligar as tags — Ou elas ficam assim até se separarem. — Do ruído, alguns aventureiros na guilda acordaram do chão com uma forte dor de cabeça.

Saquei… — Depois de massagear os ouvidos, Vega pegou sua Tag e a prendeu no cabelo como uma presilha.

[...]

A garota não se pronunciava muito na conversa com Muunique, se a proposta levava até comida gostosa não tinha pra recusar. Logo o trio estava sentado na mesa externa do "Seio Dourado", a Ushimilf trazia o café da manhã prometido: comidas regionais com um "clima caseiro" e bebidas de um catálogo extenso, todas preparadas especialmente com leite. Vega acaba tomando uma batida de leite de Ushimimi com morangos, curiosamente chamada de "Moosquick".

Uooooow! É mais gostoso do que me fizeram acreditar! É isso aí mais um item  concluído — Vega tirava de seus pertences um caderninho e parecia ler algo de uma lista  — Leeeite de Ushimimi… foi… — com o seu graveto encantado, agora no tamanho de um lápis, a garota riscava um item da lista.

Hmm? Deixa eu ver — Com a explicação rasa de Will e o dilema de Mary, Vega decidia dar uma passada de olhos no pergaminho — Floresta Rubra… blá blá blá Vulcão do Ébano…  — E então lia sobre as plantas, cogumelos venenosos e salamandras flamejantes — Hmmm… isso aqui é spoiler… spoiler, spoiler, spoiler… Runas estranhas? Que cara burro! [...] É, não tem nada de cozinha não, então sei lá. Agora onde que fica esse vulcão aqui não diz não.

[...]

O tempo todo em que estavam do lado de fora Vega parecia apreensiva com o visual da cidade. Se ontem o local estava bem ensolarado e arrumado, naquela manhã o dia estava meio nublado e poças de água enormes cobriam o chão como se tivesse caído um temporal. Mas o mais estranho era a disposição das coisas, tinha barracas de fruta no teto de casas, telhas faltando, árvores caídas, era como se por ali tivesse passado um… furacão…

Não, eu não faria… — Vega tinha a suspeita de ser a responsável por tudo aquilo, mas seria possível? Fazia anos que a garota não perdia o controle de seus poderes — Ei, alguém lembra alguma coisa de ontem a noite?

É claro que ninguém do trio se lembrava de nada em específico, felizmente entre o grupo ainda havia uma testemunha que havia presenciado tudo sóbria. A Bárbara sentiu um beliscão em sua mão, era a Mini Vega chamando sua atenção e abanando as mãos sinalizando que sabia de algo.

Ó, você viu tudo e quer mostrar? Ok.

Vega então posicionou o pergaminho com o verso em branco para cima e então colocou sua mão em cima. Magicamente a Mini Vega se transferiu para o papel e então começou a contar seu testemunho, com a magia da tinta ela podia fazer ilustrações animadas e precisas quanto aos acontecimentos.

O desenho animado começava com a representação do trio, todos em formato "chibi" bebendo seus Abigail's Specials. Embora cada um tivesse suas próprias reações, logo Mini Vega recebeu o foco, ela tentava puxar outra briga com um "Mini Byron", que bêbado demais para processar a situação, arremessa Mini Vega para fora da guilda.

Logo a representação da Bárbara, agora na cidade, começava a ser cercada por um tornado poderoso, e chuva com raios começava a cair. Para ilustrar o caos, três "figuras" eram levadas pelo vento: Uma vaca, um homem e uma barraca de repolhos.

Em seguida mais três figuras surgiam, a primeira era uma fadinha que apanhava o homem e o mordia até ele secar completamente; a segunda era um "Mini Will" que vinha voando em seu bisão e salvava a vaca, que ao ser apanhada se transformava numa representação similar a Muunique, que em agradecimento lhe dava um beijo.

Já a terceira figura, descia dos céus, encapuzado e de olhos brilhando, Will o reconhecia como a imagem de Gihu, que parava a tempestade e parecia começar a dar uma bronca em Mini Vega, enquanto isso Mini Will estava paralisado, não se sabe pelo agradecimento da Ushimini ou por estar na presença do deus que cultua.

Mini Vega irritada tentou atacar Mini Gihu porém o deus sumia magicamente, deixando a garota desacordada que então era levada de volta para a guilda.

Tsk! Só causando uma catástrofe pra ele aparecer, pai imprestável… — A imagem de Gihu deixava Vega meio irritada ao ponto de não perceber que estava deixando escapar um de seus "segredos". A garota novamente botava a mão no pergaminho e Mini Vega voltava à sua pele.

Enquanto isso uma mãe preocupada pendurava cartazes de desaparecido pela rua, a imagem do rapaz no cartaz era estranhamente similar ao homem quem foi "secado" pela fada sanguinária na animação.

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Hora do Rango - Parte 2 - Página 2 Empty Re: Hora do Rango - Parte 2

Mensagem por Furry Seg Set 23, 2024 12:49 pm


Há Algo que perdi?



Muunique logo havia tratado de lhes trazer o café da manha, e realmente houveram muitos produtos feitos com leite de Ushimimi, ou bem dizer, todos eles pareciam assim ser. Desde o Moosquick até bolos e pães.


O queijo havia sido especialmente do gosto de Will. - HNNMMM, esse queijo é OTIMO!!! - Exclamou Will a primeira mordida, sem sequer dar-se conta do "erro" que estava cometendo, afinal Muunique estava sentada bem próxima ao seu lado.


- Que bom que você gostou, se chama Ushibélis, é uma iguaria extremamente cobiçada e apreciada por gourmets em todo o mundo. Diferente de qualquer outro queijo, é incrivelmente macio e cremoso, derretendo na boca com uma suavidade inigualável. - Muunique ia falando virada para Will, um pouco jogando seu corpo para cima do jovem que acabava meio congelado sem saber o que fazer. Ele não tinha quaisquer experiências nessa área e particularmente sentia-se mais confortável e confiante enfrentando um Corujaursa do que a charmosa Ushimilf. Todavia sua reação cheia de inexperiência só parecia agradar ainda mais a anfitriã que continuava com sua descrição.

- Sua cor é levemente dourada, com um brilho suave, assim como a minha pele, não acha? - Provocou, mas sem esperar resposta continuou e ao mesmo tempo que descrevia realizava as ações. - Ao cortar uma fatia, é possível perceber a leve resistência na crosta externa, mas o interior é cremoso, quase como uma mistura entre manteiga e queijo tradicional, exalando um aroma doce e levemente floral. - Dizia enquanto com a faca cortava mais uma lasca do queijo que mostrava-se firme, mas muito macio ao mesmo tempo, quase vazando para os lados quando a faca começou a descer.

Na verdade ela mesma tinha esse aroma floral e conforme o queijo o liberava parecia que mais desse perfume exalava de Muunique que com seu movimento de fatiar o queijo e pegar a fatia para leva-la aos lábios de Will também apertava seus seios que assim como o queijo se mostraram firmes, mas também muito macios "vazando" para os lados quando a força era exercida.

Will não sabia como mover os olhos que se viam entre-presos entre as ações de Muunique e seu belo colo. - Vê como é firme, macio e muito cheiroso? - Perguntou ela mais uma vez, agora oferecendo o queijo à boca de Will, mas levando-o em uma posição mais baixa a qual forçava Will a abaixar a cabeça e ficar de frente ao belo colo exposto da Ushimilf. Ali ele podia ver a pele branca, mas também com um saudável brilho, sentiu o aroma floral do perfume dela que só se fazia mais presente quando uma solitária gota de suor escorreu por seu pescoço desaparecendo por entre aqueles generosos montes.

Will, fechando os olhos, abriu a boca permitindo que Muunique lhe desse o pedaço cremoso. - E assim como eu, o Ushibélis é conhecido por sua longevidade de sabor: mesmo após consumido, o paladar continua a saborear a complexidade dele por vários minutos, deixando uma sensação quente e reconfortante. - Concluiu quase sussurrando aos ouvidos de Will enquanto seus dedos tocava-lhe os lábios. Will tomado pelo delicioso sabor e perdido em suas sensações se viu sugando os dedos de Muunique para apreciar até a última "gota". Não que a Ushimilf tivesse se importado, inclusive parecia apreciar o toque. - Muito guloso, Muuuunnnn. - Somente assim Will despertou e em seu susto caiu para trás em sua cadeira tombando por cima de MooMoozinho que tomava seu próprio café da manhã em sua tigela.

A situação para Will não melhorou com a história da mini Vega. Ele não conseguiu encarar Muunique que apenas ria com as interações da pequena pintura.

- Que fantastica esse sua habilidade. Mushimushimushi, achei a narrativa dos eventos bastante peculiares, mas ainda assim mais interessantes, mushimuhsimushi.

>><<

Depois Muunique os deixou, levando a "mesa" embora e Will para se ver livre da vergonha que o tomava resolveu ser mais "profissional". - Lembro de ter visto uma floresta vermelha quando voava para cá. Mas mesmo do alto não enxerguei um vulcão, mas muito longe no horizonte o céu estava cinza e negro com varios trovões. Talvez seja lá.

Assim, de café tomado Will "embarcou" em MooMoozinho que havia novamente crescido no patio dos fundos da pousada Seio Dourado, permitindo que todos subissem antes de "decolarem" na direção que Will lembrava.

Duas horas depois, no horizonte começaram a enxergar a floresta, a qual parecia bastante familiar à descrita no pergaminho. A muito além, no horizonte distante, podiam ver o que Will descreveu. Uma grande muralha de nuvens escuras com relâmpagos que impedia a vista de um possível vulcão.

- Talvez possamos voar até lá? - Porém a pergunta de Will foi prontamente respondida, não por seus amigos, mas por um grito alto vindo de cima.

Um som que fez o ar vibrar ao redor deles. MooMoozinho grunhiu inquieto, seus cascos "batendo" com mais força quando uma sombra gigantesca passou acima deles, bloqueando o sol por um breve momento. O grupo olhou para cima, e foi então que o viram.

O monstro que os atacava era uma criatura colossal e aterrorizante, uma mistura entre um dragão e um corvo demoníaco. Sua envergadura de asas negras parecia cobrir o céu, com penas que brilhavam de forma metálica, refletindo a luz do sol em tons de prata e obsidiana. As asas, grandes e poderosas, criavam rajadas de vento cada vez que batiam, fazendo as copas das árvores abaixo se agitarem violentamente.

Seu corpo era alongado e musculoso, revestido por escamas grossas de um preto azulado que pareciam ter sido moldadas por um ferreiro. Em contraste, a cabeça lembrava a de um corvo gigante, com um bico curvo e afiado como uma lâmina, que brilhava com uma coloração quase vermelha nas pontas. Os olhos da criatura eram esferas amarelas brilhantes, quase luminescentes, e fixaram-se em MooMoozinho e seus passageiros com uma inteligência predatória assustadora.

Ao redor do pescoço da criatura, longas crinas de penas negras tremulavam ao vento, e nas pontas de suas garras afiadas, chamas esverdeadas dançavam, como se o próprio ar queimasse ao seu toque. Cada movimento que fazia era preciso, rápido e mortal, como se estivesse acostumada a caçar nas alturas. Parecia que mais alguém estava querendo o seu café da manha.



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Mensagem por Garota Cavalo Seg Set 23, 2024 8:20 pm

Throughout Heaven and Earth, I Alone Am The Honored One06

Existe uma pergunta conceitual entre pessoas que morreram num plano chamado "terra" e foram reencarnados com todas as memórias em Ernwood: "Por que diabos o Superman voaria num avião?" Vega não sabia quem era esse tal de Superman, mas se soubesse, ela teria a resposta para tal pergunta. Voar de carona nas costas de Moomoo era muito mais confortável e menos cansativo do que voar por ela mesma. Ao invés de se concentrar pra onde ir, onde não bater, pra que direção fica o chão e o céu, a semideusa finalmente podia curtir a bela vista do horizonte.

[...]

A visão daquela criatura fazia o sangue de Vega ferver um pouco, o fato de ter uma aparência meio dragonoide não mais que um dia depois da garota escutar a história de Byron era uma coincidência infortunada para o monstro.

AHAHAHAHA! Quem se atreve a ficar no meu caminho?! — Vega estava na cabeça de Moomoo de braços abertos e um sorriso estampado; seus delírios de grandeza começavam a tomar conta, e enquanto gargalhava as nuvens tempestuosas ao longe começaram a se expandir até alcançarem acima de onde todos estavam.

Entre o céu e a terra, aniquile tudo! Desça, Kirin! — Com um movimento de abaixar as mãos, Vega convocava das nuvens uma criatura mística feita de raios, seu corpo gigante de cervo, casco de cavalo e cabeça de dragão descende direto no monstro que impedia seu caminho o arrastando até a floresta abaixo, onde explodiu num brilho de eletricidade que se conduziu por toda a extensão da floresta até o Vulcão.



O trio de aventureiros podia escutar o som vindo de baixo, o grito de diversas criaturas sendo eletrocutadas. Ao final do ataque, de duas uma, ou as criaturas estavam mortas, ou muito putas.

Gahahahahahaha, queimem desgraçados! Quei… A! Agora que eu me lembrei… — Vega parecia girar a chave de maníaca de volta para a normalidade — No pergaminho não dizia algo sobre cogumelos deliciosos? A gente devia descer e catar alguns.

Status:
Desça, Kirin!:


Última edição por Garota Cavalo em Qui Set 26, 2024 11:20 pm, editado 3 vez(es)

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Mensagem por Lilith Seg Set 23, 2024 11:18 pm

Viagem de férias.06



Mary olhava o cardápio deslizando os olhos sobre as dezenas de itens antes de escolher algo que não estava listado mas ao mesmo tempo era o mais comum dali. — Leite. — Disse com o queixo apoiado na mesa.
Leite? — Respondeu a ushimimi esperando algum complemento.
— É… Leite, de preferência bem morninho, e com aqueles canudinhos que faz foink-foink. — Ela movia os dedos fingindo dobrar a haste flexível do canudo.

A vampira deitou o rosto sob a mesa quando o copo de leite foi colocado próximo a ela. — Será que vai ter um golem de lava? Ou fontes termais? Ou um golem de lava dentro das fontes termais? Seria bem maneiro… — Mary devaneava com as possibilidades da viagem, enquanto fazia biquinho tentando alcançar a ponta do canudo com a boca sem mover a cabeça. Depois que Will caia para trás a ushimimi inclinava o canudo com o dedo, encaixando nos lábios da vampira.

Mary assistia o relato da mini Vega com os olhos grandes bem abertos sem nem conseguir piscar, era como ver um livro se lendo sozinho, mas mas com figuras animadas. — Não gostei dessa fadinha… Ela ta solta por aí, atacando humanos indefesos e pegando o sangue deles tudinho só pra ela. — Mary resmungava afiando o olhar e fazendo barulhinho de motor bravo.

Quando viu o beijo da Ushimimilf com Will. — …assanhado. — Dizia encarando de canto, julgando as atitudes desavergonhadas do fazendeiro.

A vampira poderia ter deduzido que Gihu era o pai de Vega, e isso faria dela uma semideusa, mas usar os poucos neurônios funcionais para algo diferente de beber sangue era desperdício, e como uma boa seguidora da ignorância, Mary apenas… Ignorou. — Eu faria uma catástrofe ainda maior se quisesse chamar a atenção do pai imprestável. — Mary tinha uma visão bem simples e superficial de toda a situação.

Mas como Vega não parecia feliz Mary pensava no que fazer nesse tipo de situação com base nas histórias slice of life dos livros lidos. — Dizer algo reconfortante e positivo… Hhmmm… — Ela pensava um tiquinho. — Eu gosto bastante das catástrofes, elas assustam o sol idiota, o dia fica bem escuro e sombrio. — Ela comentou sorrindo, mostrando os dentinhos com o olhar meigo.

Chegando na área nublada do vulcão Mary estava deitada em cima de almofada enorme bem confortável, super fofinha sobre o cóccix de Moomoo. — Fwwuuaah!! Que relaxante. — Ela cruzava as pernas, entrelaçando os dedos por trás da cabeça suspirando bem relaxada, parecia tomar banho de sol, só que com o céu cinzento e apático. O copo de leite ainda cheio até a metade estava preso em cima de uma bandeja vermelha levitando, ela só precisava virar o rosto para abocanhar o canudinho e beber.

Quando a sombra com intenções hostis surgiaa acima do grupo Mary apenas abriu metade de um dos olhos com muito desinteresse. — Aafff… Nem é um golem de lava. — Suspirou desdenhando do corvo-dragão. — A atmosfera daqui é bem boa mesmo… — Mary afundava as costas na almofada escutando o agradável som das criaturas agonizando eletrocutadas.

— Descer… Huuhmm… Ta bom. — Sem hesitar Mary apoiou o calcanhar na almofada e se impulsionou para trás caindo das costas de Moomoo descendo deitada, terminando de sugar os últimos goles de leite com o canudo no cantinho da boca.

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Mensagem por Furry Qua Set 25, 2024 7:05 pm


Furia Rubra


Obviamente Will não iria aceitar desperdícios. Desde que havia visto o monstro gigante ele já estava pensando em formas de cozinhá-lo. Dividido entre se deveria-o tratar mais como uma galinha ou como um lagarto. Perdido nesses pensamentos se viu atrasado em sua reação em gritar para Vega.

-  NÃOOOOOOOOOOOOO. - Mas já era tarde.

O choque foi imediato e devastador. A criatura mal teve tempo de reagir antes de ser atingida pelo qilin de energia, o impacto criando uma explosão de luz e som tão intensa que cegou momentaneamente todos ao redor. O monstro foi completamente incinerado, transformado em nada mais do que cinzas e penas carbonizadas que caíam lentamente pelo ar, misturadas com o cheiro acre de carne queimada. Restava apenas o eco distante do rugido da fera elétrica, que desapareceu no ar como se nunca tivesse existido.

No entanto, o poder de Vega não se limitou apenas ao monstro. O ataque havia sido tão grandioso e poderoso que as ondas de energia desceram dos céus como uma tempestade furiosa, atingindo diretamente a Floresta Rubra abaixo deles. A energia elétrica se espalhou pelas árvores, correndo pelo solo com uma força destrutiva incontrolável. As árvores, algumas milenares e de troncos robustos, foram reduzidas a cinzas em um piscar de olhos, suas copas pegando fogo, enquanto outras eram partidas ao meio por relâmpagos furiosos. A terra tremeu com o impacto, e o vermelho vivido exuberante da floresta rapidamente se transformou em um campo de destruição.

O som dos trovões reverberava por quilômetros, e a onda de choque da explosão derrubou pedras, criou crateras no solo e abriu clareiras onde antes havia uma densa vegetação. O ataque não foi apenas poderoso, suas consequências secundárias tinham o potencial de arrasar com pequenos vilarejos, se eles estivessem no caminho. Uma coluna de fumaça subia ao céu, a Floresta Rubra já não era mais o que fora momentos antes; um rastro de destruição avançava como uma cicatriz no coração da natureza.
Will, que segurava firmemente as rédeas de MooMoozinho, olhou para baixo, incrédulo. -  Vega... você acabou de destruir metade da floresta. E qualquer coisa que tivesse para comer…


A Floresta Rubra, uma vez viva e cheia de cor, agora era um campo de devastação, iluminada apenas pelas brasas e faíscas que dançavam no ar, lembrando a todos o poder brutal de uma filha de um deus.


Obviamente isso não era o suficiente para impedir que a cabeça Oca da Mary saltasse de MooMoozinho em direção ao solo.


Will guiou MooMoozinho em um voo baixo, buscando um lugar seguro para pousar no meio da destruição. O bisão voador desceu lentamente, suas grandes cascos batendo pesadamente enquanto tocava o chão carbonizado da Floresta Rubra. O som de cinzas e gravetos quebrando sob as patas de MooMoozinho era o único som no ar, agora que a tempestade de eletricidade de Vega havia cessado.

Quando seus pés tocaram o solo, Will olhou ao redor, seu coração apertado ao ver as consequências do poderoso ataque. Onde antes havia uma densa e vibrante vegetação, agora havia apenas troncos queimados e fumaça subindo em espirais finas. O cheiro de madeira queimada impregnava o ar, misturado com a terra quente e chamuscada.

-  Vega, você realmente... destruiu tudo. -  Will murmurou, os olhos passeando por tudo à sua volta. O que restava da floresta parecia uma sombra fantasmagórica do que havia sido, como se a vida tivesse sido sugada de cada canto da terra. Ele desceu de MooMoozinho, sentindo o calor do solo sob suas botas, e abaixou-se para tocar o chão chamuscado, observando as cinzas escaparem por entre seus dedos.

Will era apegado a natureza e ver tal devastação lhe doia profundamente. Mas também não culpava Vega em seu coração, sabia que no fim a culpa por não pensar profundamente e agir primeiro não era culpa dela, ele próprio ao invés de agir havia ficado preso em seus delírios sobre o sabor do monstro. Todos tinham seus defeitos e ele não iria brigar com uma boa amiga por causa disso. -  Nunca mais faça isso… Tantas coisas que podiamos comer…

Will caminhou um pouco mais adiante, afastando-se de Vega e Mary. Conforme ele avançava pela área, começou a ver as verdadeiras cicatrizes deixadas no solo. Árvores antigas haviam sido reduzidas a nada mais do que tocos fumegantes, e pequenos riachos antes cristalinos estavam agora repletos de cinzas e detritos. A vida selvagem parecia ter desaparecido completamente, fugida ou obliterada pelo impacto. Restava apenas o eco da devastação.

Ele suspirou profundamente, o peso da destruição evidente. Will, sendo um homem da terra, sentia uma conexão profunda com a natureza, e ver essa parte da floresta tão danificada trazia uma dor silenciosa em seu coração. Ele sabia que a destruição era necessária para sobreviver, mas isso não tornava as consequências mais fáceis de aceitar.

"Será que consigo fazer algo?" - Will perguntou-se enquanto abaixado tocava sua mão no solo rachado enviando sua energia vital para a terra a fim de senti-lá. De olhos fechados e concentrado começou a sentir a terra da floresta. Para a sua surpresa o solo, mesmo que destruído, ainda pulsava com gigantesca vitalidade. Sentindo mais a fundo conseguia sentir as veias vulcânicas pulsando bastante abaixo do solo por cavernas escondidas por onde as raízes, ainda vivas, se enrolavam.


De repente, algo mudou. O chão tremeu violentamente sob os pés de Will, Vega e Mary. A terra, antes quieta, agora começava a vibrar como se estivesse respondendo à percepção de Will. Ele abriu os olhos com um sobressalto, e nesse exato momento, uma onda de energia brutal começou a brotar das profundezas da floresta, como se tivesse sido despertada de um longo sono.

-  Cuidado! Temos que sair daqui. -  Will gritou para seus companheiros, mas era tarde demais.

Raízes gigantescas emergiram do solo, serpenteando como serpentes enfurecidas. Elas se agitaram no ar, as pontas afiadas como lanças de madeira. A terra ao redor deles se levantou e se partiu em grandes pedaços, pedras se movendo como se fossem controladas por uma vontade própria. A floresta inteira rugia, como uma criatura colossal despertando de sua letargia. O chão se movia, vibrando com uma vitalidade tão intensa que o ar ao redor deles parecia tremer.

Raízes e vinhas avançaram violentamente contra o trio, enquanto a própria terra se reerguia, como se a floresta estivesse retaliando pela destruição que havia sofrido. A vitalidade que Will havia sentido antes agora se manifestava em um ataque furioso, impulsionado pela energia profunda do vulcão. Cada raiz, cada rocha, cada pedaço de solo parecia carregado de um poder primitivo e indomável.




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